De Pedro Sacadura com AFP • Últimas notícias: 14/09/2020 - 12:48
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As relações entre a China e a União Europeia (UE) são postas à prova, esta segunda-feira, no arranque da cimeira extraordinária entre líderes europeus e o presidente chinês. O presidente Xi Jinping reúne-se, virtualmente, com a chanceler alemã, Angela Merkel, com o presidente francês e com os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
As alterações climáticas, o comércio internacional, a economia e a pandemia de Covid-19, que fez azedar as relações bilaterais, são pratos fortes do encontro, que decorre por videoconferência.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, lembrou que "a China está a ficar mais poderosa e assertiva e que a ascensão é impressionante e desperta respeito, mas também perguntas e medos."
Já o líder da delegação do Parlamento Europeu para as relações com a China, Reinhard Bütikofer, foi mais além: "A Europa está a resistir com mais força por causa do comportamento agressivo por parte da China. Descreveria a situação dizendo que a Europa está a aprender a lição sobre como tornar-se menos ingénua e mais enérgica, defendendo os nossos valores e interesses."
A questão dos direitos humanos e do Estado de direito também estarão em cima da mesa. Sob a presidência rotativa da Alemanha pretende-se aclarar a deterioração da situação em Hong Kong e no mar do sul da China.
"Penso que em breve - esperamos ainda durante a presidência alemã - se finalizará o trabalho sobre o mecanismo global de sanções aos direitos humanos, que permitirá à Europa sancionar responsáveis pela violação de direitos humanos como o chefe da polícia em Hong Kong que está a incentivar os efetivos a ser o mais violentos possível", sublinhou Reinhard Bütikofer.
Para o final do ano está prevista a continuação do diálogo bilateral UE-China sobre os Direitos Humanos.
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