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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Diretor de campanha de Rio promoveu obras de 2,2 milhões que beneficiaram dirigente do PSD

PSD

24/1/2018, 23:29191

Câmara de Salvador Malheiro, diretor de campanha de Rio, fez contrato com clubes para relvados sintéticos. Obras de quase 2 milhões beneficiaram líder da concelhia do PSD de Ovar e futuro vereador.

Depois da cacicagem de votos nas diretas do PSD em que dirigiu a campanha no novo líder, Rui Rio, Salvador Malheiro vê-se agora envolvido noutra polémica

Autor
  • Pedro Raínho

Salvador Malheiro, presidente da Câmara Municipal de Ovar e diretor de campanha de Rui Rio nas diretas do PSD, entregou 2,2 milhões de euros a clubes e associações desportivas do concelho para a instalação de relvados sintéticos nos respetivos campos de futebol. Muitos dos contratos foram diretamente adjudicados pelos clubes à Safina, empresa de Pedro Coelho, líder da concelhia do PSD de Ovar (posteriormente vereador no executivo camarário de Salvador Malheiro). Mesmo quando a obra foi entregue a outra empresa, os relvados também foram comprados a esta firma que tem sede no concelho.

O empresário social-democrata e futuro vereador participou pelo menos numa reunião da câmara municipal com os clubes sobre este assunto, antes de qualquer consulta ao mercado e antes de a sua empresa ser contratada para fazer as obras de requalificação dos relvados. O Observador sabe que o próprio Pedro Coelho chegou a enviar três orçamentos de empresas diferentes a dirigentes de pelo menos um dos clubes para justificar a escolha da Safina — que aparecia com a proposta mais barata.

[Pode ver neste vídeo Salvador Malheiro a defender-se das suspeitas, numa entrevista ao Observador]

Os contornos do negócio dos relvados sintéticos, que decorreu no primeiro mandato de Salvador Malheiro, entre 2013 e 2017, levantam dúvidas sobre a transparência do processo e sobre o papel de Pedro Coelho — que também foi mandatário concelhio de Marcelo Rebelo de Sousa nas presidenciais de 2016. O presidente da câmara, Salvador Malheiro, que promoveu e controlou este processo, não só foi diretor de campanha de Rui Rio à liderança do PSD como também se tornou num dos homens fortes do novo líder social-democrata no caminho para a presidência do partido. Faz parte do seu núcleo duro. Foi também protagonista na história de cacicagem de votos, revelada pelo Observador, que envolveu o transporte de filiados no PSD para votar nas diretas de 13 de janeiro através da utilização da carrinha de um grupo folclórico do concelho financiado pela autarquia. Malheiro, que é presidente da distrital de Aveiro, tem a sua concelhia, de Ovar, envolvida numa série de polémicas relacionadas com a inscrição alegadamente irregular de militantes no partido.

Entre 2013 e 2017 – período em que oito clubes e associações do concelho beneficiaram de obras de requalificação dos seus campos de futebol –, Pedro Coelho ainda não fazia parte do executivo camarário. Ainda assim, nos primeiros meses de 2015, quando já presidia à concelhia do PSD de Ovar, esteve presente em pelo menos uma reunião com elementos do executivo camarário, incluindo Salvador Malheiro, e dirigentes do Centro Cultural e Recreativo de Válega (CCRV) em que se discutiu a construção de uma pista de patinagem no clube, proposta que tinha vencido o Orçamento Participativo do ano anterior.

Nesse momento, a obra ainda não tinha sido oficialmente entregue a qualquer empresa e Pedro Coelho, diretor executivo da Safina – empresa especializada na produção de relvados sintéticos –, estaria na reunião como “representante” de uma construtora do Algarve, segundo uma fonte do clube. Estava em causa um contrato de 100 mil euros.

Em poucos meses, o cenário alterou-se. Em abril de 2015, a autarquia informou o clube de que a formalização do concurso para a construção da pista estava “atrasada” e sugeriu que a única forma de o projeto avançar rapidamente seria através da assinatura de um contrato-programa entre o CCRV e a Câmara Municipal de Ovar, que, além da construção da pista de patinagem, englobasse também o novo relvado sintético. O negócio passou a valer 400 mil euros.

Salvador Malheiro foi o diretor de campanha de Rui Rio, faz parte do seu núcleo duro e é presidente da distrital de Aveiro

É nessa fase que Pedro Coelho entra na história. As regras obrigavam o clube de Válega a apresentar três orçamentos à câmara municipal para a escolha da empresa a que seria atribuído o contrato. Além da Safina, o clube entregou propostas de orçamentos da Cotenis e da Ambienergy, garantiu uma fonte do CCRV.

Mas o Observador sabe que esses três orçamentos foram entregues ao presidente do clube pelo próprio Pedro Coelho, dirigente da Safina que, depois das eleições autárquicas de outubro do ano passado, passou a integrar o executivo camarário com o pelouro das obras públicas.

Foram-me entregues os três orçamentos e eu fi-los chegar à câmara, como a câmara me exigia”, diz Pedro Nunes, presidente do CCRV, ao Observador.

E de onde vieram esses orçamentos? “Quem mos deu foi a mesma pessoa”, refere o dirigente, sem “confirmar nem negar” que essa pessoa tenha sido Pedro Coelho. No entanto, o Observador teve acesso a informações trocadas entre dirigentes do clube onde ficava explícito que as propostas das outras empresas foram mesmo enviadas pelo dono da Safina e líder do PSD de Ovar a Pedro Nunes, do CCRV. O valor indicado por Pedro Coelho, o mais baixo das três empresas, era de 295.446,86 euros (a que se somariam os 100 mil euros para a construção da pista de patinagem). Trata-se do mesmo documento que refere explicitamente que Pedro Coelho esteve numa das reuniões entre a autarquia e dirigentes do Válega.

Nessa reunião, conta o presidente do Válega, um elemento da câmara chegou a perguntar em quem estava o clube a pensar para executar a obra (antes, claro, de ter havido uma consulta alargada ao mercado). E o dirigente desportivo assumiu que tinha pensado na Safina, tendo em conta que a empresa tinha há pouco ganho o concurso da UEFA para apetrechar a cidade anfitriã da final da Liga dos Campeões. Mais: sendo de Ovar, parecia-lhes certo que fosse a escolhida.

Conseguida a obra, a Safina acabaria por ter de subcontratar outras empresas para, entre outros trabalhos, instalar a pista de patinagem, que ficaria anexo ao novo campo de futebol com relvado sintético.

O programa de instalação dos tapetes sintéticos, que ajudou Salvador Malheiro a ganhar a autarquia ao PS em 2013 – depois de 20 anos de gestão socialista –, já previa um reforço da aposta nos clubes desportivos e recreativos do concelho. “Sentimos que, em Ovar, tínhamos infraestruturas desportivas que não estavam minimamente equiparadas com as dos nossos concelhos vizinhos”, justifica o autarca ao Observador.

Negócio “não consegue livrar-se de suspeitas”

Vítor Amaral é vereador em Ovar, eleito como independente nas listas do PS em outubro do ano passado

Em outubro do ano passado, Vítor Amaral encabeçou a candidatura do PS à Câmara de Ovar, chegando pela primeira vez à autarquia. Não acompanhou de perto o projeto de renovação dos campos do concelho, mas isso não o impede de manifestar reservas quanto à forma como o processo foi conduzido.

Pedro Coelho “não era vereador” na autarquia — diz Vítor Amaral — “mas tinha outra responsabilidade, como presidente da concelhia do PSD em Ovar, e julgo que o próprio PSD e o executivo deveriam ter tido mais cuidado no tratamento desta situação para evitar que tivessem sido lançadas suspeitas sobre a empresa, quando poderá – poderá – todo o processo ter sido regular”, admite o vereador.

Eleito como independente pelo PS, Vítor Amaral considera que a autarquia “nem consegue livrar-se dessas suspeitas, porque há esta ligação óbvia” com a concelhia social-democrata, de que é presidente o dono da Safina.

Em declarações ao Observador, o advogado critica a forma como o processo foi conduzido, com prejuízo dos cofres da autarquia. “Há má gestão, porque não é necessário ser-se economista para perceber que, se este conjunto de relvados tivesse sido adjudicado a uma única empresa por concurso e, de certeza, com vários concorrentes, o preço teria sido muito diferente, para melhor, que a soma do custo dos oito relvados adjudicados individualmente”, defende.

Oito campos novos em dois anos

A opção da autarquia foi outra. Ovar estabeleceu contratos-programa com cada uma das entidades beneficiadas e, individualmente, seriam essas associações e clubes a contratar uma empresa para realizar as obras nas respetivas instalações. A solução permite imputar a atribuição das verbas aos próprios clubes — encarregues, no papel, da escolha do responsável pela obra — afastando essa decisão da autarquia. Até porque, tratando-se de adjudicações feitas pela Câmara de Ovar, essas operações teriam de ficar registadas publicamente.

No documento do Válega, de que o Observador teve conhecimento, é dito que a câmara propôs à coletividade fazer um protocolo para que fosse esta a fazer a adjudicação da empreitada e que a autarquia entregaria a verba ao clube, dado que ambos os lados tinham interesse em acelerar o processo de construção dos novos equipamentos desportivos. Um ritmo que não seria possível se recorressem a um concurso público, teria indicado o município.

Pedro Coelho, dono da Safina, é vereador na Câmara Municipal de Ovar e presidente da concelhia do PSD

Líder da concelhia do PSD em Ovar desde 2013, o empresário – que não respondeu às questões do Observador – chegou a ser apontado como número dois de Salvador Malheiro para as últimas autárquicas, mas foi eleito como quarto elemento da lista. Nessa eleição, o PSD reforçou a sua posição na autarquia, conquistando mais sete mil votos do que quatro anos antes. Dos quatro mandatos iniciais, Malheiro passou para sete, numa clara maioria contra os dois vereadores do PS. Ao mesmo tempo, beneficiou de um alargamento de dois lugares no executivo (para nove) devido ao crescimento da população residente no concelho, que ultrapassou as 50 mil pessoas.

Na composição do novo executivo, o presidente reeleito decidiu entregar a Pedro Coelho o pelouro das Obras Municipais, ainda que o empresário esteja a cumprir o mandato apenas como vereador a meio tempo – foi, aliás, a atenção que lhe era exigida pela Safina uma das razões apontadas pelo vereador para não estar a tempo inteiro na câmara. “A empresa não está preparada para a minha exclusividade de funções autárquicas”, disse em outubro ao Ovar News.

O presidente da câmara de Ovar reconheceu, em conversa com o Observador, que o empresário “é uma pessoa de relações estreitas” com a autarquia. O convite para integrar o executivo foi um passo natural. “Pedro Coelho é presidente da comissão política, mostrou interesse em fazer parte da equipa da câmara, é uma pessoa da minha confiança, uma pessoa extremamente competente, um líder nato, com competências ao nível da gestão e da economia e que achei por bem integrar na minha equipa”, explica Malheiro, que se mostra “satisfeito por ser um fornecedor local a poder participar nesse tipo de empreitadas”.

Ainda assim, Salvador Malheiro rejeita qualquer intervenção da câmara no processo que resultou na adjudicação das obras à Safina:

No âmbito da modernização das infraestruturas desportivas, o nosso único interlocutor foram os clubes desportivos e tudo o que sejam regras de contratação pública foi entre os clubes desportivos e as empresas contratadas”, refere o autarca, reforçando a ideia de que “a responsabilidade da contratação do empreiteiro nada tem a ver com a Câmara Municipal de Ovar”.

Sem negar que Pedro Coelho tenha estado presente em reuniões entre elementos da câmara e dirigentes dos clubes, o presidente da Câmara de Ovar garante que as discussões à volta da mesa não serviram para sugerir a empresa do dirigente social-democrata para a adjudicação das obras. “Nesse pressuposto, é completamente impossível” que o empresário tenha participado nos encontros, diz o autarca.

A versão é corroborada por parte dos dirigentes associativoscontactados pelo Observador: que a Safina foi escolhidas pela associações desportivas e não pela câmara. Mas não todos. Em São Vicente de Pereira, outra das localidades do concelho com um campo renovado, Joaquim Godinho lembrou ao Observador que o clube já pedia apoios públicos para a instalação de um relvado sintético desde 2008. Conseguiu-o em 2015, mas deixando nas mãos da autarquia essa fase do processo.

A obra custou 230 mil euros, comparticipados a 100% pela Câmara de Ovar – à imagem do que aconteceu nos oito clubes e associações beneficiadas por esses contratos-programa. Questionado sobre a escolha da Safina, o presidente da Associação Recreativa e Cultural de São Vicente diz que “foi a câmara quem arranjou o empreiteiro”.

Joaquim Godinho recusou gravar uma entrevista com o Observador. Mas, questionado sobre a abertura da autarquia para que o clube apresentasse propostas alternativas à empresa de Pedro Coelho, o dirigente afastou esse cenário: “Não tínhamos hipótese, se a câmara financiava, nós não tínhamos hipótese” de optar por outra solução.

Mesmo fora do executivo camarário, Pedro Coelho mostrava-se a par do processo que a câmara ia desenvolvendo com os clubes e associações do concelho. Foi o presidente da concelhia do PSD em Ovar quem, numa fase avançada da obra em Válega, informou os responsáveis do clube de que a instalação do relvado sintético “estava prevista para depois de todas as outras” associações e clubes terem beneficiado do programa. Essa calendarização, explicou Pedro Nunes ao Observador, só foi alterada porque a obra acabou por agregar o campo sintético e o ringue de patinagem, que acabariam por ser inaugurados a 25 de abril de 2016.

Salvador Malheiro no campo do Guilhovai, um dos beneficiados pelo contrato-programa da Câmara de Ovar

Foram sete, ao todo, as fitas cortadas por Salvador Malheiro nos últimos dois anos de mandato antes da reeleição (um dos campos ainda não foi inaugurado). Além de Válega e S. Vicente, foram abrangidos pelo programa de requalificação as associações de Cortegaça, Guilovai, Ovarense (por inaugurar), Esmoriz, Furadouro e Arada. Somando todos os projetos, estão em causa projetos mais de dois milhões de euros.

As verbas, como Salvador Malheiro lembra, não foram diretamente entregues pela Câmara de Ovar à empresa que ficou responsável pela obra. O processo tinha uma fase intermédia: a autarquia assinava o contrato-programa com o clube ou associação, que contratava o empreiteiro – invariavelmente, a Safina –, que por sua vez pagava à empresa vencedora do projeto. No seu gabinete, com vista para a Praça da República, Salvador Malheiro faz questão de sublinhar, em declarações ao Observador, que a câmara que dirige esteve sempre distante do processo de escolha do empreiteiro. “A responsabilidade da contratação do empreiteiro nada tem a ver com a Câmara Municipal de Ovar”, sublinha.

As buscas do processo “Ajuste Secreto”

A instalação de oito relvados sintéticos no concelho de Malheiro é o mais recente episódio a envolver dirigentes locais do PSD. Um outro caso, tornado público no verão do ano passado, levou à detenção dos sociais-democratas Hermínio Loureiro e Isidro Figueiredo (ex e atual presidentes da Câmara de Oliveira de Azeméis).

A operação da Polícia Judiciária foi batizada de “Ajuste Secreto”. Como o Observador escreveu em julho, os inspetores investigavam, entre outros, eventuais crimes de corrupção passiva e prevaricação, por haver suspeitas de que tinha sido montado um esquema de manipulação da adjudicação de contratos públicos que terão beneficiado diversas empresas de construção de obras públicas.

Também naquele caso estiveram envolvidos clubes de futebol do concelho que foram alvo de obras de requalificação. As empresas escolhidas para a tarefa seriam previamente escolhidas por responsáveis da autarquia e acertavam entre si os preços a apresentar a concurso, condicionando a atribuição dos ajustes diretos, e o valor da obra era sobreavaliado, levando a um alegado desvio da verba excedente.

Nessa investigação, apurou o Observador, a Safina terá sido uma das empresas alvo de buscas por parte dos inspetores da Judiciária, mas não houve constituição de arguidos na firma de Pedro Coelho. Entre os quatro detidos em Oliveira de Azeméis há um nome próximo do presidente da Câmara de Ovar: José Francisco Oliveira, que, além de presidente da concelhia do PSD de Oliveira de Azeméis, é tambémsecretário da distrital social-democrata de Aveiro, a que Salvador Malheiro preside desde 2016.

Contrato com a Safina a um ano das eleições

Negócios diretos entre a Câmara de Ovar e a Safina, há apenas um: o contrato de pouco menos de oito mil euros para a “substituição de relva sintética da Escola da Relva, em Esmoriz”, em 21 de setembro de 2016.

De acordo com o projeto de decisão da adjudicação que consta do portal de contratos públicos, a proposta da Safina “cumpre todos os requisitos solicitados”, nomeadamente o “critério de adjudicação previamente fixado – o do mais baixo preço”.

Mas, no mesmo documento, constata-se que apenas “foi convidada uma entidade” para essa intervenção e que a proposta, que “não foi objeto de negociação”, tinha um “preço base” de 7.950 euros, mais IVA.

Negócios diretos entre a Câmara de Ovar e a Safina, há apenas um: o contrato de pouco menos de oito mil euros para a “substituição de relva sintética da Escola da Relva, em Esmoriz”, em 21 de setembro de 2016.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Facebook reconhece que pode ser mau para a democracia

Empresa admite que não tem todas as soluções para resolver as notícias falsas, a manipulação política e o discurso de ódio.

João Pedro PereiraJOÃO PEDRO PEREIRA

23 de Janeiro de 2018, 15:31

O Facebook reconhece que não foi rápido a perceber as manipulações russas em 2016

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O Facebook reconhece que não foi rápido a perceber as manipulações russas em 2016 REUTERS/DADO RUVIC

O Facebook continua a reflectir sobre si próprio. Desta vez, reconheceu que a Internet e as redes sociais têm também consequências negativas para a democracia, afirmou que as repercussões da ferramenta na sociedade são uma surpresa e admitiu que não tem todas as respostas para lidar com o problema.

Num longo texto, com o título Perguntas difíceis: que efeitos têm os media sociais na democracia, um gestor da empresa responsável pelo envolvimento cívico, Samidh Chakrabarti, enumerou os problemas com que o Facebook se tem debatido. Começou pelo facto de a rede social ser usada como uma ferramenta de ingerência entre países (como aconteceu com as estratégias usadas pelos russos com o objectivo de influenciar as eleições americanas) e passou por questões como as notícias falsas e o discurso de ódio.

“A cada ano que passa, o desafio torna-se mais urgente”, escreveu Chakrabarti. “O Facebook foi concebido originalmente para ligar amigos e família – e tem sido excelente a fazer isso. Mas, quando um número inédito de pessoas canaliza a sua energia política através deste meio, está a ser usado de formas não previstas com repercussões sociais que nunca antecipámos”.

A publicação do texto surge depois de vários momentos recentes em que o Facebook se questionou sobre o seu próprio impacto, numa reflexão que parece estar também muito presente na mente do fundador. Em Dezembro, investigadores da rede social passaram em revista trabalhos académicos para questionar se passar muito tempo nas redes sociais era mau. No início de Janeiro, Mark Zuckerberg anunciou que a sua resolução para 2018 era consertar os problemas da rede social. Uma semana depois, dizia que planeava fazer com que o tempo que as pessoas gastam no Facebook seja mais bem passado, mesmo que isso tenha um impacto negativo de curto prazo em métricas importantes para o negócio. Já na semana passada, adiantou que a rede social vai criar uma lista de meios de informação de confiança e – num método que tem vindo a ser questionado – explicou que serão os utilizadores a escolher aquelas fontes de informação.

Nesta mais recente introspecção da rede social, Chakrabarti reconhece que a empresa não foi rápida a perceber o impacto das estratégias russas para tentar moldar a opinião de eleitores americanos. “Em 2016, nós no Facebook fomos demasiado lentos a reconhecer como os maus agentes estavam a abusar da plataforma. Estamos agora a trabalhar afincadamente para neutralizar estes riscos.”

O responsável também admite que a empresa não tem soluções para todos os problemas. “Gostava de garantir que os [efeitos] positivos estão destinados a compensar os negativos, mas não posso. Isto é uma nova fronteira e não fingimos que temos todas as respostas.”

Entre as brumas da memória


Posted: 24 Jan 2018 01:44 PM PST

Luta dos trabalhadores da antiga Triumph acaba em despedimento colectivo.

Esta tarde, na AR:
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Dica (702)

Posted: 24 Jan 2018 11:28 AM PST

Racism is creeping back into mainstream science – we have to stop it (Angela Saini)

«‘Scientific’ eugenics is on the rise, and grabbing a foothold in respected journals. The claim that these theories are a credible part of a general discussion should worry us all.»

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O Ronaldo de Belém

Posted: 24 Jan 2018 08:38 AM PST

(Público de hoje)
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#Triumphemos

Posted: 24 Jan 2018 06:44 AM PST

A ler: Onde Marcelo não foi.
Já agora:

As trabalhadoras da antiga Triumph, estão desde 5 de janeiro, em vigília à porta das instalações da fábrica, para lutarem pelos seus direitos. São mulheres, guerreiras que merecem o nosso apoio.

Criou-se um conta solidária para dar conta ás suas necessidades.

Por favor apoiem obrigada.
NIB: 0036 0160 99100083668 86
IBAN: PT50 0036 0160 99100083668 86
SWIFT/BIC: MPIOPTPL
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Como agir no caso do dr. Rio

Posted: 24 Jan 2018 03:02 AM PST

«A primeira semana de Rui Rio à frente do PSD foi boa. Mesmo muito boa. Não mexeu um dedo e manteve um discreto quase silêncio, não deu demasiada importância ao dossier Hugo Soares, assunto que aliás pouco mais merece do que uma réstia de paciência, não doutrinou, não propôs, nada de nada. Rui Rio sentou-se à beira da árvore a contemplar o universo e, se tem opinião sobre o pacto da justiça, sobre os números do desemprego, sobre o golo do Ronaldo do Eurogrupo, sobre as putativas listas transnacionais que tanto ânimo levantaram entre os deserdados eleitorais, sobre a Supernanny ou o canhão da Nazaré, tudo ficou pelo silêncio bucólico. Se não conspirou, já tão longe não iria, mas essa atitude zen teve pelo menos um efeito confortável para o PSD, tão agitado que andou nestes últimos meses: pôs os outros a falar dele, todos às escuras. Seguem por isso algumas recomendações a quem de direito sobre como agir ou não agir no caso do empossado presidente do PSD.

PUB Primeira recomendação. Deixar seguir a caravana, mexer o mínimo possível. A disputa no PSD foi entre soluções de recurso e espelhos do passado. Um candidato tinha saudades de si próprio, o outro tinha saudades da sua câmara. São motivos respeitáveis e até carinhosos para se atirarem ao cargo, mas dois sexagenários a reverem glórias antigas está longe de ser a renovação refrescante que a política de direita vai exigindo aos berros. Portanto, no PSD a novela segue dentro de instantes: os cavaquistas ensaiarão a seu tempo o divórcio de Rio e, entretanto, continuarão a fazer audições, com a galáxia do Observador, da Fundação Manuel dos Santos e de outros distintos think tanks, para acharem um jovem empresário macronizável, que pareça poder pegar nos estilhaços da próxima derrota eleitoral do PSD e CDS e aconchegar uma política de charme populista à direita. Então, a melhor estratégia, e esta é recomendação para o Governo, é deixar o PSD fazer das suas e contrastar mostrando serviço ao país. Cada dia em que se sinta emprego melhor ou mais confiança económica enterra os jogos intestinos do PSD.

Segunda recomendação, esta para os parceiros de esquerda. Não se deixem impressionar, não exagerem a pressão do PSD, que é pouca, e não ajudem o PSD a ajudar o PS a ser o centro de referência da política. Portanto, nem tenham nem mostrem receio quanto a pactos PS-PSD. Isso é fava contada: ou não resulta em nada, ou o que resulta só dá mais má fama aos nefandos pactos. Atirem-se por isso a discussões que interessam, como sobre a justiça e, mais do que tudo, prioridade das prioridades, a saúde. O pacto Semedo-Arnaut sobre a nova Lei de Bases da Saúde é o que conta neste debate, porque indica experiência e alternativa. Mostrem que têm propostas pensadas, que sabem os caminhos para governar com soluções mobilizadoras. E não se incomodem muito nem com os silêncios nem com as palavras de Rio. Olhem em frente e não para o lado.

Terceira recomendação. Os pontos fracos do PSD (e do CDS, cujo histrionismo de repente se revelou atrapalhado pelo silêncio de Rio) são agora a justiça, porque não sabe o que quer, as leis eleitorais, porque sabe o que quer mas tem vergonha de dizer, e sobretudo os serviços públicos e a economia, porque com tudo o que pode dizer é melhor ficar calado, como aquela de “fazer pior do que Maria Luís Albuquerque”. A resposta do campo parlamentar maioritário só pode ser ponderação na justiça, avanço nos serviços públicos, ignorar as leis eleitorais e dar um passo em frente onde ele falta: corrigir as leis laborais criando um fosso entre o Governo e a direita.

Em resumo, a minha recomendação é que o PS e as esquerdas deixem o dr. Rio sossegado a fazer das suas e que façam pela vida.»

Francisco Louçã

Partido Socialista elegeu os novos dirigentes concelhios


PUBLICADO EM:

2018-01-24


PUBLICADO POR:

Rui Pedro Nascimento


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Realizou-se no passado fim-de-semana, mais concretamente na passada sexta-feira, dia 19 de janeiro, e no passado sábado, dia 20 de janeiro, eleições para os órgãos concelhios do Partido Socialista.

Aproveitamos para dar os parabéns a todos os que participaram, mais uma vez, neste grande momento de democracia interna, felicitando os vencedores destes atos e lembrando que “Só é vencido quem desiste de lutar”.

Os novos presidentes de concelhias do Partido Socialista são:

AÇORES – COORDENADOR DE ILHA
NOME

ANGRA HEROISMO (TERCEIRA)
SERGIO HUMBERTO ROCHA AVILA

CORVO (CORVO)
IASALDE FRAGA NUNES

HORTA (FAIAL)
LUIS FILIPE GOULART BOTELHO

LAJES FLORES (FLORES)
MARIA CONCEIÇAO VIEIRA GOMES

PONTA DELGADA (SÃO MIGUEL)
FRANCISCO MIGUEL V.G.VALE CESAR

SANTA C.GRACIOSA (GRACIOSA)
MANUEL AVELAR CUNHA SANTOS

SAO ROQUE PICO (PICO)
MARK ANTHONY SILVEIRA

VELAS (SÃO JORGE)
PAULA CRISTINA DIAS BETTENCOURT

VILA PORTO (SANTA MARIA)
BÁRBARA PEREIRTA TORRES MEDEIROS CHAVES

ALGARVE – CONCELHIAS
NOME

ALBUFEIRA
MARIA EMILIA B.RODRIGUES SOUSA

ALCOUTIM
JOSE ASSUNÇAO PEREIRA GALRITO

ALJEZUR
JOSE MANUEL LUCAS GONÇALVES

CASTRO MARIM
LUIS GUILHERMINO G.AFONSO ANACLETO

FARO
LUIS MIGUEL GRAÇA NUNES

LAGOA
LUIS ANTÓNIO ALVES ENCARNAÇÃO

LAGOS
HUGO MIGUEL M.HENRIQUE PEREIRA

LOULE
CARLOS MANUEL PONTES COSTA

MONCHIQUE
CARLOS BRUNO CORREIA DE ALMEIDA

OLHAO
ANTONIO MIGUEL VENTURA PINA

PORTIMAO
ALVARO MIGUEL P.ALAMBRE BILA

SAO B.ALPORTEL
VITOR MANUEL MARTINS GUERREIRO

SILVES
LUIS JOSE MARTINS GUERREIRO

TAVIRA
JOAO PEDRO CONCEIÇAO RODRIGUES

VILA BISPO
ADELINO AUGUSTO ROCHA SOARES

VILA REAL S.ANTONIO
CELIA MARIA MARQUES ROSA PAZ

AVEIRO – CONCELHIAS
NOME

ÁGUEDA
JOSE CARLOS RAPOSO MARQUES VIDAL

ALBERGARIA A VELHA
JESUS MANUEL VIDINHA TOMAS

ANADIA
ANTONIO AZEVEDO MENDONÇA

AROUCA
FRANCISCO JOSE COSTA FERREIRA

AVEIRO
MANUEL OLIVEIRA SOUSA

CASTELO PAIVA
GONÇALO FERNANDO ROCHA JESUS

ESPINHO
ADELINO MIGUEL LINO MOREIRA REIS

ESTARREJA
CATARINA ASCENÇAO N.RODRIGUES

FEIRA
MARIO ANTONIO PINHO OLIVEIRA

ILHAVO
SERGIO MANUEL JESUS LOPES

MEALHADA
RUI MANUEL LEAL MARQUEIRO

MURTOSA
HUGO RAFAEL SILVA FIGUEIREDO

OLIVEIRA AZEMEIS
BRUNO ARMANDO ARAGAO HENRIQUES

OLIVEIRA BAIRRO
CARLOS ALBERTO BARROS FERREIRA

OVAR
SERGIO MANUEL COSTA PINHO

SAO J.MADEIRA
RODOLFO ANTONIO T.D.ANDRADE OLIVEIRA

SEVER VOUGA
RICARDO MANUEL PEREIRA TAVARES

VAGOS
PAULO ALEXANDRE GIL CARDOSO

VALE CAMBRA
NELSON SILVA MARTINS

BAIXO ALENTEJO – CONCELHIAS
NOME

ALJUSTREL
NELSON DOMINGOS BRITO

ALMODOVAR
ANTÓNIO MANUEL A.M. BOTA

ALVITO
FERNANDO JOAQUIM GALHANO VIOLA

BARRANCOS
JOSÉ PEDRO ALTURAS TEXUGO

BEJA
PAULO JORGE LUCIO ARSENIO

CASTRO VERDE
FILIPE MANUEL PATRICIO MESTRE

CUBA
MARIA JACINTA CARDOSO GRILO

FERREIRA ALENTEJO
LUIS ANTONIO PITA AMEIXA

MERTOLA
DAVID MIGUEL COSTA NOGUEIRA

MOURA
JOAO ANTONIO RAMOS DINIS

ODEMIRA
DARIO FILIPE CONCEIÇAO GUERREIRO

OURIQUE
MARCELO DAVID COELHO GUERREIRO

SERPA
PAULA JESUS GODINHO PAIS

VIDIGUEIRA
MARIA TERESA GOES SOARES RAMALHO

BRAGA – CONCELHIAS
NOME

AMARES
AFONSO MANUEL SOUSA PIMENTA

BARCELOS
MANUEL ANTONIO G. MOTA SILVA

BRAGA
ARTUR JORGE OLIVEIRA FEIO

CABECEIRAS BASTO
DOMINGOS FERNANDO A.MACHADO PEREIRA

CELORICO BASTO
EDUARDO FERNANDO MAGALHAES

ESPOSENDE
TITO ALFREDO EVANGELISTA SA

FAFE
DANIEL DAVIDE SILVA BASTOS

VILA NOVA FAMALICAO
RUI MIGUEL SA FARIA

GUIMARAES
LUIS MIGUEL F.M.CARVALHO SOARES

POVOA LANHOSO
FREDERICO OLIVEIRA CASTRO

TERRAS BOURO
GUILHERME JOSE COELHO ALVES

VIEIRA MINHO
VANIA FILIPA VIEIRA CRUZ

VILA VERDE
JOSÉ AUGUSTO MARÇAL MORAIS

VIZELA
DORA FERNANDA CUNHA PEREIRA GASPAR

BRAGANÇA – CONCELHIAS
NOME

ALFANDEGA FE
ORLANDO ALBERTO MORAIS BORGES

BRAGANÇA
ANDRE FILIPE M.PINTO NOVO

CARRAZEDA ANSIAES
ELSA MARIA MEIRELES SAMOES

FREIXO E.CINTA
NUNO MANUEL R.GOMES FERREIRA

MACEDO CAVALEIROS
PEDRO FERNANDO REIS MASCARENHAS

MIRANDA DOURO
MANUEL GUERRA GONÇALVES

MIRANDELA
JULIA MARIA A.L.SEQUEIRA RODRIGUES

MOGADOURO
HERNANI BRANCO FERNANDES

MONCORVO
LUIS MIGUEL LOPES

VILA FLOR
VITORIANO FERNANDES

VIMIOSO
não há orgãos eleitos

VINHAIS
PEDRO MIGUEL MARTINS MIRANDA

CASTELO BRANCO – CONCELHIAS
NOME

BELMONTE
ANTONIO MANUEL GONÇALVES RODRIGUES

CASTELO BRANCO
ARNALDO JORGE PACHECO BRAS

COVILHA
VICTOR MANUEL PINHEIRO PEREIRA

FUNDAO
ANTONIO JOAQUIM MAROCO QUELHAS

IDANHA A NOVA
JOAO MANUEL RIJO DIONISIO

OLEIROS
não há orgãos eleitos

PENAMACOR
PORFIRIO CORREIA SARAIVA

PROENÇA A NOVA
ARNALDO JOSE RIBEIRO CRUZ

SERTA
CRISTINA ALEXANDRA REIS NUNES

VILA REI
MANUEL MARTINS VIANA

VILA VELHA RODAO
ANTONIO TAVARES P.CARMONA MENDES

COIMBRA – CONCELHIAS
NOME

ARGANIL
FERNANDO JOSE CAVALEIRO MAIA VALLE

CANTANHEDE
JOSE ANTONIO COSTA VIEIRA

COIMBRA
CARLOS MANUEL DIAS CIDADE

CONDEIXA NOVA
CARLOS MANUEL OLIVEIRA CANAIS

FIGUEIRA FOZ
CARLOS ANJOS FERREIRA MONTEIRO

GOIS
JAIME MIGUEL FERNANDES GARCIA

LOUSA
RUI DANIEL COLAÇO LOPES

MIRA
FRANCISCO DANIEL SOARES REIGOTA

MIRANDA CORVO
RUI ANTONIO F.REIS GODINHO

MONTEMOR VELHO
DIANA FILIPA ALVES ANDRADE

OLIVEIRA HOSPITAL
CARLOS ARTUR SIMOES ESTEVES MAIA

PAMPILHOSA SERRA
ANTONIO MANUEL COSTA LOPES RUSSO

PENACOVA
RICARDO JOAO E.FERREIRA SIMOES

PENELA
EDUARDO NOGUEIRA SANTOS

SOURE
JOAO EDUARDO DIAS MADEIRA GOUVEIA

TABUA
RUI BRITO PEREIRA

VILA NOVA POIARES
JOAO MIGUEL SOUSA HENRIQUES

ÉVORA – CONCELHIAS
NOME

ALANDROAL
JOSE AUGUSTO ROMA PEREIRA

ARRAIOLOS
CARLA GERTRUDES RAMIRES ROMANA

BORBA
LUIS MIGUEL BALTAZAR

ESTREMOZ
JOSE DANIEL PENA SADIO

EVORA
JERONIMO ANTONIO VAQUEIRO JOSE

MONTEMOR NOVO
OLIMPIO MANUEL VIDIGAL GALVAO

MORA
ANTONIO LUIS SANTOS

MOURAO
MANUEL FRANCISCO GODINHO CARRILHO

PORTEL
RUI MIGUEL COLAÇO CAEIRO

REDONDO
DOMINGOS ANTONIO MENDES MADRUGA

REGUENGOS MONSARAZ
MANUEL LOPES JANEIRO

VENDAS NOVAS
LUIS CARLOS PITEIRA DIAS

VIANA ALENTEJO
JOAQUIM RODOLFO VIEGAS

VILA VIÇOSA
FRANCISCO ANTONIO RATO CHAGAS

FAUL – CONCELHIAS
NOME

AMADORA
CARLA MARIA NUNES TAVARES

ARRUDA VINHOS
MARIO AUGUSTO A.CARVALHO

AZAMBUJA
SILVINO JOSE SILVA LUCIO

CASCAIS
LUIS MIGUEL OLIVEIRA REIS

LISBOA
SERGIO RUI LOPES CINTRA

LOURES
RICARDO JORGE COLAÇO LEAO

MAFRA
SERGIO ALBERTO MARQUES SANTOS

ODIVELAS
HUGO MANUEL SANTOS MARTINS

OEIRAS
JORGE MANUEL DAMAS MARTINS RATO

SINTRA
RUI JOSE COSTA PEREIRA

VILA F.XIRA
PAULO ALEXANDRE D.VASCONCELOS AFONSO

GUARDA – CONCELHIAS
NOME

AGUIAR BEIRA
RENATO MANUEL GOMES PIRES

ALMEIDA
JOAQUIM SANTOS FERNANDES

CELORICO BEIRA
JOSE ALBANO PEREIRA MARQUES

FIGUEIRA C.RODRIGO
PAULO JOSE GOMES LANGROUVA

FORNOS ALGODRES
ANTONIO MANUEL PINA FONSECA

GOUVEIA
JOÃO PAULO MENDES AGRA

GUARDA
AGOSTINHO CORTE GONÇALVES

MANTEIGAS
ANTONIO MIGUEL ALDEIA CARVALHO

MEDA
CLAUDIO JORGE HEITOR REBELO

PINHEL
CARLOS FERNANDO MARTINS GUIMARAES

SABUGAL
SANDRA ISABEL SANTOS FORTUNA

SEIA
CARLOS FILIPE CAMELO MIRANDA FIGUEIREDO

TRANCOSO
EDUARDO ANTONIO REBELO PINTO

VILA NOVA F.COA
JORGE MANUEL PAIS MARÇAL LIÇA

LEIRIA – CONCELHIAS
NOME

ALCOBAÇA
RUI MANUEL DIAS ALEXANDRE

ALVAÍAZERE
FERNANDO JOSÉ GOMES MIGUEL

ANSIAO
ANTONIO JOSE VICENTE DOMINGUES

BATALHA
AUGUSTO NEVES NASCIMENTO

BOMBARRAL
JORGE GABRIEL D.C.MONTEIRO MARTINS

CALDAS RAINHA
JOSE MANUEL SILVA RIBEIRO

CASTANHEIRA PERA
GONÇALO ABILIO ALVES LOPES

FIGUEIRO VINHOS
MARTA INES DINIS BRAS CARDOSO FERNANDES

LEIRIA
GONÇALO NUNO B.G.LOPES

MARINHA GRANDE
NELSON JOSE NUNES ARAUJO

NAZARE
SALVADOR PORTUGAL FORMIGA

ÓBIDOS
FERNANDO JORGE DUARTE ANGELO

PEDROGAO GRANDE
NELSON DAVID FERNANDES

PENICHE
HENRIQUE ANDRE SILVA ESTRELINHA

POMBAL
ODETE MARISE SANTOS ALVES

PORTO MÓS
RUI FERNANDO CORREIA MARTO

MADEIRA – CONCELHIAS
NOME

CALHETA
JOAO LUIS SILVA

CAMARA LOBOS
MARIA CARMO TEIXEIRA JESUS

FUNCHAL
PAULO BRUNO RODRIGUES NUNES FERREIRA

MACHICO
ALBERTO MANUEL NUNES OLIM

PONTA SOL
CELIA MARIA SILVA PESSEGUEIRO

PORTO MONIZ
JOAO EMANUEL SILVA CAMARA

PORTO SANTO
MARIA LUISA S.M.GONÇALVES MENDONÇA

RIBEIRA BRAVA
ALANO AIRES SANTOS GONÇALVES

SANTA CRUZ
CLAUDIO FILIPE GOUVEIA TORRES

SANTANA
ODILIA MARIA VIEIRA MENDONÇA

SÃO VICENTE
JOAO RICARDO CATANHO

PORTALEGRE – CONCELHIAS
NOME

ALTER DO CHAO
CELIA MARIA S.C.B.SILVA LOPES

ARRONCHES
DEOLINDA ANJOS REDONDO PINTO

AVIS
TIAGO JOSE DAMIAO ANTUNES

CAMPO MAIOR
MANUEL RUI AZINHAIS NABEIRO

CASTELO VIDE
FERNANDO VALHELHAS

CRATO
JOAQUIM BERNARDO SANTOS DIOGO

ELVAS
NUNO MIGUEL FERNANDES MOCINHA

FRONTEIRA
NELSON FRANCISCO GALVAO FERREIRA

GAVIAO
JOSE FERNANDO SILVA PIO

MARVAO
JAIME MIGUEL MOTA MIRANDA

MONFORTE
CARLOS ALBERTO FERNANDES MOREIRA

NISA
JOSE LEANDRO LOPES SEMEDO

PONTE SOR
FRANCISCO MANUEL LOPES ALEXANDRE

PORTALEGRE
FRANCISCO JOSE MEIRA MARTINS SILVA

SOUSEL
JORGE MANUEL BORRALHO ROVISCO PAIS

PORTO – CONCELHIAS
NOME

AMARANTE
HUGO MIGUEL COSTA CARVALHO

BAIAO
MARIA IVONE C.COSTA ABREU RIBEIRO

FELGUEIRAS
FERNANDO MIGUEL C.AIRES FARIA

GONDOMAR
MARCO ANDRE SANTOS MARTINS

LOUSADA
JOSE FARIA SANTALHA

MAIA
ANTONIO MANUEL LEITE RAMALHO

MARCO CANAVESES
CRISTINA LASALETE CARDOSO VIEIRA

MATOSINHOS
LUISA MARIA NEVES SALGUEIRO

PAREDES
JOSE CARLOS RIBEIRO BARBOSA

PAÇOS FERREIRA
PAULO SERGIO LEITAO BARBOSA

PENAFIEL
NUNO MIGUEL COSTA ARAUJO

PORTO
RENATO LUIS ARAUJO FORTE SAMPAIO

POVOA VARZIM
JOAO LUIS PINHEIRO TROCADO COSTA

SANTO TIRSO
JOAQUIM BARBOSA FERREIRA COUTO

TROFA
LUIS FRANCISCO MARTINS CAMEIRAO

VALONGO
IVO VALE NEVES

VILA CONDE
ABEL MANUEL BARBOSA MAIA

VILA NOVA GAIA
PATROCINIO MIGUEL VIEIRA AZEVEDO

FRO – CONCELHIAS
NOME

ALENQUER
JOAO MIGUEL MAÇARICO NICOLAU

CADAVAL
FILIPE MANUEL LOURENÇO PEREIRA

LOURINHA
BRIAN COSTA SILVA

SOBRAL M.AGRAÇO
MARIA DE FATIMA CRUZ SIMOES ESTEVAO

TORRES VEDRAS
JOSE AUGUSTO CLEMENTE CARVALHO

SANTARÉM – CONCELHIAS
NOME

ABRANTES
MANUEL JORGE VALAMATOS REIS

ALCANENA
HUGO ANDRE SILVA FERREIRA SANTAREM

ALMEIRIM
GUSTAVO GAUDENCIO COSTA

ALPIARÇA
TERESA ISABEL CLAUDINO FREITAS

BENAVENTE
PEDRO NUNO SIMOES PEREIRA

CARTAXO
PEDRO FILIPE MIRANDA CRUZ NOBRE

CHAMUSCA
DIAMANTINO CORDEIRO DUARTE

CONSTANCIA
ANTONIO LUIS FERNANDES MENDES

CORUCHE
FRANCISCO SILVESTRE OLIVEIRA

ENTRONCAMENTO
MARIO ANDRE BALSA GONÇALVES

FERREIRA ZEZERE
BRUNO JOSE GRAÇA GOMES

GOLEGA
RUI MANUEL LINCE SINGEIS MEDINAS

MAÇAO
CESAR MANUEL G.SEQUEIRA ESTRELA

OUREM
JOAO MIGUEL CALDEIRA HEITOR

RIO MAIOR
GUILHERME FILIPE SALGADO GABOLEIRO

SALVATERRA MAGOS
FRANCISCO CANEIRA MADELINO

SANTAREM
JOSE MIGUEL CORREIA NORAS

SARDOAL
FERNANDO CASCALHEIRA VASCO

TOMAR
HUGO MIGUEL C.SANTOS COSTA

TORRES NOVAS
LUIS ALBERTO TRINDADE SILVA

VILA N.BARQUINHA
VITOR MIGUEL ARNAUT POMBEIRO

SETÚBAL – CONCELHIAS
NOME

ALCACER SAL
RUI DAMIAO CONCEIÇAO SILVA

ALCOCHETE
FERNANDO MANUEL G.PINA PINTO

ALMADA
JOSE RICARDO DIAS MARTINS

BARREIRO
ANDRE ALEXANDRE PINOTES BATISTA

GRANDOLA
PEDRO FILIPE F.MACHADO RUAS

MOITA
CARLOS EDGAR R. ALBINO

MONTIJO
NUNO MIGUEL CARAMUJO RIBEIRO CANTA

PALMELA
RAUL MANUEL RIBEIRO PINTO CRISTOVAO

SANTIAGO CACEM
OSCAR DOMINGOS RAMOS

SEIXAL
MARCO TELES FERNANDES

SESIMBRA
FERNANDO MANUEL CRISTOVAO RODRIGUES

SETUBAL
PAULO ALEXANDRE CRUZ LOPES

SINES
ANA SOFIA FERREIRA ARAUJO

VIANA DO CASTELO – CONCELHIAS
NOME

ARCOS VALDEVEZ
JOAO CARLOS BRAGA SIMOES

CAMINHA
JOAO MIGUEL SILVA LOPES GONÇALVES

MELGAÇO
MANUEL BATISTA CALÇADA POMBAL

MONÇAO
MANUEL JOSE MACHADO OLIVEIRA

PAREDES COURA
VITOR PAULO GOMES PEREIRA

PONTE BARCA
SILVIA MANUELA CARNEIRO AMORIM TORRES

PONTE LIMA
JORGE MANUEL VIANA SILVA

VALENÇA
OSCAR GABRIEL PEREIRA SILVA

VIANA CASTELO
JOAQUIM LUIS NOBRE PEREIRA

VILA N.CERVEIRA
NUNO ANDRE COSTA MARTINS SILVA

VILA REAL – CONCELHIAS
NOME

ALIJO
ANTONIO JOAQUIM FERNANDES

BOTICAS
ANA LUISA PIRES MONTEIRO

CHAVES
NUNO VAZ RIBEIRO

MESAO FRIO
ALBERTO MONTEIRO PEREIRA

MONDIM BASTO
PAULO JORGE MOTA SILVA

MONTALEGRE
DAVID JOSE VARELA TEIXEIRA

MURÇA
MARIA EDITE COSTA FERNANDES SOUSA

PESO REGUA
MANUEL COSTA MONTEIRO

RIBEIRA PENA
ALVARO MANUEL ALVES RODRIGUES

SABROSA
ANTONIO MANUEL SOUSA RIBEIRO GRAÇA

SANTA M.PENAGUIAO
LUIS REGUENGO MACHADO

VALPAÇOS
ANTONIO JORGE VIEIRA RIBEIRO

VILA P.AGUIAR
MANUL JOAQUIM SOUSA ALMEIDA

VILA REAL
RUI JORGE CORDEIRO GONÇALVES SANTOS

VISEU – CONCELHIAS
NOME

ARMAMAR
MARIA CONCEIÇAO FERREIRA SILVA MARTA

CARREGAL SAL
PAULO JORGE CATALINO ALMEIDA FERRAZ

CASTRO DAIRE
EURICO MANUEL ALMEIDA MOITA

CINFAES
ARMANDO SILVA MOURISCO

LAMEGO
MANUEL ANTONIO REBELO FERREIRA

MANGUALDE
RUI JORGE FIGUEIREDO COSTA

MOIMENTA BEIRA
ALCIDES JOSE SOUSA SARMENTO

MORTAGUA
RICARDO SERGIO PARDAL MARQUES

NELAS
LUIS AUGUSTO MAIA RODRIGUES

OLIVEIRA FRADES
ANTONIO MANUEL SILVA CABRITA GRADE

PENALVA CASTELO
JOSE MANUEL COSTA LOPES

PENEDONO
não há orgãos eleitos

RESENDE
JORGE MANUEL CORREIA CAETANO

SANTA C.DAO
CESAR BRANQUINHO

SAO J.PESQUEIRA
MARIA ALEXANDRA B.VILAS BOAS

SAO PEDRO SUL
RUI MANUEL RODRIGUES SANTOS ALMEIDA

SATAO
ANTONIO CARLOS RODRIGUES

SERNANCELHE
ANTONIO MANUEL SANTOS INACIO

TABUAÇO
LUIS AGUIAR FERREIRA

TAROUCA
JOSE BRUNO GOUVEIA CARDOSO

TONDELA
JOAQUIM SILVA MENDES SANTOS

VILA NOVA PAIVA
ANTONIO CESAR SILVA RODRIGUES FONSECA

VISEU
LUCIA ARAUJO FERNANDA SILVA

VOUZELA
GILBERTO MARQUES CARMO

Time

TEMPO

Foto-ilustração de Sean McCabe por TIME. Fotografias com cortesia dos assuntos ou tiro para TIME.

Um ano atrás, eles marcharam. Agora, um número recorde de mulheres estão funcionando para o Office

18 de janeiro de 2018

Há um ano, milhões de mulheres protestaram nas ruas. Agora, há mais mulheres trabalhando para o escritório do que nunca.

Erin Zwiener retornou ao Texas para se estabelecer. Aos 32 anos, ela publicou um livro para crianças, ganhou Jeopardy! três vezes e percorreram cerca de 1.400 milhas da fronteira do México até a Divisão Continental em uma mula. Em 2016, ela se mudou com o marido para uma pequena casa em um enclave rural no sudoeste de Austin com planos mais simples: escreva outro livro, cuide seus cavalos e coloque seu novo azul em casa.

Um dia, em fevereiro passado, ela mudou esses planos. Zwiener estava navegando no Facebook depois de finalizar as amostras de cores para a sua sala de estar, espuma do mar, marinha, cornflower, quando viu uma foto do representante do estado, Jason Isaac, sorrindo para uma câmara local de comércio de gala. "Fico feliz que você esteja se divertindo", comentou. "Qual é a sua posição no SB4?" Depois de um tensa de ida e volta sobre a polêmica lei de imigração do Estado Lone Star, Isaac a acusou de "trolling" e a bloqueou. Foi quando ela decidiu correr para o assento. Zwiener nunca chegou a pintar sua sala de estar. Ela está tentando transformar seu distrito do Texas em vez disso.

Zwiener é parte de um movimento de base que pode mudar a América. Chame-o de retorno, chame isso de revolução, chame-o de Pink Wave, inspirado por manifestantes em seus chapéus magenta e o ativismo que se seguiu. Há uma onda sem precedentes de candidatas de primeira vez, predominantemente democratas, concorrendo a escritórios grandes e pequenos, do Senado dos EUA e das legislaturas estaduais aos conselhos escolares locais. Pelo menos 79 mulheres estão explorando corridas para o governador em 2018, potencialmente duplicando um recorde para as mulheres candidatas estabelecido em 1994, de acordo com o Centro de Mulheres e Política Americana na Universidade Rutgers. O número de mulheres democratas provavelmente desafiando os titulares na Câmara dos Deputados dos EUA aumentou cerca de 350% de 41 mulheres em 2016. Aproximadamente 900 mulheres entraram em contato com a Lista de Emily, que recruta e treina mulheres democráticas pró-escolha, sobre correr para o escritório de 2015 a 2016; Desde a eleição do presidente Trump, mais de 26 mil mulheres chegaram ao lançamento de uma campanha. O grupo teve que derrubar uma parede em seu escritório de Washington para abrir espaço para mais pessoal.

Não são apenas candidatos. Operárias políticas femininas experientes estão se libertando por conta própria, criando novas organizações independentes do aparelho do partido para arrecadar dinheiro, criar voluntários e auxiliar os candidatos com tudo, desde arrecadar fundos até descobrir como equilibrar o cuidado infantil com as campanhas.

Marzena Abrahamik por TIMELauren Underwood, uma enfermeira com uma condição cardíaca, decidiu concorrer à Câmara dos Deputados em Illinois depois que seu congressista quebrou uma promessa na conta de saúde

É muito cedo para dizer como o movimento mudará Washington. Mas fora do Beltway, uma transformação já começou. Em dezenas de entrevistas com TIME, mulheres progressivas descreveram uma metamorfose. Em 2016, eles eram eleitores comuns. Em 2017, eles se tornaram ativistas, estimulados pela amarga derrota do primeiro grande candidato presidencial feminino nas mãos de um auto-descrito capacete de coce. Agora, em 2018, esses médicos e mães e professores e executivos estão pulando na arena e trazendo nova energia para um Partido Democrata que precisa de caras frescas. Cerca de quatro vezes mais mulheres democratas estão trabalhando para assentos da Casa como mulheres republicanas, de acordo com o Centro de Mulheres e Política Americana; No Senado, a proporção é de 2 a 1.

Mas nem todas as mulheres votam em Democratas - não por um longo tiro. Mulheres brancas ajudaram a levantar Trump para a presidência, votando para ele de 53% a 43%, de acordo com as pesquisas de saída. Entre as mulheres brancas sem educação universitária, o golfo foi ainda maior: 62% a 34%. As eleições de meio período de novembro serão uma primeira prova crucial de se a nova safra de candidatos femininos e os grupos de defesa bem oleados por trás deles podem superar esse déficit. No equilíbrio: o controle da Câmara e do Senado, que é provável que venha a algumas corridas onde as eleitoras femininas poderiam ser decisivas. "As mulheres candidatas ajudam a dinamizar as mulheres eleitoras", diz o pesquisador democrata Celinda Lake. "E em corridas íntimas, você ganha com mulheres eleitoras".

As mulheres democráticas têm motivos para ter esperança. Para começar, o movimento é conduzido não apenas por repugnância para o Trump, mas também por algumas das mesmas forças que o ajudaram a eleger: a frustração de um governo não-responsivo de políticos de carreira que parecem se preocupar mais com os doadores do que as necessidades das famílias comuns. Também ajuda que o abraço do GOP de predadores sexuais acusados, como Roy Moore, do Trump e do Alabama, alienou algumas mulheres conservadoras e motivaram os liberais. (Em dezembro, a classificação de aprovação de Trump afundou para 24% entre as mulheres, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Monmouth). Embora a maioria das mulheres brancas no Alabama votasse por Moore, mesmo depois de ter sido acusado de presas em adolescentes, muitos outros que normalmente votaram Republicano ficou em casa com desgosto. Essa tendência, aliada a uma participação maciça de mulheres negras, ajudou o candidato democrata Doug Jones a ficar chateado. A estrategista republicana Katie Packer Beeson chama Trump e Moore de "um único golpe" que "desiludiu muitas mulheres republicanas e fez com que se perguntaram se há ou não um lugar para eles no Partido Republicano de 2018".

Agora, milhares de mulheres progressistas esperam ajudar os democratas a vencer em novembro. Mas seus objetivos são maiores e mais amplos do que simplesmente mudar o equilíbrio de poder no Congresso. Eles esperam que uma onda de mulheres que derramam no escritório público elevará questões que atraem o apoio das mulheres em ambos os partidos e remodem a forma como as mulheres pensam sobre seu papel na política americana.

Como todas as transformações políticas, esta surgiu de dezenas de pequenas escolhas particulares. Durante anos, a coisa mais difícil de obter mulheres eleitas tem levado as mulheres a decidir correr. Mas em algum momento do ano passado, enquanto ficava acordado à noite ou reconfortando um amigo chorando ou em conversas silenciosas com seu cônjuge, cada uma dessas mulheres chegou à mesma conclusão. Eles não podiam mais definir suas esperanças em ícones como Hillary Clinton ou Elizabeth Warren para representar a metade da população americana. Em vez disso, eles aumentariam e faziam isso sozinhos. "Eu sempre pensei que isso fosse para outras pessoas, e eu não estava qualificado", diz Chrissy Houlahan, veterano da Força Aérea e executivo de negócios que está atuando para representar o Sexto Distrito do Congresso da Pensilvânia, onde o republicano em exercício ganhou 14 pontos em 2016, mas Clinton ganhou apenas.

"Mulheres", escreveu Alexandre Dumas na rainha Margot, "nunca são tão fortes quanto após sua derrota". Então, quando uma ex-secretária de Estado perdeu para um empresário masculino que se gabava do tamanho do pênis em um debate, isso levou para um cálculo nacional com a política de gênero. As mulheres furiosas marcharam por milhões, mudaram as linhas telefônicas do Congresso por semanas e lançaram uma torrente de acusações de falta de gênero sexual que continuam a reverberar através de Hollywood, Washington e Silicon Valley.

Na noite das eleições, Zwiener observou os retornos com dois amigos lésbicas; Na manhã seguinte, ela estava ajudando-os a planejar se casar apressadamente, temendo que o Trump Administration visse os casais LGBTQ. Na manhã seguinte às eleições, em Glen Allen, Virgínia, a filha mais velha de Abigail Spanberger, consultora da universidade, desceu as escadas como se fosse manhã de Natal e perguntou se ainda havia uma mulher. Em Yorba Linda, Califórnia, o pediatra Mai Khanh Tran arrastou-se da cama e vestiu o casaco branco. Um de seus primeiros pacientes do dia era um bebê de 4 anos com tumor cerebral cuja mãe, um trabalhador de salão de unhas, poderia pagar o seguro de saúde apenas por causa do Ato de Assistência Econômica. "Nós choramos juntos", lembra Tran. "E surgiu em mim que precisávamos ir além das lágrimas e falar e lutar.

Ilona Szwarc por TIMEMai Khanh Tran fugiu de Saigon aos 9 anos, trabalhou por Harvard como zelador e iniciou sua própria prática de pediatria. Agora ela está concorrendo ao 39º Distrito do Congresso da Califórnia

Como cidadãos que se alistaram em uma guerra súbita, as mulheres comuns se tornaram ativistas incondicionais. Houlahan, de 50 anos, organizou um ônibus que levou 53 pessoas do sudeste da Pensilvânia para a Marcha das Mulheres em Washington. Spanberger, de 38 anos, vestiu suas três jovens filhas em t-shirt amarelo brilhante para que pudessem encontrar um ao outro se eles se separassem entre as multidões no National Mall. Kim Schrier, uma pediatra de 49 anos, enviou seu marido para transportar manifestantes para as estações de ônibus locais enquanto ela caminhava com seu filho de 8 anos na Marcha das Mulheres de Seattle. Para as mulheres velhas e jovens, as marchas - que atraíram cerca de 4 milhões de participantes, provavelmente o maior protesto de um dia na história dos EUA - foram um evento transformador. Semanas depois, recorda Spanberger, ela ouviu algo incomum no monitor do bebê. Seu filho de 2 anos estava cantando,

Os céticos se perguntavam se as pessoas que marchavam iriam para casa e voltaram suas vidas comuns. Em vez disso, eles começaram a pressionar seus representantes locais. À medida que o Congresso controlado pelo GOP procurou revogar Obamacare, a raiva contra o Trump foi redirecionada para os membros republicanos do Congresso. O Lago Celinda pesquisou 28 mil ativistas que contataram o Congresso no ano passado através de um serviço de chamadas em seus telefones celulares: 86% deles eram mulheres.

Para algumas dessas mulheres, a idéia de representantes masculinos tentando retirar os cuidados de saúde de milhões de famílias estimulou a transformação de ativista para candidato. "Foi uma imagem clara de quão importante era para nós estar lá", diz Mikie Sherrill, ex-piloto de helicóptero da Marinha e promotor federal que desafia o representante republicano Rodney Frelinghuysen por seu lugar no norte de Nova Jersey. Schrier, o pediatra, estava entre um grupo de médicos que se reuniram com funcionários do representante republicano Dave Reichert para explicar como a conta de saúde prejudicaria pacientes em seu distrito. Quando Reichert votou a favor de uma versão inicial em comissão de qualquer forma, Schrier decidiu concorrer para o seu lugar. Gina Ortiz Jones,

Muitos estão fazendo campanha contra os obstáculos. Dois meses de gravidez e luta contra a doença matinal, Zwiener entrevistou na universidade por horas a fio com nada no estômago, mas Pedialyte. Tran cortou suas horas de paciente e explicou a ela 5 anos por que ela tinha que perder seus recitais de balé. Jennifer Carroll Foy deu à luz gemeos prematuros na campanha, depois ganhou um assento na casa dos delegados da Virgínia.

Quando uma mulher corre, outros geralmente seguem. Lauren Underwood, uma enfermeira registrada que trabalhou como conselheira no Departamento de Saúde e Serviços Humanos da Administração Obama, decidiu desafiar seu representante, o republicano Randy Hultgren, depois de ter prometido não votar em uma lei de saúde que exclua as condições pré-existentes , então votou no plano GOP de qualquer forma. Underwood, que tem uma condição pré-existente chamada taquicardia supraventricular, que mantém seu coração manter um ritmo normal, depois foi um passo adiante. Ela encorajou um conhecido da escola secundária, Anne Stava-Murray, a lançar uma candidatura para a casa dos representantes da Illinois. Stava-Murray, uma mãe de dois anos de 32 anos, conheceu Val Montgomery, de 45 anos, na Marcha das Mulheres em Naperville, Illinois. Eles começaram um grupo local de março feminino juntos, e, finalmente, Stava-Murray persuadiu Montgomery a correr para um assento vizinho na casa de Illinois. A campanha de uma mulher se transformou em três. "As mulheres têm executado Naperville para sempre, mas não temos necessariamente um cargo eleito. Agora, temos essa idéia que podemos liderar ", diz Underwood. "É como este efeito de ondulação".

Quando Erin Zwiener decidiu candidatar-se ao cargo, ela não tinha idéia de por onde começar. Ela sabia sobre cavalos e mulas, não fundraising e estratégia de mídia. Indo sozinho, ela pode ter desisiado cedo, assustada pela logística. Mas ela não era. Uma nova rede de grupos de base liderados por mulheres está dando a Zwiener e outros como ela as ferramentas para contratar pessoal, arrecadar dinheiro e retirar suas campanhas do chão.

Muitas das mulheres que construíram esta nova infra-estrutura progressiva são as mesmas que gastaram 2016 tentando parar o Trump. Há 18 meses, Amanda Litman estava dirigindo o alcance do email da campanha de Clinton. Agora ela está recrutando milenares liberais para concorrer a escritórios estaduais e locais através da Run for Something, uma organização que ela co-fundou. Catherine Vaughan, uma ex-organizadora de campo para Clinton em Ohio, co-fundou o Flippable, que tem como objetivo tornar as legislaturas estaduais azuis visando assentos vulneráveis. Nina Turner, principal assessor da campanha do senador Bernie Sanders em 2016, agora administra a nossa revolução, que apoia os progressistas de Sanders. Jess Morales Rocketto, que gastou 2016 enviando as mensagens de texto da campanha de Clinton para apoiantes, ajudou a construir GroundGame, uma plataforma tecnológica para ajudar a organizar voluntários, doadores e eleitores e gerenciar dados. "Esta perda foi um verdadeiro" f-ck você "para as mulheres", diz Litman. "Você simplesmente não pode acabar com isso".

Zwiener não sabia como pedir dinheiro ou voluntários do marshal. Ela havia recém-chegado ao Texas, não tinha bolsos profundos ou amigos ricos e não tinha usado um blazer porque fazia parte do modelo ONU no ensino médio. Mas a estratégia de Litman é executar todas as corridas, incluindo os longos tiros de que os comitês de campanha democrática - o longo caminho da política partidária - tenderam a descartar como um desperdício de recursos. Então, Run for Something emparelhou Zwiener com um mentor que a conduziu através da criação de uma plataforma de angariação de fundos. Zwiener foi endossado pela nossa Revolução Texas, que se comprometeu a mobilizar membros para pesquisar e telefonar para sua campanha. E os vizinhos com o capítulo local da organização de base Indivisível realizaram festas de casa para Zwiener para se encontrarem com eleitores e encontrar doadores.

The Avengers Time Magazine CoverFoto-ilustração de Sean McCabe por TIME. Fotografias com cortesia dos assuntos ou tiro para TIME.

Fundada logo após a eleição, Indivisible é um dos grupos amplamente creditados com a organização de progressistas para aparecer e protestar onde quer que os republicanos realizassem prefeituras para discutir a conta de saúde. O derramamento de raiva refletiu as táticas do Tea Party, que se anunciou como uma força na política dos EUA em parte através de suas próprias manifestações furiosas no projeto de saúde do presidente Obama. "As mulheres estão no meu grill, não importa onde eu vá", o representante republicano Dave Brat, da Virgínia, queixou-se no início do ano passado depois de ter sido criticado por se recusar a realizar uma prefeitura. Spanberger está correndo para o assento de Brat.

Indivisível diz que agora tem pelo menos dois capítulos locais em cada distrito do Congresso e mais de 6.000 grupos em todo o país. Theda Skocpol, professora de governo e sociologia da Universidade de Harvard, que co-escreveu um livro sobre o Tea Party e agora está estudando Indivisível, diz que o levantamento progressivo anti-Trump já tem mais grupos locais do que o Tea Party fez no auge. No máximo, diz ela, a Tea Party tinha cerca de 900 grupos locais e cerca de 250 mil ativistas principais. "Quase todos os capítulos [Indivisíveis] que eu vi estão gerando pessoas que estão planejando concorrer ao escritório", diz Skocpol. "Eu acho que é pelo menos tão grande e provavelmente maior que o aumento popular do Tea Party".

Em sua pesquisa, a Skocpol descobriu que os grupos Indivisíveis são aproximadamente 70% femininos. Isso não é incomum: uma pesquisa informal de voluntários com o grupo Swing Left, que direciona dinheiro e voluntários de distritos seguros para campos de batalha próximos, descobriu que 68% eram mulheres. O distrito da Irmã, que combina voluntários de áreas liberais com concursos em distritos conservadores, foi fundado por uma equipe de todas as mulheres. "Quem você acha que tem organizado coisas na América?", Diz Skocpol. "São mulheres".

Enquanto os demolidores democratas, como a Lista de Emily e o Comitê Democrata da Campanha do Congresso, se concentram em grande parte nas raças de nível nacional, a nova geração de startups progressivos muitas vezes se dirige às coleções de boletim de voto menos glamorosas que o partido ignorou em seu perigo. "Estamos dispostos a falhar", diz Litman. "A maior parte da velha guarda não é incentivada a correr riscos".

As doadoras também estão fazendo sua parte. A plataforma estatal de angariação de fundos ActBlue levantou US $ 523 milhões para candidatos em 2017 - mais do dobro do montante que veio em 2015 - e 62% dos doadores eram mulheres. As mulheres doaram US $ 91 milhões para candidatos democratas e causas progressivas em 2018, acima de US $ 51 milhões no último ciclo, de acordo com o Centro de Política Responsável, um número que não inclui doações para candidatos presidenciais ou PACs presidenciais.

O melhor número de eleições fora de ano de novembro revelou que a fórmula pode funcionar. O apoio de eleitores femininos ajudou a levantar o democrata Ralph Northam para a vitória na corrida do governador da Virgínia. Northam ganhou as mulheres em 22 pontos apenas um ano depois que Clinton ganhou o mesmo grupo em 17. Dos 15 lugares, os democratas foram pegos na casa dos delegados da Virgínia, 11 foram conquistados por mulheres. (Uma delas era Danica Roem, que se tornou a primeira mulher abertamente transgênero eleita e sentada em uma legislatura estadual.) No geral, a Flippable ganhou 16 das 20 corridas que visou na Virgínia, no Estado de Washington e na Flórida. E em uma eleição especial do Senado no dia 16 de janeiro, o democrata Patty Schachtner ganhou um distrito rural de Wisconsin que votou republicano por quase duas décadas.

Para candidatos e organizadores, essas vitórias são um pregador. "Foi um exército de mulheres que assumiu um exército de homens fora de contato", diz Lina Hidalgo, de 26 anos, que corre para o juiz do Condado de Harris em Texa s para melhorar o gerenciamento de inundações na área de Houston. "E é isso que vamos ver aqui no próximo ano".

O movimento é mais do que o meio termo. É sobre como nossas prioridades nacionais mudariam se mais mulheres tivessem uma mão em moldá-las. Um estudo de 2016 em Pesquisa e Métodos de Ciências Políticas descobriu que as mulheres são mais propensas a patrocinar contas sobre questões que afetam mulheres e famílias. "Imagine se o Congresso fosse 51% mulheres", disse o senador Kirsten Gillibrand, um democrata de Nova York, em um discurso na Convenção da Mulher em outubro. "Você acha que estaríamos lutando pelo acesso ao controle de natalidade?"

As nações com maior proporção de representação feminina podem fornecer um vislumbre de como a paisagem política poderia mudar. Depois que a proporção de mulheres atendidas no Parlamento da Islândia ascendeu a 48% em 2016, o governo aprovou uma lei que exige que as empresas comprovem que homens e mulheres recebem pagamento igual. Na Suécia, onde a divisão de gênero tanto no ministério como no Parlamento é quase igual, todos os pais têm direito a quase 16 meses de licença familiar paga. A Finlândia, cujo Parlamento é 42% feminino, tem subsidiado fortemente a assistência à infância e um sistema de educação pública de alto desempenho. De acordo com o ranking do Fórum Econômico Mundial de igualdade de gênero, os EUA estão em 49º lugar, atrás da Nicarágua, Cuba e Bielorrússia.

É claro que eleger mais mulheres no Congresso não conduzirá necessariamente a um plano federal de férias ou de família com antecedência, especialmente porque o partidarismo extremo dificulta o amplo consenso e nenhuma das partes quer aumentar amplamente os impostos. Mas as legisladoras de ambas as partes tendem a elevar questões que os homens ignoram. Somente na atual sessão do Congresso, o senador Deb Fischer, republicano da Nebraska, patrocinou uma proposta para ajudar as empresas a financiar a licença familiar paga. A senadora Patty Murray, uma democrata do Estado de Washington, apresentou um projeto de lei para expandir o acesso a cuidados infantis acessíveis.

As mulheres também tendem a atravessar o corredor para passar neste tipo de legislação. A senadora republicana Susan Collins, do Maine, e o senador democrata Tammy Baldwin, da Wisconsin, patrocinaram um projeto de lei para estabelecer uma estratégia nacional para apoiar os cuidadores familiares. Foi co-patrocinado por seis senadoras de ambas as partes (juntamente com vários homens) e aprovou o Senado por unanimidade no início de janeiro. "As mulheres no Senado que se reuniram dizem com freqüência que são capazes de conversar entre si, chegar a entendimentos, são mais capazes de encontrar compromissos", diz Norman Ornstein, estudioso residente do conservador American Enterprise Institute.

Mas as mulheres têm um longo caminho a percorrer para chegar à paridade na política americana. Eles ocupam menos de 20% dos assentos no Congresso, apenas 25% daquelas em legislaturas estaduais e apenas seis das 50 governações do país. Mesmo em um ano com um aumento nas candidatas femininas, não só é improvável uma matriarriza, mas ganhos democratas significativos estão longe de ter certeza. A grande maioria dos candidatos pela primeira vez que desafiam os operadores históricos perdem.

Alguns, como Sherrill em Nova Jersey e Spanberger na Virgínia, arrecadaram bastante dinheiro. Outros, como Underwood em Illinois e Tran na Califórnia, tiveram que se acostumar a pedir doações. Jones tem uma corrida primária difícil contra um oponente democrata bem conectado. Zwiener gerou entusiasmo de estudantes no campus da Universidade Estadual do Texas em seu distrito, mas um editor de jornal local mal havia ouvido falar dela.

Tampouco está claro se a indignação de Trump sozinha será suficiente para atrapalhar democratas desconhecidos, especialmente quando 401 (k) s são saudáveis ​​e o desemprego é baixo. "Qual festa pode explicar melhor o que fez nos últimos dois anos?", Diz o consultor republicano Joe Brettell. Mesmo que tudo corre bem, as conquistas que as mulheres fazem em 2018 podem decepcionar o devotado. Em 1992, um número recorde de mulheres - 251 - correu para o cargo depois que Anita Hill testemunhou na frente de um painel do Senado todo-branco, masculino, que o juiz Clarence Thomas a tinha assediado sexualmente. Os observadores apelidá-lo o Ano da Mulher. Mas no final, as mulheres ganharam 47 cadeiras na casa e cinco no número significativo do Senado, ainda assim muito menos do que o que esperavam.

A maioria das mulheres democratas deste ano concluiu que a chave para a vitória em suas corridas é impulsionar a participação entre os liberais e reverter os eleitores. Zwiener está se concentrando em registrar crianças da faculdade e outros eleitores sub-representados em vez de tentar persuadir seus vizinhos conservadores a atravessar o corredor. Os jovens - que tendem a votar em favor dos democratas, mas muitas vezes não se mostram no meio do meio - tiveram uma taxa de participação de 34% na eleição da Virgínia, uma figura que foi um terceiro maior do que a última corrida do governador e o dobro da participação em 2009, de acordo para um grupo de pesquisa na Universidade Tufts.

Litman chama isso de estratégia de "revestimentos reversos": investir em convocação de candidatos a votação baixa cria mais contatos eleitorais, o que traz mais pessoas para as pesquisas. Elliott Woolridge é uma estudante de 25 anos da Universidade Estadual do Texas que tomou uma das centenas de panfletos que Zwiener passou para estudantes em um dia ensolarado logo após o Dia de Ação de Graças. Woolridge só votou em Obama, mas está prestes a mudar. "Minha voz não foi ouvida", diz ele de se sentar na eleição de 2016. Ele planeja votar no meio do meio "apenas para que eu possa sentir que fiz algo".

Esse é o mesmo sentido de história e urgência que impulsiona os candidatos. "Muitas das mulheres com quem falo as mães estão pensando:" O que direi aos meus filhos em 30 anos? ", Diz Vaughan, fundador da Flippable. "Será que eles poderão dizer que fizeram algo?"

Eles poderão dizer que fizeram.