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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Sócrates e o financiamento do PS

Novo artigo em Aventar


por Rui Curado Silva

Agora que a direção do PS está finalmente a demarcar-se das práticas de José Sócrates, avancemos para a questão seguinte que interessa ao PS:

Sócrates financiou ou não financiou o partido e/ou respetivas campanhas com os milhões que circulavam através das contas de Carlos Santos Silva?

A resposta a esta pergunta é seguramente conhecida ao mais alto nível do PS. E convém que seja esclarecida ou, mais tarde ou mais cedo, poderá cair que nem um trovão em cima do PS. É muito estranho que os problemas financeiros do PS pareçam estar correlacionados com a agenda da Operação Marquês. O que parece - sublinho parece - é que a partir da detenção de Sócrates uma torneira deixou de verter dinheiro no PS e de um momento para o outro descobrimos que o PS tinha problemas financeiros graves. Haverá uma correlação entre o caso Sócrates e os problemas financeiros do PS ou será pura coincidência?

A sagacidade do analista ou a desfaçatez de um moço de recados?

por estatuadesal

(Carlos Esperança, 02/05/2018)

mmx

A deterioração da minha relação com os canais televisivos nacionais faz-me perder bons programas e informação útil, mas facilita a sanidade mental e o equilíbrio emocional que a idade aconselha.

Prefiro ler jornais e notícias online, certo de que saberei o que comentadores avençados debitam, em especial Marques Mendes, na síntese suculenta de encomendas e intrigas.

Na última homilia, além de esclarecer o discurso do 25 de Abril do PR, tarefa em que é o único com alvará de Belém, referiu o caso do ex-ministro que continuaria a receber, no Governo, o ordenado da empresa em que trabalhara, o BES. É tão grave a corrupção, que escusava explicações, e excedeu-se o propagandista, “porque o seu comportamento, a ser verdade, é um duro golpe na credibilidade de toda a classe política”, não se vendo em que medida a gravíssima conduta referida possa afetar a reputação do PR, PM e do próprio Mendes, por exemplo, ou de Rio, Jerónimo e Catarina, todos da classe política.

Não se indigna MM mais do que qualquer cidadão honrado com a gravidade política e ética da alegada conduta de Manuel Pinho, mas a afirmação, “O mais grave, porém, é o pacto de silêncio entre os partidos” é surpreendente, por servir apenas para atacar todos os partidos, incluindo o seu, talvez por ser Rui Rio a liderá-lo.

Marques Mendes, insinua, intriga e mente nas razões que inventa para cada partido com assento parlamentar. O ex-empregado do Sr. Coimbra, ex-vice-presidente do PSD, dono do Labesfal, onde se ignoram as funções que aí exerceu, despachou o CDS como “um exemplo de demagogia à solta”, e, como é hábito, atacou a esquerda, depois de amarrar o PS ao caso em apreço e ao de Sócrates.

A afirmação “Há um pacto de silêncio dos partidos sobre Manuel Pinho” é falsa. Sucede pior com o ministro dos vistos Gold, o vice-PM dos submarinos, Miguel Relvas com os 6 milhões de euros dados à Tecnoforma, de Passos Coelho, cuja devolução, por burla, a UE exigiu, e a quem a PGR, contra o que admitiu, perante as provas da UE, não reabriu o processo, quiçá por distração. E que dizer do manto de silêncio sobre os bancos?

Essa afirmação podia ser feita, e devia, em relação às ações da SLN/BPN, que um ex-PR comprou e vendeu com substanciais mais-valias, e, mais recentemente, aos casos de Agostinho Branquinho, L. Filipe Meneses, Hermínio Loureiro, Virgílio Macedo, Marco António e Valentim Loureiro, alegados autores do desvio de muitos milhões de euros, em municípios do PSD, revelados na revista Visão e ignorados pela PGR.

Marques Mendes só recebe o Correio da Manhã e o Observador, a PGR não necessita, e nenhum leu a Visão n.º 1278, de 31/8 a 6/9/2017, o primeiro para comentar e a segunda para mandar investigar.

Entre as brumas da memória


PS: é impressão minha ou há gaivotas em terra

Posted: 02 May 2018 01:49 PM PDT

… que podem anunciar tempestade no mar?

"PS sente-se envergonhado" com casos como de Manuel Pinho e ainda mais com o de Sócrates.

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1967-1968 – Anos de utopias e não só

Posted: 02 May 2018 11:23 AM PDT

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02.05.1968- Nanterre

Posted: 02 May 2018 10:05 AM PDT

Foi em Nanterre que se deu o pontapé de saída para o 3 de Maio na Sorbonne, em Paris.
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China? Uma questão de escala

Posted: 02 May 2018 06:34 AM PDT

Número de turistas domésticos atinge 147 milhões durante feriado do Dia do Trabalhador.

«Durante o feriado do Dia do Trabalhador, o número de turistas domésticos ascendeu aos 147 milhões, aumentando em 9,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os rendimentos totais gerados pelo turismo doméstico atingiram os 87,16 bilhões de yuans, o que representa um crescimento de 10,2%»

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Os artistas e o Estado

Posted: 02 May 2018 03:27 AM PDT

«Goethe e Beethoven conheceram-se em Julho de 1812, em Teplitz. Admiravam-se mutuamente, conviveram intensamente durante meia dúzia de dias, mas nunca mais voltaram a ver-se em toda a sua vida e, desde esse encontro, Goethe deixou sem resposta todas as cartas que Beethoven lhe escreveu até morrer, em 1827. Ao relatar esse encontro único entre os dois sóis da poesia e da música alemã, Romain Rolland descreve assim o seu irreparável desencontro: um dia, ao passearem de braço dado pelos jardins de Teplitz, cruzam-se com a imperatriz, os duques, toda a corte. O músico diz para o poeta: “Conserve o seu braço no meu! Eles é que devem afastar-se para nos deixar passar, não somos nós.” Goethe larga o braço de Beethoven e perfila-se à beira do caminho, de chapéu na mão. Beethoven passa pelo meio dos príncipes como um bólide, levando apenas a mão à aba do chapéu, e estaca mais adiante à espera que Goethe conclua os seus salamaleques e rapapés. Quando este se lhe junta, diz-lhe: “Esperei-vos porque vos honro e prezo como mereceis: mas vós destes-lhe demasiadas honras.”

PUB Nos países em que a cultura e a arte não conseguem viver e impor-se pela sua relação directa com os povos que as semeiam, cultivam e colhem, das duas, uma: ou o Estado acha que, paciência, temos pena, mas não há nada para ninguém, desengomem-se, mudem de profissão ou emigrem; ou o Estado acha que vale a pena fomentar a vida artística e cultural do seu povo e decide apoiar os seus artistas. Quando isto acontece, quase sempre a maioria dos agentes culturais e dos criadores artísticos, para trabalharem e viverem do seu trabalho, têm de se descobrir e perfilar, como Goethe, de chapéu na mão e cerviz flectida, perante os príncipes do seu tempo. E têm de aceitar os truques, as contumélias e o videirismo que a vida da corte exige e promove, para recolherem algumas migalhas do banquete orçamental. Esquecem uma obviedade muito antiga: não há memória de que povos que não cultivam a arte e a cultura tenham alguma vez parido príncipes cultos e esclarecidos. O despotismo esclarecido, como temos obrigação de saber, foi outra história − embora um ex-ministro da nossa cultura continue a pensar que foi ele quem o inventou.

Em Portugal, a arte e a cultura nunca foram muito queridas, nem muito respeitadas, seja pelo povo, seja pelos governantes. Não é um desinteresse ou um destratar recente, é uma forma de estar e de ser nacional com raízes históricas bem antigas e robustas. O ímpeto “cultural” que a democracia pareceu trazer nos seus primeiros anos de vida desfaleceu rapidamente perante necessidades e interesses, individuais e colectivos, bem mais prementes e compensadores para a maioria dos portugueses, incluindo os artistas e os agentes culturais. Para não irmos mais longe e para não haver dúvidas: o príncipe que nos governou com maioria absoluta a partir de 2005, ao recandidatar-se em 2009, reconheceu publicamente na campanha eleitoral que se tinha marimbado de alto e a pés juntos para a cultura durante todo o seu primeiro mandato, mas prometia emendar-se no mandato seguinte. Perante tal acto de contrição ou autocrítica (como alguns preferem chamar), muitos artistas e agentes culturais decidiram pressurosamente abrilhantar um pequeno-almoço de campanha ao lado de sua excelência. Nos dois anos seguintes de poleiro, o príncipe, que não tinha orelhas de burro, não hesitou nem um segundo em voltar a marimbar-se de alto para todos eles. A partir daí, e até hoje, tem sido sempre pior: a direita portuguesa é o que é e as esquerdas portuguesas são o que são; todas têm mais em que pensar e que fazer para se preocuparem verdadeiramente com a cultura portuguesa. Excitam-se e clamam apenas quando, na rua ou nos media, algum sobressalto as convoca para um curto surf propagandista, quase sempre inconsequente, oco e chocantemente impreparado.

O actual estado das coisas no pequeno mundo da cultura nacional não revela apenas que quem nos governa continua a não ter nenhuma ideia ou sequer preocupação de política cultural e procura resolver esse fastidioso assunto com umas migalhas vagamente mecenáticas e lampeiramente amiguitas, aproveitando o bodo para apertar, a cada ano e a cada governo, um pouco mais o garrote burocrático. O estado actual das coisas revela também que todos nós, artistas e agentes culturais que dependem do Estado para trabalhar e para criar, fomos dando cada vez mais importância à massa dos apoios a receber em vez de combatermos pela clarificação e dignificação da relação entre os artistas e o Estado, pelo estabelecimento de uma verdadeira e duradoura política cultural que comprometa e responsabilize todos os governos, pela competência dos seus agentes públicos, pela desburocratização dos seus apoios e, sobretudo, pela transparência dos critérios e dos mecanismos de apreciação e decisão política e administrativa.

Nos jardins de Teplitz, em Julho de 1812, Beethoven tinha toda a razão ao invectivar Goethe: “Esperei-vos porque vos honro e prezo como mereceis: mas vós destes-lhe demasiadas honras.”»

Luís Filipe Rocha

quarta-feira, 2 de maio de 2018

A comunicação social é a Ágora, não é o pelourinho

 

por estatuadesal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 02/05/2018)

Daniel

Daniel Oliveira

Chego do estrangeiro e aterro atrasado num debate cheio de equívocos sobre a divulgação das imagens dos interrogatórios a Sócrates. O que se discute é a relevância jornalística do julgamento do antigo primeiro-ministro. Só um idiota negaria a importância desta investigação e deste julgamento e mesmo havendo muitos idiotas não dei por que algum deles o tenha feito. O que se discute é o comprometimento de cada um no combate à corrupção. O que fez a divulgação destas imagens por esse combate? Não será no julgamento que a justiça se fará? Os juízes acompanharam o interrogatório pela SIC? O debate não é sobre a relevância do caso, não é sobre corrupção, não é sequer sobre Sócrates. O debate é sobre valores fundamentais que, como acontece muitas vezes, entram em conflito. No caso, os direitos de qualquer cidadão, chame-se José Sócrates, Daniel Oliveira ou tenha qualquer outro nome, e a liberdade de imprensa.

Quem preza a liberdade, lembre-se ou não dos tempos da ditadura, compreende a violência de escutas telefónicas e da violação de correspondência. Em condições muito específicas e limitadas, permitimos que as polícias e o Ministério Público, com a devida autorização judicial, violem o direito sagrado dos cidadãos à sua privacidade. Não é por acaso que não damos esse poder aos jornalistas. O mesmo se aplica à divulgação de imagens de interrogatórios. Estes interrogatórios, é bom recordá-lo, são coercivos.

Como têm de ser, perante a justiça. Não preciso de repetir o que António Barreto (AQUI) já explicou sobre a situação de fragilidade de quem está a ser interrogado. Aquele som e aquelas imagens foram recolhidas para contribuir para a aplicação da justiça, não servem para esclarecer a opinião pública.

O grande argumento é sempre o “interesse público”. Nenhum jornalista o pode esquecer, mas ele não serve para tudo. O “interesse público” pode levar os jornalistas a pôr escutas, a violar correspondência ou a filmar as pessoas nas suas casas sem a sua autorização. O céu é o limite e já tudo isto foi feito com este argumento. A utilização de imagens de um interrogatório é um ato extremo que só poderia ser justificado por uma razão extrema: ser a única forma de denunciar algo muitíssimo relevante que de outra forma seria impossível chegar ao conhecimento público. E mesmo assim seria discutível. Não é o caso: as imagens do interrogatório a José Sócrates não nos forneceram nenhuma informação fundamental que não pudesse ser dada de forma a não pôr em causa outros valores fundamentais. Pior: nem sequer nos deu qualquer informação nova. Não estamos, portanto, perante um conflito entre valores. A divulgação foi gratuita e não visou outra coisa que não fossem as audiências. E isso nada tem a ver com liberdade de imprensa.

Este é um debate sobre o Estado de Direito, a democracia e a liberdade de imprensa. Nenhum destes valores é propriedade dos jornalistas. Quando um jornalista usa escutas ou interrogatórios não é perante os jornalistas que tem de se justificar, é perante todos os cidadãos. Todos os que um dia podem, com ou sem razão, estar naquele lugar. Todos a quem nunca ninguém perguntou se queriam dar a qualquer diretor, editor ou jornalista o poder de decidir se divulga ou não as imagens de um interrogatório. O meu debate com o Ricardo Costa, um dos jornalistas mais preparados que conheço, e com a SIC, uma estação com que colaboro e onde sempre fui livre, não é se fizeram bem ou mal em divulgar estas imagens. Isso seria assumir que ele têm o direito de tomar essa decisão. O meu debate é se o podem fazer. E eu acho que não. Que a comunidade não lhes deu nem lhes podia dar esse poder. Que a comunicação social é a Ágora, não é o Pelourinho. No dia em que quiser ter mais poder do que tem terá de aceitar que a sua liberdade seja mais limitada do que é. E isso não quero eu nem, espero, querem eles.

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