Publicado por João Mendes
Imagem via Expresso
Sempre moralista, sempre igual a si próprio, Cavaco Silva tentou cavalgar a onda de indignação que vem incendiando o país, à medida que as revelações sobre a monarquia governamental socialista se foram avolumando.
Na senda moralista, Cavaco aproveitou um evento público para se tentar elevar sobre o comum dos mortais. A “pratica de jobs for the boys é muito negativa“, afirmou o homem que, enquanto primeiro-ministro, permitiu que os gabinetes do seu executivo fossem preenchidos pelas esposas dos seus ministros. O homem que, “por curiosidade“, recuou no tempo para verificar a composição dos governos a que presidiu e não encontrou qualquer ligação familiar, fossem os irmãos Miguel e Leonor Beleza, fosse Diamantino Durão e o seu sobrinho, Durão Barroso.
Pois bem, como um tiro no pé nunca vem só, sabemos agora que Cavaco, o moralista com pés de barro, nomeou a cunhada para assessora da esposa no Palácio de Belém. No meio da pouca vergonha socialista, cirurgicamente encomendada pela direita para aperitivo pré-eleitoral, mas não menos vergonhosa por isso, Cavaco Silva acaba por fazer mais um favor a António Costa. No governo portou-se como Costa, na presidência, onde Costa ainda não chegou, reincidiu. A prática de jobs for the boys é, de facto, muito negativa. E Cavaco usou e abusou dela.
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