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terça-feira, 10 de abril de 2018

Portugal contrata bancos para avançar com emissão de dívida a 15 anos

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Publica (IGCP) contratou seis instituições financeiras para avançar com uma emissão de dívida sindicada a 15 anos, segundo noticiou hoje a Bloomberg.

Portugal contrata bancos para avançar com emissão de dívida a 15 anos

© Global Imagens

Notícias ao Minuto

HÁ 12 MINS POR LUSA

ECONOMIA IGCP

De acordo com a informação publicada, as instituições em causa são o Barclays, a CaixaBI, o Deutsche Bank, o HSBC, o Morgan Stanley e o SG CIB.

A Bloomberg adianta que a dívida vence a 18 de abril de 2034 e que é esperado que a operação seja lançada e os preços fixados "num futuro próximo", de acordo com as condições do mercado.

Na passada quinta-feira, o IGCP previu ainda para o segundo trimestre novas emissões de Obrigações do Tesouro (OT), esperando colocações de 1.000 a 1.250 milhões de euros.

Em comunicado, o IGCP adiantou, na altura, que de acordo com as linhas de atuação previstas para o trimestre agora iniciado, as emissões de OT - através da combinação de sindicatos e leilões - terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro e Operadores de Mercado Primário e poderão ser realizados às segundas, quartas ou quintas-feiras de cada mês, após anúncio do montante indicativo e linhas de OT a reabrir até três dias úteis antes da respetiva data de leilão.

Incêndios: GNR já levantou 71 autos por falta de limpeza de terrenos

A GNR levantou, em todo o país, 71 autos de contraordenação a proprietários por falta de limpeza de terrenos florestais, que podem ficar sem efeito se a limpeza for assegurada até 31 de maio.

Incêndios: GNR já levantou 71 autos por falta de limpeza de terrenos

© DR

Notícias ao Minuto

HÁ 4 HORAS POR LUSA

"Desde o dia 2 de abril já foram elaborados pela GNR 71 autos de contraordenação", avançou hoje o chefe da seção do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) do Comando Territorial da GNR Viana do Castelo, Miguel Branco.

O responsável, que falava aos jornalistas durante uma ação de fiscalização realizada em Viana do Castelo e Caminha, adiantou que desde 15 de janeiro esta força policial efetuou, em todo o país "7.760 ações de sensibilização que alcançaram 111.522 pessoas".

O militar adiantou que a fase de sensibilização dos proprietários "superou as expetativas", com "uma adesão muito grande" às ações promovidas, considerando que essa participação se reflete em "cada vez mais terrenos limpos".

Na Amorosa, freguesia de Chafé, em Viana do Castelo, a GNR levantou dois autos de contraordenação - um por falta de limpeza de um terreno situado junto a uma empresa e outro a um aglomerado populacional.

"Este proprietário vai ser autuado porque não tem a gestão de combustível efetuada, nomeadamente a distância das copas está a menos de cinco metros da edificação e a própria distância entre copas é inferior a dez metros", explicou, referindo-se ao terreno junto da unidade fabril.

Miguel Branco explicou que, após a elaboração do auto de contraordenação, é informada a Câmara Municipal, que "irá notificar o proprietário e dar-lhe um prazo para fazer a limpeza".

"A partir do dia 01 de junho vai ser verificada, novamente, a situação. Se o proprietário não efetuou a gestão de combustível até 31 de maio vai ser notificado para o pagamento da contraordenação ou para apresentação de defesa para constar no processo de contraordenação", especificou.

No concelho vizinho de Caminha, na freguesia de Vila Praia de Âncora, Rosa Parente, de 69 anos, tem dois terrenos limpos, mas ao lado o trabalho ainda está por fazer.

"Está cheio de austrálias e não vejo maneira de o limparem. Acho que deviam limpar porque assim não tem muito jeito, uns limparem e outros não", afirmou, lamentando o custo da limpeza de seis mil metros quadrados.

"O pior foi pagar 800 euros. Onde vamos buscar rendimento destes terrenos para poder pagar? questionou, referindo-se ao abandono a que estão votadas as terras.

"Isto foi estragado com a CEE e outras coisas assim. Pagaram para as pessoas arrumarem com a lavoura. Os pequenos tinham de acabar e deu no que deu", frisou, lembrando os fogos de outubro do ano passado, que também "lamberam" as suas propriedades.

Os terrenos, acrescentou, estavam limpos, mas quando o fogo "chegar perto, vai tudo".

Para Rosa Parente, a prevenção de incêndios "passou do oito aos oitenta, por causa das desgraças".

"Agora fazem isto. Já devia ter sido prevenido há mais tempo", disse.

Quem não tem mãos a medir é a empresa de Fernando Cunha, de Vila Nova de Cerveira, que "já tem rejeitado algum trabalho".

O empresário reforçou o número de trabalhadores, "difíceis de encontrar e agora a pedir mais dinheiro", mas reconheceu que as solicitações "são bastantes" e que "tem sido uma corrida muito grande, para cumprir os prazos".

A dificuldade em "escoar" a madeira junto das empresas de celulose da região, que "estão superlotadas", foi outra dos problemas que apontou, até porque também recebem esta matéria-prima da Galiza (Espanha), zona afetada por incêndios florestais no ano passado.

Costa promete a Theresa May relações luso-britânicas “o mais próximas possível” após o Brexit

HÁ 2 HORAS

Costa prometeu a Theresa May que depois do Brexit as relações entre os dois países serão "o mais próximas possível". O primeiro-ministro quer que as relações económicas se continuem a desenvolver.

WILL OLIVER/EPA

Autor
  • Agência Lusa
    As relações entre Portugal e o Reino Unido vão continuar a ser “o mais próximas possível” depois do Brexit, prometeu esta terça-feira o primeiro-ministro, António Costa, após um encontro com a homóloga britânica, Theresa May.

À saída de Downing Street, residência oficial do chefe do Governo britânico, Costa disse que o principal tema em debate foi a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, e o impacto na situação dos cidadãos portugueses residentes e dos britânicos que residem e que visitam habitualmente em Portugal.

Costa reiterou sobretudo o desejo de que “as relações possam ser o mais próximas possível, em particular no domínio da cooperação na área das ciências e da investigação científica, no domínio do ensino superior e no domínio das relações económicas”. O chefe do governo português lembrou que o investimento britânico quintuplicou em 2017 relativamente a 2016.

“O desejo que temos é que, depois do Brexit, essas relações económicas se continuem a desenvolver, não só como parceiros comerciais, que já têm um nível muito elevado, mas sobretudo ao nível do investimento, para além de continuarmos a contar com o Reino Unido como principal mercado emissor de turismo”, salientou.

As futuras relações comerciais serão definidas no quadro das negociações entre o Reino Unido e a União Europeia, admitiu. No entanto, o primeiro-ministro português quer que “a futura relação do Reino Unido com a União Europeia seja o mais próxima possível”.

“Como tenho dito várias vezes, o Reino Unido sai da União Europeia mas não sai da Europa. Continua a ser um vizinho, um aliado, um parceiro económico e um país amigo de Portugal. A nossa relação é muito anterior à existência da UE e será continuará a ser uma ótima relação após o Reino Unido sair da União Europeia”, vincou.

Sobre o incidente registado no início do mês na localidade inglesa de Salisbury, onde o ex-espião russo Serguei Skripal e a sua filha Yulia foram encontrados, inconscientes, num banco público, alegadamente vítimas de um agente neurológico gasoso, de nível militar, Costa manteve o apoio de Portugal a Londres.

Costa reitera solidariedade com Londres sobre caso Skripal

O primeiro-ministro, António Costa, manifestou esta terça-feira à homóloga britânica, Theresa May, a solidariedade de Portugal no conflito com a Rússia relativo ao envenenamento do antigo espião Sergei Skripal e da sua filha Yulia.

À chegada para um encontro com May no n.º 10 de Downing Street, a residência oficial do chefe do Governo britânico, António Costa considerou “muito importante” reiterar a solidariedade de Portugal para com o Reino Unido.

“Para nós, é muito importante expressar solidariedade com o terrível incidente em Salisbury e o nosso apoio a todas as iniciativas”, acentuou. O chefe de governo português agradeceu também as palavras de Theresa May sobre o centésimo aniversário da batalha de La Lys, a mais mortífera para os soldados portugueses durante a Primeira Guerra Mundial, celebrado na segunda-feira.

“Foi um momento muito dramático que vivemos juntos e significativo da nossa relação, porque já existia antes da União Europeia e vai com certeza continuar por muitos anos depois da vossa saída”, disse o primeiro-ministro português.

May começou por manifestar o agrado em receber Costa e por lhe expressar o valor que o Reino Unido dá à longa aliança entre os dois países. “A nossa cooperação e parceria é mais antiga, tem sete séculos, e temos muito para discutir a cooperação em várias áreas: ciência, artes, desportos, defesa”, declarou.

Entre as questões chave que enumerou para tema de discussão, referiu a Síria, Salisbury, “mas também a futura parceria do Reino Unido com a União Europeia” após o Brexit e ainda as relações financeiras com Portugal e a forma de as manter no futuro.

O Reino Unido vai deixar a União Europeia em 29 de março de 2019, dois anos após o lançamento oficial do processo de saída, e quase três anos após o referendo de 23 de junho de 2016 que viu 52% dos britânicos votarem a favor do Brexit.

António Costa está em Londres para uma visita de dois dias, tendo neste dia um encontro também com a comunidade portuguesa. O segundo dia do primeiro-ministro na capital britânica, na quarta-feira, será totalmente dominado pela agenda económica, começando com um pequeno almoço com potenciais investidores.

Depois, António Costa participa num fórum de negócios “Portugal/Reino Unido” e numa conferência económica sobre negócios entre Portugal e a Índia.

A crise diplomática originada pelo envenenamento do antigo espião Sergei Skripal e da sua filha Yulia já levou à ordem de expulsão de cerca de 300 diplomatas. A 14 deste mês, o Reino Unido anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos, uma manobra diplomática que foi seguida nos últimos dias por muitos países ocidentais, pela Ucrânia e pela NATO, o que afetou mais de 150 membros de representações diplomáticas da Rússia em dezenas de países.

Na União Europeia, foram 18 os países que seguiram os procedimentos de Londres, ordenando a expulsão de mais de 30 diplomatas russos, além dos 23 que foram inicialmente mandados sair do Reino Unido.

Estas expulsões foram anunciadas pela Alemanha (quatro expulsões), França (quatro), Polónia (quatro), Lituânia (três), República Checa (três), Espanha (dois), Itália (dois), Holanda (dois), Dinamarca (dois), Suécia (um), Letónia (a), Roménia (um), Croácia (um), Finlândia (um), Estónia (um), Hungria (um), Irlanda (um) e Bélgica (um).

Portugal foi um dos países que, juntamente com a Eslováquia, Bulgária, Luxemburgo e Malta, chamaram embaixadores para conversações, mas não expulsaram diplomatas russos. Depois do anúncio destes países, a Rússia anunciou que iria retaliar proporcionalmente, criticando as medidas tomadas por Londres sem provas e reafirmando a sua inocência na utilização de um agente químico para envenenar o antigo espião Skripal e a sua filha.

«Moro agiu fora da lei, a serviço dos EUA, e brasileiros devem resistir»

Na presidência do Senado nesta sexta-feira, o senador Roberto Requião afirmou, em discurso na tribuna, que Sérgio Moro cumpriu à risca o protocolo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos ao ordenar a prisão do ex-presidente Lula, e não os procedimentos legais brasileiros.

Na presidência do Senado nesta sexta-feira 6, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que Sérgio Moro cumpriu à risca o protocolo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos ao ordenar a prisão do ex-presidente Lula, e não os procedimentos legais brasileiros.

Moro cometeu ilegalidade e está a serviço de fora”

Declarou o parlamentar, em um duro discurso na tribuna.

Requião convocou ainda os brasileiros à resistência contra o avanço do arbítrio e a entrega do país aos interesses internacionais. Em seguida, o senador não encerrou a sessão, apenas suspendeu-a para que outros parlamentares pudessem usar a tribuna.

Em sua conta no Twitter mais cedo, Requião já havia criticado a decisão de Moro, que determinou que Lula se apresente à Polícia Federal em Curitiba até 17h desta sexta-feira. “Por todos os títulos a prisão de Lula é ilegal. Cabe ao STF RESOLVER RAPIDAMENTE ESTÁ AGRESSÃO AO DIREITO”, postou o senador. “Crime é o juro abusivo, o entreguismo, o corte de direitos, o fim da soberania, a supressão da dignidade de sermos brasileiros”, acrescentou.

Assista ao discurso de Requião no Senado feito nesta manhã:

Texto original em português do Brasil

Exclusivo Editorial Brasil247 / Tornado

Já é possível saber se os seus dados de Facebook foram utilizados pela Cambridge Analytica

HÁ 2 HORAS

Já está disponível a hiperligação dentro do Facebook que mostra se a conta do utlizador foi afetada pela aplicação criada pela Cambridge Analytica. Veja se foi um dos afectados.

A Cambridge Analytica, segundo o Facebook, copiou e manteve ilicitamente em base de dados a informação de 87 milhões de perfis

AFP/Getty Images

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O Facebook anunciou, esta segunda-feira, que ia disponibilizar uma ferramenta para permitir aos utilizadores saberem se o seu perfil foi copiado pela empresa de análise de dados Cambridge Analytica. A opção começou a aparecer no topo do feed de notícias em perfis nos Estados Unidos e no Reino Unido. Contudo, para os utilizadores que não receberam a notificação, podem aceder diretamente através do centro de ajuda da rede social, através desta hiperligação.

Na ferramenta, disponível apenas em inglês (para já), a plataforma informa o utilizador se as informações do seu Facebook foram ou não recolhidas pela aplicação This Is Your Digital Life.

O caso Cambridge Analytica pôs o Facebook debaixo de fogo depois de o The Guardian, o The New York Times e o Channel 4 terem divulgado que uma aplicação da plataforma — a This Is Your Digital Life — tinha copiado a informação de centenas de milhões de perfis de utilizadores e de amigos destes. Estes dados terão sido utilizados para criar publicidade política específica direcionada ao utilizador com base nos interesses e interação na rede social.

O Facebook tinha conhecimento da situação desde 2015, mas a Cambridge Analytica, e as empresas de análises de dados ligadas ao grupo SCL, terão mantindo os dados pessoais de dezenas de milhões de utilizadores.

Teve a informação do seu perfil recolhida pela aplicação da Cambridge Analytica? Envie um e-mail para tecnologia@observador.pt e conte-nos a história.