Donald Trump admitiu, "mesmo contrariado", que não tem condições para continuar a contestar a vitória de Joe Biden nas presidenciais norte-americanas e promete uma transição pacífica até à tomada de posse do novo presidente no dia 20 de janeiro.
As duas câmaras do Congresso norte-americano validaram a eleição de Joe Biden como próximo presidente dos Estados Unidos.Depois da violência, os congressistas voltaram aos trabalhos e a validação final aconteceu depois de ultrapassadas as objeções colocadas por congressistas da Pensilvânia e do Arizona. Quase todos aqueles que planeavam colocar obstáculos à confirmação de Biden, incluindo a recém-derrotada senadora republicana da Geórgia Kelly Loeffler, voltaram atrás depois dos incidentes.
Palavras dos líderes
O vice-presidente Mike Pence prestou homenagem à polícia - "Aos homens e mulheres que defenderam este edifício histórico". Disse ainda que "aqueles que protagonizaram a invasão não venceram. A violência nunca vence".
Mitch McConnell, líder da maioria republicana no Senado, disse que "o país enfrentou ameaças muito maiores do que aquela multidão. A democracia norte-americana nunca foi abalada e não é agora que o vai ser. Tentaram lançar o caos na democracia, não conseguiram".
Já o líder da minoria democrata Chuck Schumer foi bastante mais incisivo para com Trump: "Isto não aconteceu espontaneamente. Foi o Presidente quem promoveu teorias de conspiração, motivou e exortou estes desordeiros a vir para a capital. Quase nunca desencoraja a violência e o mais comum é mesmo encorajá-la, por isso tem uma boa parte da culpa", disse.
Kelly Loeffler, senadora republicana da Geórgia que acaba de perder a reeleição, foi um dos senadores a voltar atrás com a decisão de colocar objeções à certificação dos resultados. Disse que "depois do que aconteceu, nunca o poderia fazer de boa consciência". Habitualmente, a certificação dos resultados eleitorais é uma mera formalidade.
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