A traição de Ergodan
(Por Scott Ritter, in VK, 29/11/2024, Trad. Estátua de Sal) A ofensiva contra Alepo iniciada pelos turcos islâmicos, aliados de Hayat Tahir Al-Sham (uma Al Qaeda rebatizada que fez aliança com o ISIS) e o Exército Nacional Sírio, aliado dos EUA, é a consequência de um plano estratégico entre os israelitas e os turcos, apoiados pelos EUA: tentam cortar a rota de abastecimento do Irão ao Hezbollah no Líbano e ameaçam desestabilizar/derrubar o governo de Assad, forçando a Rússia a desviar recursos da Ucrânia para salvar a sua posição na Síria. A Ucrânia forneceu conselheiros aos militantes anti-Assad na guerra com drones. Aparentemente, Israel também estendeu o seu esquema explosivo de pager/rádio à Síria, perturbando o comando e controlo tático sírio num momento crítico dos combates. A Síria foi em grande parte desmobilizada e o Hezbollah regressou maioritariamente ao Líbano. As milícias iraquianas apoiadas pelo Irão estão mal preparadas para conter este ataque. É altamente provável que Alepo caia nas mãos das forças islâmicas pró-turcas. Muito provavelmente haverá um esforço concertado, liderado pela Rússia e pelo Irão, para salvar a situação na Síria. Mas isso levará tempo. Esta ofensiva pode ameaçar o cessar-fogo no Líbano. Os maiores prejudicados, em tudo isto, são a Turquia e o seu Presidente, Recep Erdogan.
A Rússia e o Irão estabilizarão a Síria. Isso levará meses. A Síria e os seus aliados destruirão o bastião islâmico em Idlib. Isso levará anos. A linha de abastecimento Irão-Hezbollah será restaurada/mantida. Israel será derrotado. E os EUA retirar-se-ão da Síria, provavelmente em meados de 2025. E a Turquia continuará a trair toda a gente com quem faz negócios, porque Erdogan representa e pensa apenas na Turquia. |
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