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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Erdogan recebido pelo "fã" Donald Trump na Casa Branca

Erdogan recebido pelo "fã" Donald Trump na Casa Branca

De  Euronews • Últimas notícias: 14/11/2019 - 09:37

Erdogan recebido pelo "fã" donald Trump na Casa Branca

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REUTERS/Joshua Roberts

Não foi a receção que muitos em Washington esperavam e Recep Tayyip Erdogan foi acolhido calorosamente por Donald Trump na Casa Branca. Um encontro entre os dois presidentes numa altura em que as relações turco norte-americanas se encontram num dos pontos mais baixos de sempre.

O abandono norte-americano dos aliados curdos que permitiu a ofensiva turca na Síria suscitou um coro de críticas das duas fações políticas no congresso. Mas ao seu estilo, Trump disse ser um "fã" de Erdogan e fez referência à sua satisfação com o resultado da ofensiva.

"A fronteira entre a Síria e a Turquia está a aguentar-se muito bem, o cessar-fogo também. Temos estado a falar com os Curdos e eles parecem estar muito satisfeitos", declarou.

Uma posição que deixa dúvidas nos congressistas que consideram a retirada norte-americana na Síria uma traição aos aliados curdos.

Mas há mais. A compra turca dos ultramodernos sistemas russos de defesa antiaérea S400 causou apreensão no seio da Nato e na cooperação militar. Trump tardou a avançar com sanções como pretendiam muitos num congresso em que a câmara baixa votou a proibição de vendas de armas à Turquia.

Recep Tayyip Erdogan fala em diálogo.

"Também discutimos naturalmente a nossas muito enraizadas relações na industria da Defesa, em especial em relação ao sistema S400 e programa F35. Apenas podemos ultrapassar estas barreiras através do diálogo", explicou.

Os dois líderes pouco explicaram como os muitos dos problemas podem ser ultrapassados, a preferência foi para os pontos positivos.

"Temos bastante comércio com a Turquia mas pode ser muitas vezes maior. E a Turquia gostaria disso, uma coisa que seria boa para os Estados Unidos. Por isso pretendemos aumentá-lo para 100 mil milhões de dólares, quatro vezes mais do que existe agora", adiantou Trump.

O aperto de mãos dos lideres dos países que têm os maiores exércitos da Nato... Uma cumplicidade com a Rússia em pano de fundo.

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