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sábado, 24 de fevereiro de 2018

Três passos para Rio unir o PPD-PSD

por CGP

Rui Rio ganhou com 54% dos votos contra um candidato com algumas fragilidades e um problema de percepção pública. Não exagerarei se disser que a esmagadora maioria dos 46% que votaram em Santana Lopes estavam na realidade a votar contra Rui Rio. Ou seja, Rui Rio lidera um partido em que 46% dos militantes não gostam dele e das pessoas que o apoiam. Se tivesse havido um candidato abertamente apoiado por Passos Coelho, ou se este se tivesse envolvido na campanha, é mais que certo que Rui Rio teria perdido. Nem vou falar da tareia que teria levado se tivesse sido o próprio Passos Coelho a candidatar-se. Ou seja, o PSD é ainda, e até Rui Rio ganhar eleições, um partido Passista. O episódio da eleição do líder parlamentar é demonstrativo disso. É muito fácil para o comentador mais desatento simplesmente assumir que aqueles são os deputados escolhidos por Passos e que só por isso Rio teve aquela derrota estrondosa. Mas esta ideia ignora a realidade das escolhas de listas para deputados dentro do PSD. A escolha das listas decorre de um processo de luta interna em que todos os sindicatos de votos acabam representados: as distritais, a Juventude Social Democrata, os Trabalhadores Social-Democratas, as Mulheres Social-Democratas, os Autarcas Social-Democratas, os Pescadores Recreativos Social-Democratas, etc Ou seja, estão ali representadas as bases com uma minoria de escolhas pessoais dos líderes. Não sendo muito difícil identificar os deputados que não votaram em Negrão, será fácil de ver que apenas uma minoria desses foram escolhas pessoais de Passos.

Rio tem então duas opções: ser o capitão de um barco em que metade dos marinheiros não rema e esperar que o Iate Geringonço encontre um iceberg antes de 2019, ou oferecer um projecto de continuidade com as pequenas diferenças que necessariamente resultam de um novo líder trazendo o PSD passista a bordo. Esta última opção pode ser feita em 3 passos:

1º passo: Permitir uma saída airosa a Elina Fraga, uma pessoa que, ao contrário de Salvador Malheiro, não parece trazer benefícios que valham os problemas que causa.

2º passo: Escolher um líder parlamentar alinhado com a sua estratégia, mas também próximo da ala Passista. Leitão Amaro, personagem de relevo na era passista e vice-presente da lista de Negrão, parece ser ajustado ao papel.

3º passo: fazer uma declaração pública a elogiar o governo de Passos, concluindo com um inequívoco "Eu faria igual". Isto deve ser fácil na medida em que já o disse em campanha durante reuniões com a ala Passista. Assumindo que não estava a aldrabar, bastará fazê-lo agora em público.

Como é que Rui Rio saberá que esta estratégia funcionou? Se Manuela Ferreira Leite e Pacheco Pereira o criticarem violentamente, Rio saberá com certeza que tem 99,9% do partido do seu lado.

Suspeito que é isto, ou os 10 anos que Rui Rio andou à esperar para liderar o partido irão culminar num mandato de 2 anos e uma saída desonrosa.

Ano 2077 – Qual será o futuro do Trabalho?

Ano 2077 – Qual será o futuro do Trabalho?

Foi transmitido na RTP1 um extraordinário documentário que reúne depoimentos dos maiores pensadores e cientistas mundiais sobre o que será o Mundo em 2077.

Dessa forma, houve sempre alguma curiosidade em pensar o futuro. Em 1968, o escritor Arthur C. Clarke escreveu “2001”, adaptado ao cinema na mesma altura pelo realizador Stanley Kubrick onde este tentou projectar o que seria o Mundo trinta e três anos depois com a produção do conceituado filme: “2001 – Odisseia no Espaço”. Nesta obra-prima é possível ver que o Homem já imaginava atingir feitos, descobertas e conquistas bem mais avançadas do que efectivamente se concretizaram, no entanto, a ficção científica também se transformou em realidade alguns anos depois.

Imagem retirada do filme “2001 – Odisseia no Espaço” onde se pode ver um objecto parecido com um Ipad

Esta projecção mais ou menos acertada do futuro levou a que, por exemplo, a Samsung instaurasse um processo judicial à Apple, contrariando o registo de patente do famoso Ipad – algo que já se vislumbrava no filme de Kubrick – um ecrã tecnológico com diversas funções e aplicações computorizadas.

Para além de todas estas suposições e projecções temporais, temos vindo a assistir que a evolução tecnológica é hoje muito mais rápida que em 1968 e hoje, aquilo que imaginamos para 2077 poderá até ser demasiado redutor para a evolução que efectivamente se registará.

Apesar de tudo isso, existe um claro óbice à evolução. Se por um lado o desenvolvimento é positivo, este poderá trazer evidentes constrangimentos ao Ser Humano e um dos sectores mais afectados é a área do trabalho.

De acordo com Joana Ferreira da Costa (FFMS), “a automação ameaça acabar com 62 milhões de postos de trabalho até 2055 só em cinco países europeus”, existindo uma clara substituição da acção Humana pela maquinaria na componente produtiva e laboral.

É evidente que numa perspectiva teórica e quase que diria romântica, todos concordamos que a evolução tecnológica surge para possibilitar a substituição do trabalho, particularmente o trabalho físico. Aliás, um dos pontos mais interessantes da revolução industrial foi a crescente substituição da produção manual e artesanal pelas máquinas, resultando em melhorias substanciais da economia, repercutida nas pessoas que melhoraram de sobremaneira a sua qualidade de vida.

Perante tal desenvolvimento, hoje já assistimos a uma nova fase evolutiva em que as máquinas tomaram conta dos nossos empregos e nós, criadores únicos daquilo que agora nos pode afectar em termos laborais/sociais, temos que tomar uma atitude concertada para fazer face aos desafios futuros.

É evidente para qualquer pessoa que as entidades patronais tentam obter o maior lucro possível perante o trabalho do trabalhador e, por seu turno, o trabalhador tenta que a entidade patronal lhe retribua através do salário, entre outros benefícios, a recompensa merecida. E é este equilíbrio de forças que iremos prosseguir eternamente.

Contudo, o que temos que questionar é como veremos o sector laboral no futuro?

É certo que o modo como hoje trabalhamos é diferente do passado em que se trabalhava desde o nascer ao pôr-do-sol. Os trabalhadores conquistaram direitos, férias pagas, mais dias de descanso e outras conquistas sociais completamente merecidas, mas se no futuro uma máquina consegue produzir ininterruptamente e com custos infinitamente inferiores aquilo que um trabalhador faz, é óbvio que as empresas irão ter isso em conta.

Parece-me claro que no futuro teremos que fazer um novo contrato social, liderados pelos diversos governos em consonância com a população, de modo a encarar com naturalidade a substituição das pessoas pelas máquinas, mas cumprindo a função primeira que estas tem – melhorar a vida das pessoas.

Porventura, existindo concordância num novo contrato social, teremos que duplicar os empregos actualmente existentes, declarando que o horário de trabalho completo possa ser metade do que temos actualmente (4h/dia) ou concentrar as horas de trabalho em mais dias, trabalhando apenas 3 dias/semana, – tudo isto numa base salarial que seja permitido manter um nível de vida satisfatório.

Como também é evidente, isto acontece num cenário ideal e prototeórico onde as empresas podem ser ressarcidas deste esforço salarial. Para isso os governos tem que cobrar muito menos impostos e terem uma gestão infinitamente mais contida e centrada em aspectos essenciais como a Saúde, Educação e Protecção Social.

Todavia, soluções como o Rendimento Básico Incondicional ou Universal (testado na Finlândia) não me parecem boas soluções uma vez que podem não ser viáveis financeiramente e poderá não promover a integração social de uma pessoa que ficaria cada vez mais afastada do mundo que a rodeia ou criar uma disparidade ainda maior entre classes sociais criando uma falsa sensação de equidade.

Nada do que afirmo e penso é novo.

Carlos Slim, o multimilionário Mexicano, propôs que o horário de trabalho deveria reduzir-se a 3 dias/semana

O Município de Gotemburgo (Suécia) testou durante 2 anos a aplicação de 6 h/dia de trabalho num lar de idosos. A experiência não correu bem financeiramente, uma vez que as próprias pessoas gastavam o mesmo em deslocações/alimentação, entre outras despesas associadas, não havendo grandes resultados quer para os trabalhadores ou para o Município – isto apesar dos trabalhadores terem faltado menos e sentirem-se mais aptos para o trabalho.

Uma das melhores soluções poderá ser uma situação mista entre a experiência de Gotemburgo e a opinião de Carlos Slim. O mexicano multimilionário, em tempos o homem mais rico do planeta, afirmou em 2014 que a semana de trabalho deveria ser reduzida para 3 dias por semana, com maior concentração de horas de trabalho, poupando recursos em deslocações e consecutivamente também aumentando a idade da reforma, o que será espectável com o aumento da esperança média de vida.

Carlos Slim acredita que “além de permitir mais tempo para que os trabalhadores se dediquem à sua vida pessoal – uma semana de trabalho com três dias criaria um maior número de oportunidades para os que se preparam para entrar no mercado laboral”.

Não há soluções milagrosas para aquele que vai ser um dos principais problemas da segunda metade do século, mas urge tomar medidas que promovam acima de tudo o bem-estar da Humanidade e dos Seres Humanos, acima de qualquer interesse corporativo ou financeiro, impedindo desta forma que novas revoltas antidesenvolvimento tecnológico surjam numa espécie de consequências aversivas de uma revolução tecnológica e laboral 2.0.

Carvalho da Silva e as alternativas ao neoliberalismo

Extensa entrevista com Manuel Carvalho da Silva, coordenador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Publicamos hoje a primeira das três partes que a constituem.

O antigo secretário-geral da CGTP deixa avisos ao PS e à maioria parlamentar de esquerda, fala do combate aos baixos salários e à precariedade e diz que Portugal ficou “claramente pior” depois das reformas negociadas com a tróica. Em entrevista ao Jornal Tornado, Manuel Carvalho da Silva lembra ainda que existem alternativas ao neoliberalismo, “mais solidárias”, “mais eficientes”, “e até mais lucrativas”

“Cuidado! Ou há evolução na qualidade do emprego, ou grandes vagas de desemprego ressurgirão”

Jornal Tornado: O primeiro-ministro elegeu o “emprego digno” e com “salário justo” como o grande desígnio para 2018. Que conselho dá ao Governo para que cumpra a prioridade de ter “mais” e “melhor emprego”?

Carvalho da Silva: Pensar o que poderá ser um emprego digno obriga a pensar a sociedade que queremos, desde o futuro da nossa economia ao estilo de vida das novas gerações. É tão simples e complexo como isso mesmo.

A desvalorização salarial, componente fundamental da desvalorização do trabalho – variável de ajustamento da economia tão utilizada pela Tróica e pelo governo Passos/Portas – é uma velha receita que, em Portugal, se sustenta em três aspectos fundamentais: i) numa deriva anti laboral que foi desarmando as regras que concediam algum equilíbrio a uma relação (por natureza desequilibrada) entre empregador-empregado; ii) em opções de política macroeconómica que, no quadro de normativos monetário-cambiais deram preferência ao cumprimentos de metas orçamentais, sem atender à situação concreta do país; iii) na ausência de opções claras de desenvolvimento económico saudável e robusto para o país. Foi tudo isso que ditou o emprego que temos em Portugal.

Que alterações defende como prioritárias?

O que fazer agora, em particular depois do depauperamento a que a sociedade portuguesa foi sujeita com o austeritarismo? Há necessidade imperiosa de se criar melhor emprego.

No curto prazo, há que, em primeiro lugar, recriar – com medidas pontuais mas incisivas – um edifício legal que reequilibre as relações laborais, assegurando: efectividade à negociação colectiva e articulação da sua dinamização com melhoria do Salário Mínimo Nacional (SMN); um papel do Estado mais ofensivo na regulação das relações laborais, que dê confiança e responsabilização aos patrões e sindicatos no incremento do diálogo e de negociação a todos os níveis; recentragem do papel da Concertação Social, deixando de se confundir o seu papel com o do Parlamento e engajando o Conselho Económico e Social (CES) na construção de uma nova visão para o desenvolvimento do país, que não seja apenas o de prestar de serviços de baixo rendimento; eficácia às instituições e aos instrumentos da Justiça Laboral; legislação específica e mais eficaz e práticas acutilantes de combate à precariedade; combate à desigualdade salarial.

Em segundo lugar, promover, em vários campos, políticas que travem a emigração dos jovens. A melhoria da remuneração do trabalho será seguramente uma delas.

Em terceiro lugar, articular crescimento económico com diversificação da economia, o que obriga a mais investimento e melhor orientação deste, e a situar as questões do aumento da produtividade mais no centro do debate laboral e político.

A versão diabólica difundida pelos partidos da Direita significa o apego que eles têm à inevitabilidade da financeirização da economia, da mercadorização do trabalho, da destruição do Estado Social, do escorraçar da juventude

Manuel Carvalho da Silva

Colocar o Emprego no topo da agenda nacional foi também defendido por João Cravinho, antigo ministro socialista do equipamento. Um “Livro Branco para a Qualidade no Emprego” pode alterar algo na realidade laboral ou não passa de um mero paliativo?

Em geral, os Livros Brancos são elaborados com uma orientação política determinada. É com essa preocupação que são convidados os membros integradores das comissões que os elaboram que, como é natural, têm os seus pensamentos formados. Daí resulta que os livros brancos podem ir ao encontro do que é necessário, mas também podem resultar numa forma de apenas adiar politicamente problemas, de ganhar tempo. O máximo consenso político em torno de certas opções pode ser importante desde que seja dinâmico, que tenha base política coerente e progressista e não contorne a necessidade de a população se pronunciar, ou seja, tenha debate público.

Trabalho precário, mal pago e pouco qualificado. Assim continua o emprego em Portugal, conforme o estudo do Observatório sobre Crises e Alternativas, do qual o Manuel Carvalho da Silva é coordenador. Optar por este modelo de insegurança e fragilidade em vez do desemprego vai ser o futuro das novas gerações?

Não. Essa é uma opção errada e uma forma incorrecta de colocar o problema. Com a actual matriz de desenvolvimento, quem tem emprego hoje acabará mais tarde ou mais cedo no desemprego e será substituído por alguém que estava no desemprego. Essa é a forma de perpetuar a precariedade e os baixos salários. Desemprego e precariedade andam de mão dada e autoalimentam-se, à escala de um país à escala europeia ou à escala global.

A verdadeira alternativa é outra, é ter um emprego consistente, com razoáveis mecanismos de segurança e estabilidade – que até pode ter uma relação de estabilidade associada à perenidade do posto(s) de trabalho a que está ligado –, inserido numa justa divisão internacional e social do trabalho, devidamente remunerado e com direitos e deveres estabilizados.

A grande opção que as novas gerações terão diante de si, caso não abdiquem de abraçar o desafio de serem felizes e viverem em sociedades democráticas, é lutar por essa alternativa.

O actual enquadramento político-institucional europeu (…) foi feito para manter os países como o nosso em défices, dependentes e obedientes

Manuel Carvalho da Silva

Para si é então possível inverter a tendência da precariedade e de baixos salários ou o “diabo” ainda pode vir aí?

A versão diabólica difundida pelos partidos da Direita significa o apego que eles têm à inevitabilidade da financeirização da economia, da mercadorização do trabalho, da destruição do Estado Social, do escorraçar da juventude.

Está demonstrado que é possível rechaçar essa receita, mas há problemas complexos pela frente.

Quais?

Designadamente: poder existir uma nova situação nacional de desequilíbrio financeiro; ressurgirem alguns constrangimentos que levaram à crise anterior. Portugal não conseguiu reduzir a dívida pública (porque inclusivamente foi agravada com o resgate). Se Portugal continuar com níveis medíocres de crescimento económico, que poderão rapidamente ser “comidos” por uma deriva nos mercados de capitais internacionais; se Portugal continuar a viver de uma economia frágil assente num turismo pouco qualificado que mal dá de comer a quem nele trabalha; se não houver mais investimento e diversificação da economia, é claro que estaremos perante novos grandes bloqueios.

O actual enquadramento político-institucional europeu torna o desafio difícil, porque esse enquadramento não foi feito para resolver este tipo de problemas. Muito pelo contrário, ele foi feito para manter os países como o nosso em défices, dependentes e obedientes.

Direi que os arautos do “diabo” são, afinal, o próprio diabo. É preciso manter esses arautos bem distantes do fundamental do poder.

Quando alertam para o “diabo”, no fundo gostariam que ele viesse quanto antes. Em 2011 abraçaram-no com a vinda do FMI e da tróica porque essas instituições trouxeram – como sempre – um programa liberalizador que tem como prioridade, não o bem-estar dos portugueses, mas antes o domínio de uma esfera privatizadora, a diminuição de salários e pensões, o aumento do desemprego e a perda de liberdade e de direitos sociais fundamentais.

Está muito pessimista…

É claro que há esperança. Contudo, está pela frente todo um trabalho de fundo que terá de ser feito para abordar a realidade em que nos encontramos de forma que todos os portugueses a conheçam e, a partir daí, entendam quais as verdadeiras opções que têm pela frente.

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Novo artigo em Aventar Isaltino mãos-de-tesoura

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

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Fotografia: Manuel de Almeida/Lusa@Visão

Isaltino Morais voltou a fazer das suas. Não, não voltou a ser acusado de branqueamento de capitais, fraude fiscal ou abuso de poder. Nada disso. Desta vez decidiu podar as árvores em Oeiras, contrariando o parecer dos técnicos da autarquia, o que já lhe valeu o epíteto de Isaltino mãos-de-tesoura. Muito melhor do que Isaltino mãos-de-branqueamento.

Trump combate tiroteios nas escolas dando armas e directores de comunicação de clubes aos professores

Mário Botequilha

22 DE FEVEREIRO DE 2018

Donald Trump teve mais uma ideia brilhante: para combater a violência nas escolas, está a ponderar fornecer armas de fogo aos professores. Mais: o presidente norte-americano também se lembrou de vir buscar directores de comunicação de clubes portugueses e colocá-los a dirigir as escolas através do Twitter e dos perdigotos. Se nada disto resultar, Trump fecha as escolas aos alunos e só deixa entrar as armas.