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terça-feira, 15 de junho de 2021

 


Os sargentos Cotrim de Figueiredo e Tiago Mayan Gonçalves e o arraial da IL

por estatuadesal

(Carlos Esperança, 14/06/2021)

Que os sargentos da Iniciativa Liberal (IL) usem a liberdade de manifestação dos partidos políticos é um direito que a CRP lhes consente, mesmo contrariando as recomendações da Direção Geral de Saúde.

Que condenassem a festa do Avante, onde se cumpriram as recomendações sanitárias, e organizassem o seu arraial de forma anárquica, perigosa e provocatória, é a incoerência de quem julga que o dinheiro pode tudo.

Que, por palavras, manifestassem as divergências políticas em relação a António Costa, Catarina Martins, Jerónimo de Sousa, Rui Rio, Eduardo Cabrita, Augusto Santos Silva, Fernando Medina e Marta Temido, era a afirmação ideológica, mas usar as caras como alvo das flechas foi uma pulsão assassina de quem, à semelhança da Inquisição, os quis matar em efígie, na impossibilidade de o fazer fisicamente.

Já, na apoteose da diversão, ao escolherem como alvo das setas o político, jornalista, escritor e médico argentino-cubano, “Che” Guevara, o guerrilheiro assassinado em 9 de outubro de 1967, que faria no dia de hoje 93 anos, manifestaram a vocação assassina do sargento Mario Terán Salazar que, antes dos disparos ainda ouviu da vítima:

– “Acalme-se, vai matar um homem.”

Cotrim de Figueiredo e Tiago Mayan Gonçalves não se preparam para governar, treinam para carrascos. E não têm como o seu ídolo, o sargento Mario Terán Salazar, alguém que lhes diga “acalmem-se, vão matar homens e mulheres sem os quais não há democracia”.

Ao dispararem sobre a imagem de um guerrilheiro assassinado a sangue frio, treinaram para escrever os nomes num rol de psicopatas.

Quanto aos políticos portugueses que perfuraram com setas, de Jerónimo de Sousa a Rui Rio, foi a democracia que visaram no tiro ao alvo e no gozo alarve de eliminarem os adversários no arraial de Santo António.

Foi um arraial de perversidade de dois facínoras perante o ar alarve dos sequazes, entre sardinhas e bifanas.

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