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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Uma história de negligência

Posted: 15 May 2019 03:32 AM PDT

Se quer conhecer toda a história das estranhas relações entre a banca e o José Berardo, leia o artigo que saiu hoje no jornal Público, da jornalista Cristina Ferreira.
No artigo, lembra-se:
1) as nubladas razões por que nunca foram executadas as garantias dos três bancos (CGD, BCP e Novo Banco), detentores de garantias sobre uma dívida de José Berardo de mil milhões de euros;
2) as iniciativas levadas a cabo por Berardo e o seu advogado para anular as diligências dos bancos para controlar o acervo da Associação Colecção Berardo;
3) a estranha coincidência de uma acção judicial, levada a cabo por um anónimo cidadão de Palmela que é familiar do advogado de José Berardo, o qual requereu a nulidade dessas diligências e conseguindo - sem que os credores soubessem dessa acção - a declaração judicial da nulidade dos direitos dos credores;
4) como foi que, baseado nessa decisão, Berardo e o seu advogado alteram as regras no seio da associação, restringindo a acção dos credores, sem que nunca os bancos tivessem dado por nada...;
5) como o advogado dos credores, João Vieira de Almeida (do famoso escritórios de advogados Vieira de Almeida & Associados, com uma longa relação com o Estado), demite-se do lugar de presidente da Assembleia Geral da associação Colecção Berardo, na sequência do conjunto de actos levados a cabo por Berardo, sem ter dado conhecimento disso aos bancos;
6) como é que apenas passados oito meses sobre essa decisão de demissão, os bancos executam a dívida.
7) E pior: as administrações dos bancos garantem que apenas souberam - através das declarações de Berardo no Parlamento - que, entretanto, Berardo aumentara o capital da associação, diluindo a posição dos bancos credores.
Se Berardo pode ser um espertalhão, há muita coisa que muita gente em muitas instâncias terá de explicar.

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