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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

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Weinstein pede desculpa por usar citações de atrizes em processo de assédio sexual
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Peregrinos já têm um manual da correta alimentação

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Condenado à morte é poupado e dois outros com sentença adiada
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Sanção de 200 mil euros por cada divulgação de emails do Benfica
Primeira Página em 60 segundos: Falar dos emails do Benfica dá multa de 200 mil euros
Ex-comandante dos voluntários de Viseu convicto de que foi afastado por questões políticas

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Liga Europa. Todos os apurados para os oitavos-de-final
Pariza Tabriz: 'A Princesa da Segurança' da Google
A luta da Google por uma internet mais segura
Gripe ainda não passou. Casos tornaram a aumentar mas atividade é baixa
Benfica e Jesus chegam a acordo
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Escola fecha durante um dia por causa de aluno sonâmbulo na Pensilvânia

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Expresso  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
PCP diz que voto do BE de condenação a bombardeamentos na Síria poderia ter sido apresentado por Trump
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Wall Street encerra sem orientação devido às dúvidas sobre a política monetária
Rogério Casanova viu Palhinha declarar guerra ao pensamento livre no meio-campo ofensivo do Astana (e a desembaraçar-se bem de barafundas)
O “Papa do protestantismo” falou de sexo com Woody Allen

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A Autoeuropa e o poder dos sindicatos
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Rui Rio já está a cumprir
Em busca do eleitor bailarino
Anatomia dos acordos de regime
Picketty 1 – FMI 0

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Banco de Portugal troca PwC por Deloitte 20 anos depois
Fotogaleria: Porsche Cayenne: Colheita "premium"
Câmaras querem casas novas. Governo prefere reabilitar
Rio forte, Rio fraco
Bolsa portuguesa deve ser mais representativa da economia
Minipreço "expectante" com chegada da Mercadona
BCE impõe sanções de 15 milhões de euros a bancos europeus

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Destak  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
Trump diz que ideia de armar professores terá forte efeito dissuasor
Centros de apoio a idosos mais do que duplicam na China em cinco anos
Narcotraficante da Guatemala condenado a prisão perpétua nos EUA
Organização Mundial do Comércio dá razão ao Japão no conflito com a Coreia do Sul
Regulador chinês assume gestão de grupo que queria o Novo Banco
Entrada de venezuelanos na Colômbia cai 30% devido a "controle mais apertado"
Bolsa de Xangai abre com alta de 0,21%

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Expresso Economia  | CAPA E PRINCIPAIS NOTÍCIAS
ONU recebeu 40 acusações de abusos sexuais entre outubro e dezembro
Sp. Braga vence Marselha mas cai na Liga Europa
Morreu o padre Dâmaso Lambers, que vivia para Deus e para a rádio
Uma simulação da vida real
O Dia Zero está cada vez mais longe

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Leões campeões europeus homenageados em Alvalade
«Se há equipa na Europa que gostaria de treinar é o Sporting»
«Luís Ferreira, a favor do FC Porto, é como o Messi: nunca falha»
«Não vou dar cama aos meus jogadores para se justificarem com os árbitros»
Ayisha Díaz, a dominicana XXL
Bruno e o Astana: «Facilitou-se um pouco»
«Se o garoto faz dez bolas, tu, com 38 anos, tens de fazer também»

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Vieira com agenda cheia
Ricardinho: «Dérbi duro e com jogadores de qualidade»
Pedro Sá volta ao meio-campo
Sporting-Astana visto à lupa: Um Bruno para os 'oitavos'
Campelos obrigado a 'inventar' um onze
Ricardinho: «Nunca me passou pela cabeça ser jogador de futsal»
Ninguém marca tanto como Tarzan

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Centros de apoio a idosos mais do que duplicam na China em cinco anos
Narcotraficante da Guatemala condenado a prisão perpétua nos EUA
Moçambique ameaça retirar das prateleiras produtos sem rótulos em Português
Organização Mundial do Comércio dá razão ao Japão no conflito com a Coreia do Sul
Brexit: Cimeira informal debate hoje questões instituicionais a 27
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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Entre as brumas da memória

Entre as brumas da memória

Posted: 21 Feb 2018 02:00 PM PST


«O desempenho destas funções, na opinião da eurodeputada do Bloco, “limita a atuação de Mário Centeno, mais do que libertá-lo”. Apesar de tudo, Marisa crê que “há aqui alguma autoridade de alguém que conseguiu no país, com politicas contra-cíclicas e obviamente com um acordo maioritário parlamentar à esquerda, fazer exatamente aquilo que o Eurogrupo não permitiria”.


Finalmente, fica à espera de saber “o que vai ganhar”: “se é a influência de Mário Centeno no Eurogrupo, se é a influência do Eurogrupo em Mário Centeno”.»

Daqui.
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Dica (721)

Posted: 21 Feb 2018 09:10 AM PST

Understanding Populism In Eastern Europe (Sławomir Sierakowski)

«Eastern European populism differs from that in the West in important ways, owing to the region’s weak liberal tradition, which translates into ineffective checks and balances on government and shallow support for institutions such as freedom of expression and independent courts. Sławomir Sierakowski, the founder of the Krytyka Polityczna movement, explains.» (Vídeo)

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Lisboa no seu melhor

Posted: 21 Feb 2018 06:11 AM PST

Hugo van der Ding no Facebook.
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Guião de uma direita infeliz

Posted: 21 Feb 2018 03:06 AM PST

Francisco Louçã, no Expresso Economia de 17.02.2018.

«A direita tem um problema que a condena, sabe-se derrotada. O conclave do PSD vem lembrá-lo urbi et orbi, discutindo o que fazer com a calamidade de 2019 e com o líder vencível nessa fatídica eleição. Havia de se chegar aqui: nas eleições internas de janeiro, o que levantava ânimo era o fugaz governo de 2005, então despedido por indecente e má figura pelo Presidente, enquanto a era da troika foi sorrateiramente evocada como um deserto antes do oásis, apesar de este ter sido maliciosamente capturado por corsários ocasionais. Para o PSD, a história resume-se assim a carreiras incomodadas, pouco cuidando de quem paga impostos, procura emprego e vê os filhos emigrar. Falta gente vivida nessa narrativa.

Mas, perdoe-me quem se fascinar por estes mentideros, o problema dos problemas é mesmo que a direita política não representa a direita económica e talvez nem sequer a direita social. E desconfio de que uns e outros sabem dessa síndrome Deolinda.

Rui Rio e o futuro melhor

A moção que Rio apresenta este fim de semana, que já foi o seu mote de campanha para a presidência do PSD, abunda naqueles condimentos de língua de pau que fazem estes documentos úteis se irrelevantes. Ele há um Portugal que "se supera", se tiver "um propósito" e o "rumo certo". Já ouviu isto em algum lugar? A candura não ofende, mas ressoa também o tom celebratório do líder, que afinal reconhece que todos antes dele falharam, pois houve "quase duas décadas em que os partidos e os políticos não conseguiram conceber e transmitir uma visão inspiradora, coerente e convincente, capaz de mobilizar os portugueses para uma sociedade de futuro". Já se sabe, com uma "visão inspiradora", o tal "propósito", o líder será "capaz de mobilizar os portugueses para uma sociedade de futuro".

Temos futuro, portanto. Exatamente catorze futuros, alguns repetidos: a política de Rio vai "garantir o futuro", que será "melhor para todos", ou só "melhor", com uma "visão de futuro", para uma "sociedade de futuro", "rumo ao futuro", tudo "orientado para o futuro", com "esperança num futuro melhor".

Esta ideia de salvação é o melhor que Rio apresenta. Não por ser boa, é até arrogante, mas porque é a mais moderna: é assim que se faz a política populista nos dias de hoje. Líderes de discurso vazio, que se adaptam ao que for, de promessas várias, que se adaptam a quem for, e que procuram concentrar em si todo o poder, tais messias, esses são os émulos do sucesso Macron.

Rio tem dias nesse percurso salvífico, já teve êxito ao fazer frente a Pinto da Costa, o que nenhum presidente de Câmara tinha ousado, mas lançou depois Valentim Loureiro para a Junta Metropolitana do Porto, e apoiou e desapoiou Rui Moreira, por razões sempre misteriosas. A coerência, se porventura existe, está no que escreve agora: quer um líder com uma "visão" e um "propósito", que é simplesmente ele próprio.

A desvantagem da vantagem

Só que, para triunfar, Rio tem uma desvantagem que esmorece tanta virtude: é que quem não o conhece já o conhece bem demais. É antigo para estes propósitos e falta-lhe o carisma da renovação, não surpreende nem as emoções nem as razões. Tudo o que disser é repetido e, pior, não suscita curiosidade. A vantagem, em contrapartida, é que diz coisas novas mesmo quando repisa o mantra tradicional: Rio quer um "Estado forte e organizado para libertar os cidadãos", o que o distingue suavemente daquela direita estadófaga que tem como refrão "menos mas melhor Estado". No caso do presidente do PSD, é o seu temor das ameaças, como a globalização, insegurança, alterações climáticas e decomposição dos regimes, que o move para um "Estado forte", sempre prometendo que os cidadãos serão "libertados". Ou seja, é um liberalismo temperado por medos, que exige que o Estado abra negócios, mas que precisa de proteção, mais do que no passado. Rui Rio e a sua moção são, portanto, a recapitulação daquela social-democracia mesclada com liberalismo no discurso e suficientemente negocista na governação que fez os melhores sucessos do PSD. E, no entanto, a direita económica não confia nele.

Os disponíveis

Como o congresso do PSD é o melhor festival nacional de conspirações, sem comparação na política indígena, poderia perguntar-se se não emergirá dos bastidores algum salvador que prometa resgatar o partido da sua derrota em 2019. Já aconteceu, com Cavaco Silva vencendo João Salgueiro ou Durão Barroso a 33 votos de Fernando Nogueira, mas também repare no que deram uns e outros.

Não faltam candidatos. Montenegro ajustará contas em 2019, já avisou. Pinto Luz, erigido pelo veterano Relvas ao estatuto singular de promessa juvenil, explica numa pardacenta entrevista desta semana que a dicotomia esquerda-direita é um enjoo e que "a nossa ideologia são as pessoas", imagino que esta inspiração contagie. Moreira da Silva apresenta os seus modelos societais, o que prova que esperará sentado, e Carlos Moedas, ungido de Bruxelas, promove um cocktail que vai do rendimento básico para desmantelar a segurança social até uma linda revolução digital que nos fará felizes a todos. Só que o problema de todos os candidatos emergentes e latentes é que a direita económica prefere outra ambição, a maioria absoluta do PS.


Mas há sempre a síndrome Deolinda

O problema do PSD e da direita política não é Rio e, a bem dizer, o do CDS também não é Cristas. As dificuldades estão em que tudo o que define a direita política é o que a atormenta, o que a ergue é o que a derruba. Literalmente, o teu bem faz-me tão mal, como cantam os Deolinda. O PSD e o CDS não têm viabilidade em Portugal porque a política de direita está esvaziada.

Está esvaziada porque quer Europa, mas, por favor, não em demasia! Foi a União Europeia que disciplinou a elite, conjugou a ideologia, mobilizou os publicistas, definiu os padrões de governo. Um sucesso secular. Mas é o sucesso que destrói, porque esses governos, como o de Passos, nem governam com a Europa, que os trata ao safanão, nem na Europa, que os despreza. A Europa-bálsamo só paga se dirigir os bancos, controlar as contas e definir as leis laborais, e passou a ser o tal fantasma que não se convida para as eleições, pois assusta.

A política de direita está esvaziada também por querer um Estado forte, com muitos impostos que paguem a austeridade e as rendas, e fraco, com pensões reduzidas e o mercado a colonizar as necessidades vitais. Quer um Estado abundante que distribua parcerias, concessões e prebendas, mas que puna a pobreza e seja manhoso com os desempregados. O que a direita quer deixou de ser apresentável e por isso vive derrotada. Ora, a sua clientela social quer garantias de vitória.

Perdedor, este PSD está liquidado. Resta-lhe esperar por um populista mais engrossado do que Rio. Só então se levantará.»

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O futuro é das crianças

Posted: 20 Feb 2018 02:20 PM PST

Uma “Anne Frank” Palestiniana?

por estatuadesal

(Dieter Dillinger, 22/02/2018)

anne_frank

A pequenita palestiniana de 16 anos Ahed Tamimi deu uma bofetada num soldado israelita poderosamente armado e protegido com colete balístico e capacete Kevlar. O jovem soldado não reagiu mal e até sorriu. Segundo algumas testemunhas ele até teria dito: se me dás outra bofetada ainda caso contigo.

Mas a cena foi fotografada e passou para os tenebrosos serviços secretos que comandam certas unidades militares quase ao modo Gestapo/SS que os judeus israelitas deveria saber como funcionavam e não repetir.

Em Dezembro passado foram à casa da menina e algemá-la para levarem para a tenebrosa prisão/campo de concentração israelita em que dizem terem entrado mais de 10 mil palestinianos e só saíram uns mil, não se sabendo se estão lá 9 mil ou apenas uns dois mil ou menos. Aquilo, dizem os palestinianos, é o "Auschwitz" israelita. Exagerado em número, mas não tanto na proporção das reduzidas populações do pouco que resta da Palestina toda retalhada e ocupada por colonatos e até de Israel.

De resto a menina vivia numa aldeia perto de Ramalah, a capital da Palestina, e protestava contra a ocupação altamente provocatória por parte dos Judeus Israelitas que tiraram o poço de água, cercando-o de arame farpado.

Enquanto o jovem soldado israelita percebeu que qualquer reação brutal seria péssima para a causa israelita e benéfica para a palestiniana, os juízes militares judeus não entenderam assim a estão fazer um processo que pode levar a pequena Tamimi a passar anos presa naquela horroroso campo de concentração tipo nazi.

Há dias, Ahed Tamimi fez 17 anos. Pois recebeu congratulações de todo o mundo, incluindo de muitos jovens israelitas e judeus de todo mundo, principalmente dos EUA.

Naturalmente que se tornou uma heroína da causa do povo palestiniano esquecido de todo o mundo, uma espécie de pequena Joana de Arc. Já foi condecorada pelo presidente da Turquia sem que tenha sido possível entregar-lhe a condecoração.

A menina de cabelo encaracolado e loiro quase ruivo podia ser uma israelita se tivesse nascido do outro lado da fronteira ou europeia ou americana.

A secreta israelita investigou e a palestiniana também, concluindo-se que era mesmo natural da palestina e a cena não foi inventada nem a menina nunca fez teatro. Ela estava verdadeiramente em fúria com os ocupantes da sua aldeia que lhe tinham tirado a água e obrigado aquele pequeno povo a ir buscar o precioso líquido a Ramalah.

Os juízes israelitas e os governantes mostraram serem muito mais estúpidos que o jovem soldado de 19 anos. Enquanto mantêm a menina no seu "Auschwitz" estão mais uma vez a contribuir para o repúdio mundial de Israel.

Libertem-na, levam-na para casa, junto da sua família, e deixem-se de serem estúpidos, pelos menos durante uma meia hora. Não queiram fazer da pequenita Ahed Tamimi uma "Anne Frank" palestiniana.

Pequenos passos

Posted: 21 Feb 2018 07:43 AM PST

Parece sintomático que os dois temas escolhidos pelo PSD para conversar com o Governo sejam em torno de dinheiro. É um tema fácil para os dois partidos.
Ele é a descentralização - ou seja, a transferência de responsabilidade e verbas do Estado para as autarquias - e o desenho do próximo quadro de fundos comunitários.  
O PSD colocou a negociar Álvaro Amaro, presidente dos autarcas sociais-democratas, para a descentralização, e Manuel Castro Almeida, agora vice-presidente do PSD e ex-secretário de Estado para o Desenvolvimento Regional, para os fundos europeus. Até Maria Luís Albuquerque, aquela ex-ministra que se caracterizou pela incapacidade até para se mostrar dialogante, aposta nas conversas com o Governo. Disse ela em Bruxelas: "Não queremos ser apenas informados do que está a acontecer, queremos que haja um verdadeiro debate, uma consulta. Havendo essa disponibilidade para falar connosco, em tempo, não há razão nenhuma para não nos entendermos, porque nunca nos desentendemos nestas matérias relacionadas com questões económico-financeiras".
E nem por coincidência, o secretário de Estado Pedro Marques inicia hoje contactos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses para debater o novo enquadramento dos fundos comunitários.
O fecho ou mesmo a aparência de diálogo sobre um tema fácil, como os que estão em causa, tem vantagens para ambos neste jogo de aparências pré-eleitorais. E é uma escola de aprender a dialogar. É também para isso que se criam grupos de trabalho. Quem aceita falar de amor, tende a acabar na cama. E esse é o grande risco e o grande desafio à esquerda do PS.
O PSD, com sondagens nos seus níveis mais baixos de sempre - que nem somado com o CDS consegue chegar à pontuação do PS - teve de mudar de táctica para evitar a sectarização de quem o levou para a direita. O PSD quer governar sozinho, mas sabe que tem de recuperar os eleitores que se afastaram dele e que fazem parte daquela base social que se movimenta entre PS e PSD. Mostrar-se afável é uma boa jogada.
Por seu lado, o PS - e mesmo o próprio Governo - tem no seu seio quem não gosta de um Governo apoiado à esquerda e vê com bons olhos tudo o que crie stress à coligação. É de esperar novos anúncios de necessidade e urgência das ditas reformas estruturais - ou seja, das reformas que a direita quer fazer, mas que não são reformas de fundo, que melhorem a vida no país. Até Marcelo Rebelo de Sousa se sente um pouco esvaziado neste contexto, ele que pressionou para consensos, como na Justiça, que aliás Rio remeteu para o médio prazo e parece querer fazer brilharetes com a sua nova vice-presidente.
António Costa, por sua vez, demarca-se do PSD ao reafirmar sem parar a coligação que o apoia, mas tende a querer esvaziar a ofensiva dialogante de Rio, respondendo com a abertura em temas não de fundo. Esse diálogo aparente dá igualmente um sinal à esquerda para não se radicalizar - e não encostar o PS à parede, nomeadamente no dossier laboral - porque há mais parceiros possíveis. Ter dois parceiros que se mostram apreensivos ou zangados com o PS é o melhor cartão de visita para um PS que quer se manter independente de esquerdas radicais, ao centro (nas águas do apoio social do PSD), ainda que o centro seja a manutenção de um status quo à direita.
Nada disto debate o que é essencial para Portugal. Tudo parece ter a ver com adiamento e eleições. Mas se assim é, a iniciativa pode estar do lado dos partidos à esquerda do PS, assim saibam eles propor um novo agendamento de reformas de fundo, com propostas viáveis e responsáveis. Algo que os coloque no centro do debate, da iniciativa política, que neste momento virou para a direita. 

Era uma vez um centro de inteligência artificial que afinal era um call center

por João Mendes

CC

A tecnológica portuguesa OutSystems anunciou que se prepara para abrir um centro de inteligência artificial em Linda-a-Velha. O projecto, que implicará a contratação de 30 engenheiros, é na verdade mais uma fachada, criada pela impiedosa máquina de propaganda comuno-socrática, para a instalação de mais um call center, em linha com o recente embuste da Google, confirmado pelo director de Assuntos Internacionais ibérnicos da empresa. Terríveis, estes bloquistas.

A propósito deste embuste, mais um, recordo aqui uma série de tweets de um conhecido activista dos direitos da minoria liberal-conservadora, cujo pensamento é injustamente confundido por alguns como representativo da versão portuguesa da alt-right norte-americana. Ou, como diria o saudoso Passos Coelho, "mas quem é que põe dinheiro num país governado por bloquistas e comunistas"? A menos que seja para mais um call center, claro.

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via Uma Página Numa Rede Social