Translate

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Que desculpas esfarrapadas, Augusto!

Ladrões de Bicicletas


Posted: 17 May 2018 02:17 AM PDT

Augusto Santos Silva, Ministro dos Negócios Estrangeiros e número dois na hierarquia do governo, optou por utilizar argumentos muito pouco sustentáveis para justificar a decisão de autorizar o furo para pesquisa de petróleo por parte do consórcio ENI/GALP ao largo de Aljezur, dispensando qualquer estudo de impacto ambiental.
Diz o ministro que “a confirmarem-se reservas de petróleo ao largo de Aljezur, servirão para diminuir a dependência de Portugal das importações do combustível fóssil”. Diz ainda que o Governo "tem interesse em conhecer os recursos petrolíferos na costa portuguesa".
Acontece que o contrato assinado com a ENI/GALP nada diz sobre o destino a dar a eventuais descobertas de petróleo. Como faria qualquer empresa privada, caso descubra petróleo, o consórcio vendê-lo-á nos mercados internacionais a quem pagar mais, guardando para si os lucros e pagando uma miséria ao Estado português (ver mais sobre isto aqui).
Vale a pena também ter presente que o contrato não visa a simples prospecção (para ver se há ou não petróleo no fundo do mar), antes assegura ao consórcio o direito de explorar eventuais descobertas, pagando uma miséria ao Estado português e deixando para este mesmo Estado os custos de eventuais acidentes ambientais de grandes de dimensões (que são raros, mas acontecem).
Não sei se o governo fez tudo o que estava ao seu alcance para cancelar estes contratos lesivos para o interesse público. Se o fez e não foi bem sucedido bastava dizer que os compromissos assumidos têm de ser respeitados. Não precisávamos do resto.

Selvajaria é nome pequeno

por estatuadesal

(Luísa Meireles, in Expresso Diário, 16/05/2018)

bas

Sabe do que estou a falar não sabe? Acertou em cheio: do futebol, do Sporting e da tremenda vergonha de ver uma fotografia destas.

Esta é a cabeça de Bas Dost, o holandês que joga pelo Sporting e que é um dos seus mais famosos marcadores. Disse que se encontrava "vazio". A fotografia foi tirada pouco depois de conhecido o ataque de um bando à Academia do Sporting em Alcochete, ontem, a meio da tarde, espancando com barras de ferro e cintos atletas e equipa técnica, destruindo o balneário e vandalizando a área. Encapuzados, ainda por cima, o pequeno requinte de grandes criminosos. É o quê esta gente: energúmenos, vândalos, arruaceiros, selvagens, ou "casuals", como se designam agora aqueles que só aparecem para as cenas de pancada?

O recinto estava rodeado de jornalistas, já de plantão por causa da verdadeira novela em que se transformou o dia a dia do clube dos leões. Ainda ontem, a notícia era o suposto os jornais titulavam como "terramoto", ou "ponto final" o conflito entre o seu histriónico presidente e o seu (agora) desafortunado treinador, se tal adjetivo é apropriado para quem ganha 7,5 milhões de euros por ano. Mas adiante, que a questão hoje não é essa.

Os comentadores não pararam toda a noite (e eu com eles, ó, logo eu, ironia das ironias!) e hiperbolizaram o relato. Tragédia, ainda vá, mas ato de terrorismo? Enfim, é melhor não perder a dimensão das coisas, se bem que reconheça que o seriado vai cada dia tomando novas e piores tonalidades. Não vou repetir os pormenores, disponíveis, por exemplo, aqui, aqui, e mais aqui (em vídeo) mas o que aconteceu ontem no Sporting, se foi exclusivo do clube, não o é infelizmente no mundo do futebol.

O clube vive momentos de pesadelo, desde que perdeu em Madrid, que custam a crer: eles são as inacreditáveis tiradas de Bruno de Carvalho (que nem os atletas quiseram ver ontem em Alcochete), os tumultos e insultos em Alvalade, num crescendo que foram até ao lançamento de petardos pelos próprios adeptos no jogo com o Benfica, à quase agressão dos jogadores Rui Patrício e William de Carvalho depois da derrota com o Marítimo e, agora, a isto. Já para não falar das suspeitas que impedem sobre o mesmo clube a propósito das suspeitas de suborno dos jogos de andebol e que parece estenderem-se a outras modalidades (e a outros clubes), segundo diz o jornal I.

Os adeptos estão zangados. No restrito mundo em que estou a escrever, há um que diz que pediu as quotas de volta, outro que nem consegue falar e outro ainda que diz, como a direção do clube, "que isto não é o meu Sporting", mas "um bando de selvagens". Quem está por trás disto, perguntam. E com que objetivo? Que vai acontecer a Bruno de Carvalho? E ao Sporting? Os jogadores vão-se embora? Eu não sei, mas há muitos palpites.

Marta Soares, o tão corajoso chefe de bombeiros que ajuda a demitir comandantes da Proteção Civil, ainda ontem dizia que o Sporting não vivia em crise, mas só vai convocar os órgãos sociais do clube para segunda-feira. Houve quem reclamasse que ele devia demitir de imediato a estrutura diretiva, mas nada, aquilo parece uma aliança indestrutível. Quanto ao próprio presidente do clube,leia o que ele disse, para não ter de se beliscar. Eu, que percebo pouco do meio, deixo os comentários para quem sabe e tem opinião - a do Pedro Candeias, por exemplo (Foi chato, Bruno?) ou esta. Só consigo ver de fora.

Por isso pergunto: ninguém pensou quais seriam as consequências de um "presidente-adepto", de fala desbragada e que - como diz - "para ter sucesso, a primeira coisa a fazer é criar fama de maluco"? [para assinantes, lamento] Pois ganhou-a e este é o resultado do populismo no futebol. Mas o pior é o resto. Voando sobre o Sporting, ninguém pensou sobre os efeitos de horas sem fim a falar de futebol, no tempo extravagante que ele tem no espaço público, na televisão e na rádio em especial, a pretexto das audiências, num círculo vicioso de dar circo a quem pede circo porque não lhe dão mais nada?

Ninguém imaginou o poder da linguagem de confronto e espírito de guerra que animam os comentadores profissionais de desporto que pululam em cada horário nas televisões? Do escândalo após escândalo, dos crimes que atravessam este desporto? Da raiva que suscitam nos adeptos e do "mono-papo" que abrange legiões de portugueses? Que se pode esperar senão sangue desta cultura de ódio que parece estender-se à sociedade inteira depois de tudo isto? Por isso, deve ler esta opinião do Daniel Oliveira, escrita ainda antes do que aconteceu em Alcochete.

Desculpem, mas há consequências. A Justiça e o Governo têm o dever de tirá-las e nós todos de refletir sobre elas. Não sei se chegam palavras de repúdio pela violência e de solidariedade para com os agredidos, nem a promessa de que no domingo, no final da Taça, o Jamor será a "festa do futebol". Tem de haver regulação. Lá fora, Portugal continua a ser o campeão europeu e o país de onde saem campeões, entre eles o grande Ronaldo (que por acaso se formou nos primórdios da Academia de Alcochete do Sporting). Eu, por enquanto, só consigo resumir o meu pensamento à mesma palavra com que comecei este texto: vergonha.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Entre o xadrez e o Go

Posted: 16 May 2018 02:52 AM PDT

«Henry Kissinger dizia que havia uma grande diferença entre a China e o Ocidente no que se referia às relações entre Estados. A China utilizava a estratégia do Go, o Ocidente preferia a do xadrez. Não poderia ser mais incisivo. Os dois jogos têm objectivos diferentes. Como se sabe, o Go representa a luta pelo domínio territorial (e, eventualmente, a captura de pedras que podem ser utilizadas a favor do captor). Nele, cerca-se para se tomar o território em disputa. O xadrez, pelo contrário, é um jogo de tomada de poder que é representado pelo xeque-mate ao rei. Mesmo que haja domínio territorial, a partida será perdida se não for possível defender o rei. As duas concepções do jogo, e do mundo, são cada vez mais claras nos dias de hoje. A estratégia do Go vai sendo desenvolvida pela China em todos os territórios do planeta. Frente à debandada ocidental, em que Trump procura desagregar a União Europeia enquanto compra uma carapaça de Ninja Verde para proteger os EUA, Pequim vai ocupando espaço. Por isso, independentemente do preço oferecido na OPA sobre a EDP, o que está aqui em jogo é algo mais vasto. É uma questão de vitória estratégica.

A possibilidade de empresas chinesas, ligadas ao Estado, controlarem totalmente a EDP parece estar a causar um "irritante" nos EUA, em Bruxelas e mesmo na Alemanha. Já se fala na possibilidade de regras mais severas contra a entrada de capitais chineses nas empresas ocidentais. Não se entende o alvoroço destas damas ofendidas. Foi a UE que forçou os países como Portugal e a Grécia a vender ao desbarato sectores estratégicos estatais (já nem se fala da "resolução" do BES) por causa da "necessária" austeridade. Comprou quem tinha capital: os chineses. Azar. Na Grécia, essa política de garrote continua activa e mais empresas estatais irão parar a mãos chinesas. Sem visão de longo prazo, a UE empurrou países devedores como Portugal para todas as soluções de recurso. Agora critica-se Lisboa ou Atenas pelo que fez ou faz. A burrice é a política oficial de Bruxelas.»

Fernando Sobral

Luta contra o Terrorismo Incendiário

por estatuadesal

(Dieter Dellinger, 16/05/2018)

bombeiros

António Costa e o Governo não gostam de falar muito. São gestores responsáveis e não comentadores baratos.

Sob a orientação do PM Costa, a Ministra da Justiça tomou uma importante medida, nomeou para o cargo de diretor da Polícia Judiciária o agora ex-diretor da Unidade Nacional Contra-Terrorismo.

Ao nomear um especialista em luta contra terrorismo, o Governo dá a entender que o combate aos fogos não passa em primeiro lugar pela limpeza das florestas e reforços dos bombeiros, mas sim em evitar que os INCENDIÁRIOS - já politicamente motivados por afirmações descabidas do PR e de Rui Rio- lancem fogo à PÀTRIA.

Saliente-se também a formação de unidades GIPS de Intervenção e Prevenção contra o fogo que vão patrulhar as zonas mais sensíveis.

Curiosamente, a nomeação de um especialista na luta contra ações terroristas está a ser muito criticada por comentadores da direita no jornais online, chegando alguns a dizer que se trata de uma ditadura encapotada.

É verdade, a Pátria necessita de uma verdadeira ditadura de combate aos INCENDIÁRIOS incentivados pela direita e por chorudos negócios com aviões, material de combate ao fogo e madeiras.
.
Parabéns pois a todo o Governo e esperemos que novo chefe da PJ se preocupe com o crime e não apenas com novos edifícios e instalações luxuosas. O combate ao terrorismo não se faz em boas secretárias na Rua Gomes Freire, mas sim no TERRENO e quem não quer ir para o teatro de guerra contra o terrorismo que vá para casa dar banho ao gato.

Lamento que não haja em Portugal uma direita patriota que não quer o combate aos INCENDIÁRIOS e vendeu ativos altamente estratégicos da Pátria ao Comunismo Estatal Chinês.

Sanções Loucas do Trump

por estatuadesal

(Dieter Dellinger, 13/05/2018)

general

O General Michem Hayden, ex-diretor da NSA (National Security Agency) e da CIA garante em entrevista à revista alemã "Der Spiegel" que o Irão não possui armamento nuclear nem está a construir, mas poderá fazê-lo a partir de agora.

Segundo o general americano, a maior sumidade americana em investigações militares secretas, Trump deixou-se influenciar por Israel e pelo genro de origem judaica, aceitando as afirmações de Natanayu que podem colocar o Mundo em pé de guerra.

Trump declarou sanções ao Irão que abrangem muito mais que o simples comércio entre o Irão e os EUA.

Tal como fizeram com Cuba, os EUA proíbem a atividade industrial e comercial no seu país a qualquer empresa do Mundo que exporte ou compre a Cuba e, agora, ao Irão.

Assim, se aparecer um VW nas ruas de Teerão, a grande empresa alemã terá de fechar as suas fábricas nos EUA e não venderá um parafuso sequer aos americanos.

As sanções ao Irão são extremamente injustas para não dizer CRIMINOSAS da parte de Trump porque o Irão está altamente interessado em ter uma indústria de bens de consumo e negociar com todo o Mundo, principalmente agora que o barril de petróleo subiu bastante para cima dos 60 dólares.

O Irão tinha contratado a compra de cerca de 200 aviões à Boeing, à Airbus e a outra empresa e negociava o fabrico de automóveis.

Assim, com as sanções fica limitado a negociar com a Rússia que não exporta quase nada para os EUA, mas também não possui uma importante indústria de bens de consumo.
Trump já disse que está contente por fazer vergar a Europa e, em particular, a Alemanha.

A resposta alemã e europeia em geral é deixar de apoiar Israel e não devemos esquecer que os alemães, a troco de uma encomenda de dois submarinos, ofereceram um terceiro muito mais adiantado e destinado a lançar mísseis de cruzeiro com ogivas nucleares tal como fornecem a preço muito baixo os motores dos tanques e outras viaturas israelitas e muita coisa mais.

Israel tem há mais de 20 anos a arma nuclear e os meios para a lançar em toda a zona do Médio Oriente, pelo que está devidamente defendido e os iranianos sabem que nunca poderiam atacar Israel. E se os israelitas acharem que os iranianos estão a construir armas nucleares, que façam o mesmo que já fizeram com o Iraque e a Síria quando bombardearam aquilo que poderiam ser o início da construção de centrais nucleares, o que não significa possuir bombas.

A Europa está desarmada, possui apenas uma brigada incompleta por cada 20 milhões de habitantes, pelo que tem de modernizar o seu equipamento, mas à sua custa com material 100% europeu. Claro que a revista "Der Spiegel" diz que os israelitas continuam a fornecer certos equipamentos militares à Europa e a negociar parcerias comuns.

A posição da China e as suas relações com os EUA são desconhecidas ainda. Os chineses têm nos EUA o seu maior mercado, tal como a Coreia do Sul. A única solução para eles é colocar empresas suas, mas disfarçadas na Coreia do Norte que daí exportem para o Irão a troco do seu petróleo. Contudo não sabem se o Trampa não se vai zangar e partir novamente a loiça na península coreana.