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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Entre as brumas da memória


Dia da Criança?

Posted: 01 Jun 2018 11:41 AM PDT

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Imigrantes e heroicidades

Posted: 01 Jun 2018 08:18 AM PDT

«Exibido como exemplo à Nação que já teve um Ministério da Imigração, da Integração e da Identidade Nacional, o novo super-herói recebido no Palácio do Eliseu por Emmanuel Macron corre o risco de, servindo involuntariamente a retórica republicana do “dévouement”, prestar um bom serviço a uma biopolítica humanista que passa diplomas de “francidade” honorária a “super-heróis” que salvam crianças em queda iminente de um quarto andar, enquanto expulsa a multidão de anónimos “sans-papiers” e sem um papel com um carimbo de reconhecimento outorgado pela República. Não é difícil explicar este mecanismo: começa-se por reconhecer que há imigrantes que são heróis e acaba-se por exigir heroicidade dos imigrantes.»

Pedro Guerreiro, Público (Ípsilon) 01.06.2018.

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Rajoy

Posted: 01 Jun 2018 05:51 AM PDT

Já foi. Só tardou pela demora.
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Na Batalha sem luta

Posted: 01 Jun 2018 03:03 AM PDT


Marcelo critica “medidas unilaterais” e “regras só para alguns” dos EUA

Jornal Económico com Lusa

Ontem 21:51

Para o chefe de Estado, “quando alguém é aliado de alguém deve pensar duas vezes quando toma medidas unilaterais que atingem o aliado”, porque, “mesmo quando se é muito forte, há de aparecer um dia na vida em que se precisa desse aliado”.

Cristina Bernardo

O Presidente da República criticou hoje, acerca da nova política comercial norte-americana, a imposição de “regras só para alguns e de vez em quando”, referindo que se deve “pensar duas vezes” em tomar “medidas unilaterais que atingem o aliado”.

“Quando há regras que valem para todos e sempre, não é para valerem só para alguns e de vez em quando, senão não é possível haver regras no comércio internacional”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no Porto, após ter sido questionado pelos jornalistas sobre a decisão dos Estados Unidos da América (EUA) de suspender a isenção dos direitos de importação de aço e alumínio da União Europeia, do Canadá e do México.

Para o chefe de Estado, “quando alguém é aliado de alguém deve pensar duas vezes quando toma medidas unilaterais que atingem o aliado”, porque, “mesmo quando se é muito forte, há de aparecer um dia na vida em que se precisa desse aliado”.

As novas geringonças

António Rodrigues, Advogado

00:15

Observemos o bom senso do presidente italiano, que assumiu corajosamente a salvação imediata do euro. E, provavelmente, de Itália.

Os resultados eleitorais em Itália indiciavam muita dificuldade em conseguir criar um governo com uma maioria parlamentar estável. Um excesso de expressão a partidos extremistas e populistas bem ao estilo das progressões de partidos fora do mainstream europeu e que fazem da luta anti-austeridade, o seu propósito e no discurso antieuropeu a sua alavanca.

Importa termos consciência de que há um número crescente de políticos na Europa que põem em causa a construção europeia e que culpam o euro da incapacidade dos seus líderes. Com facilidade esquecemos o exemplo grego que, de um discurso radical absurdo e destrutivo, deslizou para o centro em poucos anos. O discurso era apenas para consumo interno, populista e primário.

A aliança que se propôs governar em Itália, ao fim de alguns meses de indefinição e de programas incompatíveis, tem contudo um máximo denominador comum: contra a Europa. A solução de governo Movimento 5 Estrelas/Liga correspondia a mais um exemplo de populismo que apela aos sentimentos mais básicos dos eleitores para obter sucesso imediato. A ter-se confirmado seria a montagem de uma nova geringonça real, efetiva e perigosa.

Verificamos estas tendências populistas com o Brexit, encontramos esses resultados com o crescimento da extrema-direita na Áustria, na Alemanha, na Polónia ou na Hungria, muito em consequência dos movimentos anti-refugiados no leste, e sentimos o seu peso e dimensão com as consequências de políticas de integração social erradas em França, na Bélgica ou que ameaçam agora a Holanda.

O exemplo italiano, ainda sem termos a noção de toda a sua amplitude, merece uma reflexão sobre os trilhos da Europa. Para mais a cerca de um ano das próximas eleições europeias, onde corremos um sério risco de ter uma fortíssima representação antieuropeia no Parlamento Europeu em 2019. Nesse dia, será dada uma machadada profunda no ideário europeu. Há que pensar nisso e agir no sentido de salvaguardar o projeto europeu.

Estamos no princípio do surgimento de novas geringonças. O perigo destas é que movimentos e partidos se vão juntar em governos, com programas contraditórios, com o único objetivo de chegar ao poder. Sem saber o que querem construir, mas sabendo o que podem destruir. A geringonça à portuguesa pelo menos não alterou a nossa ligação à Europa. Porventura porque os parceiros desta geringonça não chegaram ao governo e apenas estavam dispostos a condicionar o país.

Observemos o bom senso do presidente italiano, que assumiu corajosamente a salvação imediata do euro. E, provavelmente, de Itália. Mas estejamos atentos ao surgimento das novas geringonças que vão pôr a Europa e o “euro” em grande risco.

Governo de Mariano Rajoy caiu. Pedro Sánchez é o novo presidente do Governo espanhol

Rodolfo Reis

10:41

A moção de censura foi aprovada no parlamento espanhol. O secretário-geral do PSOE já foi nomeado como o novo presidente do governo espanhol.

Mariano Rajoy já não é presidente do Governo espanhol. A moção de censura apresentada esta sexta-feira pelo PSOE teve a aprovação de 180 votos, contra 169 e uma abstenção. Deste modo o governo de direita de Mariano Rajoy é substituído pelo líder do PSOE, Pedro Sánchez. Mariano Rajoy estava na presidência desde 2012.

Os partidos PSOE, Podemos, Compromís, ERC, PdeCAT, Bildu, e PNV conseguem através da moção de censura conduzir o sétimo presidente da democracia espanhola, Pedro Sánchez, que será o terceiro socialista a ocupar este cargo.

O voto anunciado na quinta-feira dos cinco deputados do Partido Nacionalista Basco (PNV) deu ao secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), Pedro Sánchez, a maioria absoluta de 176 lugares necessários para afastar Mariano Rajoy e automaticamente ocupar o seu lugar à frente do executivo espanhol.

Os socialistas espanhóis tinham apenas 84 deputados num total de 350, conseguiram deste modo juntar 180 votos com a ajuda do Unidos Podemos (extrema-esquerda), dos nacionalistas bascos e dos independentistas catalães.

Para convencer o PNV, Sánches garantiu que manteria o orçamento para 2018 aprovado na semana passada e que prevê apoios económicos importantes para o País Basco. Aos separatistas catalãs, o líder socialista assegurou que “no seio da nação espanhola há territórios que também sentem que são nações” e avançou que é possível “coexistir no quadro da Constituição”.

A grande incógnita agora passa por saber quanto tempo é que um Governo liderado por Sánchez poder aguentar-se com uma maioria considerada muito instável.

Costa diz que se houver petróleo no Algarve haverá estudo antes da exploração

Jornal Económico com Lusa

15:31

"O país tem que saber quais são os recursos com que conta para poder decidir o que é que faz com os seus recursos, mas a decisão foi muito clara: se vier a haver exploração, tem de haver estudo de impacto ambiental", explicou o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro disse, esta sexta-feira no Algarve, que no caso de haver petróleo na costa algarvia e se se decidir avançar com a exploração de hidrocarbonetos terá de ser feito previamente um estudo de impacto ambiental.

“[A recente dispensa de estudo] vai permitir, em primeiro lugar, que se faça já a prospeção, para ver se temos [petróleo] ou não temos. O país tem que saber quais são os recursos com que conta para poder decidir o que é que faz com os seus recursos, mas a decisão foi muito clara: se vier a haver exploração, tem de haver estudo de impacto ambiental”, declarou.

António Costa, que falava aos jornalistas em Loulé, durante um evento de comemoração do Dia da Criança, alertou para o facto de apesar de o mundo caminhar cada vez mais rumo à descarbonização da economia e às energias renováveis, ainda estaremos “durante muitos e muitos anos” dependentes do petróleo.

A 16 de maio, no último dia do prazo previsto, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) dispensou de estudo de impacto ambiental a prospeção de petróleo ao largo de Aljezur pelo consórcio Eni/Galp.

O presidente da APA, Nuno Lacasta, justificou a decisão referindo que “não foram identificados impactos negativos significativos” na realização do furo de prospeção petrolífera.

“Há uma coisa que nós temos que ter noção: mesmo quando tivermos alcançado, em 2050, se tudo correr muito bem, uma fase de neutralidade carbónica, ainda assim, nós teremos que importar entre 10 a 15 milhões de barris por ano para continuar a satisfazer os abastecimentos”, exemplificou esta sexta-feira o primeiro-ministro.

Segundo António Costa, embora o Governo tenha vindo a tomar medidas para que cada vez seja menos necessário o recurso ao petróleo, não se pode “ignorar que durante muitos e muitos anos o mundo vai continuar ainda a consumir petróleo” e que Portugal paga “uma fatura imensa ao estrangeiro” por importar petróleo.

“O mínimo que podemos fazer é saber se temos ou não temos recursos, depois, pode decidir-se o que fazer”, concluiu.

Antes da atividade de perfuração daquele que será o primeiro furo de pesquisa de hidrocarbonetos em Portugal, haverá um período de preparação com a duração aproximada de três meses.

O furo deverá avançar entre setembro e outubro, na área “offshore” denominada bacia do Alentejo, a 46 quilómetros de Aljezur.

A fase de preparação decorrerá numa base logística, em Sines, situada a aproximadamente 88 quilómetros do local da sondagem.