- Três anos sem Nuno Teotónio Pereira
- 20.01.1973 - Amílcar Cabral
- Eles pulam e avançam
- Ele lá sabe...
- Mulheres
Três anos sem Nuno Teotónio Pereira
Posted: 20 Jan 2019 01:03 PM PST
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Posted: 20 Jan 2019 11:14 AM PST
Foi nesse dia, há 46 anos, que Amílcar Cabral foi assassinado em Conacri. Tivesse a morte esperado um pouco mais e teria assistido ao 25 de Abril.
Nasceu na Guiné, em Bafatá, em 12 de Setembro de 1924, fez o liceu em Cabo Verde e veio mais tarde para Lisboa onde se licenciou em Agronomia. Em 1956 foi um dos fundadores do PAIGC, partido que, em Janeiro de 1963, declarou guerra contra o colonialismo de Portugal.
Está disponível online um riquíssimo arquivo, recuperado e tratado pela Fundação Mário Soares, a pedido das autoridades guineenses e cabo-verdianas e com o especial empenho de Aristides Pereira, Iva Cabral e Pedro Pires. Encontra-se na «Casa Comum», site criado por aquela Fundação, e pode ser consultado a partir daqui.
Um pouco de história e (boa) música com os Super Mama Djombo:
Leitura aconselhada: Diana Andringa, Conversas sobre Amílcar (Público, Janeiro de 1993)
Posted: 20 Jan 2019 09:01 AM PST
Estes discursos estão a ir mais longe, e mais depressa, do que talvez suspeitássemos..
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Posted: 20 Jan 2019 07:14 AM PST
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Posted: 20 Jan 2019 02:58 AM PST
«Nesta semana, um país inteiro juntou-se solidariamente às mulheres andaluzas. Falo do nosso país vizinho, como é óbvio. A chegada ao poder do partido Vox foi a legitimação de um discurso e de uma postura sexistas que julgávamos já eliminadas aqui por estes lados. Pois não é assim. Se durante algumas décadas assistimos ao reforço dos direitos das mulheres, nos últimos anos, a ascensão de forças políticas conservadoras e sexistas mostrou o quão rápida pode ser a destruição de direitos que levaram anos a construir. Na Hungria, as autoridades acham que o lugar da mulher é em casa, na Polónia não podem vestir de preto para não serem confundidas com gente que acha que tem direitos, em Espanha passaram a categoria de segunda na Andaluzia. Os exemplos podiam ser mais extensos, os tempos que vivemos são estes. Mas há sempre quem não desista, e onde se escreve retrocesso nas instituições, soma-se resistência nas ruas.
Falar de igualdade entre homens e mulheres já não é necessário, dizem algumas vozes que procuram convencer que por se dizer uma coisa ela é automaticamente realidade. Penso exatamente o contrário. Este é o tempo de não deixarmos cair os direitos das mulheres, de não aceitar recuos, de percebermos que a resistência é a condição para não perder o direito que nunca o foi mas que pode vir a ser. Fingir que não está a acontecer é meio caminho andado para voltarmos à condição de pessoas de primeira e pessoas de segunda, com a agravante da suposta legitimidade democrática.
Em toda a Europa, as mulheres estão menos integradas no mercado de trabalho, em média 12% abaixo dos homens. Das que têm trabalho, um terço exerce-o só a tempo parcial. As mulheres têm salários mais baixos, mais concretamente 16% menos do que os homens só na União Europeia. As mesmas qualificações e o mesmo posto não são sinónimo de salário igual. As mulheres têm pensões ainda mais baixas. Neste caso, a média é de 40%, e não os 16%, porque se acumulam todas as desigualdades de uma vida. São as mulheres quem mais cuida dos filhos. São as mulheres quem mais cuida de familiares com deficiência ou com necessidades de cuidado permanente. Também na União Europeia, 80% dos cuidados são prestados por cuidadores informais, dessas 75% são mulheres. As injustiças acumuladas de uma vida fazem que as mulheres cheguem à idade de reforma com quase metade dos recursos para viver.
Por muitas declarações que continuem a ser feitas, a igualdade entre homens e mulheres só estará mais próxima de ser realidade quando passar a integrar as políticas concretas. Nesta semana deu-se um passo no Parlamento Europeu para que sejam integradas nas políticas fiscais. Caberá aos diferentes governos aceitar ou não o repto, mas nenhuma das propostas apresentadas é impossível. Impossível é continuar a fechar os olhos às evidências.»





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