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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

“Caso” Centeno, uma vitória do populismo

Manuel Carvalho

MANUEL CARVALHO

OPINIÃO

“Caso” Centeno, uma vitória do populismo

Evite-se a tentação de dar à turba o que a turba mais deseja: cimento para a sua cultura de ódio a quem nos representa.

31 de Janeiro de 2018, 6:42

Há uns anos, até o mais despudorado dos jornalistas teria vergonha em publicar uma notícia sobre a suspeita de favorecimento de um ministro que ousou pedir dois bilhetes para um Porto-Benfica. Hoje esse assunto é manchete de jornais, notícia nas rádios, abertura das televisões e um maná para as redes sociais exultarem com mais uma “prova” da indecência dos políticos. E é assim não apenas por causa da degradação do jornalismo ou pela persistente mania da gente da Justiça em tornar público o que deve ser segredo: é-o também por directa responsabilidade de quem nos representa. Quando um partido como o PS se dedica a criar “códigos de ética” nos quais governantes e deputados são vistos crianças que precisam de ser adestradas para resistirem a ofertas de bilhetes para espectáculos, está a alimentar as suspeitas que pretende combater; quando a classe política deixa subentender que nas suas consciências há lacunas de princípios que impedem a separação entre o que se pode ou não pode fazer, estão escancaradas as portas para o gérmen do populismo que transforma um bilhete para a bola num caso de corrupção.

O lamentável episódio que por estes dias envolveu o ministro Mário Centeno é por isso um sintoma de que a turba demagógica e populista que acredita num mundo de relações bacteriologicamente puro por força de normas e códigos de normas está a ganhar terreno. Os políticos estão a deixar de ser sérios até prova em contrário para passarem a ser corruptos por natureza. É este preconceito subliminar que determina a feitura de mais e mais códigos, a emissão de mais e novas regras para os impedir de dar largas à sua duvidosa estatura ética ou à sua débil responsabilidade cívica. Mário Centeno não trata directamente de insignificâncias como o reconhecimento da isenção do IMI? De pouco interessa. Mário Centeno pediu bilhetes para ir ao jogo porque, na sua condição de figura pública, não pode nem deve ir para o meio dos No Name Boys ou dos Super Dragões? De nada vale. O que vale é uma suposta violação do “código de ética” aprovado pelo Governo depois das viagens de secretários de Estado ao Mundial de Futebol. A Caixa de Pandora foi aberta. Agora vale tudo.

Bem sabemos que quem por estes dias se arrisque a dizer que a política é um exercício nobre de cidadania corre o risco de ser defenestrado. É verdade que o espaço mediático está infestado de casos reais e de muitas suspeitas de venalidade no exercício de cargos públicos e políticos. No caso do PS, o trauma de ver um dos seus secretários-gerais e ex-primeiro-ministro acusado num caso horrendo de corrupção gerou um efeito de má consciência e de vulnerabilidade ao instinto punitivo do politicamente correcto que o partido tenta sublimar com mais regras. Mas, por um momento, era bom que se parasse para tentar perceber o caminho que essas regras abrem para o futuro. Porque uma coisa é verificar se o aparelho legal montado para prevenir e punir desmandos dos políticos existe e é eficaz; outra, muito diferente, é ceder à pressão dos que dizem que eles são todos iguais, quer dizer, todos corruptos e desatar um nó de medidas para acalmar essa ansiedade.

Quando se tratam os deputados como mentecaptos que precisam que lhes faça um desenho para não caírem na tentação, está-se a degradar a nobreza da função parlamentar e a projectar sobre eles uma imagem de imbecilidade que não só os desprestigia como desprestigia a democracia. Quando se decreta que “os governantes devem recusar convites para assistirem a eventos sociais, institucionais ou culturais, que possam condicionar a imparcialidade e a integridade do exercício das suas funções e que tenham valor estimado superior a 150 euros” não se defende a transparência nem se garante a defesa do interesse público – apenas a gula dos que olham para os políticos como quem olha para um saco de boxe. Um deputado digno desse nome tem o dever de saber distinguir as prendas interessadas e as prendas cordiais ou institucionais, custem 149 ou 151 euros. Se por acaso precisarem de instruções assim com este nível de detalhe, deixarão pura e simplesmente de ser homens livres, a condição fundamental para nos defenderem. Passarão a ser “sacerdotes vestais”, como denunciou o deputado Sérgio Sousa Pinto, que agem em função daquilo que o chefe prescreve e a multidão exige, até em domínios essenciais da personalidade como a ética.

Quando se chega a este ponto, quando a classe política se dispõe a apoucar-se de uma forma assim tão crua, tudo pode acontecer. Depois de se censurar um pedido de bilhetes para a bola, hão-de verificar-se os menus dos restaurantes onde jornalistas, homens da cultura ou dos negócios conversam com deputados ou secretários de Estado. Os preços do menu principal hão-de começar a ser escrutinados até ao vintém, e as cartas de vinhos dos restaurantes mais caros tornar-se-ão um maná para o jornalismo sanguessuga ou para a magistratura que se acredita investida da missão de regenerar o país. O ridículo gerará uma cultura inquisitorial e a cultura inquisitorial será apenas suportável pela malta das jotas habituadas a anos e anos de indigestão causada pelas patifarias políticas. Nenhum homem ou mulher livre, decente, inteligente, culto e dono de saberes próprios ousará meter um pé num esterco dessa profundidade.

Razão tem a deputada socialista Isabel Moreira, quando nas jornadas parlamentares do PS que discutiram o famigerado código para os parlamentares declarou: "Podemos salvar o regime da bandalheira, dos corruptos e dos saqueadores da democracia. Isso é indispensável à sobrevivência do regime, mas também temos de salvar o regime dos salvadores do regime". Para o fazer, os deputados, a classe política em geral, tem de dar o peito às balas e dizer o que toda a gente sabe mas não diz por medo do populismo e da demagogia do politicamente correcto: que há nos corpos legislativos mecanismos mais do que suficientes para detectar as venalidades de potenciais ovelhas negras e, principalmente, para as punir.

Que se legalize o exercício do lobbying, que se criminalizem as omissões ou “os esquecimentos” em torno das declarações obrigatórias dos bens patrimoniais dos políticos no Tribunal Constitucional, tudo bem. Mas evite-se a tentação de dar à turba o que a turba mais deseja: cimento para a sua cultura de ódio a quem nos representa. Seguindo esse caminho, o da cedência, o da cobardia e o do medo de enfrentar o fel que se derrama das redes sociais, acabaremos por ter de viver todos os dias com epifenómenos como o que afecta Mário Centeno. E então a democracia não agonizará pelo mal mas pela sua suposta cura.

PSD e CDS demarcam-se de pretensão do PPE de discutir Centeno no plenário

ECONOMIA

Paulo Rangel(PSD).

NUNO VEIGA

31.01.2018 12h32

O PSD e o CDS demarcaram-se hoje da pretensão do presidente do Partido Popular Europeu (PPE) de debater no plenário do Parlamento Europeu as "alegações contra o presidente do Eurogrupo", Mário Centeno, considerando-a "impertinente" e "absurda".

Um dia após Manfred Weber, líder parlamentar do PPE, a maior família política europeia, que inclui as delegações dos sociais-democratas e democratas-cristãos ao Parlamento Europeu, ter avançado com a ideia de haver um debate na próxima sessão plenária sobre o caso que envolveu buscas no Ministério das Finanças, Paulo Rangel (PSD) e Nuno Melo (CDS) demarcaram-se desta iniciativa, repudiada pelos deputados portugueses de outros grupos políticos.

O líder da delegação do PSD explicou que:

"o presidente (do PPE na assembleia) queria levar a questão à Conferência de Presidentes (que reúne os líderes das famílias políticas) para eventualmente saber se haveria um debate em plenário ou não"

Este garantou tambem garantiu que "o PSD, assim que soube, porque isto foi agendado apenas pelo presidente, lavrou logo um protesto enorme por considerar que é completamente impertinente estar a por qualquer questão". "Não há nenhuma investigação pessoal e não tem qualquer relevância. Tanto quanto sabemos, não há nenhum motivo para qualquer dúvida neste momento. Sabemos que também os presidentes dos outros grupos não querem debater a questão sequer na Conferência de Presidentes, e portanto o PPE já não insistirá nisso. Provavelmente o assunto nem sequer vai ser discutido na Conferência de Presidentes"

Completou dizendo que:

"Tendo em conta a nossa posição, que foi muito firme e foi expressa ontem (terça-feira) por escrito e oralmente duas vezes, penso que o assunto estará totalmente esvaziado. Julgo que os nossos argumentos tiveram alguma valia, mas também não há dúvida de que os outros grupos, felizmente, e penso que aí os deputados portugueses terão tudo um papel, chamaram a atenção para que isto no fundo é um não assunto. Se do ponto de vista nacional já era uma coisa bastante caricata, do ponto de vista europeu é ainda mais"

Nuno Melo (CDS).

Nuno Melo (CDS).

Também Nuno Melo, do CDS, considerou que a ideia de colocar o assunto na agenda da sessão plenária que decorre em Estrasburgo entre segunda e quinta-feira da próxima semana que:

"não faz nenhum sentido". "À política o que é da política, à justiça o que é da justiça, sendo que no caso, se é verdade que decorre uma investigação em Portugal, como é público, o ministro Mário Centeno não foi sequer constituído arguido, e portanto esta é uma audição que é absurda no tempo e inclusivamente nos seus pressupostos. E em relação a isso eu não tenho uma avaliação partidária, tenho uma posição que é de princípio"

Por seu turno, o líder da delegação do PS ao Parlamento, Carlos Zorrinho, considerou tratar-se de "uma decisão absurda", que disse só poder entender:

"como uma tentativa de denegrir a imagem de um político, a imagem de um país, uma incapacidade por parte do PPE de aceitar que, através de uma linha política diferente, mais próxima das pessoas, mais próxima das empresas, seja possível atingir resultados económicos de grande significado". "É completamente extemporâneo, não há nada factual, por isso acredito que a Conferência de Presidentes não vai viabilizar este debate", disse, manifestando-se convicto de que Rangel, enquanto vice-presidente do PPE "também ajudará a impor o bom senso"

Os eurodeputados falavam minutos antes de uma cerimónia de homenagem a Mário Soares pelo Parlamento Europeu, na qual participa o primeiro-ministro, António Costa, que na segunda-feira renovou a confiança no ministro das Finanças e frisou que Mário Centeno "não sairá do Governo em circunstância alguma" relacionada com investigações sobre alegados benefícios em troca de bilhetes de jogos de futebol.

Lusa

Os 15 melhores locais para visitar em Viana do Castelo

por admin

Viana do Castelo é uma das mais bonitas cidades do norte de Portugal. A sua participação nos Descobrimentos portugueses e, mais tarde, na pesca do bacalhau mostram a sua tradicional ligação ao mar. Visitar Viana do Castelo é mergulhar na história e nas tradições do Norte de Portugal. Viana enriqueceu-se com palácios brasonados, igrejas e conventos, chafarizes e fontanários que constituem uma herança patrimonial digna de visita. No Posto de Turismo pode-se pedir uma brochura e fazer percursos de inspiração manuelina, renascença, barroca, art deco ou do azulejo. Percorrendo algumas das ruas do centro histórico sempre se chega à Praça da República, o coração da cidade. É onde ficam o edifício da Misericórdia e o chafariz, quinhentistas, assim como os antigos Paços do Concelho. Não longe fica a românica Sé ou Igreja Matriz.

locais mais bonitos do MinhoSanta Luzia - Viana do Castelo

Virada para o mar que fez a história de Viana, uma igreja barroca guarda a imagem da Senhora da Agonia, da devoção dos pescadores. Sai todos os anos a 20 de Agosto para abençoar o mar numa das festas mais coloridas de Portugal, onde são de referir a beleza e riqueza dos trajes típicos que desfilam nas festas. É que Viana - conhecida também pela filigrana em ouro - tem sabido manter as suas tradições, como se pode ver no Museu do Traje (traje e ouro), no Museu Municipal (especial relevo para a típica louça de Viana que aqui se expõe) ou no navio Gil Eanes. Construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo para apoiar a pesca do bacalhau, o navio aqui está de novo ancorado para memória das tradições marítima e de construção naval da cidade.

Santuário de Santa LuziaSantuário de Santa Luzia

Ao visitar Viana do Castelo, durante o mês de Agosto, é considerada uma actividade essencial assistir à Romaria de Nossa Senhora da Agonia. Estas espectaculares festas realizam-se durante quatro dias, a partir de 20 de Agosto, e as ruas são decoradas com serragem colorida. Se desejar ficar na cidade durante esta época é bastante recomendável reservar com antecedência.

Mas Viana do Castelo é também considerada uma “Meca da Arquitectura” graças aos muitos e importantes nomes da arquitectura portuguesa contemporânea que assinam equipamentos e espaços da cidade. É o caso da Praça da Liberdade de Fernando Távora, da Biblioteca de Álvaro Siza Vieira, da Pousada da Juventude de Carrilho da Graça, do Hotel Axis de Jorge Albuquerque ou ainda do Centro Cultural de Viana do Castelo, de Souto Moura, entre muitos outros. Descubra os melhores locais para visitar em Viana do Castelo!

1. Santuário de Santa Luzia

Situada no alto do monte de Santa Luzia, em Viana do Castelo, a Basílica de Santa Luzia, foi começada a construir em 1903 e terminada em 1943, com projecto do arquitecto, Miguel Ventura Terra. A última fase da construção da basílica, que é considerada como inspirada na Basílica de Sacré Cœur, de Montmartre, Paris, viria a ser dirigida pelo arquitecto Miguel Nogueira, que contou para o trabalho sobre o granito, com o mestre canteiro, Emídio Pereira Lima.

Santa Luzia - Viana do Castelo

Está edificada sobre uma planta em forma de cruz grega e a sua arquitectura tem elementos neo-românicos e bizantinos, no topo da basílica uma varanda permite, em dias sem neblina, um vastíssimo panorama da região. A estátua de bronze, do Coração de Jesus, colocada na entrada, datada de 1898, é da autoria do escultor, Aleixo Queirós Ribeiro, os dois querubins do altar-mor, são da autoria do escultor Leopoldo de Almeida e esculpidos pelo Mestre Emídio Lima e Albino Lima, em mármore de Vila Viçosa. Os vitrais das rosáceas foram executados na oficina de Ricardo Leone, em Lisboa, o fresco que representa a via-sacra e a Ascensão de Cristo, na cúpula, tem como autor, M. Pereira da Silva. O carrilhão é composto por 26 sinos.

2. Praça da República

Os Antigos Paços do Concelho localizam-se na sublime Praça da República, na cidade turística de Viana do Castelo, na região do Minho. Os Antigos Paços do Concelho, embora mais se assemelhem a um forte, são a antiga câmara municipal da cidade do século XVI, e é utilizada nos dias de hoje para albergar exposições temporárias de arte contemporânea.

Praça da RepúblicaPraça da República

É acompanhada do elegante chafariz da Praça, uma fonte de elegância e estilo renascentista construída por João Lopes “o Velho” em 1554. Esta encontra-se adornada com motivos manuelinos de um astrolábio esférico e a cruz da Ordem de Cristo; e ainda da Igreja da Misericórdia.

3. Igreja da Misericórdia

Criada em 1520, a confraria da Misericórdia de Viana, no início do século XVI resolveu construir a chamada "Casa das Varandas". Este edifício, datado de 1589, é um exemplar único da arquitectura de inspiração renascença e maneirista, com influências italianas e flamengas. A construção da igreja teve inicio em 1716 pelo engenheiro militar vianense Manuel Pinto de Vilalobos.

Igreja da MisericórdiaIgreja da Misericórdia

Apresenta no seu interior uma grande riqueza decorativa, bem ao gosto da época, quer pela talha em estilo nacional da autoria de Ambrósio Coelho, quer pelos belos revestimentos em azulejo, pintados por Policarpo de Oliveira Bernardes, quer ainda pelos frescos do tecto da autoria de Manuel Gomes. É, sem dúvida, um dos melhores exemplares barrocos de todo o país.

4. Igreja Matriz

Considerada como Igreja Matriz, está situada no centro histórico desta cidade, na Praça da República, nesse tempo dentro das muralhas, retirando à Capela das Almas o tal título, uma vez que esta passou a situar-se fora das muralhas. Do séc. XV, as suas obras iniciaram em 1400, finalizando em 1433. Sofre do período de transição entre o românico, com a sua estrutura maciça ao gosto da arquitectura românica e a fachada seguindo a linha das velhas catedrais como a de Coimbra e Lisboa, e o Gótico, com o conjunto escultórico que envolve o portal.

Igreja Matriz

A fachada é formada por pano central tendo adossadas à direita e esquerda duas torres, sendo a parte central dividida por um friso que separa o portal da abóbada. O portal é em arco quebrado, recortado por três arquivoltas profusamente decoradas, que são suportadas por seis esculturas que representam outros tantos Apóstolos, como S. Pedro, S. Paulo, S. João, S. Bartolomeu, Santiago e Santo André. Tem acesso por uma escadaria de seis degraus. Está encimada por uma abóbada.

5. Antigos Paços do Concelho

A partir do séc. XV, com a expansão do perímetro urbano da vila, houve a necessidade de criar um novo centro comercial e político, passando os Paços do Concelho para o Campo do Forno, actual Praça da República, por ordem de D. Manuel I. Este edifício dos Antigos Paços do Concelho é um edifício singular, possui uma planta rectangular simples de dois pisos rematados com merlões. A fachada principal, no piso inferior, apresenta três arcos quebrados, sendo o central o menor, encimados por três janelas de sacada com guarda de ferro assentes em modilhões, pertencentes ao piso superior.

Antigos Paços do Concelho

Sobre as janelas podemos observar igualmente três símbolos heráldicos, sendo o da esquerda a caravela do escudo de Viana, ao centro o escudo de Portugal, com elmo como timbre, moldurado e encimado pela Cruz de Cristo, e finalmente à direita a esfera armilar. As fachadas laterais apresentam a mesma semelhança da principal, com um arco e uma janela. A fachada traseira apresenta simplesmente duas portas nos dois pisos, sendo a superior em verga recta e acessível por uma escadaria em pedra. As arcadas do edifício formavam um espaço dedicado ao comércio do pão e farinha, estando esta superfície empedrada e com direito a bancas e bancos. Quanto ao segundo piso, era dedicado a sessões camarárias, e simultaneamente servia de tribunal.

Responsabilidade intelectual

Ladrões de Bicicletas


Posted: 31 Jan 2018 12:07 AM PST

Vital Moreira é naturalmente incapaz de encontrar explicações para o reconhecido declínio da social-democracia europeia que não passem pela identificação de processos supostamente irreversíveis e consequentemente é incapaz de pensar em como reverter tal declínio.
É que pensar a reversão é ir contra o essencial do que Vital Moreira passou a pensar como desejável: da Terceira Via blairista e das suas engenharias mercantis à economia política ordoliberal, inscrita na constituição informal europeia de matriz tão pós-democrática quanto anti-keynesiana e que foi desenhada precisamente para destruir a social-democracia, como por várias vezes por aqui e por ali defendi. Na medida em que as ideias contam na história, intelectuais como Vital Moreira são também responsáveis pelo declínio.
Já agora, e no que ao PS diz respeito, é de notar que é de facto uma das excepções, com os trabalhistas britânicos de Corbyn, convém lembrar, que confirma a regra. Ao contrário destes, não ocorreu por cá qualquer recomposição ideológica, protagonizando o mesmo PS uma solução governativa limitada, mas necessária, fruto da derrota das classes populares nos anos de chumbo da troika, da qual também está dependente. Eles que pensem no bloco central, ou que ajam muitas vezes como se estivessem no bloco central, o que Vital Moreira certamente prefere, e pode ser que passem a fazer parte da regra. A esquerda, por sua vez, não deve ter medo, antes orgulho, de ser acusada de populista pela sabedoria convencional.

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