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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Sérgio Moro é corrupto?

14/06/2019 by João Mendes

JBSM

Fotografia via Deutsche Welle

CORRUPÇÃO

cor.rup.ção
kuʀuˈpsɐ̃w̃
nome feminino
1. DIREITO aliciamento de uma ou mais pessoas, geralmente através dão oferta de bens ou de dinheiro, para a prática de actos ilegais em benefício próprio ou de outrem; suborno
2. DIREITO prática de ato lícito, ilícito ou de omissão contrária à lei ou aos deveres de determinado cargo, por parte de alguém que, no cumprimento das suas funções, aceita receber uma vantagem indevida em troca da prestação de um serviço
3. decomposição de matéria orgânica; putrefacção
4. modificação das características originais de algo; adulteração
5. figurado degradação de costumes, de valores morais, etc.; perversão

(via Infopédia/Porto Editora)

Em 2016, quando Sérgio Moro levantou o sigilo das escutas feitas a Lula da Silva e Dilma Rousseff, afirmou que o povo devia saber o que fazem os seus governantes. Agora é ele o governante e o povo descobriu umas mensagens que o colocam em cheque e revelam uma conspiração e viciação do julgamento de Lula da Silva – independentemente das nossas opiniões sobre o seu desfecho – que parecem indicar que Moro violou a lei para aplicar a sua lei. E que o ministério que hoje dirige foi uma compensação por importantes e decisivos serviços prestados. Em princípio, será corrupção. Será possível? O impoluto Sérgio Moro?

Hoje, promovido a ministro da Justiça, colhe os louros da militância justicialista e integra um governo cujo líder beneficiou, mais do que ninguém, das manobras de Moro à margem da lei. Já não é um simples juiz a negociar maroscas pelo Whatsapp. É um dos homens mais poderosos do Brasil. E o povo, como afirmou um dia, merece saber o que fazem os seus governantes. Resta saber se, por trás da militância, estava algum “incentivo”. A julgar pelo cargo que agora ocupa, e pela defesa apaixonada e aguerrida que faz do fascista que governa o país, é possível que alguém lhe tenha colocado uma cenoura à frente dos olhos. E ele não se fez de rogado. Afinal de contas, falamos do mesmo Sérgio Moro que, em 2017, aqui mesmo em Portugal, afirmou que nunca iria para a política.

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