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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Entre as brumas da memória


Mr. Zorba lá se vai aguentando

Posted: 09 Aug 2018 01:26 PM PDT

Mikis Theodorakis released from hospital after suffering heart attack.

Apesar dos 93.

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Nagasaki para além da bomba

Posted: 09 Aug 2018 10:22 AM PDT

A acção da célebre ópera de Puccini, Madame Butterfly, passa-se em Nagasaki e relata uma relação trágica entre um oficial da marinha americano e Cio-Cio-San (butterlfy ou borboleta), uma gueixa de 15 anos.

Entre 1915 e 1920, o papel de Cio-Cio San foi interpretado por uma célebre cantora japonesa, Tamaki Miura, e há uma estátua sua, e outra de Puccini, no magnífico Jardim Glover que se situa numa colina sobre Nagasaki e ao qual se acede pelo maior e mais íngreme complexo de escadas rolantes, que alguma vez me foi dado ver e utilizar.

Aí se visita também a residência de Thomas Blake Glover, um empresário escocês que muito contribuiu para a modernização industrial do Japão - uma lindíssima casa de estilo ocidental, a mais antiga que resta naquele país.

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09.08.1945 – Nagasaki depois de Hiroshima

Posted: 09 Aug 2018 07:20 AM PDT

Já tinha estado em Nagasaki, mas sem visitar o Museu da Bomba Atómica. Fi-lo este ano e aqui fica o relógio parado na hora em que se deu a tragédia. Mais informação sobre os acontecimentos AQUI.
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O antigo regime e a revolução

Posted: 09 Aug 2018 03:19 AM PDT

«Uma impiedade difusa foi-se apoderando do Mundo e contamina o ar que respiramos. É um sentimento atroz mas não há modo de contrariar tão perversa tendência. Onde essa crueldade impiedosa se revela com mais exuberância é, desde logo, na Comunicação Social. Não há tragédia que não mereça a abertura do telejornal, fotografia na primeira página do diário ou na capa da revista, multiplicação de comentários nas redes sociais, reportagem exaustiva em busca de um qualquer testemunho, de preferência, íntimo, doloroso, identificável.

A catástrofe, qualquer que seja, tem de ser percebida em todas as dimensões que propiciar, com imagens das vítimas, capturadas de distintas perspetivas, ângulos e distâncias. Normais e distorcidas. A cores e a preto e branco. Depois, as autoridades oficiais, os especialistas de turno e os curiosos locais comentam a ocorrência de forma a que cada espectador se assuma como participante e possa escolher o seu "próprio" ponto de vista acerca do ocorrido. E o exercício dura até à exaustão para ciclicamente ser evocado, repetido ou renovado, logo, amanhã ou no ano seguinte. Temos o ciclo dos fogos, na Califórnia, na Suécia, na Grécia ou em Monchique. Estes, com as inundações e as tempestades dos trópicos, formam o ciclo das catástrofes sazonais mas a natureza oferece também oportunidades alheias a periodicidades certas, como os terramotos e as erupções vulcânicas, no México ou na Indonésia.

Há sempre alguma desgraça com causa humana e um repórter disponível para enviar a qualquer hora e a qualquer lado, seja para um acidente por flagrante incúria, numa gruta da Tailândia, seja um desastre de aviação ou mais um naufrágio no Mediterrâneo. Entretanto, os repórteres de guerra passaram à história, arrastados pelo declínio das guerras convencionais... e, sobretudo, porque é agora muito mais apelativo e eficaz na disputa pela captação de audiências, a cobertura de atentados terroristas ou a exposição da ruína urbana provocada pelos bombardeamentos ditos de retaliação, na Síria ou no Afeganistão.

Ao contrário dos auto de fé encenados pelo Tribunal do Santo Ofício da Inquisição, a exibição contemporânea do horror não está ao serviço de uma religião específica. Tal como o circo, no Coliseu da Roma imperial, conjuga com o entretenimento, o culto do esplendor da força. Consumida em estado de distração, a brutalidade apaga sentimentos de compaixão e desfaz laços de solidariedade.

A informação tornou-se um mero condimento do espetáculo. Os telejornais seguem o modelo dos "reality shows". Exibe-se, demorada e repetidamente, as feridas das vítimas, o sangue, as cinzas, as casas esventradas pelo fogo ou pelas bombas, as lágrimas que correm dos olhos de quem tudo perdeu, o rosto desfigurado dos sobreviventes, os cadáveres. A seguir, destacam-se os "crimes comuns", mais algum escândalo político ou financeiro e, por fim, no bloco internacional, reportam-se as obscenidades brutais diariamente debitadas pelo presidente dos Estados Unidos da América, por governantes austríacos, italianos, húngaros ou polacos e outras personagens congéneres da extrema-direita europeia.

De facto, a eleição de Donald Trump e a ascensão galopante dos neofascistas europeus patrocinados pelo seu incansável ideólogo, Steve Bannon, são causa e, simultaneamente, resultado dessa promíscua inoculação que baralha a realidade com a ficção, a informação com o espetáculo, e promove a banalização do horror. Os confrontos violentos da guerra fria, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, eram travados em torno de valores comuns: a liberdade, a igualdade, a dignidade humana, o direito dos povos à autodeterminação. Hoje, o ódio e a violência dispensam qualquer ideia ou projeto de sociedade. A civilização das luzes é a barricada que nos resta, entre "o antigo regime e a revolução", como explicava, em 1856, Alexis de Tocqueville.»

Pedro Bacelar De Vasconcelos

Histórias do PS – Como Sócrates chegou ao Poder

  por estatuadesal

(Dieter Dellinger, 09/08/2018)

socrates_feitio

(Como diz o melífluo Lobo Xavier num dos separadores da Quadratura do Círculo, "há aqui muitas histórias mal contadas". Sim, há muitas histórias por saber e por contar sobre a política portuguesa das últimas décadas. Este artigo ajuda a esclarecer alguns detalhes de acontecimentos que, vistos de fora, não foram, à época, muito bem entendidos. Mas que, vistos de dentro, ficam claramente elucidados em termos da sua ocorrência e posterior desenvolvimento.

Se outra não tivesse, advirá dessa elucidação a valia deste texto. Obrigado Dieter.

Comentário da Estátua, 09/08/2018)


Quando o então PM Guterres se demitiu da chefia do governo e da liderança do PS, Mário Soares era deputado ao Parlamento Europeu e foi com os outros deputados do PS ao PE, António Campos e Sérgio Sousa Pinto, ao gabinete do então comissário Vitorino para saber o que ele pensava. Vitorino colocou-se fora da corrida.

Ferro Rodrigues tinha ficado como Secretário-Geral do PS e estava também a ser vítima dos magistrados que colocaram o nome do político no processo Casa Pia porque Paulo Pedroso tinha sido assistente de Ferro Rodrigues quando este era professor no ISEC e alguém escrevinhou um reles papel sem assinatura a dizer que Ferro Rodrigues estaria implicado e o reles juiz de instrução, sabendo que isso não era verdade deixou que o papel fosse para o processo.

Mário Soares compreendeu que estava em causa uma operação contra o PS que, por falta de provas contra Paulo Pedroso, os juízes foram obrigados a condenar outras pessoas que nada tinham a ver com a política e, talvez, nunca foram pedófilos como se está a provar agora. Os ditos miúdos foram “indemnizados” (comprados) com boas quantias, pelo que disseram tudo o que queriam que dissessem.

Soares ficou aborrecido com a demissão de Guterres e disse que foi uma pena perder-se uma pessoa tão qualificada com uma vasta cultura e uma capacidade oratória notável e gritava no gabinete de Vitorino que era preciso encontrar um SG de qualidade e com mau feitio, isto é, capaz de se impor, digam o que disserem dele.

Guterres tinha um defeito, acrescentou, é uma pessoa boa demais. Não é capaz de se vingar dos que o atacam é um verdadeiro cristão e dá a outra face, precisamos de alguém com qualidades e que tenha mau feitio e saiba impor-se, principalmente na administração pública em que muita gente julga que a liberdade democrática é fazer o que se quer ou não fazer o que deve ser feito.

O Sérgio lembrou o nome de Sócrates e Soares ficou eufórico porque conhecia a determinação dele como Ministro do Ambiente. Combinaram meter-se num avião e vir jantar com o Sócrates num pequeno restaurante perto da Boca do Inferno em Cascais. O Soares estava a chegar ao restaurante quando ouviu na rádio que o filho João se tinha candidatado a SG do PS mas disse que apoiaria o Sócrates e que era o SG com o feitio e a necessária capacidade de ação, mas voltava para casa desesperado com atitude do filho. Jantou o António Campos e o Sérgio com o Sócrates garantindo-lhes o apoio do Mário Soares.

Na verdade, todos estavam de acordo que tinham o homem certo com todas as qualidades de um grande político e um péssimo feitio, capaz de ter fúrias quando aquilo que mandou fazer não é feito. E fez um notável trabalho no ambiente ao acabar com mais de 300 lixeiras a céu aberto, substituindo-as por poucas centrais de tratamento e compostagem de lixos que nenhum concelho queria receber e ter iniciado o reordenamento da costa portuguesa, mandando deitar abaixo milhares de construções clandestinas de enchiam as melhores praias do País.

O eng. Sócrates na Boca do Inferno não deixou que lhe repetissem a proposta e pôs-se logo a trabalhar com aquele vigor que tanto o caracterizou. Mal sabia que a prazo se iria meter num Inferno apesar do seu bom Governo, mas a magistratura não perdoa que alguém que ganhe eleições e venha da esquerda. Eles odeiam a democracia.

Sócrates era o homem de “mau feitio” que a Pátria necessitava, dado que até a Igreja Católica atacou o católico militante Guterres por não ter querido cumprir a Lei da Programação Militar, comprando submarinos, caças F-16 e novas armas automáticas para substituir as G-3. O major-general capelão das Forças Armadas tinha feito essa crítica numa entrevista à rádio. Anos depois, noutra entrevista, mostrou-se arrependido e disse que não competia à Igreja querer armas para matar pessoas. Foram generais e bispos que lhe encomendaram o sermão.

Depois, os fundadores almoçaram com ele num restaurante perto das Janelas Verdes para mostrar que as mais profundas bases do PS estavam com o jovem candidato.

Sócrates com a sua energia e imensa capacidade oratória e cultura política ganhou o Congresso e as eleições que se seguiram, apesar do o Santana Lopes ter inventado a intriga do Freeport através do seu chefe de gabinete mancomunado com dois pulhas, um inspetor da PJ e um deputado municipal do CDS do Montijo. Já não havia meios para meter Sócrates também no processo da Casa Pia que ficaria todo desacreditado, apesar de me dizerem que ainda tentaram com um escrito anónimo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Porvir apocalíptico

Opinião

Paula Ferreira

Hoje às 00:04

ÚLTIMAS DESTE AUTOR

Talvez seja cedo ainda para António Costa vir dizer: "Monchique foi a exceção que confirmou o sucesso". Não esqueçamos, Monchique aconteceu mal se verificaram as primeiras condições meteorológicas adversas neste verão atípico. E como o primeiro-ministro bem sabe - afirmou-o no ano passado, no rescaldo dos trágicos incêndios de Pedrógão -, fogos desta natureza, de grandes dimensões, vão repetir-se.

Sem desculpar o enorme desordenamento da floresta nacional (este ano, sem dúvida, mereceu especial atenção), os cientistas há muito alertam para o que agora está perante os nossos olhos. Na terça-feira, mais um artigo científico devastava as últimas ilusões de que a terra queimada, ano após ano, não tinha de ser uma fatalidade. O planeta Terra aquece, e caminha para um ponto de não retorno. Com os níveis de desflorestação em crescimento, o gelo dos polos a derreter a um ritmo perigoso, os automóveis e os aviões continuam a circular como se isso não tivesse qualquer impacto no imenso local onde habitamos. Atualmente a temperatura está um grau acima da média registada na era pré-industrial. Ao ritmo que arruinamos os recursos, pouco demorará a atingirmos os dois graus acima da média. Os cientistas avisam ser esse o ponto de não retorno: o planeta Terra transformar-se-á numa estufa. Este verão tivemos já sinais claros desse porvir apocalíptico. A Escandinávia derreteu e a sua floresta, algo impensável, foi devorada pelas chamas.

Se se prosseguir o caminho, de nada valem acordos como o de Paris. É trágico, mas os céticos, por convicção ou interesses obscuros, negaram o aquecimento global, prevaleceram. Não andarão por cá, é provável, para ver o planeta a arder. Incêndios como o de Mati, na Grécia, ou da serra de Monchique serão a norma. "Nós fizemos tudo bem", disseram os habitantes de aldeias de Monchique. É verdade, mas outros persistem no desacerto.

* EDITORA-EXECUTIVA-ADJUNTA

EUA anunciam criação de uma "Força Espacial"

9 ago 2018 16:56

MadreMedia / AFP

Atualidade

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, anunciou hoje uma nova normativa que vai estabelecer "os passos exatos a tomar" para a criação de uma Força dedicada à segurança no Espaço.

EUA anunciam criação de uma

Para Mike Pence, o Espaço é já um cenário que se converteu num "novo campo de batalha", pelo que é necessário criar este novo organismo.

"Chegou o momento de escrever o próximo grande capítulo da história das nossas forças armadas, de nos prepararmos para o próximo campo de batalha, para onde serão convocados os melhores e os mais corajosos americanos para dissuadir e vencer uma nova geração de ameaças ao nosso povo, à nossa nação", afirmou num discurso no Pentágono.

"Chegou o momento de estabelecer um Exército Espacial. Este documento estabelece os passos exatos a tomar para criar uma Força Espacial", continuou.

Em junho passado, o presidente Donald Trump "ordenou ao departamento de Defesa que começasse imediatamente o processo necessário para estabelecer uma Força Espacial como o sexto braço das forças armadas", acrescentou Pence.

A 18 de junho, Trump ordenou ao Pentágono a criação desta nova "Força Espacial", prometendo o "domínio americano" na exploração da Lua e de Marte, mas também numa eventual guerra pelo Espaço.

"Os Estados Unidos serão sempre os primeiros no Espaço", disse Trump durante um discurso na Casa Branca.

"Não queremos que a China nem a Rússia e outros países nos dominem", acrescentou, apontando que o seu governo "retomará o legado dos Estados Unidos como principal país na exploração espacial".

O presidente retomou um ponto que já havia evocado anteriormente: a criação de uma Força Espacial independente da Força Aérea, uma ideia polémica em Washington, e especialmente dentro do Pentágono.

Na terça-feira, o secretário Jim Mattis disse concordar que o Pentágono deveria criar um novo comando dedicado ao Espaço, mas indicou que ainda não está claro como se executará a ordem do presidente Trump.

Embora a criação de um novo ramo das Forças Armadas requeira a aprovação do Congresso, o Pentágono propõe criar um novo "comando combatente", chamado US Space Command, que estaria dedicado ao Espaço.

O enorme exército dos Estados Unidos divide o globo terrestre em comandos de combatentes, como o Comando Central no oriente Médio ou o Comando Indo-Pacífico na Ásia, de modo que o novo Comando Espacial teria o mesmo perfil destes.

O planeta está pronto para nos cuspir daqui para fora

9 ago 2018 11:22

MadreMedia

Opinião

 Atualidade · 9 ago 2018 18:15

A opinião de

Patrícia Reis

Patrícia Reis

A partir de Agosto as reservas do planeta estarão consumidas. Entraremos em défice. Como um país endividado, nós, seres humanos, explorámos o que podíamos e vamos obrigar o planeta a fazer um esforço para nos sustentar. O total dos recursos do planeta esgotou-se. Isto significa muito mais do que queremos imaginar. O planeta tem gestos lentos, embora políticos e concretos. Leva tempo até sermos confrontados com estranhezas. Agora está calor, ninguém se recorda do bizarro mês de Julho, pois não?

Apesar de não dar jeito ao presidente em exercício — até me custa escrever o seu nome — nos Estados Unidos da América, já que tem tantos amigos que fazem fortunas com petróleo e outras formas de energia que não ajudam em nada o estado do mundo, é indiscutível que as condições em que vivemos se alteraram substancialmente e essa alteração não é fixa, existe a todos os segundos do tempo. Estamos em permanente mutação e talvez seja assim desde sempre, pode ser, mas há mil anos não tínhamos esta pegada tecnológica a poluir, a estragar, a comprimir e estender as capacidades naturais do planeta.

Uma rede de organizações não-governamentais ambientalistas avisa que vamos viver a “crédito” nos próximos cinco meses. Há novas de extensões enormes de gelo a desprender-se de glaciares. E, se estivermos atentos, outras tantas atitudes bizarras para o que comummente se aceita como o estado normal das coisas.

“Hoje, precisaríamos de 1,7 Terras para satisfazer as nossas necessidades”, esclareceu a porta-voz da WWF, Valérie Gramond, organização que pertence à rede Global Footprint Network. E Agosto é “a data em que terão sido utilizadas todas as árvores, água, solos férteis e peixes que a Terra consegue fornecer em um ano para alimentar e abrigar os seres humanos e terá sido emitido mais carbono do que os oceanos e florestas conseguem absorver”. Não foi notícia que tivesse importância significativa para abrir o telejornal, afinal estávamos todos à espera de ver se a ética e teoria se sobrepunham à prática de um vereador da Câmara de Lisboa, não foi? Agora que o assunto está resolvido talvez possamos olhar para o “bigger picture”. Ou não.

Por cá temos um primeiro-ministro que diz ter esperança que avance o furo exploratório em Aljezur. Quando já se sabe que o petróleo não é solução, nós avançamos nessa direcção? Pois. E talvez vá ao ar, à conta do dito furo, a candidatura de Sagres, Lagos e Silves a património imaterial da UNESCO, mas isso que importância é que tem realmente?

Uma coisa é certa: se há quem tenha percebido que é preciso lutar contra o uso do plástico, que práticas sustentáveis e amigáveis em termos ecológicos são cruciais para garantir o nosso futuro, há também quem opte por pensar que o que importa é o aqui e o agora. Que se lixem as gerações seguintes, afinal já cá não estamos.

Só um alerta: os países têm diferentes pegadas ecológicas, uns consomem mais, outros menos (embora possamos dizer que um terço dos alimentos acumulados vá parar ao lixo); uns têm mais gastos de energia do que outros; uns são mais poluentes e outros nem tanto. Se todos consumissem a natureza com a mesma avidez, os recursos naturais teriam acabado em Fevereiro deste ano.

Há 20 anos que a Global Footprint, uma organização não-governamental cujo objectivo é a conservação da natureza, fez as contas e mandou dizer que, com a informação fornecida pelas Nações Unidas, a biocapacidade terminaria agora, em Agosto. Voltaram a denunciar e a fazer chamadas de atenção sucessivas.

O cálculo: com dados fornecidos pelas Nações Unidas, a ONG compara a pegada ecológica do Homem - que mede a exploração dos recursos naturais do planeta Terra pelo ser humano - com a capacidade do planeta de se regenerar, renovando os seus recursos e absorvendo os resíduos. Perante as informações recolhidas, a Global Footprint determina o dia em que a exploração humana ultrapassa a chamada biocapacidade da Terra.

Em Dezembro, em Paris, teremos a conferência mundial sobre as alterações climáticas. O vice-presidente da Global Footprint, Sebastian Winkler, disse ao jornal Le Monde que as negociações  serão cruciais para reduzir a pegada ecológica do homem. O que prejudica acima de tudo o planeta, pergunta-se? As emissões de carbono são as principais responsáveis  pela degradação do ambiente e dos recursos terrestres. A sobre exploração da Terra e dos seus recursos fará com que em 2030 um planeta não chegue para nos sustentar. Assustador.

Como reverter tudo isto? Se os 195 países que participarão na conferência na capital francesa reduzirem em 30% as emissões de carbono talvez, talvez o planeta nos possa perdoar.