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segunda-feira, 18 de junho de 2018

As bolachinas e o resto

Novo artigo em Aventar


por j. manuel cordeiro

Com a entrada em vigor so RGPD várias coisas mudaram nos sítios que costumamos visitar e uma delas é precisarmos de voltar a aceitar as cookies. Desmitificando, as bolachinhas (cookies) são ficheiros que os sítios que visitamos guardam no nosso computador por intermédio do browser. Estes ficheiros permitem saber é quem no momento de aceder ao servidor do sítio e, para muitas funcionalidades, são uma parte que garante o respectivo funcionamento. Dado que estes ficheiros são controlados pelo próprio sítio que estamos a visitar, este pode guardar lá o que bem entender, sendo comum guardar informação que vai para além do funcionamento mínimo do sítio. Esta informação pode, até, ser partilhada com outros sítios. Esta é a razão de, por exemplo, alguém pesquisar por discos rígidos num sítio e depois ver publicidade a estes equipamentos noutro sítio.

Voltando ao RGPD, o Público, tal como os restantes sítios, voltaram a mostrar o botão para nos pedir a autorização para guardar cookies. Propositadamente, não cliquei nele, para ver o que é que acontecia. Não tendo aceite as cookies, não é suposto o sítio as estar a guardar no meu computador. No entanto, como se observa pela imagem aqui junta, o Público diz que atingi o meu limite de artigos gratuitos. Acredito que sim. Mas para o Público saber isso teve que guardar uma cookie no meu computador, acto este que não tinha autorizado.  O que, de resto, se comprova pelas ferramentas disponíveis no browser (exemplo para o Chrome: abrir o endereço chrome://settings/siteData?search=cookies no Chrome).

Não é uma situação grave. Mas não deixa de ser caricato constatar que o raio do botão para aceitar as cookies não serve para nada mais do que incomodar.

domingo, 17 de junho de 2018

Entre as brumas da memória


EUA-México: mundo cão é isto

Posted: 17 Jun 2018 11:45 AM PDT

This is the face of a two-year-old girl screaming as her loving mother is being handcuffed and taken from her for trying to protect her and take her away from violence and poverty and despair and give her a better life—in short, for being a good mother. This is happening in the U.S. right now and is affecting hundreds of small children who are being taken to detention centers. This evil must stop!

Les enfants migrants séparés de leurs parents choquent l'Amérique.
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Memórias

Posted: 17 Jun 2018 07:00 AM PDT

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Ministério das Finanças e o SNS, o dilema

Posted: 17 Jun 2018 02:45 AM PDT

Alexandre Lourenço, Presidente da Associação de Administradores Hospitalares, no Expresso de 16.06.2018:

«Decorria o ano de 1978. O ministro dos Assuntos Sociais, António Arnaut, solicitou ao seu secretário de Estado da Saúde, Mário Mendes, que calculasse o custo da criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A tarefa destes cálculos impossíveis sobrou para Júlio Reis, administrador hospitalar do Santa Maria e adjunto do secretário de Estado. Feitas as contas, a equipa dos Assuntos Sociais foi ao Conselho de Ministros apresentar os números. À época, o ministro das Finanças e do Plano era Vítor Constâncio. Nessa reunião, a resposta à criação do futuro SNS foi clara: não!

Como é do domínio público, o SNS é mais tarde criado em 1979. Vítor Constâncio não era ministro. António Arnaut também não. Era deputado à Assembleia da República e não tinha desistido.

O modelo de empresarialização dos hospitais portugueses inicia-se experimentalmente na década de 90 com o Hospital do Barlavento Algarvio, o Hospital de São Sebastião e a Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Em 2002, 34 hospitais do sector público administrativo são transformados em 31 hospitais sociedades anónimas (SA). Em 2005, estes são convertidos em entidades públicas empresariais (EPE), alargando o número de hospitais empresarializados ao longo dos anos seguintes.

Este modelo de empresarialização é baseado no princípio de que um dos sócios entra com o capital (Ministério das Finanças) e o outro aporta o conhecimento (Ministério da Saúde). Entre 2002 e 2011, o “sócio do dinheiro” pouco quis saber dos hospitais, sendo na grande maioria das vezes silencioso. Por mais do que uma vez, o Tribunal de Contas alertou para este distanciamento. O facto de os resultados operacionais cronicamente negativos serem contabilizados como dívida pública e não contarem para o défice pode ajudar a compreender este comportamento ausente. Como hoje se fala no direito da família, os hospitais eram um caso claro de alienação parental.

O Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) vem alterar este desequilíbrio. Os credores assumem preocupação sobre o sector empresarial do Estado, inclusive na saúde. A autonomia dos hospitais é restringida, mas conta-se com a equipa da Saúde para gerir o sistema. Com Centeno, a restrição é ainda mais acentuada, e o controlo dos custos passa pela restrição de tesouraria e o adiamento burocrático da despesa.

Recentemente, a equipa das Finanças elevou a fasquia. Qual sócio ressabiado, resolveu chamar a si as rédeas do negócio e determinar os investimentos estratégicos. Chamou os conselhos de administração dos hospitais e já delibera sobre a Rede Hospitalar de Pediatria. Afinal, aquilo não deve ser complicado, trata-se apenas de cuidar de crianças. Nesta sequência, o verdadeiro dilema das Finanças está por acontecer. Até onde quer ir Mário Centeno? Assumir a pasta da Saúde?

Ser ministro da Saúde é com certeza dos lugares mais difíceis em qualquer Governo. Com esta equipa do Ministério das Finanças parece uma tarefa impossível. É por demais evidente que a interferência da equipa das Finanças está a aumentar o desperdício e o descontentamento dos profissionais e dos doentes, com consequências graves sobre o SNS.

Quando jogávamos à bola em miúdos, existiam sempre duas certezas. O mais gordinho ia à baliza e o dono da bola, por pior jogador que fosse, entrava sempre e até escolhia as equipas. Quando perdia, levava a bola para casa. Apenas por birra se pode compreender a insistência neste modelo de centralização da decisão. A boa gestão e os bons resultados não se atingem através do garrote em curso, conseguem-se com profissionalização e responsabilização dos gestores. A equipa das Finanças pode ser a dona da bola, mas nunca será sequer um bom jogador num jogo de equipa.

Enunciando o direito social da proteção da saúde e o dever de a defender e promover, a Constituição da República Portuguesa estabelece que o SNS tem gestão descentralizada e participada.

Como bem percebeu António Arnaut e tantos outros, o SNS é muito mais do que uma mera linha na despesa. É uma matéria de direitos sociais.»

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Irresistível!

Posted: 16 Jun 2018 04:10 PM PDT

Construção em Portugal volta a níveis de 2007, país deve crescer 4% no setor residencial e não residencial até 2020

Ruben Pires

18:39

A nível das infraestruturas a perspetiva é que esta área tenha um crescimento entre até 1%.

Jose Manuel Ribeiro/Reuters

O setor da construção voltou em 2017 aos níveis apresentados em 2007, diz a análise da Euroconstruct. A nível europeu a perspectiva é de crescimento nesta área embora esteja ainda distante dos níveis de 2007.

A análise da Euroconstruct prevê que a nível do segmento residencial, em Portugal, se cresça acima dos 4%, entre 2018 e 2020 sendo o mesmo válido para o setor não residencial.

Nas infraestruturas o cenário é mais contido, para Portugal, mas mesmo assim, esta área deve crescer entre os 0 a 1%.

Na construção Portugal volta a níveis de 2007 e no sul da Europa foi o país que teve a recuperação mais marcante, afirma a Euroconstruct, existindo uma perspectiva muito promissora a nível do crescimento do sector nos próximos tempos, acrescenta a mesma empresa.

A área de reabilitação e renovação de específicos lidera no crescimento e a construção de infraestruturas é a área com uma melhoria mais contida.

Talibãs rejeitam extensão do cessar-fogo proposto pelo Afeganistão

Ruben Pires

21:18

Um porta-voz dos talibãs diz que o cesar-fogo termina este domingo de acordo com o Washington Post.

Os líderes talibãs rejeitaram a extensão do cessar-fogo proposta pelo presidente do Afeganistão, avança o Washington Post.

A proposta do governo do Afeganistão foi rejeitada pelo talibãs que estão a ordenar que sejam reassumidas as operações contra os invasores e os seus apoiantes, diz o Washington Post.

O porta-voz dos talibãs diz que o cessar-fogo foi anunciado para a paz das pessoas mas vai terminar neste domingo, acrescenta a mesma publicação.

Marques Mendes: “Tem de haver outra atitude perante o interior”

Ruben Pires

21:28

O comentador da SIC disse que sobre o interior "existe muito discurso e pouca ação" e apelou ainda a que se olhe para a floresta de outra forma.

Marques Mendes afirmou no seu espaço de comentário na SIC que é necessário existir outra atitude perante o interior acrescentando que ainda continua a ver muito discurso mas pouca acção.

Abordando a passagem de um ano sobre o incêndio de Pedrogão Grande Marques Mendes alertou para a necessidade de ter um “estado diferente do que tivemos até aqui”.

“A máquina do estado consome metade da riqueza do país. É importante criar condições para trazer mais valor económico à floresta”, esclareceu Marques Mendes. “Se continuar a ver a floresta como um encargo, não resolvemos as coisas. Temos que vê-la como um investimento”, acrescentou.

Marques Mendes pediu ainda que exista “outra atitude” perante o interior do país criticando que sobre este assunto “exista muito discurso mas pouca acção”.

Foi ainda elogiado o trabalho feito pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, relativamente a Pedrogão Grande e ficou ainda uma palavra sobre o estado que “falhou há um ano mas que a partir daí “portou-se razoavelmente bem”.

Relativamente a sondagens Marques Mendes realçou que o PS tem tido desgaste derivado de assuntos como Manuel Pinho, José Sócrates, com os professores, saúde. Sobre o PCP e BE disse estarem confortáveis enquanto as projecções para o CDS-PP são “muito decepcionante” rejeitando a teoria dos centristas de “dinâmica de vitória”.