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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

QUEM COMEU PASTÉIS DE NATA À BORLA NO MARTINHO DA ARCADA?

por estatuadesal

(In Blog O Jumento, 30/01/2018)

pasteis

Começamos a ter a sensação de que alguém anda a querer desprestigiar todos os políticos que asseguram o funcionamento da democracia, os grandes casos da justiça já não envolvem milhões e Panama Papers, os processos já não são abertos com cartas anónimas enviadas por polícias mais diligentes ou a partir de sinais de riqueza. Agora podem derrubar-se governos  com o argumento de que um ministro aceitou que alguém lhe oferecesse um pastel de nata no Martinho da Arcada ou a partir de uma mera fotografia do camarote presidencial publicada no jornal A Bola.

Como é óbvio não podemos questionar a justiça por estar a fazer o que deve fazer, é para isso que tem orçamentos de milhões, que pode mandar funcionários muito bem pagos investigar ao estrangeiro, ler toda a nossa vida íntima nos e-mails ou nas escutas telefónicas. Mandam os princípios que temos de lhes agradecer, elogiar o ataque aos poderosos, dizer que devemos esperar que a justiça vá até ao fim, defender o princípio da separação de poderes.

Também é verdade que há muitos bons princípios, a começar pelo segredo de justiça, que ninguém respeita. Já se percebeu que quem quer destruir a democracia conta com a sua própria comunicação social, onde sai tudo o que interessa. Dantes, os golpitas faziam sair os tanques para a rua, agora mandam-se os jornais e nem precisam de ardinas, as notícias saem na hora. Os mesmos jornais que dão os tiros encomendados pelos golpistas fazem campanhas em defesa dos mesmos. Não há qualquer diferença entre os golpes como os do Pinochet e os atuais golpes, apenas mudaram os tanques as balas e a forma de eliminar os adversários. Dantes combatíamos os golpistas, agora temos de os elogiar e bajular, são eles os sacerdotes encarregados de proteger o altar da democracia dos abusos dos pecadores que se confessam ou que eles próprios designam como tal.

Devemos ficar calados e elogiar o papel da justiça porque atacam os grandes, ignoramos que atacar o poder nem sempre foi motivo de elogio, todos os golpes de Estado que instituíram ditaduras visaram derrubar os mais poderosos, porque, por definição os mais poderosos, são sempre os governos. Chega-se ao ridículo de sugerir que quando alguém é constituído arguido isso protege-o na investigação, o arguido pode calar-se e recorrer ao advogado. Isto é, queima-se o bom nome de alguém na praça pública, mas para os golpistas isso é um ato de defesa da vítima.

Depois, tudo fica investigação durante meses e meses, depois dos orgasmos múltiplos das sucessivas e cirúrgicas violações do segredo de justiça o processo adormece, diz-se que, tal como centenas de outros, está em investigação. Uns meses ou anos depois, numa qualquer véspera de início de férias, o processo é arquivado, em regra com o velho e cínico argumento da falta de provas. Entretanto, a vítima foi destruída, o seu nome foi para a sarjeta.

Já não é a austeridade ou a crise financeira que marca a agenda do país, os mortos dos incêndios estão esquecidos, da mulher que o MP deixou que fosse morta depois de a abandonar não se fala, das crianças que o MP permitiu que fossem traficadas pela IURD e das suas mães já nos esquecemos. A agenda deu uma cambalhota numa semana, todos esquecemos os problemas do país e os podres de uma sociedade cujas instituições são geridas em função de ambições pessoais.

De um dia para o outro a agenda mediática foi entupida com processos, começou no Benfica, passou para o Bruno de Carvalho, agora andamos a investigar quem comeu pastéis de nata oferecidos no Martinho da Arcada. Tudo isto é podre e ridículo.

Os 12 melhores locais para visitar no Funchal


por admin

O nome Funchal significa “Hinojo” e ,diz-se, dever-se à abundância de plantas “hinojo” que Zarco, o descobridor da ilha, encontrou quando chegou, em 1420. O próprio Zarco escolheu este lugar para fundar a capital da ilha pelo excelente porto natural que a baía formava, onde, hoje em dia, atracam todo o tipo de barcos, desde cargueiros até grandes cruzeiros de luxo. Em qualquer altura do ano, o Funchal com o seu clima ameno, é o destino ideal para umas mini-férias. São muitos os locais a visitar nesta cidade com mais de 500 anos de existência e, alguns, são mesmo a não perder... Visitar o Funchal é uma experiência única!

Funchal

A melhor forma de visitar o centro histórico da cidade do Funchal é fazê-lo pé. O passeio tem início na Sé, de estrutura gótica erguida no século XVI. Ao entrar, devemos olhar para cima para admirar o precioso tecto de alfarge, em madeira de cedro trabalhada ao gosto mudéjar. A visitar também a Igreja do Colégio, com a fachada sóbria a esconder um exuberante interior rico em talha dourada, retábulos e painéis de azulejaria do século XVII.

FunchalFunchal

Do lado oposto do Largo do Município, no antigo Paço Episcopal, está o Museu de Arte Sacra, de cuja colecção se destaca o núcleo de arte flamenga dos séculos XV-XVI, testemunho dos contactos comerciais com a Flandres, para onde era vendida a cana-de-açúcar cultivada na ilha. Para provar esse e outros sabores locais, no Mercado dos Lavradores, teremos muito com que ocupar os sentidos: das frutas exóticas às delícias tradicionais como o bolo de mel, sem esquecer as lojas de artesanato, as vendedoras de flores trajadas a rigor e as animadas bancas de peixe.

Seguimos pela cidade velha, até ao Forte de São Tiago, onde está instalado o Museu de Arte Contemporânea. Podemos conhecer os produtos mais apreciados da região nos Museus do Bordado e do Vinho. É aqui que ficamos a saber tudo sobre as lindíssimas peças de bordado delicado, e sobre o vinho licoroso que ganhou fama nos séculos XVII e XVIII, sendo muito apreciado nas cortes europeias. Descubra os melhores locais para visitar no Funchal!

1. Mercado dos Lavradores

O Mercado dos Lavradores oferece uma selecção variada de produtos da ilha e resulta num lugar excelente para comprar frutas, flores e recordações da Madeira. Este famoso mercado foi construído em meado dos anos 30 para que os pescadores e agricultores pudessem vender os seus produtos directamente ao público. Hoje em dia, a maioria dos “stands” pertence a comerciantes, ainda que, de forma a não perder o espírito original, mantiveram-se as sextas-feiras, em que os agricultores das zonas mais afastadas da Madeira se encontram no Funchal.

Mercado dos LavradoresMercado dos Lavradores

As vendedoras de flores, vestidas com os trajes típicos da ilha, encontram-se especialmente na zona de entrada dos mercados. Oferecem, nas suas bancas, uma grande variedade de flores e bulbos recém colhidos. As bancas de pesca também merecem uma visita, não só pela diversidade de peixe fresco que oferecem, como também para ver o delicioso e raro peixe espada preto, que vive a grandes profundidades. Vale a pena visitar este mercado devido à sua movimentação de pessoas e pela sua cor, mesmo que não tenha intenção de adquirir qualquer produto.

2. Museu do Vinho da Madeira

Após se afastar dos grandes grupos de pessoas da rua principal da cidade do Funchal e se aventurar nos pátios tranquilos das Adegas de São Francisco o conceito de tempo passa a ter outro significado. Aqui pode provar vinhos engarrafados de 1860, enquanto os vinhos envelhecem no andar de cima em barris de madeira do Brasil, fechada à pressão, e carvalho americano. Este antigo edifício de madeira, com os seus balcões de trepadeiras, começou por ser o Convento de São Francisco, e foi convertido em adega no ano 1834.

Museu do Vinho da MadeiraMuseu do Vinho da Madeira

Naquele tempo, os vinhos da Madeira eram enviados até ao Equador, com a crença de que a ondulação do mar melhorava o sabor. O processo de produção sofreu uma transformação enorme ao se descobrir que o sabor do vinho da Madeira não se devia à ondulação, mas sim ao calor suave. Hoje em dia o vinho “coze-se” em grandes quantidades com o calor do Sol e com a ajuda de água quente canalizada. Tudo isto poderá ser observado ao passar pelos pátios, onde poderá contemplar as velhas estruturas de madeira e os antigos livros, que falam da arte subtil da mistura dos caldos. Nas salas caldeadas pode sentir o aroma delicioso a madeira velha e vinho, que servirão de justificação ao deleite da sala de degustação, onde termina a visita.

3. Jardim Botânico da Madeira

O Jardim Botânico da Madeira encontra-se localizado em terras que dominam o vale da ribeira de João Gomes, na cidade do Funchal. Este jardim foi criado no antigo recinto da Quinta do Bom Sucesso e actualmente apresenta exemplares únicos da flora da Madeira e do mundo inteiro. No seu interior encontra-se instalada uma casa branca elegante, com a cobertura das janelas completamente verde, que contém um pequeno museu, que expõe colecções de botânica, geologia e zoologia, em móveis antigos de madeira, estando grande parte da madeira vulcanizada, atribuindo-lhe mais resistência e duração.

Jardim Botânico da MadeiraJardim Botânico da Madeira

Na parte alta do jardim encontrará um miradouro onde poderá contemplar as vistas maravilhosas sobre o porto do Funchal. O Jardim Botânico está ligado à localidade das Babosas (Monte) por um teleférico, que realiza um percurso turístico muito atractivo que dura 9 minutos. A estação principal está situada dentro do próprio Jardim Botânico, a outra encontra-se no Monte, junto ao Largo das Babosas. Este teleférico oferece um percurso panorâmico com vistas privilegiadas sobre a baía do Funchal e sobre o Vale da Ribeira de João Gomes, entre outras.

4. Zona Velha do Funchal

A Zona Velha do Funchal é um local icónico se deseja desfrutar de um bom ambiente, comida a um preço razoável e o autêntico fado português. Este lugar, que antigamente era o subúrbio da cidade, é agora uma zona de ruas coloridas, com lojas de artesanato em casa de habitação, onde antes viviam famílias inteiras. O seu paredão foi reutilizado para dar lugar a uma estação de teleféricos de Madeira. No extremo Este da zona velha poderá contemplar a Fortaleza de São Tiago e, de baixo das suas muralhas, encontrará a Praia da Barreirinha, uma praia de pedras pequena onde se protegem os lugar para se tomar banho e comer sardinhas grelhadas dos comerciantes ambulantes.

Zona Velha do FunchalZona Velha do Funchal

Esta praia continua a ser popular apesar da construção do centro aquático por detrás da fortaleza. À frente do parque, ergue-se a Igreja do Socorro, também conhecida como Igreja de Santa Maior, reconstruída em várias ocasiões desde o século XVI. No coração da zona velha encontra-se a Capela do Corpo Santo (século XVI), que hoje em dia continua a ser uma capela simples de pescadores. À volta dela encontrará muitos cafés e restaurantes com terraços que proporcionam uma vida nocturna animada.

Laura, todos somos culpados

por estatuadesal

(Por Carlos Esperança, in Facebook, 30/01/2018)

laura

Laura, nada sei das dores que sofreste ao longo de 55 anos, sei apenas que fugiste de um bruto, com marcas no corpo e feridas na alma, a pedir ajuda a quem não sabe do que são capazes homens primitivos, e do sofrimento e coragem que são precisos para fugir.

O homem que aceitaste para companheiro era violento. Os pontapés e as bofetadas eram bastantes para avaliar, nas marcas, a violência assassina do rústico que se julga dono da mulher com quem vive, mas foi preciso assassinar-te à paulada para te acreditarem.

Sei que não é verdade que o magistrado, que te olhou com displicência, se confrontasse com 700 processos de violência doméstica, como afirmou no DN de ontem (pág. 19), Anselmo Crespo, subdiretor da TSF. Não há uma só comarca com 700 brutos em forma de homem e, muito menos, 700 mulheres capazes de vencerem a vergonha e o medo de se queixarem.

Há, isso sim, um país onde o casamento religioso exigia à mulher a submissão, o direito de família que confiava ao homem o exclusivo da administração dos bens, uma tradição indulgente com a violência masculina, um constrangimento social que desculpa ao homem o que recrimina às mulheres, onde a igualdade de género encontra resistências.

O jornalista e o magistrado não sabem o que é ser mulher. Quando há juízes que citam a Bíblia para desculparem a violência masculina, tem de haver um caldo de cultura onde a crueldade encontra atenuantes e a mulher é sempre suspeita.

E de nada valeu a tua coragem. Nem o exemplo serve. As mulheres são e continuarão a ser discriminadas e a ter o quinhão maior do sofrimento. Os homens que nunca tiveram mães, irmãs ou filhas não existem, mas comportam-se como tal, desde o desempregado da construção civil que te assassinou aos venerandos desembargadores que manifestam compreensão pela violência masculina.

Isto ocorre, Laura, porque muitos não somos melhores do que os que ora acuso, somos filhos de uma cultura misógina judaico-cristã, incapazes de ver na companheira o rosto da mãe que nos amamentou, da avó que tudo nos tolerava, da irmã que nos protegia, da filha que não tem o amor do pai.

Que raio de país!

Luís Filipe Vieira e Rui Rangel constituídos arguidos

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

LFV

Fotografia: Pedro Cunha@Público

A manhã de hoje fica marcada pelas buscas da Polícia Judiciária à casa e gabinete do juiz desembargador Rui Rangel, antigo candidato à presidência do SL Benfica, bem como à casa de Luís Filipe Vieira e às instalações da Benfica SAD. Ambos foram constituídos arguidos, estando em causa "suspeitas de crimes de recebimento indevido de vantagem, ou eventualmente de corrupção, de branqueamento de capitais, tráfico de influência e de fraude fiscal", e foram também detidas cinco pessoas, no âmbito desta operação conjunta da PJ e do Ministério Público. Ler mais deste artigo

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