É ou não plausível a hipótese de afastar Donald Trump do poder antes da tomada de posse de Joe Biden, a 20 de janeiro? Para Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos Representantes, não só é plausível como é urgente, considerando Trump uma "ameaça" concreta à democracia americana.
Os Democratas prepararam uma resolução de destituição que pode ir a votos no Congresso já esta terça-feira. O vice-presidente, Mike Pence, tem depois 24 horas para invocar a 25ª Emenda e declarar o atual presidente incapaz de governar. Há, pelo menos, dois senadores republicanos a apoiar o impeachment. No entanto, o obstáculo pode vir de outro lado.
"Há mecanismos parlamentares que a Câmara dos Representantes pode usar para resolver tudo numa questão de horas ou num par de dias. Mas é óbvio que isso iria asfixiar o diálogo e gerar críticas. O problema principal não está na Câmara, está no Senado. O Senado só volta a reunir a 19 de janeiro. E não há nada que os obrigue a agir antes disso", afirma Brian C. Kalt, professor de Direito Constitucional da Universidade do Michigan.
A insurreição que Trump é acusado de incitar pode ter ido muito mais longe do que inicialmente noticiado, com novos relatos a revelarem uma autêntica caça aos deputados no interior do Capitólio. Cinco pessoas morreram durante a invasão.
Se Trump for afastado, não mais se poderá candidatar à presidência dos Estados Unidos.
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