Zelensky, o mais recente putinista
(Tiago Franco, in Facebook, 16/11/2024, Revisão da Estátua) Depois da última entrevista de Zelensky, adorava ouvir os defensores dos "game changers", "as long as it takes" e "agora é que é". Gostava que me explicassem, aqueles que durante (quase) três anos defenderam uma guerra paga com o dinheiro de todos e regada com o sangue ucraniano, com que cara é que vão sair disto, depois de ouvirem Zelensky admitir que a guerra termina quando os EUA quiserem e, pior, que é preciso entender quais são as linhas vermelhas definidas pelo governo de Trump. Ou seja, traduzindo para português corrente, o presidente da Ucrânia assume aquilo que qualquer pessoa com dois dedos de testa diz há anos: a Ucrânia não tem qualquer influência no curso desta guerra. Cabe-lhe o papel de meter a carne no assador, enquanto as potências decidem as novas alianças, fronteiras e parcerias económicas. Os ucranianos, como dito e escrito 500 vezes, não são tidos nem achados para a sua própria guerra. Ninguém quis saber durante os anos de guerrilha no Donbass e, a partir da invasão russa, passaram os ucranianos a servir como ponta-de-lança de uma estratégia que pretendia desgastar os russos e deixá-los quietos mais 20 anos. E com sucesso, diga-se. Zelensky foi elevado a resistente e herói pelos interesses do momento (EUA e RU), foi abraçado pelos idiotas úteis (UE) e no fim, depois de servir devidamente as potências que o manipularam, assume, que vai assinar o acordo que os outros deixarem, ou seja, o mesmíssimo que poderia ter assinado em 2022 mas com menos 500 000 mortos. Hoje até já ouvi dizer que "as fronteiras são dinâmicas" e "até Napoleão e Hitler caíram na Rússia".
O som de tanta espinha a dobrar, ouvido aqui ao longe, daria para fazer a percussão do concerto de Natal do coro Santo Amaro de Oeiras. |
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