Cristina Peres
Jornalista de Internacional
08 ABRIL 2020
Partilhar
“É preciso em abril preparar um maio, maduro maio”, disse ontem Ferro Rodrigues ao Expresso citando Zeca Afonso, pronto para ver o Parlamento aprovar na próxima semana uma segunda renovação do estado de emergência. O Presidente vai ainda “ouvir os especialistas de saúde pública na próxima terça-feira mas a suas palavras no final da reunião” que ontem “juntou políticos, técnicos, parceiros sociais e conselheiros de Estado não deixam grande margem para recuos”, escreve Ângela Silva.
O calendário: Marcelo ouve os especialistas de saúde no dia 14, o conselho de ministro reúne-se a 15 e o Parlamento a 16. No dia 17 terminam os 15 dias da emergência em vigor e que os técnicos de saúde agradecem ver prolongada até ao fim do mês.
Entretanto, é preciso não estragar o controlo da doença para confirmar se já teremos ou não passado o pico da epidemia em Portugal no final de março. É preciso manter ativas as medidas de contenção se quisermos encarar maio como um mês de viragem. Marcelo disse que não haverá aulas em abril. António Costa ainda não decidiu o que fará do ano letivo e reúne-se hoje com todos os partidos com representação parlamentar para ouvi-los sobre o assunto. Na quinta-feira ficaremos a saber o resultado da deliberação governamental.
Com a renovação do estado de emergência por mais 15 dias, o 25 de abril será comemorado sob medidas de restrição excecionais que não se viviam em Portugal desde 1975, lembra Ângela Silva.
Em Portugal, a curva da pandemia não permite descanso e o tema mantém-se nas manchetes: “Pico pode já ter passado, mas não é hora de relaxar”, dizem matemáticos e epidemiologistas no Público; “Prisão preventiva para infetados que violem quarentena” no JN; o jornal i debruça-se sobre “A força dos mais velhos que conseguem resistir ao vírus”; “Peritos contra a reabertura do secundário” no CM; “Fechados e sem soluções pequenos ATL lutam pela sobrevivência”, DN.
Sem comentários:
Enviar um comentário