por estatuadesal
(Dieter Dellinger, 22/12/2018)
Foto: A imponência de uma das cidades mais belas do Mundo.
A galinha dos ovos de ouro de Portugal é, sem dúvida, o Turismo que proporciona uma receita nacional este ano da ordem dos 53 milhões de euros diários ou mais 17 mil milhões por ano que, por sua vez, representam 13,7% do PIB. Desde que o "diabo" se instalou em Portugal de acordo com a ideias idiotas de Passos Coelho, o turismo cresceu apenas 71%.
Se a situação foi ótima até hoje, o futuro próximo não é brilhante devido à falta de capacidade dos aeroportos nacionais para receberem mais aviões, entregues a um monopólio francês que se contenta em ganhar a 100% e não lhe interessa investir no Montijo e, menos ainda, num novo aeroporto.
Este ano, o número de passageiros desembarcados nos aeroportos portugueses foi de 27,4 milhões de pessoas, mais 7% que no ano anterior. Claro que não são todos turistas, mas a maioria é certamente, pois os hotéis registaram 21 milhões de turistas que dormiram 57 milhões de noites e não há conta certa quanto o alojamento local.
No Expresso um tal J. Vieira Pereira diz que o crescimento do PIB se deve aos empresários, mas o peso do turismo é tal que significa que a Geringonça com a sua política financeira certa à Mário Centeno criou um tal estado de confiança em Portugal que o país ficou na Moda. Aos empresários franceses da Vinci, Portugal não deve nada porque nem planearam algo para o futuro e estão à espera que o alargamento da capacidade aeroportuária nacional para eles explorarem seja paga pelos contribuintes nacionais.
A televisão SIC e as outras dos empresários como Balsemão e companhia fizeram mesmo o contrário de incentivar o turismo, tentando indispor a população contra o "excesso" de turistas e contra a renovação do imobiliário. Há empresários que exportam mais e há os que procuram criar obstáculos e não vislumbram no turismo uma atividade que fez diminuir o desemprego e aumentar o Valor Acrescentado Nacional, pois o turismo é a atividade com mais VAB a par da indústria do papel de alta qualidade tipo Navigator que tem o contra de implicar muito eucalipto que é presa fácil dos empresários do fogo posto de que Pereira não fala por ser da extrema direita.
A comunicação social tem sido crítica do turismo como se os portugueses devessem viver de algo caído do céu ou dos investimentos públicos de que tanto fala a direita e que estão a ser feitos sem aquilo que Oliveira Martins designava de "obsessão pelas obras públicas" no seu "Portugal Contemporâneo" e que não era correto.
O turismo equivale a 22% das exportações nacionais e se não tivesse crescido tanto estávamos em más condições financeiras porque parte da receita turística é IVA e outros impostos.
O economista da extrema direita Vitor Bento criticou na Antena 1 a descida do IVA da restauração dos 23% para os 13%,dizendo que isso iria favorecer apenas a classe rica que frequenta restaurantes de luxo quando há 100 vezes mais restaurantes baratos com doses a 6 euros que caros e o preço mais baixo das refeições é um dos atrativos do turismo, levando muita gente a dizer que só vem turistas com baixo poder de compra que há anos eram designados por turistas de pé descalço quando toda a atividade económica só é rentável desde que abranja um vasto mercado.
O aumento do turismo em Portugal e no Mundo deve-se em grande parte aos voos "low cost" que permitiram centenas de milhões de casais de todas as idades viajarem para as mais diversas cidades, alargando o turismo das praias para o das cidades menos conhecidas anteriormente, como Lisboa e Porto, e agora já vão para o interior do País.
Em 2017, o turismo dava emprego a 20,4% da mão de obra nacional e deverá ter aumentado em 2018 em concomitância com os aumentos salariais na hotelaria dada a falta de pessoal que se começa a sentir.
Portugal é competitivo em hotéis de luxo, médios e até baixos de uma a duas estrelas, além dessa coisa notável que é o alojamento local que muita gente quer obstaculizar.
Enfim, mais de 250 mil empresas e empresários singulares ganham com o turismo, proporcionando um crescimento do nível de vida português.
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