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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Entre as brumas da memória

Entre as brumas da memória

5.4.18

Dica (739)

Impressão 3D vai mudar a produção, a indústria e também o comércio mundial (Magalhães Afonso)

«A Internet of Things (IoT) na conceção do produto, um modelo de negócio centrado no serviço por parte dos fabricantes e a impressão em três dimensões 3D – ou manufatura aditiva – são, de acordo com a IFS, uma empresa de consultoria global, os fatores mais relevantes para o setor da produção e da indústria no futuro próximo.»

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LABELS: DICAS

05.04.1976 - Repressão policial na Praça Tiananmen

Bem antes de 1989, em 5 de Abril de 1976, a célebre praça de Pequim foi palco de uma forte repressão policial, para impedir comemorações em honra de Zhou Enlai que morrera poucos meses antes.

Em Cisnes Selvagens, Jung Chang refere assim os incidentes:

«A 8 de Janeiro de 1976, faleceu o primeiro-ministro Zhou Enlai. Para mim e para muitos outros chineses, Zhou representara um governo relativamente liberal e são de espírito que se esforçava por fazer o país funcionar. Nos anos negros da revolução Cultural, Zhou tinha sido a nossa única e débil esperança. (…)

[Na Primavera] Em Beijing, centenas de milhares de cidadãos reuniram-se na Praça de Tiananmen durante dias seguidos, para honrar Zhou com coroas de flores especialmente preparadas, leitura de versos apaixonados e discursos. Através de simbolismos e numa linguagem que, apesar de codificada, toda a gente compreendia, deram largas ao seu ódio contra o Bando dos Quatro, e até contra Mao. Os protestos foram esmagados na noite de 5 de Abril, quando a polícia atacou a multidão, prendendo centenas de pessoas. Mao e o Bando dos quatro chamaram a este movimento “um levantamento contra-revolucionário do tipo húngaro”».

13 anos mais tarde, foi o que se sabe.
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LABELS: 1976, CHINA

Diálogos culturais

Num pequeno restaurante, na mesa ao lado da minha, um casal bem-apessoado planeia uma viagem.

- Florença?
- Mas o que há a ver em Florença?
- Sei lá! Esparguete? Pizas?
Abençoados!
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A indiferença frente às prisões políticas em Espanha

«Não me estranha, como péssimo sinal de indiferença cívica, o pouco ou quase nada que os portugueses têm feito em solidariedade com as prisões políticas na Catalunha. Com excepção de um pequeno grupo de personalidades da esquerda, há um silêncio avassalador em todas as áreas da vida política, com relevo para o PS e o PSD. Fazem mal porque é responsabilidade de todos nós que aqui ao lado se façam perseguições políticas a eleitos numas eleições convocadas pelo próprio Estado espanhol, sendo que se apresentaram às urnas nessas eleições com um programa claramente independentista. O que é que se espera que defendam?

Há dois factores graves no que se passa. O primeiro, é que se pode e deve solidariedade com presos políticos na democrática Europa, sem necessariamente concordar com a sua causa. O segundo, é que uma coisa são posições governamentais, presas por acordos e compromissos e pela realpolitik europeia antidemocrática dos últimos anos, outra as posições de partidos políticos que deveriam ter autonomia para intervirem civicamente na sociedade sem a coacção das obrigações que, muitas vezes erradamente, tolhem governos e estados.

Temos relações diplomáticas com a Rússia e isso significa que não nos podemos manifestar contra o carácter fictício do seu processo eleitoral e a perseguição aos opositores de Putin? Só faltava. E não podemos fazer o mesmo com Espanha? Só faltava.

Só faltava que Espanha se somasse a Angola nas causas de que não se pode falar, porque prejudica os "interesses portugueses", como nos dizem ser a razão dos silêncios incomodados com que temos assistido a contínuas violações dos direitos humanos em pseudodemocracias como é Angola e a Espanha vai a caminho.

A política de repressão seguida pelo Estado espanhol na Catalunha exige o nosso protesto. Ponto. Sob pena de começarmos a olhar com medo para um vizinho país amigo em que o "espanholismo" como sempre na história dos últimos séculos é uma das faces mais agressivas. Contra a Catalunha e historicamente contra Portugal.»

J. Pacheco Pereira