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sexta-feira, 22 de março de 2019

Entre as brumas da memória


A sério?O Bloco esquerdizou o PS?

Posted: 21 Mar 2019 01:30 PM PDT

Antes de mais e para que fique claro: eu levo a sério este Movimento 5 de Julho, venha ou não a ter efeitos práticos, a curto ou médio prazo.

Mas já ganhei a tarde, e ri-me com gosto, ao ouvir isto da boca do principal impulsionador do dito Movimento: «Nós tivemos uma aceleração da ascensão cultural do BE, que é inegável. (…) O BE, que iniciou uma guerra cultural contra o PS moderado dos anos 80, venceu essa guerra, houve uma esquerdização do PS.»

Ouvir / ler AQUI.

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Astana? Já não, já não

Posted: 21 Mar 2019 09:45 AM PDT

Cazaquistão rebatiza capital em homenagem a ex-presidente.

Isto só num país como o Cazaquistão ou alguns vizinhos! A bela cidade de Astana, palavra que significa pura e simplesmente «Capital», e que passou a ter este nome precisamente quando assumiu tal função no país, vai agora chamar-se «Nursultan», em honra do ex-presidente que ficou 30 anos no cargo.

(Também podemos substituir «Lisboa» por «Afonso Henriques», antes que alguma próxima futura all-right se lembre de «Salazar»…)

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Dia da Poesia - Moçambique

Posted: 21 Mar 2019 06:56 AM PDT

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21 de março o que é?

Posted: 21 Mar 2019 03:50 AM PDT

«Em Portugal a esmagadora maioria das pessoas não sabe o que se comemora no dia 21 de março. Essa ignorância reflete a atenção que, como sociedade, damos ao tema que nessa data se assinala. As autoridades centrais e locais não lhe dão centralidade, os principais partidos e organizações da sociedade civil ignoram-no e apenas os próprios interessados o tentam puxar para a discussão pública perante as barreiras que parte da comunicação social ergue à abordagem do assunto.

Nos idos 1960 na África do Sul, então ainda sob o regime do apartheid, milhares de negros manifestaram-se pacificamente, no dia 21 de março, contra a Lei do Passe que lhes impedia a liberdade de movimentos na sua própria terra e lhes impunha a necessidade de ter uma autorização especial para entrar na zona exclusiva dos brancos. A polícia abriu fogo matando dezenas de pessoas e ferindo centenas. Este acontecimento ficou conhecido por Massacre de Sharpeville.

Em 1966 a Organização das Nações Unidas (ONU), recordando o massacre instituiu o 21 de março como o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Hoje é celebrado em todo o mundo. Todo o mundo? Não. Um pequeno país no ocidente europeu, resiste a reconhecer o racismo no seu território e a combatê-lo com denodo. Adivinham então qual será esse país? Uma pista. Fica mesmo ao lado da Espanha.

Contudo um ainda tímido, multifacetado e desorganizado movimento dos direitos cívicos das comunidades racializadas começa a emergir com força em Portugal, clamando justiça e o fim do racismo institucional no nosso país. O tempo de agir é agora.

Urge abandonar o negacionismo e encetar um diálogo social com as organizações antirracistas que leve à criação de políticas de ação afirmativa e anti discriminação em Portugal.

Para que não continue a ser a comunidade a que se pertence a definir a posição social no nosso país, para que os negros e ciganos não sejam condenados ao insucesso escolar, para que não sejam empurrados para bairros segregados e sem condições, para que a polícia trate todos por igual e nenhum com violência, para que o sistema de estatísticas nacionais permita detetar os problemas e delinear políticas públicas, para que a nacionalidade não seja negada a quem nasce no nosso país, para que os manuais escolares não reproduzam errados estereótipos negativos de certos grupos, para que toda uma agenda antirracista possa ser discutida e aprovada.

Este ano um grupo muito alargado de organizações, coletivos e indivíduos, entre eles o SOS Racismo, a Consciência Negra, a Femafro, e outras, convocou para as 18 horas no Largo de São Domingos em Lisboa uma concentração para assinalar o dia 21 de março.

Trata-se de mais um passo na afirmação desse movimento de direitos cívicos que emerge com energia da sociedade civil. Todos podem participar. Eu lá estarei.»

Jorge Fonseca de Almeida

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