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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

O verdadeiro livro exposivo assinado por Trump

por estatuadesal

(Manlio Dinucci, in Blog Foicebook, 11/01/2018)

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Todos falam acerca do livro explosivo sobre Trump, com revelações sensacionais do modo como Donald dispõe o seu tufo de cabelo, de como ele e a esposa dormem em quartos separados, o que se murmura atrás dele nos corredores da Casa Branca, o que o filho mais velho fez que, ao encontrar-se com uma advogada russa, na Torre Trump, em Nova York, traiu a pátria e alterou o resultado das eleições presidenciais.

No entanto, quase ninguém fala sobre um livro com um conteúdo verdadeiramente explosivo, publicado há pouco e assinado pelo presidente Donald Trump: "NationalSecurity Strategy = Estratégia da Segurança Nacional dos Estados Unidos". É um documento periódico elaborado pelos poderes máximos das várias administrações, sobretudo das administrações militares. A respeito do anterior, publicado pela Administração Obama, em 2015, o da Administração Trump contém elementos de continuidade considerável.

O conceito basilar é que, para "colocar a América em primeiro lugar para que seja segura, próspera e livre", é necessário ter "força e vontade para exercer a liderança dos EUA no mundo". O mesmo conceito expresso pelo governo Obama (bem como os anteriores): "Para garantir a segurança do povo, a América deve dirigir a partir de uma posição de força".

A respeito do documento de estratégia da Administração Obama, que falava da "agressão russa à Ucrânia" e do "alerta para a modernização militar da China e da sua presença crescente na Ásia", o livro da Administração Trump é muito mais explícito: "A China e a Rússia desafiam o poder, a influência e os interesses da América, tentando diminuir a sua segurança e prosperidade".

Desta forma, os autores do documento estratégico descobrem as cartas, mostrando o que está em jogo para os Estados Unidos: o risco crescente de perder a supremacia económica perante o aparecimento de novos actores estatais e sociais, sobretudo a China e a Rússia, que estão a tomar medidas para reduzir o domínio do dólar que permite aos EUA manter um papel preponderante, imprimindo dólares cujo valor se baseia não na capacidade económica real dos EUA, mas no facto de serem usados ​​como moeda global.

"A China e a Rússia - sublinha o documento estratégico - querem formar um mundo incompatível com os valores e com os interesses dos EUA.

A China procura tomar o lugar dos Estados Unidos na região do Pacífico, divulgando o seu modelo de economia estatal. A Rússia procura recuperar o seu estatuto de grande potência e estabelecer esferas de influência junto às suas fronteiras. Pretende enfraquecer a influência dos EUA no mundo e afastar-nos dos nossos aliados e parceiros". Daí uma verdadeira declaração de guerra: "Vamos competir com todos os instrumentos do nosso poder nacional para garantir que as regiões do mundo não sejam dominadas por uma única potência", ou seja, para garantir que todos estejam dominados pelos Estados Unidos. Entre "todos os instrumentos", estão incluídas, obviamente, as forças militares, nas quais os EUA são superiores.

Como sublinhava o documento estratégico da Administração Obama, "possuímos uma força militar cujo poder, tecnologia e alcance geoestratégico não tem igual na História da Humanidade; temos a NATO, a aliança mais forte do mundo ". A "Estratégia da Segurança Nacional dos Estados Unidos", assinada por Trump, envolve a Itália e os outros países da NATO, chamados a fortalecer o flanco oriental contra a "agressão russa" e a destinar, pelo menos, 2% do PIB para as despesas militares e 20% do mesmo para a aquisição de novas forças e armas. A Europa vai para a guerra, mas não se fala deste problema nos debates televisivos: este assunto não é um tema eleitoral.

Inquérito: Quem vai ganhar as eleições do PSD, no próximo sábado?

Rita Frade

  • 14:33
A poucos dias das eleições do PSD, o ECO decidiu lançar a pergunta aos seus leitores, quem vai ganhar: Pedro Santana Lopes ou Rui Rio?
Depois dos resultados obtidos nas eleições autárquicas realizadas a 1 de outubro, o ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que não se iria recandidatar à liderança do PSD, salientando que “uma nova liderança (…) terá melhores possibilidades de progressão do que uma que eu pudesse encabeçar“.
De imediato surgiram vários candidatos para suceder a Passos Coelho, como Luís Montenegro, Paulo Rangel, Pedro Duarte ou Eduardo Martins, mas foram Pedro Santana Lopes, ex-Provedor da Santa Casa da Misericórdia e ex-primeiro-ministro, e Rui Rio, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que decidiram avançar, realmente, com a candidatura.
As eleições diretas, para decidir quem vai ser o sucessor de Pedro Passos Coelho, ocorrem já no próximo sábado, dia 13 de janeiro. Ao todo, são cerca de 70 mil os militantes com quotas pagas que vão poder escolher entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes.
Em antecipação ao escrutínio, o ECO decidiu lançar uma pergunta nas redes sociais (Facebook e Twitter) para saber, na opinião dos seus leitores, quem vai ganhar: Pedro Santana Lopes ou Rui Rio?

Carta aberta pede legalização da cannabis para fins medicinais

SAÚDE

Documento já recolheu cerca de cem assinaturas, na maioria de médicos, psicólogos e enfermeiros. “Consideramos ser necessário legalizar a cannabis para fins medicinais no nosso país”, defendem, lembrando a existência de evidência científica que mostra o benefício do uso da planta no tratamento de sintomas de algumas doenças.

ANA MAIA

9 de Janeiro de 2018, 6:30

“A planta da cannabis tem inúmeros efeitos medicinais que podem e devem ser colocados ao serviço das pessoas”, diz a carta aberta

Foto

“A planta da cannabis tem inúmeros efeitos medicinais que podem e devem ser colocados ao serviço das pessoas”, diz a carta aberta ALESSANDRO BIANCHI/REUTERS

São cerca de cem os subscritores – praticamente todos ligados à saúde - de uma carta aberta em defesa da legalização da cannabis para fins medicinais. Médicos, enfermeiros, psicólogos, investigadores pedem aos políticos que tornem “esta medida possível”. Lembram que vários países, como o Canadá, Alemanha, Holanda ou Itália, já legalizaram o uso da planta e os seus derivados e salientam a existência de evidência científica que mostra que existe benefícios no tratamento de sintomas como a dor, falta de apetite, efeitos secundários provocados pelo tratamento do cancro.

“A planta da cannabis tem inúmeros efeitos medicinais que podem e devem ser colocados ao serviço das pessoas”, diz a carta aberta, onde os signatários salientam que a legalização permitiria o acesso em condições reguladas e com garantia de qualidade. “A legalização permitiria a melhoria da qualidade de vida dessas muitas pessoas e um maior e melhor acesso ao tratamento mais adequado ao seu estado de saúde”, acrescentam, para defenderem: “Por tudo isto, consideramos que a legalização da cannabis para fins medicinais deve avançar rapidamente e tornar-se uma realidade em Portugal.”

Parlamento debate projectos de lei para legalizar <i>cannabis</i> para fins medicinais

Parlamento debate projectos de lei para legalizar cannabis para fins medicinais

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Um movimento que se torna público ao mesmo tempo que o Parlamento se prepara para debater, na quinta-feira, dois projectos de lei e um projecto de resolução para a despenalização da cannabis para fins medicinais. O tema voltou a ganhar visibilidade quando no final do ano passado o Bloco de Esquerda deu a conhecer que ia avançar com um projecto de lei e promoveu uma audição pública sobre a legalização.

“Eu gostaria muito de ter acesso a alguns destes compostos para usar como terapêutica no dia-a-dia. Não faz sentido que não haja acesso a estes compostos que estão acessíveis noutros países e quando há evidência científica que pode ser benéfico no tratamento de sintomas como a falta de apetite, controlo da dor, em doenças oncológicas”, diz o médico oncologista, Jorge Espirito Santo, que é um dos subscritores da carta.

Para o médico, se o acesso à cannabis para fins medicinais ainda não existe, é por preconceito. “É preciso separar as coisas. Uma coisa é o uso da substância de forma não controlada e outra é usar como ferramenta terapêutica e tirar benefícios dela”, afirma, lembrando que todos os medicamentos têm efeitos secundários e alguns com perfis de grande toxicidade.

Ideia partilhada pela psiquiatra e directora do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Beja, Ana Matos Pires. “Não é a primeira vez que usamos substâncias com risco para fins terapêuticos”, salienta, dando o exemplo da morfina. Por isso, para a médica, este não poderá ser um argumento de quem estiver contra a medida.

A <i>cannabis</i>, a moral e a saúde

A cannabis, a moral e a saúde

“Não podemos fazer juízos morais quando falamos de problemas de saúde”, afirma a médica, que explica as razões que a levaram a assinar a carta aberta. “O conhecimento actual, e é assim que se faz medicina, evoluiu e mostra que há vantagens terapêuticas no uso de canabinoides e não faz sentido que em Portugal não possamos deitar mão a essa terapêutica.”

Reconhecendo que o uso de forma acrítica da cannabis pode trazer riscos psiquiátricos a quem a consome, Ana Matos Pires salienta que o que aqui está em causa é “o uso controlado sob supervisão médica”. Enquanto cidadã, salienta, considera que “é de uma hipocrisia absoluta” Portugal ter plantações autorizadas de cannabis para fins medicinais que depois são exportadas e que o país não as possa usar.

Pela segurança

Entre o vasto leque de profissionais de saúde signatários da carta aberta está também José Aranda da Silva. O ex-bastonário dos farmacêuticos e primeiro presidente do Infarmed reforça a posição já assumida por outros. “Hoje temos evidência científica que o uso da cannabis é positivo no tratamento de sintomas de doenças neurológicas, da dor. Esta situação é hoje comum em muitos países”, diz, salientando também que “todas as substâncias activas usadas como medicamentos têm sempre uma vertente terapêutica e uma vertente tóxica”. “O importante é ter um controlo forte sobre a regulamentação e a sua dispensa”, destaca.

É essa segurança que Pedro Alves Andrade quer sentir. Assina a carta aberta como usuário de cannabis para fins medicinais. Começou a fazê-lo depois de ter tido um acidente há dez anos que o deixou paraplégico. Esteve 13 meses em unidades de reabilitação física e tomou todos os medicamentos disponíveis no mercado para controlar os espasmos musculares e para atenuar a rigidez permanente. Situação que tem implicações diárias em coisas tão simples como sentar ou sair da cadeira de rodas.

“Cheguei a tomar as doses máximas recomendadas dos medicamentos para controlo dos espasmos e eles aconteciam na mesma. Ouvia comentários dos doentes onde estava internado que a cannabis tinha efeitos positivos e uma vez uma médica abordou o assunto. Estava um pouco renitente, mas quando experimentei foi a coisa mais flagrante que pude ver e sentir em toda a minha vida. Se usar um pouco de cannabis consigo mobilizar as pernas que antes estavam rígidas”, explica.

Ter uma lei que aprovasse o uso médico, “uma das coisas que poderia resolver era a segurança e o acompanhamento médico. Durante muito tempo acedi ao mercado negro, mas depois passei a plantar. Estou ciente que estou sujeito a ser considerado um traficante”, diz, lamentando que perante as evidências científicas que existem não se permita aos doentes aceder a esta possibilidade.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, não quis comentar uma carta que não conhece, assim como os projectos de lei que vão a debate, mas lembrou que “a Ordem tem em estudo um parecer do conselho nacional da política do medicamento, que será votado pelo conselho nacional executivo, com as situações em que o uso de cannabis medicinal pode ser benéfico e com evidência científica e que questões devem ser salvaguardadas”.

Querida, temos que falar sobre os miúdos

por vitorcunha

A única diferença relevante entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes está no posicionamento de cada um em relação a futuros governos minoritários do PS. Rui Rio pensa que consegue convencer António Costa a repartir o poder; Santana Lopes sabe que isso não é possível. Como ninguém se deu ao trabalho de explicar a Rui Rio que António Costa, líder do partido que possui o regime, não precisa de ninguém para governar, bastando-lhe fingir que até governa com os maluquinhos quando se limita ao chinfrim necessário para aparentar ser mais que o mero bruto de circunstância, as probabilidades de Rio sair vencedor para a liderança do PSD são enormes.

O partido, incapaz de se resignar à sua insignificância de varredora-a-dias do chiqueiro em momentos que a sujidade é insuportável até para os recos, poderá bem optar pela solução natural de qualquer português: acreditar que desta é que será diferente.

É pena.

Fernando Pinto deixa presidência da TAP

Fernando Pinto deixa presidência da TAP

Esteve 17 anos à frente da companhia aérea portuguesa e deixa a 31 de janeiro a presidência da TAP. Será substituído no cargo por Antonoaldo Neves, antigo número um da transportadora brasileira Azul. O nome do novo presidente executivo da TAP, de 42 anos e com dupla nacionalidade – brasileira e portuguesa – será oficializado em assembleia-geral no final do mês. Em carta enviada aos trabalhadores, Fernando Pinto diz que sai “da direção executiva” da empresa “em breve” e “com grande orgulho”. Um documento onde recorda vários anos de “sobrevivência. Sobreviver à falta absoluta de capital, às imensas flutuações cambiais, à reestruturação da frota e por fim à chegada das low cost. Lembro de momentos de grandes desafios mas, acima de tudo, momentos de superação, em que foi possível, com a ajuda de todos, acreditar que a empresa tinha futuro”, reforça.