Translate

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Os contrapesos da democracia ocidental funcionam mesmo?

por estatuadesal

(Pedro Tadeu, in Diário de Notícias, 15/05/2018)

tadeu1

O Diário de Notícias de ontem titulou na primeira página: "CEO ganham mais 40% em três anos. Trabalhadores ficam na mesma". A notícia explicou que as empresas do PSI 20 aumentaram substancialmente no último ano os pagamentos aos seus quadros de topo.

Um presidente de uma comissão executiva nestas empresas cotadas em bolsa, sujeitas à revelação pública das remunerações dos seus administradores, recebe em média um milhão de euros por ano e, também em média, essas remunerações são 46 vezes superiores aos salários médios dos seus trabalhadores. Há três anos essa diferença era de 33 vezes.

Lembro-me de, quando a crise financeira de 2008 disparou a partir dos Estados Unidos da América, ter corrido pela comunicação social norte-americana uma verdadeira campanha contra as remunerações excessivas dos executivos dos conselhos de administração e contra as diferenças salariais injustificadas nas grandes empresas.

A ira da opinião mediática, de jornalistas, políticos, académicos, economistas, ideólogos da esquerda e da direita virou-se contra o deus da expansão financeira anterior: a ganância.

A caricatura, trágica, da situação deu-se quando a gigantesca empresa financeira AIG, à beira de um colapso que, a acontecer, levaria milhares de pessoas e de empresas ao desastre, acabaria por ser salva com a entrada de 85 mil milhões de dólares vindos do banco central dos Estados Unidos.

Acontece que, logo no início do ano seguinte, os quadros superiores desse conglomerado receberam 1200 milhões de dólares em prémios de gestão.

Este escândalo e muitos outros semelhantes, que rebentaram em todo o Ocidente afetado pela crise desses anos, fizeram ecoar múltiplas promessas de aperto dos sistemas de controlo, vigilância, supervisão e regulação, não só do mundo financeiro mas também das grandes empresas dominadoras do mercado nos mais variados setores da atividade económica. Prometeu-se: da crise que levou milhões ao desemprego e à falência nasceria uma nova ética nos negócios.

Quando a crise chegou a Portugal e estoirou, colateralmente, com, à nossa medida, potentados anteriormente intocáveis como o do BES, foi escrita na pedra por todos os governantes relevantes desse tempo e do tempo atual a promessa de aplicação de mecanismos de contrapeso aos excessos dos "donos disto tudo".

O brutal aumento de impostos e o congelamento salarial e das pensões que puseram ordem nas contas do Estado e ajudaram muitos bancos a sobreviver à tempestade tinham um álibi moral: serviriam, também, para que no futuro os abusos não voltassem a acontecer.

Escreveram-se regras mais apertadas. Aplicaram-se novas regulamentações europeias. Planearam-se novas vigilâncias para a gestão dos bancos, complementares e alternativas ao Banco de Portugal. Prometeu-se reforçar o poder efetivo da CMVM, a "polícia" das empresas cotadas na bolsa portuguesa. Achou-se ser possível pôr a concertação social a moderar os excessos das administrações.

A realidade é esta: passado o pior da crise, os absurdos voltaram. Na Jerónimo Martins atinge-se o topo da bizarria, batem-se recordes e Pedro Soares dos Santos, o CEO, ganha 155 vezes mais do que a média salarial dos trabalhadores dos supermercados Pingo Doce.

Explica o DN que lá fora o fosso salarial entre trabalhadores e o topo da administração das grandes empresas cotadas em bolsa ainda é maior do que em Portugal: 190 vezes nos EUA, 150 vezes na Alemanha, 130 na Suíça e 60 em Espanha. Isto em 2016, antes da recuperação recente das economias deste países que, provavelmente, suscitou um aumento do fosso entre gestores e trabalhadores proporcionalmente semelhante ao que se registou em Portugal.

Não me parece ser reivindicação revolucionária exigir que as diferenças salariais nas empresas sejam limitadas a um valor eticamente defensável.

Imagino, por exemplo, que António Mexia (EDP) ou Soares dos Santos (JM) se, em vez de mais de dois milhões de euros por ano, ganhassem "apenas" um milhão continuariam a ter qualidade de vida e dinheiro para as despesas...

O problema de fundo é este: nenhum contrapeso deste nosso sistema supostamente democrático impede os poderosos dos negócios, em Portugal e lá fora, de se autorremunerarem de uma forma excessiva, comparativamente com o que aceitam pagar aos seus trabalhadores.

Nem os reparos dos supervisores, nem as recomendações dos provedores, nem as manifestações dos sindicatos, nem os apelos dos dirigentes das associações patronais, nem as promessas dos políticos, nem as revelações escandalosas da comunicação social, nem a censura pública, nem os insultos no Facebook... Nada! Eles não querem saber e ninguém consegue impedi-los de fazer o que querem.

Temos, portanto, um problema sistémico e uma garantia: na próxima crise global, hipocritamente, voltarão a ser feitas promessas lindas de que "nada voltará a ser como dantes"... Pois.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Operação Corações ao Alto, instruções às distritais

por estatuadesal

(Francisco Louçã, in Expresso Diário, 15/05/2018)

louca2

(Nota: Quero dar os meus parabéns a Francisco Louçã pela forma magistral como, neste artigo, descreve a estratégia que a direita está a utilizar para derrubar este Governo e regressar ao poder. É aterrador, sim, mas para essa direita sinistra, vale tudo, não há pudor nem respeito por nada nem ninguém. Preferem reinar num país destruído do que haver futuro e esperança para a maioria dos cidadãos num país onde tenham que se confrontar com uma democracia que sufrague os que se lhe opõem. 

Estátua de Sal, 15/05/2018)


O nosso partido foi conspirativamente afastado do poder em 2015 e agora vai recuperá-lo com glória. Para tanto, o guião seguinte deve ser cumprido escrupulosamente, para transformarmos o risco da derrota na certeza da vitória. Seguimos a regra Trump: o candidato mais implausível nas sondagens pode vencer, se criar um movimento emocional que varra o país. Tudo depende disso. Em resumo, vencemos se incendiarmos todos os debates nacionais.

1 Não é difícil, basta dizer que o mundo está a acabar, ou convencer cada eleitor de que está a ser esmagado por mais impostos e que, portanto, o terrorismo está a ameaçar a sua vida. Nos temas económicos, o que é preciso é baralhar, assustar o ouvinte com algoritmos. Se ninguém perceber nada, nós sabemos tudo. Portanto, avança quem debita percentagens algarismos e esgrime gráficos. Afogado em números, o eleitor tem que se esquecer da sua vida. Tem é que olhar para nós: somos os que gritam alerta, venham os incêndios, que falta que faz outro roubo em Tancos e até dava jeito um atentado bombista no Terreiro do Paço, é isso a emoção, é assim que se ganham eleições.

2 É preciso mudar os nomes às coisas e fazermo-nos malucos, a começar pela luta dos nomes, quem conquista as palavras tem as eleições na mão. A comunicação dos saldos das contas de mais de 50 mil euros é o “Big Brother fiscal”, o “fascismo tributário” ou a “devassa” que nos vai assaltar as poupanças, a maternidade de substituição deve ser chamada “barriga de aluguer”, soa a negócio, o direito à eutanásia vai ser o “holocausto” com “os médicos a matarem os idosos que tenham hipertensão”. Conclusão: em Portugal não se pode ter conta bancária, a gravidez é business e é perigoso ir a um hospital. Estão a perceber? Sigam a regra daquele homem do futebol, façam-se de malucos e depois é só manter a fama, toda a gente escuta.

3 Desviar atenções. Para explicar que os ministros do outro partido são todos trafulhas e que estão amaldiçoados é preciso mostrar que, connosco, tudo começa com a pureza dos anjos.

Costa é Sócrates que é Guterres, não, talvez este não, recomeça, Costa é Sócrates que é Pinho que é Salgado, não, este também não, que contratou o Durão Barroso, recomeça, Costa é Sócrates que é Pinho que é Mário Lino, não, este não foi acusado, recomeça, Pinho é Sócrates que é Costa... O que importa é que a ideia se perceba e que o Costa esteja no barulho. Se não, aplica-se a regra anterior, fazemo-nos malucos e tudo ao molho e fé em Deus. Eles não reconheceram a culpa, não expiaram, não aceitaram o nosso direito natural a mandar, não merecem trégua, todos trafulhas. Sobretudo o Costa, é o pior de todos, é fingido e não está nos processos, o que prova que anda fugido à justiça.

4 Nada de intelectuais, queremos guerra sem quartel. Qual conversa, qual propostas, qual argumentos, o que queremos são sombrios ajustes de contas, sangrentos ataques. Calem-se as finuras da Quadratura do Círculo, multipliquem-se os snipers do Observador e os valentões de outras paragens, deem o Nobel ao Saraiva, promova-se o Ribeiro a diretor de campanha. Esses são os nossos guerreiros, faca na liga. São os mestres do ódio a mulheres, que acham que são gente, ódio a desempregados, que são subsidiodependentes, ódio a miudagem que acha que a escola não é lição de praxe, ódio aos que criticam a América, ódio aos ecologistas, que só dão despesa, ódio ao arco-íris. O ódio é que gera likes e precisamos de muitos likes, inundaremos o país de ódio e de likes.

5 E, se tudo falhar, venha o Plano B. Se as eleições não nos respeitarem, é preciso convencer alguns juízes. É para isso urgente criar novos instrumentos, venha a revisão constitucional para a delação premiada, urgentíssima, a Cristas já topou a parada. Já se fazem interrogatórios para transmitir pela televisão, mas é preciso mais, é preciso encher os noticiários de prisões e informações, não pode sobrar nada dessa gente, drama todos os dias, medo nas ruas, sirenes a apitar, casos nutridos. É na pantalha que temos que os vencer, se falhar nas eleições. Precisamos de uma procuradoria de confiança, perpétua e alinhando amigos alinhados. Pois não há-de um tribunal governar, escolher os ministros, vingar as eleições, delimitar as políticas? Portugal ainda há-de ser um imenso Brasil. Perceberam? Guerra sem quartel, a nossa política é o fogo.

Entre as brumas da memória


Dica (760)

Posted: 15 May 2018 09:54 AM PDT

Populism, Trump, and the future of democracy (Michael J. Sandel)
.

Israel e Eurovisão

Posted: 15 May 2018 06:10 AM PDT

Gostava tanto, mas tanto, que a final da festa das cantigas tivesse lugar uma semana mais tarde para saber se a vencedora seria a mesma…

.

A imigração é uma oportunidade, não é um problema

Posted: 15 May 2018 03:34 AM PDT

«Há 30 mil imigrantes a trabalhar em Portugal, que contribuem para a Segurança Social, e a quem não é concedida autorização de residência por não conseguirem comprovar a sua entrada legal no país. Há 30 mil pessoas num limbo porque, há dois anos, passou a ser exigido que os imigrantes fizessem aquela prova e que nem sempre era exigida até então, e para as quais o Estado tem de encontrar uma resposta rápida.

O eterno problema da morosidade na avaliação dos processos mantém-se para lá de qualquer mudança governativa, algo entre as sistemáticas queixas de falta de pessoal e uma aflitiva burocracia que, às vezes, até parece intencional. Esperar três anos (ou mais) pela concessão de uma autorização de residência não é um tratamento decente para quem a pede, razão da manifestação de imigrantes, ontem, à porta do Parlamento, e é contraproducente para os interesses do país. Portugal precisa de imigrantes por razões demográficas, que ninguém põe em causa, e por razões económicas. Dados do INE comprovam que o peso relativo dos empregadores estrangeiros no total de empregadores tem vindo a aumentar e que a taxa de actividade da população estrangeira atingiu nas últimas décadas, segundo os últimos Censos, taxas de actividade superiores às verificadas entre os nacionais.

A imigração é um tema politicamente e socialmente pacífico em Portugal. Este é o segundo país da União Europeia onde é mais positiva a percepção quanto à integração dos imigrantes, como o atestam estudos do Eurobarómetro. Mas entre as preocupações de segurança e as necessidades demográficas ou económicas do país, quem ganha é sempre a burocracia. É uma questão de justiça conciliar a segurança do Estado com a atribuição de autorizações de residência num tempo razoável de espera e com menos burocracia e mais rapidez. O próprio sindicato que representa os inspectores do SEF o diz, acrescentando que a actual Lei da Imigração nem facilita a vida dos candidatos à imigração nem facilita a vida aos serviços de segurança do Estado.

A imigração para Portugal de quem não tem um visto Gold deve ser encarada mais como uma oportunidade do que como um problema. Não faz sentido que o mesmo Estado que os reconhece como contribuintes se recuse a reconhecê-los como cidadãos e lhes negue direitos básicos como os de residência ou de acesso ao Serviço Nacional de Saúde.»

Amílcar Correia

.

Palestina

Posted: 14 May 2018 02:32 PM PDT

E agora o "lindo poema" da canção israelita que ganhou o festival.

Para Português Ler

13/5 às 16:35 ·

E agora o "lindo poema" da canção israelita que ganhou o festival. "Linda" mensagem que eu não consigo vislumbrar! Gostaria de saber o que viram, leram... É que eu não consigo ver nada de bonito nisto!
Salvador, foste um oásis neste certame, mas voltou tudo ao mesmo, se é que não piorou.
Isto não é Para Português Ler!

Brinquedo - Por Netta Barzilai

Ri, outch, hey, hm, lá
Ri, outch, hey, hm, lá
Ri, outch, hey, hm, lá

Ri, outch, hey, hm, lá
Ri, outch, hey, hm, lá
Ri, outch, hey, hm, lá

Olha para mim, sou uma criatura linda
Não me importo com a tua pregação moderna
Sejam bem-vindo meninos, barulho de mais, vou ensinar-lhes
Pám pám pá hu, turrám pám pá hu

Ei, acho que te esqueceste de como jogar
O meu urso de peluche está a fugir
A Barbie tem algo a dizer
Hey

Ei! O meu rei manda que me deixes em paz
Levo o meu Pikachu para casa
És estúpido, como o teu smartphone

Mulher Maravilha, nunca te esqueças
De que és divina e ele está prestes a arrepender-se
É um rapaz có-có-có-có, có-có-có-có
Có-có-có-có, có-có-có-có
Não sou o teu có-có-có-có, có-có-có-có

Não sou o teu brinquedo (o teu brinquedo, não)
Rapaz estúpido (rapaz estúpido)
Agora vou derrubar-te, fazer-te assistir
A dançar com as minhas bonecas ao ritmo do c...alho
Não sou o teu brinquedo (cululi, cululu)

Nã-nã-nã-não sou boneca
Nã-nã-nã-não sou boneca

(Cululi, cululu) Sinos de casamento a tocar
(Cululi, cululu) Homens do dinheiro bling-bling
Não me importo com o teu dinheiro, rapaz
Pám pám pá hu, turrám pám pá hu

Mulher Maravilha, nunca te esqueças
De que és divina e ele está prestes a arrepender-se
É um rapaz có-có-có-có, có-có-có-có
Có-có-có-có, có-có-có-có
Não sou o teu có-có-có-có, có-có-có-có

Foto de Para Português Ler.

China copia Bugatti Chiron e vende-o por 4.200€

China copia Bugatti Chiron e vende-o por 4.200€

Os franceses vendem o Chiron por 2,5 milhões, antes de impostos. Os chineses propõem uma versão muito mais barata e (ainda por cima) eléctrica. Não é bem igual, mas lá que faz lembrar, lá isso faz...



O Chiron da "loja dos 300" contra o original de 1.500 cv. A diferença em potência é grande, como tudo o resto, mas o preço não lhe fica atrás. Veja aqui como é o bólide oriental

11 fotos

Autor
Mais sobre

Aos chineses pode faltar de tudo um pouco, dos salários decentes ao respeito pelos direitos humanos e, sobretudo, criatividade. Mas lata até têm (de sobra): copiam tudo o que mexe, protegidos por uma lei que acha que roubar as ideias e o estilo dos outros é… normal. Quer mais um exemplo? O Bugatti Chiron chinês, que uma companhia quase desconhecida – a Shandong Qilu Fengde – apelida de P8.

Basta olhar para o P8 para nos apercebermos de onde veio a “inspiração”, com o Chiron chinês a apropriar-se da grelha tipo ferradura que sempre caracterizou a marca criada por Ettore Bugatti em 1909, os grupos ópticos com quatro LED de cada lado do actual Chiron (OK, aquilo mais parece um arranjo natalício, mas de má qualidade). E, como se tudo o resto não fosse já suficientemente abusivo, até a tradicional pintura a duas cores, com o característico “C” a destacar a zona posterior da carroçaria. Mas depois surgem as diferenças, especialmente ao nível da dimensões, pois se o Chiron original, o francês, tem mais de 4,5 metros de comprimento e 2 metros de largura, o chinês fica tão atrás nas dimensões, como na elegância.

O Chiron da “loja dos 300” foi revelado pela Car News China e, mesmo sem ver o veículo ao pormenor, arriscamos avançar que não terá uma cópia do motor W16, com oito cilindros de capacidade. É também altamente provável que não atinja os 1.500 cv, não recorra a quatro turbocompressores e, muito menos, a quatro rodas motrizes. Asas móveis, que podem funcionar como travão aerodinâmico, não devem igualmente fazer parte do cardápio que anima o Chiron low cost, que dificilmente fará 420 km/h e que muito menos será capaz de passar os 100 km/h em 2,5 segundos, os 200 em 6,5 segundos e os 300 km/h em 13,5 segundos.



O Chiron é, eventualmente, o mais respeitado dos superdesportivos

8 fotos

De acordo com a Car News China, o P8 é aquilo a que os chineses chamam um Low Speed Electric Vehicle e, pelo aspecto, com ênfase no Low Speed. O motor eléctrico tem um pouco menos de potência do que o Tesla Model S P110D (612 cv), ou até os 92 cv do Renault Zoe. Para sermos mais precisos, tem apenas 3,3 cv e é alimentado por uma bateria de 72V de ácido e chumbo, que se poderia caracterizar como muito avançada se ainda vivêssemos no tempo do Cro-Magnon.

A velocidade máxima do P8 evita qualquer tipo de multa por excesso de velocidade (ou, pelo menos, a maioria), uma vez que o bólide não ultrapassa 65 km/h, para depois ter uma autonomia de 150 km. Muito provavelmente, a descer. Similar aos melhores carros eléctricos modernos, o P8 apenas tem um exagerado tempo de recarga, nada menos do que 10 horas.

Mas como nem tudo pode ser mau, também o Chiron chinês traz boas notícias. É proposto na China por 31.999 yuan, ou seja cerca de 4.228€. Um “pouco abaixo” dos 2,5 milhões necessários para ir buscar um Bugatti Chiron à fábrica, que se por acaso quiser registar na China, com taxas de importação, ambiente, supercarros e outras, pode atingir os 7,6 milhões de euros.