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terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Entre as brumas da memória


Volta, Américo Tomás

Posted: 07 Jan 2019 12:15 PM PST

«Interrompi aqui uma reunião que tinha. Acabei uma e ia começar outra e espreitei para ver o seu primeiro programa. Como, ao longo da vida, várias vezes estive consigo quando arrancou com novas fases da sua vida (…), queria desejar-lhe felicidades.»

Mas por que raio é que gozávamos tanto Américo Tomás?

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Marcelo: só tem surpresas quem quer

Posted: 07 Jan 2019 09:32 AM PST

Eu ando com um tal pó aos actos de Marcelo, mais recentemente por causa dos afectos com o irmão Bolsonaro e a amiga Cristina, que não me sai da cabeça o seu passado que só engana quem não o conhece ou quem quer ser enganado.

Quando ainda havia esperança de que ele não fosse eleito PR, escrevi um texto relacionado com uma saga em que estive envolvida. Marcelo vigiado pela PIDE desde os 16 anos? Quem tiver paciência que leia isto.

Marcelo Rebelo de Sousa, criador de passados.

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Professor, ligue-me

Posted: 07 Jan 2019 08:15 AM PST

«Professor ligue -me . Pode ser às 12 às 14 ou às 15 para a RTP3. Também mereço.»

Alberta Marques Fernandes no Facebook.
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Marcelo e Cristina Ferreira – em directo e sem filtros

Posted: 07 Jan 2019 07:00 AM PST

Marcelo Rebelo de Sousa ligou para Cristina Ferreira na estreia da SIC.

A realidade ultrapassa as nossas capacidades de imaginação. Ao que isto chegou!

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O irmão de Bolsonaro

Posted: 07 Jan 2019 03:51 AM PST

Assino por baixo tudo o que está escrito neste texto. E se Luis Leiria «pecou» foi por omissão, ao não falar da falta de indignação, individual e colectiva, que este episódio devia ter provocado e não provocou (com poucas e honrosas excepções).

«A ida do presidente Marcelo Rebelo de Sousa à posse de Jair Bolsonaro na Presidência do Brasil, no passado dia 1, envergonha-me e deve envergonhar todos os democratas portugueses.

Não se pode encarar a chegada ao poder do candidato da extrema-direita como se fosse uma outra qualquer. Estamos a falar de um candidato que terminou a campanha com uma ameaça aos seus adversários, afirmando que estes só tinham dois caminhos – a prisão ou o exílio; de um candidato que é racista, xenófobo, que despreza e rebaixa as mulheres, que declara os índios como inimigos do desenvolvimento da nação, que defende a tortura e especificamente torturadores como Brilhante Ustra, o homem que levava filhos menores a ver a mãe despida e barbaramente torturada. Somente isto, a apologia da tortura, já seria suficiente para tornar um simples aperto de mão um ato repugnante.

Marcelo Rebelo de Sousa não desconhece nada disto. Mesmo assim, foi à cerimónia de posse. Poderia não ter ido; Portugal poderia ter estado representado por outra delegação que não incluísse chefe de Estado e em nada isso prejudicaria as atuais relações comerciais entre os dois países nem a comunidade portuguesa no Brasil.

À cerimónia de posse de Jair Messias Bolsonaro compareceram 46 delegações estrangeiras, das quais apenas dez eram lideradas por chefes de Estado. Entre estes dez, a grande estrela foi Benjamin Netanyahu, de Israel. Da Europa, além de Marcelo, só estava Viktor Orbán, da Hungria, que partilha com Bolsonaro a orientação de extrema-direita.

As 46 delegações marcaram uma das mais reduzidas presenças estrangeiras de sempre. Para se ter uma ideia, a posse de Dilma Rousseff, em 2011, contou com a presença de 130 delegações estrangeiras, das quais 32 eram lideradas por chefes de Estado.

Não contente com ter ido abrilhantar a chegada ao poder do primeiro presidente desde o fim da ditadura militar que professa uma política neofascista, Marcelo Rebelo de Sousa ainda exultou com o destaque dado à diplomacia portuguesa, salientando que Portugal ficou em 3º lugar no alinhamento dos cumprimentos. E sublinhou o "tom fraternal" do encontro com Bolsonaro: "Como eu disse, e como disse o presidente Bolsonaro, era uma reunião entre irmãos, e entre irmãos o que há a dizer se diz rápido, como se diz em família, e há uma empatia natural entre povos que facilita fazer passar a mensagem".

Para fechar, a cereja no topo do bolo foi o convite para que o presidente brasileiro faça uma visita oficial a Portugal em 2019.

Como não considerar este comportamento uma rasteira aos democratas brasileiros, aos opositores de Bolsonaro que, como Guilherme Boulos, ex-candidato pelo PSOL, foram nominalmente ameaçados pelo novo presidente? Que deceção a dos brasileiros que não apoiaram Bolsonaro e que, diante do discurso de ódio e de guerra partilhado por todo o novo governo de Brasília esperavam tudo menos este comportamento entusiasta do mais alto representante de Portugal, um país visto como uma exceção à onda de extrema-direita que varre a Europa!

Repito: a subida ao poder da extrema-direita num país continental como o Brasil não é nem pode ser visto como um acontecimento corriqueiro. As ilusões de que o liberalismo selvagem do novo governo vai provocar o crescimento económico em breve se desfarão e o fluxo de brasileiros à procura de uma vida melhor na Europa, incluindo Portugal, vai prosseguir. Com uma diferença, a forte possibilidade de esse fluxo ser engrossado pelos perseguidos políticos. Será descabido lembrar que ainda não se sabe quem matou Marielle Franco, que os seus assassinos e os mandantes do crime continuam à solta?»

Luís Leiria

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