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segunda-feira, 21 de maio de 2018

Investigação a Trump. Giuliani revela que procurador propôs acordo para não prejudicar eleições

21/5/2018, 8:38

O advogado de Donald Trump, Rudy Giuliani, revelou que Mueller propôs antecipar relatório sobre investigação por obstrução da justiça em troca de uma entrevista do Presidente aos investigadores.


Rudy Giuliani, advogado de Trump

Getty Images

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O advogado de Donald Trump, Rudy Giuliani, anunciou que o procurador-especial Robert Mueller propôs terminar a fase de inquérito da investigação ao Presidente por obstrução da justiça até ao dia 1 de setembro, a fim de evitar um efeito de contágio às eleições para o Congresso, marcadas para novembro. Em troca, diz o advogado, Trump teria de conceder uma entrevista aos investigadores.

As declarações foram feitas por Giuliani ao New York Times este domingo, garantindo que a oferta foi feita há cerca de duas semanas. Segundo o advogado, o próprio procurador não está interessado em passar por uma situação semelhante à das últimas eleições presidenciais, quando a reabertura à investigação dos emails de Hillary Clinton provocou acusações de interferência por parte do FBI. O gabinete de Robert Mueller, de acordo com o Times, não quis comentar as alegações de Giuliani.

“Não se quer uma repetição da eleição de 2016, quando no final havia notícias contrárias e não sabemos como isso afetou a eleição”, declarou o antigo presidente da câmara de Nova Iorque, que se juntou recentemente à equipa legal de Trump depois de dois dos seus advogados se terem afastado. “Perguntámos-lhes: se formos entrevistados em julho, quanto tempo temos até o relatório ser divulgado?’. Eles disseram até setembro, o que é bom para todos, porque ninguém quer arrastar isto até às eleições para o Congresso”, acrescentou Giuliani à Associated Press.

As declarações do novo advogado do Presidente são uma tentativa de pressionar publicamente o procurador-especial a cumprir a data, explica o Times, ao mesmo tempo que serve para acalmar Trump ao garantir que a fase de inquérito se aproxima do fim. Recorde-se que as declarações de Giuliani surgiram apenas horas depois do Presidente ter feito uma série de tweets onde acusava diretamente o FBI de estar a agir com motivações políticas — e onde, à semelhança do seu advogado, aludiu à possibilidade de a investigação prejudicar os republicanos nas eleições.

Donald J. Trump

@realDonaldTrump

Now that the Witch Hunt has given up on Russia and is looking at the rest of the World, they should easily be able to take it into the Mid-Term Elections where they can put some hurt on the Republican Party. Don’t worry about Dems FISA Abuse, missing Emails or Fraudulent Dossier!

14:29 - 20 de mai de 2018

Informações e privacidade no Twitter Ads

As sondagens dão conta de que os democratas seguem à frente na corrida para o Congresso, como conta a CNBC, mas essa vantagem tem vindo a reduzir-se.

Nas entrevistas que concedeu aos media, Giuliani aproveitou ainda para atacar James Comey, o antigo diretor do FBI que se demitiu acusando Trump de estar a tentar dificultar a sua investigação à equipa do Presidente por possível conluio com os russos — e cujo afastamento levou o procurador-especial a acusar o Presidente de obstrução da justiça. “Queremos que isto se concentre na credibilidade do Comey versus a do Presidente”, disse Giuliani. “Acho que aí ganhamos e as pessoas percebem isso.”

A investigação a Trump por obstrução da justiça, contudo, é apenas uma pequena parte da investigação de Mueller à interferência russa nas eleições de 2016. Ao todo, 17 pessoas já foram acusadas, tendo cinco delas declarado ser culpadas. Entre elas estão um antigo conselheiro do Presidente na Casa Branca (Michael Flynn), um antigo membro da campanha presidencial (George Papadopoulos) e o sócio do ex-diretor de campanha Paul Manafort (Rick Gates).

Maduro vence presidenciais marcadas por irregularidades

O chefe de Estado venezuelano, Nicolas Maduro, foi declarado vencedor das presidenciais de domingo, com perto de 70% dos votos. Só 46% dos eleitores votaram numas eleições marcadas por irregularidades

MIGUEL GUTIERREZ/EPA

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  • Agência Lusa
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O chefe de Estado venezuelano, Nicolas Maduro, foi declarado vencedor das eleições presidenciais de domingo pela autoridade eleitoral, com perto de 70% dos votos, depois de contados quase todos os boletins.

Maduro obteve 67,7% dos votos contra os 21,2% do principal adversário Henri Falcon, anunciou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, que afirmou tratar-se de uma “tendência irreversível”.

De acordo com o CNE, Maduro foi reeleito com 5.823.728 votos, tendo sido registados um total de 8.603.936 votos válidos, que correspondem a uma participação de 46% dos 20.527.571 eleitores.

Apesar de reeleito, Maduro perdeu 1.763.851 votos, em relação a 2013, altura em que foi eleito sucessor do antigo Presidente Hugo Chávez (que presidiu o país entre 1999 e 2013) com 7.587.579. Já Henri Falcon obteve 1.820.552 votos. O pastor evangélico Javier Bertucci 925.042 e o engenheiro Reinaldo Quijada 34.6714 votos, indicou o CNE.

Pouco antes deste anúncio, Falcon tinha declarado que não vai reconhecer os resultados e exigiu a repetição das presidenciais em outubro próximo. “Não reconhecemos este processo eleitoral como válido”, afirmou.

Foram instaladas 34.143 mesas eleitorais em 14 mil centros de votação da Venezuela.

Trezentos mil soldados das Forças Armadas Venezuelanas têm a missão de garantir a segurança do material eleitoral e dos centros de votação, ao abrigo da operação Plano República, na qual participa também o Ministério Público. “O povo da Venezuela pronunciou-se e pedimos a todos e todas, nacionais e internacionais, que respeitem os resultados eleitorais e o povo da Venezuela, que decidiu e decidiu em paz”, disse Tibisay Lucena.

As eleições presidenciais antecipadas decorreram “como sempre foi a tradição do povo da Venezuela, com grande tranquilidade e civismo”, acrescentou.

Entre as brumas da memória


A coisa aqui está preta

Posted: 20 May 2018 01:21 PM PDT

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Eutanásia

Posted: 20 May 2018 10:47 AM PDT

Filomena Mónica, Balsemão, Mário Nogueira e Francisco George escrevem sobre a Eutanásia.

Pré-publicação de alguns textos do livro "Morrer Com Dignidade - A Decisão de Cada Um", organizado pelo médico e político João Semedo.

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Videoclip Oficial Mundial 2018

Posted: 20 May 2018 10:50 AM PDT

Digam-me que isto é «fake»…

P.S. – «Luciana fez música de apoio à Seleção Nacional de Futebol, a poucas semanas do Mundial de futebol na Rússia. Mas a federação não tem nenhuma intenção de usar o tema como hino.»

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A China e o futuro da democracia

Posted: 20 May 2018 02:32 AM PDT

Sou bem menos optimista do que o autor quanto ao futuro da democracia e da China. Mas, talvez sobretudo por isso, creio que o texto merece leitura e reflexão.

Barry Eichengreen no Expresso Economia de 18.05.2018:

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domingo, 20 de maio de 2018

Isaltino Morais na tribuna do Jamor

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

Sim, eu sei que o homem é autarca do concelho onde se situa o Estádio do Jamor. Mas vê-lo ali, todo sorridente na tribuna de honra, faz-me perder um pouco mais de esperança neste país. Faz-me acreditar, ainda mais, que o crime compensa mesmo.

Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, vai ser cardeal

EM ATUALIZAÇÃO 1.30

O bispo de Leiria-Fátima vai ser criado cardeal no dia 29 de junho. A nomeação foi publicada este domingo. Vigário de Leiria-Fátima diz que a nomeação reforça ligação entre o Vaticano e Fátima.


D. António Marto, 71 anos, é bispo de Leiria-Fátima desde 2006

JÚLIO LOBO PIMENTEL / OBSERVADOR

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O Papa Francisco anunciou este domingo, em Roma, que o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, vai ser nomeado cardeal. O consistório (reunião de Cardeais que aconselham o Papa) para a criação de 14 novos cardeais vai ocorrer a 29 de junho, no Vaticano.

António Augusto dos Santos Marto tem 71 anos e é Bispo de Leiria-Fátima desde 2006. Em 2017, por ocasião da celebração do centenário de Fátima, recebeu o Papa Francisco na visita que fez ao país.

Segundo comunicado de imprensa do Vaticano, o Papa afirma que a nomeação dos 14 novos Cardeais “expressa a universalidade da Igreja que continua a proclamar o amor misericordioso de Deus a todas as pessoas na terra.” O mesmo documento pede aos fiéis que rezem pelos novos cardeais.

Nomeação “reforça a ligação do Papa com Fátima”

O vigário-geral da diocese de Leiria-Fátima, padre Jorge Guarda, o braço direito de D. António Marto, considerou, em declarações ao Observador, que a nomeação “reforça a ligação do Papa com Fátima”.

O que pesa nesta nomeação é, sem dúvida, a figura do D. António, pelo seu serviço à Igreja e pela sua dedicação, mas também o contexto em que ele se insere. O facto de ser bispo de Fátima contribuiu, sem dúvida“, sublinhou o padre Jorge Guarda.

Segundo explica o sacerdote, a nomeação dos cardeais é uma forma de estabelecer uma relação mais profunda entre a sé de Roma — liderança universal da Igreja Católica — e as diferentes realidades da Igreja em todo o mundo.

“Os cardeais ficam inseridos na diocese de Roma, como colaboradores diretos do Papa, mas sem saírem da sua diocese local. Estabelece-se uma ligação maior entre a sé de Pedro e as diferentes dioceses do mundo inteiro”, detalhou o sacerdote.

Bispo foi surpreendido com anúncio

O bispo de Leiria-Fátima estava esta manhã a entrar para a celebração do Crisma na catedral de Leiria quando soube do anúncio, explicou ao Observador o padre Vítor Coutinho, vice-reitor do Santuário de Fátima e chefe do gabinete episcopal.

Foi uma “surpresa total”, até para o próprio D. António Marto, sublinhou. Até porque antes do Papa Francisco, os anúncios eram comunicados aos visados antes de serem tornados públicos, mas o Papa mudou os procedimentos, pelo que o bispo acabou por saber da nomeação ao mesmo tempo que o resto do mundo.

O cético de Fátima que se tornou bispo de Fátima

D. António Marto nasceu em Tronco, concelho de Chaves, a 5 de abril de 1947. Fez os seus estudos entre o Porto e Roma, onde concluiu o seu doutoramento sob a orientação do cardeal alemão Joseph Ratzinger, que viria a ser eleito Papa. Foi também em Roma que, em 1977, foi ordenado padre.

Depois de regressar a Portugal, foi ocupando posições académicas até ser nomeado, em 2000, bispo auxiliar de Braga. Da arquidiocese passou para bispo de Viseu em 2004 e dois anos depois para Leiria-Fátima, onde permanece desde então.

Numa longa entrevista de vida que deu ao Observador em maio de 2017, a propósito da visita do Papa Francisco ao Santuário de Fátima, D. António Marto recordou a sua infância e juventude e como foi um cético dos acontecimentos de Fátima até ler as memórias da Irmã Lúcia.

[Recorde aqui um excerto da entrevista de vida a D. António Marto]

O bispo lembra como olhava “com desprezo” para as “expressões de piedada popular”, criticando procissões, peregrinações e até a oração do terço em família, o que levou inclusivamente a conflitos com o seu pai, que não entendia como é que um padre podia criticar aquelas dimensões da fé.

A sua visão racionalista, recorda, punha em causa algumas expressões da fé, sobretudo a piedade popular, algo que era “típico de uma espécie de cultura de elites, que olha com desprezo para o que é do povo, para o que é popular”.

A conversão a Fátima aconteceu em 1997, quando, já considerado um especialista em teologia, foi convidado para um congresso sobre a Eucaristia na Mensagem de Fátima. Ficou perplexo com o convite, pois Fátima não lhe dizia grande coisa, mas acabou por aceitar o desafio.

“Por honestidade intelectual, comecei por ler as Memórias da Irmã Lúcia, pela primeira vez, e fiquei de facto impressionado. Impressionado pela seriedade do que tratava a mensagem”, recordava o bispo, na entrevista. Acabou por ficar convencido. “Pensei que estávamos ali diante de algo muito sério, muito mais sério do que eu imaginava.”

Atualmente, além de bispo de Leiria-Fátima, é também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Quarto português no colégio cardinalício

A nomeação de D. António Marto vai colocar mais um português no colégio cardinalício, o órgão com responsabilidade para, entre outras coisas, elege o Papa. O bispo de Leiria-Fátima vai juntar-se a dois cardeais portugueses que residem em Roma — D. José Saraiva Martins (prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos) e D. Manuel Monteiro de Castro (penitenciário-mor emérito da Santa Sé) — e a D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa.

D. António Marto vai falar aos jornalistas às 16h30 a partir do Santuário de Fátima.