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sexta-feira, 29 de junho de 2018

FOI BONITA A FESTA PÁ

  por estatuadesal

(In Blog O Jumento, 29/06/2018)

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Passou década e meia.

O Durão Barroso ainda era avençado do Ricardo Salgado no BES e hoje é banqueiro na City.

O Ricardo Salgado era rico e DDT, todos se curvavam no seu caminho, designava ministros, convidava professores doutores para os seus jantares, hoje está abandonado.

O Porto ainda era o eterno campeão e agora o Benfica ia chegando ao penta para desgosto de Pinto da Costa.

O António Costa ainda não tinha cabelos brancos e o Marcelo andava tranquilo, porque ainda não havia a mania coletiva das selfies.

O Sócrates ainda era o menino rico da mamã que andava no engate mais o Armando Vara, agora é um solitário que dá graxa aos sapatinhos Prada na esperança de durarem mais um par de meias solas.

O Trump ainda não andava com a Melania e nem sonhava chegar a Presidente e meter o mundo de pernas para o ar.

Desde que o burro nasceu o Bruno de Carvalho teve mais duas mulheres e duas filhas, chegou a presidente do SCP e endoidou.

O Paulo Macedo passou de modesto supranumerário com ambições de chegar longe no BCP, governou pelo PSD e chegou a dono da CGD pelo PS.

Passos Coelho que era afilhado nas empresas de Ângelo Correia chegou a professor catedrático. Em contrapartida Miguel Relvas começou como doutor e acabou sem curso mas com muito dinheiro.

O Iraque existia e deixou de existir, muitos africanos que eram felizes morreram no Mediterrâneo, o Iraque foi destruído, a extrema direita governa vários países da Europa e faz uma mãozinha nos EUA.

A Zezinha tinha pouco mais de 50, era uma jovem ambiciosa na PJ, hoje está com idade para reformar-se mas ainda tem a esperança de chegar a Procuradora-Geral da República, talvez com a ajuda do Ventinhas.

O PR e Marcelo

  por estatuadesal

(Carlos Esperança, 29/06/2018)

DESMAIO

O PR é o cidadão simpático, culto, inteligente e bem preparado para o cargo que exerce. Marcelo é o titular hipercinético, que fez caminho como comentador pago, e se mantém no ramo, de graça.

O PR é um constitucionalista eminente que conhece bem as suas atribuições, mas que se deixa arrastar por Marcelo e invade atribuições alheias, incapaz de se refrear, a caminho de um segundo mandato, se a saúde e o desgaste o permitirem.

DESMAIO1

O desmaio público foi um plágio ou uma infeliz coincidência com o que a aconteceu ao seu antecessor, que acordou ao colo dos militares. A comunicação social não falou mais do assunto, e um país exigente devia pedir explicações. A eventual falta de saúde não é apenas um prejuízo para as televisões, é perigosa para a harmonia institucional que o PR preserva e Marcelo se excita a desafiar. Era tempo de sabermos, através de um boletim médico isento, a causa do aparatoso desfalecimento.

Quem nunca tenha passado os olhos pela Constituição, há de pensar que o PR comanda a política externa, uma reserva exclusiva do Governo, mas o espetáculo público a que Marcelo se presta, sem prejuízo grave para as instituições, serve o narcisismo do PR e agrada aos jornalistas, imprescindível no período em que o País vai a banhos.

O PR está onde deve e Marcelo nos restantes sítios. Marcelo foi à Rússia ver o futebol e comentar jogos e o PR visitou Putin e levou cumprimentos a Trump. Quem se habituou a dez penosos anos de Cavaco, rejubila com Marcelo.

Cavaco deixava que o País fosse enxovalhado, sem inteligência nem cultura para retorquir, Marcelo foi capaz de dizer a Trump, com subtileza, que, tal como Ronaldo, não seria eleito em Portugal. Portugal é diferente e Marcelo não é um empreiteiro.

A devoção pia que devora Marcelo e contamina o PR, não lhe permitiu assistir à criação de 14 cardeais e ir ao beija-mão do papa e de mais um purpurado autóctone. No mesmo dia, o PR falou de igual para igual com o homem mais poderoso e perigoso do mundo e, assim, Marcelo não esfolou os joelhos nem ouviu às 17h 39m (hora portuguesa) de ontem, os sinos do carrilhão da Basílica de Fátima a tocaram para assinalar a elevação do bispo da Diocese de Leiria-Fátima a cardeal.

Certamente que algum assessor lhe guardou uma gravação.

António Vitorino é o novo diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações

29 jun 2018 14:44

MadreMedia

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O candidato português António Vitorino foi eleito diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

António Vitorino é o novo diretor-geral da Organização Internacional para as MigraçõesANDRÉ KOSTERS/LUSA

A Organização Internacional para as Migrações anunciou através do Twitter que António Vitorino, 61 anos, ex-ministro (1995-1997) e ex-comissário europeu (1999-2004), é o novo diretor-geral da organização, tendo sido eleito por aclamação.

O primeiro-ministro, António Costa, já felicitou António Vitorino pela eleição: "Portugal continua a assumir as suas responsabilidades na gestão global das migrações com a eleição de António Vitorino para diretor-geral da OIM (Organização Internacional para as Migrações), que felicito calorosamente", escreveu o líder do executivo português na rede social Twitter.

No mesmo sentido, o Governo português saudou igualmente a eleição de António Vitorino, cuja candidatura considera demonstrar a importância que Portugal atribui à necessidade de encontrar soluções para os problemas migratórios.

“A candidatura de António Vitorino a este importante posto internacional demonstra a muito elevada relevância que Portugal atribui à temática e ao diálogo em matéria de migrações e à premente necessidade de serem encontradas soluções eficazes para os problemas migratórios no quadro internacional”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

Para o MNE, a eleição “traduz o justíssimo reconhecimento do indiscutível mérito e capacidades pessoais deste destacado cidadão e do seu notável percurso profissional, durante o qual estiveram sempre muito presentes os assuntos e processos relacionados com as migrações”, uma referência nomeadamente às funções de comissário da Justiça e Assuntos Internos da União Europeia.

“O Governo Português está plenamente seguro de que António Vitorino é a pessoa certa para conduzir a OIM neste difícil período e que a sua gestão valorizará a promoção da paz e da segurança, a tolerância, o respeito pelos direitos humanos e o desenvolvimento sustentável, que norteiam a política externa portuguesa”, lê-se no comunicado, que sublinha ainda que a organização está num “momento crucial da sua história”.

O candidato português venceu as três primeiras rondas de votação, tendo passado à quarta com a candidata costa-riquenha, Laura Thompson. Na terceira ronda, Ken Isaacs, o controverso candidato escolhido pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, foi eliminado, o que acontece pela primeira vez em décadas a um candidato dos EUA. O candidato escolhido por Washington, apesar das suas declarações polémicas sobre os muçulmanos, foi o menos votado dos três candidatos, com 22 votos, pelo que não pôde participar na quarta volta.

Os 169 Estados-membros da Organização Internacional das Migrações (OIM) elegeram hoje o novo diretor-geral do organismo que desde 2016 integra a estrutura multilateral da ONU.

A candidatura de Vitorino à liderança desta organização fundada no início da década de 1950 foi formalizada pelo Governo português em dezembro do ano passado.

A OIM foi integrada na estrutura multilateral da ONU a 25 de julho de 2016. Antes, a organização tinha recebido, em 1992, o estatuto de observador permanente na Assembleia-Geral da ONU e firmado um acordo de cooperação (1996).

A par dos 169 Estados-membros, a OIM conta com oito países que detêm estatuto de observadores.

(Notícia atualizada às 15h20)

Perfil. António Vitorino, um dos mais influentes da política portuguesa agora à frente da OIM

29 jun 2018 15:21

MadreMedia / Lusa

Atualidade

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O português António Vitorino, 61 anos, eleito hoje diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), uma nova etapa de uma carreira política de grande relevo, com ligações ao atual secretário-geral da ONU, o também português António Guterres.

Perfil. António Vitorino, um dos mais influentes da política portuguesa agora à frente da OIMANDRÉ KOSTERS/LUSA

O advogado, político, consultor empresarial, comentador, é hoje considerado uma das figuras mais influentes da elite política portuguesa, e quem uma vez disse de si próprio ser “aquilo que fiz”.

Natural de Lisboa, a entrada na atividade política deu-se quando era estudante no liceu Camões, aderindo à Juventude Socialista (JS), mas os ventos do Processo Revolucionário em Curso (PREC) radicalizaram então as suas posições.

Aproximou-se da Frente Socialista Popular (FSP) de Manuel Serra, que tinha rompido com o Partido Socialista (PS) após o disputado congresso de finais de 1974. De seguida, integrou duas outras formações também dissidentes do PS: o Movimento Socialista Unificado (MSU) em 1976 e a União de Esquerda para a Democracia Socialista (UEDS), liderada pelo engenheiro Lopes Cardoso, em 1978.

Dois anos depois, foi eleito pela primeira vez deputado à Assembleia da República nas listas da UEDS integradas na Frente Republicana e Socialista (FRS), liderada pelo PS. Acabaria por reingressar no partido liderado por Mário Soares e garantiria o lugar de deputado nas cinco legislaturas seguintes.

Licenciado em Direito em 1981, e admitido na Ordem os Advogados em 1983, o seu currículo académico indica ter concluído o mestrado em Ciências político-jurídicas (1986), para além da função de professor assistente da Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa (1982-2007), e dos departamentos de Direito da Universidade Autónoma de Lisboa (1985-1995) e da Universidade Internacional em Lisboa (1998-1999). Foi ainda professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e da Católica Global School of Law, da Universidade Católica Portuguesa.

A nível profissional, a sua teia de relações começa a ser reforçada quando integra a poderosa firma de advogados “Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados”, e passou a desempenhar cargos em importantes empresas, designadamente nos cargos de presidente de assembleias-gerais e de conselhos fiscais, ou de vogal em administrações, incluindo a Siemens Portugal, Brisa, Finipro, Novabase, Banco Caixa Geral Totta de Angola (BCGTA) ou da Fundação Res Publica, ligada ao Partido Socialista. Foi ainda presidente da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva entre 2007 e 2009.

Após ser eleito deputado, iniciou funções governativas em 1983 no cargo de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares no IX Governo Constitucional (1983-1985). De seguida, e após aqueda do Bloco central e a subida ao poder de Cavaco Silva, seguiu para a região de Macau onde entre 1986 e 1987 seria o secretário-adjunto do governador Joaquim Pinto Machado, a quem sucedeu Carlos Melancia.

De regresso a Lisboa, António Vitorino, reconhecido membro da obediência maçónica Grande Oriente Lusitano, seria eleito juiz do Tribunal Constitucional pela Assembleia da República e sob indicação do Partido Socialista, cargo que exerceu desde 1989 a 1994.

Durante o XIII governo dirigido por António Guterres (1995-1999) foi designado ministro da presidência e de seguida ministra da Defesa nacional. No final deste mandato, passaria a ocupar o cargo de Comissário Europeu da Justiça e Assuntos Internos, um dos cargos de maior relevo da Comissão Europeia, tendo ajudado a elaborar a Carta dos Direitos Fundamentais da UE.

O Jornal de Negócios, numa abordagem aos “mais poderosos” e onde está incluído, destacou em particular a sua influência empresarial, política e mediática, e a perenidade.

Definido como um “mediador”, a sua presença na televisão como comentador manteve-o na esfera mediática e com influência na opinião pública. Uma “vasta teia de relações”, nacionais e internacionais, as amizades, os cargos que ocupou, na política e nos negócios, também lhe permitiram um assinalável poder económico.

A sugestão emitida em 2015 pelo então primeiro-ministro António Costa, atual secretário-geral da ONU, de que António Vitorino reunia “todas as qualidades para ser Presidente da República”, suscitou reações díspares, e particularmente críticas por parte Alfredo Barroso, o ex-chefe da Casa Civil na presidência de Mário Soares.

Num texto publicado no Facebook, relembrou os diversos cargos que ocupou – “Tudo isto é público e consta da Wikipédia”, disse –, para precisar: “Mas também se lê com vantagem o que sobre ele se diz – e diz-se muito! – no livro de Gustavo Sampaio “Os Facilitadores ou como a política e os negócios se entrecruzam nas Sociedades de Advogados”. Os socialistas neoliberais são mesmo assim…”.

Definindo-o como o “Proença de Carvalho do PS”, Alfredo Barroso contestava a sua eventual designação para candidato presidencial: “António Vitorino é politicamente muito competente, mas há muitos anos que está envolvido no mundo dos negócios, pertence a uma sociedade de advogados poderosa, participou em privatizações, ocupa vários lugares de administração em várias empresas”.

A corrida a Belém não ocorreu, e António Vitorino acabou agora por ser eleito para um cargo que sempre pretendeu, e para o qual será decerto muito útil a experiência que acumulou enquanto Comissário europeu.

Mister Marcelo goes to Washington

  por estatuadesal

(João Quadros, in Jornal de Negócios, 29/06/2018)

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É assustador pensar que Trump nunca tinha ouvido falar em Ronaldo. Uma coisa é não acreditar no aquecimento global, outra é não conhecer Ronaldo. É uma assustadora falta de conhecimento do mundo em que vivemos.

Marcelo Rebelo de Sousa visitou Trump na Casa Branca e a visita está a dar que falar. Ainda a recuperar de um desmaio, o nosso PR, mal saiu do carro, deu um aperto de mão (à Cais do Sodré) a Trump com tanta energia que "o cor de delícia do mar" ia caindo. Trump deu um passo em frente e Marcelo quase que lhe arrancava um braço. Ficou ali entre o aperto de mão e o golpe de Krav Maga. Mais um bocadinho e os seguranças teriam agido. Trump ainda a tentar colocar o ombro no sítio, ficou a pensar: "Irra, que estes espanhóis são brutos. Trump tem dói-dói."

Seguiu-se a habitual conversa na sala onde estão uns bustos e, aí, Marcelo continuou a fazer "bullying" a Trump. Depois de Trump ter dito que o filho gosta de futebol e que Portugal tem estado bem no Mundial da Rússia, Marcelo informou o PR dos EUA que existe uma pessoa chamada Cristiano Ronaldo, o melhor jogador de futebol do mundo, e é português.

É assustador pensar que Trump nunca tinha ouvido falar em Ronaldo. Uma coisa é não acreditar no aquecimento global, achar que, se calhar, a terra é plana, etc., outra é não conhecer Ronaldo. É uma assustadora falta de conhecimento do mundo em que vivemos. Aposto que se ele quiser saber quem é o Cristiano, basta ir ao histórico do computador da Melania.

Após Marcelo ter esclarecido que Portugal tinha o equivalente a Putin em termos de jogador de futebol, Trump quis ser engraçado e lançou a pergunta - "e se esse Ronaldo concorresse à presidência contra si, ganhava?" O nosso PR nem hesitou e, com um pequeno toque no braço do PR americano, para não lhe deslocar o braço que ainda estava bom, respondeu: "Vou explicar-lhe uma coisa, Portugal não é como nos Estados Unidos." Como quem diz: "Toma lá, cabelo de dente-de-leão. Nós não andamos a eleger Presidentes popularuchos só porque tiveram programas na televisão, etc."

De seguida, o nosso PR deu uma lição de história a Trump, relembrou que Portugal foi o primeiro país a reconhecer a independência dos EUA e que foi ele que ajudou a fazer a Constituição de Portugal. Trump estava à beira de um esgotamento com tanta informação. Parecendo que não, o Presidente dos Estados Unidos já tem uma certa idade e não tem o arcaboiço da rainha de Inglaterra.

Depois, Trump discursou sobre a sua política e Marcelo foi abanando a cabeça a fazer que não discretamente. Foi mortal. Até António Costa ficou arrepiado: "Se ele se lembra de fazer isto comigo...!"

Marcelo deu um baile a Trump na Casa Branca, só não sei se foi boa ideia Marcelo ter dito a Trump que existem cerca de um milhão e meio de luso-americanos a viver nos EUA. Se ele topou que levou baile, já sabemos em quem se vai vingar. É fazerem as malas.


TOP 5

White House

1. Pastelaria Suíça, na Baixa lisboeta, vai encerrar brevemente - nesta notícia, o que não faz sentido é ainda chamar lisboeta à Baixa.

2. Pedro Santana Lopes rompe com o PSD e prepara novo partido - olhando para o que se tem passado, faria mais sentido ser o Rui Rio a fazer isto.

3. Novo cardeal diz que democracia portuguesa tem de ser "aprofundada" - verdade. Temos de ser mais laicos e não ligar ao que dizem os cardeais.

4. Marcelo anuncia que receberá Presidente da China em Portugal no final do ano- podíamos fazer uma amnistia como nas visitas do Papa e não pagar a conta da EDP nesse mês.

5. Câmara de Lisboa disponível para acolher imigrantes do navio Lifeline - desde que não atraquem no porto de cruzeiros... que dá mau aspecto.