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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Ordem para desconfinar

Curto

Cristina Peres

Cristina Peres

Jornalista de Internacional

27 MAIO 2020

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Quando 64% dos americanos respondem num inquérito nacional que deveria usar-se máscara em público, Donald Trump exibe-se sem usar uma ele próprio e tweeta várias vezes ao dia que não precisa. O Presidente promove a confusão que grassa num país onde a decisão de usar proteção na cara já tinha escala de batalha nacional sobre a responsabilidade individual durante a pandemia. Desde o Memorial Day, 25 de maio, o dia em que os EUA homenageiam os seus cidadãos caídos em batalha, a máscara tornou-se também símbolo de divisão dos americanos.
Usar ou não usar máscara tornou-se ideologia, tornou-se política e cada um dos candidatos à eleição presidencial pelos partidos democrata e republicano fez a sua declaração pública ao aparecerem nas cerimónias com máscara - casal Joe Biden -, e sem máscara - casal Trump.
Este é o contexto em que Trump aposta em desconfinar: os Estados Unidos têm o maior número infetados por coronavírus e os mortos estão no limiar dos 100 mil. O Presidente pressiona insistentemente para que os estados reabram as suas economias assim permitindo que aconteça “a transição para a grandeza”, como reza o slogan da sua campanha. Se dúvidas houvesse, até o ex-chefe de gabinete do Presidente, Mick Mulvaney, disse na terça-feira que usar máscara podia ajudar a revitalizar a economia. Mensagens contraditórias deixaram muitos trabalhadores e as suas comunidades sem saber qual a extensão da disseminação da covid-19.
Pela primeira vez na história, o Twitter adicionou um link a dois tweets da conta do Presidente americano refutando a sua falta de exatidão e denunciado que ele tinha feito alegações falsas acerca dos votos eletrónicos. A empresa incitou as pessoas a “verificar os factos”.

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