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terça-feira, 5 de março de 2019

O Novo Banco e a pesada herança

por estatuadesal

(Por Carlos Esperança, 04/03/2019)

Chuta para cá mais mil milhões, diz o Ramalho, o CEO do Novo Banco...

Há quem recorde a ministra Maria Luís, uma promoção do aluno, ora catedrático, que exasperou Paulo Portas e o obrigou à provisória demissão irrevogável, a dizer que a resolução do BES não custaria um cêntimo aos contribuintes, o que a Dr.ª Cristas, de férias, logo apoiou, a partir da praia, pela confiança que lhe merecia a ansiosa amiga.

Claro que foi uma afirmação tão irresponsável com a do maior economista português, e um dos maiores de Boliqueime, a confirmar a solidez do banco de Ricardo Salgado, em cuja vivenda a sua primeira candidatura vitoriosa a PR foi gizada, durante um modesto jantar para quatro casais. Além do anfitrião e do protocandidato a PR, Marcelo e Durão Barroso eram as cabeças pensantes, também presentes, que urdiram a infeliz candidatura vencedora.

O Dr. Carlos Costa, do Banco de Portugal, responsável pela venda, incumbiu, por cerca de 30 mil euros mensais, o Dr. Sérgio Monteiro, conhecido por secretário de Estado das Privatizações, com cadastro na matéria (ANA, CTT, TAP e CP Carga), para proceder à venda. O resultado foi a escolha do fundo Lone Star para tomar 75% do Novo Banco, a custo zero, com o Fundo de Resolução a assumir um “mecanismo contingente” que cobre até 3,9 mil milhões de euros em potenciais perdas com determinados ativos do ex-BES.
Parece que o fundo abutre comprador, se agarra ao “mecanismo contingente” como as carraças aos cães.

Compreende-se que o PSD faça questão de chamar o ministro das Finanças à AR e diga que Mário Centeno tem que se "responsabilizar pela situação".

Na impossibilidade de punir os carrascos, pagam as vítimas. E vítimas somos todos nós.

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