De Bruno Sousa • Últimas notícias: 26/06/2020 - 11:57
Direitos de autor Solicitante del Ingreso Mínimo Vital
Mais do que uma prestação económica, trata-se de uma política social para ajudar as pessoas vulneráveis a viver melhor. É desta forma que o governo espanhol descreve o Rendimento Mínimo Vital, apoio que oscila entre os 462 e os 1015 euros mensais e que começa a ser atribuído esta sexta-feira.
Mónica Yandún tem uma filha com incapacidade física superior a 33% e é uma das requerentes, caso o pedido seja aprovado a ajuda de cerca de 1000 euros anuais dará lugar a um rendimento a rondar os 700 euros por mês.
Indisponível para trabalhar para poder tratar da filha, Mónica Yandún queixa-se que as despesas médicas são demasiadas e que o dinheiro não chega ao fim do mês.
A situação está longe de ser um caso isolado. Na Cáritas multiplicam-se os pedidos não só de alimentos mas também de ajuda com os trâmites burocráticos para pedir o rendimento mínimo.
Rocío Jiménez Daza é voluntária na instituição e explica que acabam por ajudar no pedido uma vez que parte dos requerentes está há anos sem trabalhar e nem sequer tem correio eletrónico ou computador.
Claudia e Santos Illera chegaram recentemente a Espanha e as poupanças que trouxeram da Venezuela já se esgotaram. Vivem em casa de um familiar e a idade já se tornou um obstáculo na procura de emprego. Com uma filha menor a seu cargo, a medida do executivo é bem vida.
Para a venezuelana, o novo rendimento terá como destino prioritário a alimentação mas terão também de comprar novas roupas para a filha que sejam adequadas ao inverno em Espanha.
O objetivo do rendimento mínimo vital é acabar com a pobreza que já existia e que foi agravada pela pandemia, como o provam estas filas de pessoas à espera de receber alimentos. Segundo o governo, a medida chegará a mais de 850 mil lares para benefício de dois milhões e trezentas mil pessoas.
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