por estatuadesal
(Carlos Esperança, 28/03/2020)
Já cansa ouvir os dirigentes das Ordens dos Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos e do SIM (Sindicato Independente dos Médicos) na batalha política contra as autoridades de saúde e no ataque ao Governo, sem se oferecerem para trabalhar num hospital. Sempre foram assim, mas há parte da frase, «estamos em estado de emergência nacional», que não percebem, e portam-se como antes da crise, agora com mais vigor e mediatismo.
E se fossem os 4 alvo de requisição civil, obrigados a trabalhar ao lado dos colegas?
Os profissionais exercem com coragem e abnegação as funções, dentro das Unidades de Saúde, enquanto os bastonários e o presidente do SIM, geram dúvidas, incitam o medo e exigem impossíveis, a partir do conforto dos gabinetes.
A constante aparição nas TVs é aterradora. Exigem mais profissionais, quando são eles quem melhor sabe os que há (a inscrição é obrigatória); mais proteção, como se alguém a conhecesse melhor do que os próprios; mais meios, como se numa guerra imprevisível os houvesse em algum país; mais material, como se o fornecimento ficasse disponível.
Os média que escolheram atingir o Governo acolhem as vozes que assustam, os autarcas politiqueiros, os bastonários, o público desinformado, numa frente que não exclui o PR.
O Governo tem antecipado medidas e o combate a nível europeu para procurar salvar os portugueses nesta conjuntura. António Costa tem sido a voz da inteligência, e coragem em nome dos portugueses, espanhóis, italianos e gregos. Por isso, apoio o Governo e as medidas contra a crise, e combaterei oportunistas, demagogos e terroristas.
Sabemos que a política externa e as funções executivas são exclusivas do Governo, que só depende da AR, mas o PR aparece, depois de um eclipse de medo, a fingir que é ele o guia do governo nas negociações na UE e na gestão da pior crise das nossas vidas. Não são famosas as encenações televisivas nem leais as audiências aos inimigos do Governo, certo da cumplicidade dos órgãos de informação e elogios da maioria dos comentadores, nomeadamente do seu alter ego Marques Mendes, que lhe garantem o segundo mandato.
Não duvido do muito e bem que o Governo tem feito sob uma barragem de fogo que os adversários mantêm perante o estoicismo do PM e autoridades de Saúde, ministra e d-g.
Nesta crise e na recuperação do prestígio perdido na sua reclusão voluntária verifica-se que o PR ilustra a máxima anarquista do ‘Maio de 68’, “quem sabe, faz; quem não sabe, ensina”, a tentar apropriar-se dos louros que cabem ao Governo, e a alfinetá-lo.
As capas incendiárias dos jornais parecem um conluio para provocar o caos. Não são jornalismo, são piromania. Quem veja um escaparate de jornais, junta às preocupações o medo, a angústia e a depressão.
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