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quarta-feira, 13 de junho de 2018

PS quer legalização mais rápida de imigrantes que trabalham há mais de um ano

HÁ 2 HORAS

O PS quer que os imigrantes ilegais que trabalham há mais de um ano tenham acesso a autorizações de residência de uma forma mais rápida, usando a excepção prevista na lei para questões humanitárias.

NUNO FOX/LUSA

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O grupo parlamentar do Partido Socialista defende que o Governo se deve empenhar mais em garantir a legalização dos imigrantes ilegais que vivam, trabalhem e descontem para a Segurança Social há mais de um ano. O projeto de resolução foi entregue esta terça-feira no Parlamento.

A ideia é que o processo de legalização e os pedidos de autorização de residência sejam concedidos mais rapidamente ao abrigo da situação extraordinária, prevista na lei, por razões humanitárias.

“Note-se que a esmagadora maioria destes requerentes são, objetiva e comprovadamente, imigrantes económicos que exercem atividade profissional em Portugal e, justamente, muitos deles têm manifestado a sua insatisfação por não lhes ser reconhecido o direito ao tratamento enquanto cidadãos, apesar de trabalharem e descontarem para a Segurança Social”, lê-se no documento.

Ladrões de Bicicletas


Os preços ‘sobrevalorizados’ das casas

Posted: 12 Jun 2018 11:45 AM PDT

O último Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal dá especial atenção ao mercado imobiliário, expressando particular preocupação com o elevado grau de exposição do sistema bancário português à evolução deste setor.
Tal acontece porque o mercado imobiliário é hoje “um importante elemento de interligação entre o sistema financeiro e o setor privado não financeiro, afetando também a evolução das finanças públicas, nomeadamente através do efeito sobre as receitas fiscais associadas ao mercado imobiliário”, e, já agora, a vida das famílias, dado que uma parte importante do rendimento destas se destina ao pagamento das prestações bancárias ou às rendas das casas.
O que começa a preocupar o regulador bancário é a “sobrevalorização” dos preços das casas, ou seja, a presença de uma bolha especulativa (embora esta expressão nunca seja usada), e os efeitos que adviriam (advirão?) para o sector bancário de uma baixa acentuada dos preços. Sendo os efeitos mais marcados em Lisboa, no Porto e no Algarve, mesmo em termos agregados, a evolução dos preços é considerável: entre o segundo trimestre de 2013 e o quarto trimestre de 2017, os preços da habitação em Portugal aumentaram 32% (em termos nominais) e 27% (em termos reais).

O risco de uma baixa acentuada dos preços é significativo para um setor tão exposto ao imobiliário como o bancário. De fato, boa parte dos empréstimos concedidos destina-se a este setor, através dos empréstimos à habitação para as famílias e à construção e atividades imobiliárias, para não mencionar que uma parte não negligenciável dos ativos da banca é constituída por imóveis. Quer isto dizer, então, que uma queda dos preços das casas implicaria o incumprimento dos devedores (pelo efeito da crise do sector sobre a economia e rendimento das famílias e da desvalorização deste importante ativo), mas também pela resultante acumulação de imóveis desvalorizados.

Acresce que o risco de uma baixa acentuada dos preços é mais elevado hoje, dada a maior dependência do setor imobiliário da procura externa - incluindo a procura associada a autorizações de residência, ao setor do turismo, ou ao investimento financeiro realizado por intermédio dos fundos de investimento imobiliário. Estes últimos podem sair a qualquer momento do mercado, provocando um efeito quase imediato e amplificador sobre os preços, dada a reduzida dimensão do mercado português.
Dos receios do regulador bancário resulta evidente não só a enorme vulnerabilidade da economia e da sociedade relativamente ao setor imobiliário, mas também o enorme poder económico e político deste setor, que mantém os demais agentes e setores económicos presos à chantagem da manutenção de preços elevados.
É obrigação de um governo e de uma câmara de Lisboa, ditos socialistas, começarem, pelo menos, a conter a evolução dos preços. A alimentação da bolha imobiliária, por exemplo através de iníquos incentivos fiscais a residentes não habituais, ou a fundos de investimento imobiliário, só aumentará a magnitude dos seus expectáveis desastrosos efeitos. Até o Banco de Portugal parece já ter compreendido isto…

"A Juventude não está com..."

Posted: 12 Jun 2018 03:42 AM PDT

Não resisti a apresentar algumas linhas de um discurso que Mário Soares, então com 21 anos, jovem comunista, fez numa sessão pública do Movimento de Unidade Democrática, na sala da colectidade Voz do Operário, a 30 de Novembro de 1946.
Uma sessão que se realizou, poucos dias depois de uma conferência da União Nacional, partido único do regime fascista, em que diversos oradores suscitaram a questão de que o regime estava a perder a juventude. "Onde está a juventude adolescente que não a encontro nos quadros da União Nacional?" Ou: "Estamos a perder gerações, por falta de orientações e organização que amanhã nos farão falta e perder a Universidade é perder o futuro".
Pegando neste facto, Soares desenvolveu o tema A Juventude não está com o Estado Novo. Dizia então Mário Soares:

"Em primeiro lugar, um reparo. A Juventude não é a Universidade. Poderíamos até dizer que, com a selecção material a que se procede, a Universidade é muito pouco expressiva da Juventude portuguesa. As propinas quintuplicaram, o que quer dizer que aos filhos das classes médias e sobretudo aos filhos das mais vastas camadas da população portuguesa está vedado o acesso ao ensino superior. Os estudantes universitários, na sua maioria, são os favorecidos da fortuna - jovens que têm uma situação de privilégio em relação aos outros jovens. Na Conferência da União Nacional teme-se perder a Universidade: que dizer então dos outros sectores da Juventude?
Para ter uma ideia exacta das precárias condições de vida da juventude portuguesa é necessário integrarmo-nos em toda a política económica do Governo (...) e saber do nível de vida do nosso povo em geral. Mas a situação no que respeita à Juventude agrava-se: dado que a mão-de-obra juvenil, como aliás a feminina, é utilizada a baixos preços - como forma de concorrência e de novas explorações. A fórmula a trabalho igual, salário igual não tem sentido entre nós. Os sindicatos e as casas do povo não reconhecem aos jovens com menos de 18 anos direito de admissão - não beneficiam, portanto das caixas sindicais ou de previdência. Contratos colectivos estabelecem salários mínimos a partir de 4 escudos. Nestas condições - e conhecido o índice de analfabetismo do nosso país - como pode a Juventude trabalhadora estar com o Estado Novo?
Nenhum dos seus problemas centrais foi resolvido ou equacionado. Decorrente do baixo nível de vida está a falta de preparação técnica e cultural, a inexistência de orientação profissional segundo as capacidades e não segundo o dinheiro, a impossibilidade de fundação dum lar. Não há possibilidade de protecção à família, sem mistificações, enquanto aos jovens não for dado fundarem o seu próprio lar. Não há possibilidade duma educação cívica séria - de arrancar os jovens à taberna e ao vício - enquanto a instrução não for obrigatória e facilitada para todos, enquanto existir um divórcio entre a escola e a vida, e o ensino não for concretizado e ligado ao moderno desenvolvimento técnico.
(...). É este o triste quadro em que se move a grande maioria da nossa Juventude.

Entre as brumas da memória


Marchas?

Posted: 12 Jun 2018 02:03 PM PDT

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Precisamos de mais imigrantes. Sim, e então?

Posted: 12 Jun 2018 11:04 AM PDT

«Há as afirmações e há a prática. António Costa disse que Portugal precisa de mais imigrantes. Disse bem. Numa ótica estritamente utilitária, precisamos de imigrantes para nos ajudarem a ultrapassar todas as consequências dos saldos demográficos negativos que se instalaram entre nós. E, já agora, precisamos de imigrantes numa ótica que não é utilitária: porque eles nos enriquecem cultural e civicamente.

Mas depois há a prática. Temos mais de 30.000 imigrantes indocumentados em Portugal. Gente que aqui trabalha, aqui desconta para a Segurança Social, aqui paga impostos. Que requereu a sua regularização há meses, há anos.»

José Manuel Pureza
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Trump e Kim Jong-un – Magros e bonitos?

Posted: 12 Jun 2018 08:29 AM PDT

Não deu…
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Singapura? Foi assim...

Posted: 12 Jun 2018 06:00 AM PDT

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O Céu e o Inferno do G7

Posted: 12 Jun 2018 02:15 AM PDT

«O conselheiro de Donald Trump para o Comércio, o assustador Peter Navarro, foi à Fox News dizer que Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, merece "um lugar especial no Inferno". Para Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu, Trudeau, pelo contrário, merece "um lugar especial no Céu". Entre o Céu e a Terra dissolve-se a aliança dos Estados Unidos com os seus tradicionais aliados. Donald Trump, que governa através de tweets, acredita como uma fé que governa o Céu e que, à sua volta, só há pecadores. Que lhe devem o tributo e que se devem colocar de joelhos. Não distingue aliados de inimigos. Nem os negócios da diplomacia. Só a sua verdade conta. Por isso, no G7, afrontou os seus mais preciosos aliados, julgando que num mundo multipolar os EUA podem, querem e mandam. Perante esta racionalidade Xi Jinping e Vladimir Putin riem. Secretamente acham que Trump é o Darth Vader da democracia americana. E, na verdade, o cangalheiro da liderança americana no mundo. Trump vive a pensar que o mundo se vê da Trump Tower e que todos são seus empregados. Um dia perceberá que apenas é um peão de outros interesses superiores.

A forma como Trump destratou os seus aliados do G7 mostra que a Europa, o Canadá ou o Japão não podem acreditar em nada do que ele diga. Ele simboliza aquilo que, de forma certeira, Mario Vargas Llosa dizia este fim-de-semana no ABC: "A democracia baseia-se em que a verdade prevaleça sobre a mentira e se a fronteira entre ambas é cada vez mais obscura e difusa então é a sociedade democrática que está ameaçada pela entronização das famosas pós-verdades." Os tweets de Trump são uma ameaça à democracia e a sua forma de pretensamente governar o mundo foi retirada da Terra Média. Não que Trump leia. Mesmo que seja Tolkien. Trump é um retrocesso civilizacional. E a Europa tem de se preparar para se defender desta forma de olhar para o mundo. Trump não está só. É apenas o Exterminador Implacável que foi enviado para a frente de combate.»

Fernando Sobral

terça-feira, 12 de junho de 2018

Um esgoto a céu aberto chamado Fox News

Novo artigo em Aventar


por João Mendes

Um tipo queixa-se da CMTV, do Observador e da imprensa portuguesa em geral, mas estes tipos da Fox News são malta que, ideologicamente, está ao nível dos dementes do Daesh. Façam o favor de se rirem, enquanto isto não dá para o torto.

Quem é, afinal, o “porquinho mealheiro” de quem?

11 Junho 2018

Edgar Caetano

Trump ataca taxas que alguns países e blocos económicos, como a União Europeia, cobram aos produtos norte-americanos. E diz que os EUA vão deixar de ser "o porquinho mealheiro" do Mundo.

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Donald Trump fez campanha a criticar os antecessores por terem levado o défice comercial dos EUA para níveis que o presidente dos EUA considera “inaceitáveis”. Com esse défice comercial a dilatar-se ainda mais, já neste mandato, o presidente dos EUA tem apostado neste tema para mobilizar a base de eleitores e não ser acusado de falhar nos principais objetivos da sua governação.

A decisão de Trump de não assinar a declaração conjunta do G7, por entre quezílias em torno do tema do comércio e das taxas aduaneiras, colocou este tema ainda mais na ordem do dia. Mas fazem sentido as críticas de Trump? O presidente dos EUA tem um fundo de razão ou a sua análise é descabida? Afinal de contas, quem é que é o “porquinho mealheiro” de quem?

As taxas aduaneiras nos outros países são ou não mais elevadas do que as dos EUA?

Após a cimeira do G7, em Charlevoix, no Canadá, Donald Trump defendeu que os seus principais parceiros comerciais cobram taxas aduaneiras mais pesadas do que a sua nação. “Vejamos o Canadá — onde pagamos imensas taxas — os Estados Unidos pagam imensas taxas sobre os latícinios. Por exemplo, 270%”, disse o Presidente dos EUA.

Trump usou o exemplo mais gritante. Todavia, é verdade que as taxas aduaneiras norte-americanas são mais baixas do que as cobradas pelos restantes membros do G7, à exceção do Japão.

Isso vai mudar, a 100%. As taxas aduaneiras vão descer porque as pessoas não podem continuar a fazer o mesmo. Nós somos como o porquinho mealheiro que toda a gente anda a roubar. E isso vai acabar”, disse Trump.

A Organização Mundial de Comércio (OMC) calcula que as taxas aduaneiras praticadas pelos EUA foram, em média, de 2,4% em 2015, enquanto a União Europeia, que inclui a Alemanha, o Reino Unido e Itália, aplicou taxas efetivas médias de 3% nesse ano. O Canadá, cujo primeiro-ministro, Justin Trudeau, foi apelidado por Trump de “fraco” e “desonesto”, tinha taxas aduaneiras de 3,1% em 2015. No Japão, as autoridades aduaneiras aplicavam taxas médias — efetivas — de 2,1%.

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817 mil milhões de dólares. Que número é este do qual Trump faz bandeira?

Desde a campanha eleitoral que Donald Trump faz, frequentemente, referência a um número que, na sua ótica, serve para provar ao eleitorado que os EUA estão a ser “roubados” no comércio internacional. De tão enorme, esse número impressiona qualquer um — mesmo alguém que não faz a mínima ideia do que acontece no comércio externo: 800 mil milhões de dólares.

(…) nós perdemos, enquanto nação, ao longo dos anos 800 [mil milhões de dólares], mas o número mais recente é de 817 mil milhões de dólares no comércio, no ano passado. Isso é ridículo e é inaceitável. E disse isso mesmo a toda a gente”, reiterou Trump no sábado, na conferência de imprensa após a Cimeira do G7.

Esse número — na verdade 807,5 mil milhões de dólares em 2017 — diz respeito ao défice da balança comercial de bens entre os EUA e o resto do mundo. Ao destacar esse valor, o presidente dos EUA não está a incluir o superávit (do ponto de vista dos EUA) nos serviços: aí os EUA exportam mais 255 mil milhões do que importa. Ou seja, ponderando os dois elementos sem dar primazia a um em detrimento do outro, o défice comercial dos EUA com o mundo — de bens e serviços — é de 552 mil milhões de dólares.

Vale a pena não esquecer os dados sobre os serviços porque, como se postula no relatório económico divulgado pela Casa Branca ainda há poucas semanas, “a economia norte-americana está a afastar-se da produção manufatureira e a dirigir-se para a prestação de serviços”.

No mandato de Trump, e apesar do conteúdo das mensagens que passa publicamente, o défice comercial continua a dilatar-se (saltou de 502 para 552 mil milhões entre 2016 e 2017, muito por culpa do comércio de bens). Nesse mesmo relatório, publicado já sob a liderança de Trump, pode ler-se que “concentrar apenas no comércio de bens ignora a vantagem comparativa dos EUA nos serviços”. E aí, em serviços de elevado valor acrescentado como a finança, a engenharia, a educação e as novas tecnologias, os EUA têm um superávit a nível global.

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Trump tem razão quando acusa a UE de subsidiar setor automóvel, em prejuízo dos EUA?

Todos os blocos económicos protegem os seus setores produtivos com subsidiação e com outras medidas de estímulo. Um dos exemplos que Trump mais gosta de usar é a indústria automóvel, onde ameaçou com uma taxa de 25% contra as importações de carros. De facto, a própria Comissão Europeia reconhece que “devido à importante criação de emprego e outros efeitos positivos de investimentos por parte do setor automóvel, os Estados-membros têm disponibilizado quantias elevadas em ajudas ao investimento no setor”.

Essas medidas de subsidiação foram especialmente robustas durante o auge da crise económica (mais de 1,8 mil milhões entre 2007 e 2014, só para este setor). Mas os EUA também o fazem: o exemplo mais paradigmático de todos é a nacionalização da “gigante” General Motors no final da década passada. Outro exemplo: o investimento na Chrysler, quanto também essa empresa entrou em dificuldades. Que subsidiação maior existe do que uma nacionalização pós-bancarrota?

O mais paradoxal do discurso de Trump, contudo, é que as interligações da indústria e do comércio mundial são, hoje, tão complexas que levam a que, por exemplo, o maior exportador em todo o país é uma fábrica da alemã BMW na localidade de Spartanburg, na Carolina do Sul.

“Mas, para Trump, isto são factos que não importam ou que ele não toma o tempo necessário para perceber — nunca sei muito bem qual é que é a explicação, em cada momento”, comentou, recentemente, o congressista luso-descendente Jim Costa, em entrevista ao Observador.

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Faz sentido dizer que a UE se protege contra as importações vindas dos EUA?

Não são de agora as críticas de alguns membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a Europa e as suas alegadas práticas dissuasoras da importação e, portanto, protecionistas. Em 2011, por exemplo, a UE foi criticada por envolver demasiada burocracia e padrões de qualidade, designadamente na área agro-alimentar, o que na prática seria uma violação das regras da OMC.

Em antecipação a esta cimeira, e já a adivinhar um confronto com os EUA, a Comissão Europeia preparou um conjunto de dados que procuram rebater a ideia de que as exportações norte-americanas (para a UE) podem estar a ser penalizadas por medidas que vão além das subsidiações ou das taxas aduaneiras.

Nesse factbox, a UE sublinha que por exemplo na carne de vaca os 50 estados podem exportar para os países da UE — ao passo que só França, Irlanda, Holanda e Lituânia podem exportar carne de vaca para os EUA. Ovos só a Holanda pode exportar para os EUA e carne de aves nenhum país da UE está autorizado a exportar este produto para os EUA.

Voltando ao tema dos automóveis, a UE lembra que todos os anos são produzidos nos EUA 2,4 milhões de carros europeus, com destaque para a tal fábrica na Carolina do Sul. Só o grupo BMW dá emprego a 70 mil pessoas nos EUA.

Mas como é que as taxas aduaneiras são aplicadas? As regras preveem que seja aplicada uma tarifa de 10% nas importações de carros dos EUA para a UE, que compara com 2,5% aplicados em sentido contrário. Mas essas são taxas regulamentares — na realidade, essas taxas quase nunca são pagas na totalidade, desde logo devido à organização da produção em que peças automóveis vão para os EUA para serem montadas. Em 2017, diz a UE, apenas mil milhões de euros em exportações de carros dos EUA para a UE pagaram a taxa máxima — num universo de seis mil milhões.

Os números da OMC referentes às barreiras ao comércio não apoiam as declarações de Trump. Os EUA têm 5.256 medidas não tarifárias em vigor, incluindo subsídios à exportação e restrições às importações, segundo a base de dados da OMC, enquanto a União Europeia lista 2.075, o Canadá 2.002 e o Japão 1.519.

Só em subsídios à exportação, a administração Trump mantém apoios às indústrias das carnes — vaca, porco e aves —, ovos, óleos vegetais, manteiga, queijo, arroz e trigo.

Há muito tempo presente nas declarações e tweets de Trump, a guerra comercial a sério começou quando a administração norte-americana aplicou, a 1 de junho, taxas aduaneiras de 25% por cento nas importações de aço e de 10% no alumínio. Uma decisão que atinge a União Europeia, o Canadá e o México. Bruxelas anunciou uma retaliação, previsivelmente a partir de julho, sobre produtos norte-americanos como o bourbon, as calças de ganga, o sumo de laranja e as motorizadas.

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