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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Mal podemos esperar por “políticos com ideias inspiradoras” no PSD

  por estatuadesal

(Por Penélope, in Blog Aspirina B, 10/01/2019)

montenegro (2)

E aí vem mais um com vontade de mentir. Não bastou o Passos e a sua campanha eleitoral totalmente feita de enganos em 2011, agora insinua-se o Montenegro, um dos seus fervorosos apoiantes e réplica menos sinistra do outro, para correr com o Rui Rio da liderança e, diz ele, recuperar os apoios perdidos do PSD.

Acho bem. O Rui Rio tem revelado, de facto, que entre um governo local e uma liderança nacional vai um passo de gigante. Que a frontalidade e honestidade sobre certas matérias não são qualidades universalmente apreciadas no partido. Não percebeu, por exemplo, que a bandeira da reforma da Justiça e do Ministério Público, de resto justíssima, implicaria mexer com uma das armas mais poderosas (e asquerosas) de grande parte do PSD, a ligada ao governo anterior, na luta política contra o PS. Que ser social-democrata deixou de ser importante para boa parte do PSD após Passos Coelho. Que o partido iria, como se vê, ficar mesmo partido, entre outras razões, por pressão dos tempos modernos e das tendências instagramáticas e tuíticas – pois está totalmente na moda que os medíocres e os charlatães cheguem ao poder pela via democrática e digam as maiores enormidades e falsidades nos palanques, antes e depois da chegada ao poder.  Para bem da população? Aqui é que bate o ponto: não. Mas são os tempos. Na falta de capital de queixa para nazis adormecidos, em Portugal, restam-nos os aldrabões. Azar que, desta vez, sem crise financeira internacional, nada possam fazer com as contas.

Mas, Montenegro?

É que eu penso que já tivemos, e este já acolitou de muito perto, o nosso último charlatão, assim como boçalidade que chegasse. O Montenegro debita talvez mais palavreado por minuto do que o Passos, mas é menino talqualzinho capaz de prometer tudo aos professores, enfermeiros, juízes, polícias, bombeiros, estivadores e todos os alegadamente descontentes para, caso conquiste o PSD, concorrer a primeiro-ministro.

É igual, apenas menos fúnebre. O que terá para dizer para além de promessas demagógicas e avaliações deturpadas? Talvez pegue nos ciganos? Ou no Marcelo, que tanto mal lhes faz. Mal posso esperar. Para bem do PSD, preferia o Duarte Marques.

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