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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Entre as brumas da memória


Natal, versão 2018

Posted: 16 Dec 2018 01:23 PM PST

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Les gilets jaunes, ainda

Posted: 16 Dec 2018 10:00 AM PST

A ler: A revolta dos coletes amarelos ou a França de baixo contra as elites.
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Imigrantes que não conhecemos

Posted: 16 Dec 2018 07:15 AM PST

Beja é o eldorado para 28 mil imigrantes, mas tem mais pedras do que ouro.

«Chegam diariamente novos rostos a Beja, gente que veio de outros continentes à procura de melhores condições de vida. São a mão-de-obra que falta no país, mão-de-obra barata, entenda-se.

Quatro, seis ou mais pessoas por quarto, vivem em casas ou em contentores, e estes últimos nem sempre são os piores. A limpeza não abunda, ao contrário das moscas, o fogão tem camadas de sujidade. Quem trabalha espera voltar no dia seguinte; quem fica em casa anseia que lhe digam que vai trabalhar. Mão-de-obra barata e paga à hora mesmo que recebam à semana, à quinzena ou ao mês e, às vezes, com atrasos. Emigraram do Senegal, da Guiné-Conacri, do Paquistão, da Índia, do Nepal, etc., e dizem que, mesmo assim, vale a pena. Portugal acaba por ser dos poucos países europeus onde se podem legalizar. E, em Beja, faltam braços para a agricultura. Todos os dias chegam novos rostos. 28 mil estarão neste momento no distrito, grande parte na apanha da azeitona. Mas cada vez menos é trabalho sazonal.»

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De onde vêm tantas greves?

Posted: 16 Dec 2018 03:19 AM PST

«Não é nem por acaso nem politicamente irrelevante que a contestação social tenha assumido visibilidade nas últimas semanas. A explicação para este surto grevista encontra-se algures entre as expectativas criadas pelo sucesso na frente orçamental, a ambição de influenciar os programas eleitorais e a recomposição em curso na representação de interesses no mundo do trabalho. É mesmo um daqueles momentos em que os sistemas de incentivos convergem todos.

A explicação mais simples para o aumento de greves está na aproximação das eleições e na libertação dos partidos que formaram a ‘geringonça’. Três anos de acordos orçamentais limitaram a margem de afirmação do PCP, do BE e também do PS. Agora, os três partidos estão livres para acentuar as suas diferenças e aqueles com maior influência no movimento sindical usam-na para amplificar a sua agenda.

Há a este propósito um elemento de novidade significativo: alguma fadiga do protesto depois dos anos da troika (também financeira, com sindicatos exauridos) juntou-se à emergência de novas realidades sindicais, em alguns casos ancoradas à direita. Enquanto os sindicatos tradicionais diminuíam a intensidade do protesto, novos movimentos emergiam com agendas mais reivindicativas, muitas delas objetivamente inaceitáveis por qualquer governo. Neste processo, iniciou-se um crescendo de protesto que está a colocar grupos profissionais num beco sem saída, mas no qual o Executivo também pode sair a perder. Os casos dos enfermeiros, com uma Ordem particularmente ativa, e dos professores, em que os sindicatos tradicionais aparentam, também, ter de cobrir a parada de novos movimentos mais inorgânicos, são, nesta perspetiva, paradigmáticos.

Sobra a encruzilhada política em que o país se encontra. Com o sucesso anunciado da consolidação orçamental, abriu-se espaço para discutir o que fazer além de colocar as contas públicas em ordem e devolver rendimentos. Se foi precisamente em torno da recomposição do Estado social que os partidos à esquerda revelaram menor capacidade de entendimento, é natural que a questão se coloque cada vez mais com o aproximar de um novo ciclo político. Com eleições à vista, os grupos profissionais só podem aumentar o tom das suas reivindicações, para já, tentando influenciar os programas eleitorais que começam a ser desenhados e, mais tarde, procurando ganhos de causa junto do Governo.

O problema é mesmo esse. Sem algum tipo de capacidade de construir uma plataforma comum sobre como reformar serviços públicos — da saúde à educação, passando pelos transportes —, os governos estão sempre condenados a lidar com reivindicações atomizadas e a negociar apenas carreiras e salários. Este, o anterior e o próximo.»

Pedro Adão e Silva

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Nuno Brederode Santos

Posted: 15 Dec 2018 03:11 PM PST

Pode parecer estranho que amigos se reúnam para «dar os parabéns» a alguém que morreu há um ano e meio.

No caso do Nuno, que teria feito anos ontem, fez todo o sentido para quem o conheceu bem e foi seu amigo. Esta tarde reunimo-nos uns tantos por iniciativa da Maria do Céu Guerra, bebemos uns copos, lemos uma das suas magníficas crónicas, recordámos o seu incomparável humor. Parabéns, Nuno.

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