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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Pedro Marques e a lição portuguesa

por estatuadesal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 23/05/2019)

Daniel Oliveira

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Pedro Marques tem má imprensa. Dizer que alguém tem má imprensa não é criticar o visado, é criticar a comunicação social. Porque não é suposto que alguém tenha má imprensa. Mas esta dinâmica, já se sabe, é imparável. Quando se instala uma caricatura sobre um candidato ela repete-se e alimenta-se a si mesma, com jornalistas e comentadores a seguirem-na, mais por preguiça do que por convicção. Pedro Marques é o cromo desta campanha e já não vai conseguir sair daí.

Claro que António Costa ajudou a construir o cenário para Pedro Marques ser um cromo. Ao propor-se fazer destas eleições um referendo ao seu governo e escolher um ministro que não teve grandes oportunidades para brilhar criou um ambiente propício ao seu apoucamento. Foi Costa que transformou Pedro Marques numa figura secundária. A comunicação limitou-se a tratá-lo com esse estatuto. Talvez tenha sido mais um momento de excesso de confiança do primeiro-ministro.

A ideia do referendo ao Governo resulta de uma opção tática óbvia e de um discurso estratégico enganador. Se a “geringonça” é popular, Costa quer ficar com os louros já nas europeias. Para quê falar de Europa se estar no Governo dá votos? Isto é a tática. A estratégia vive de uma fantasia: a ideia de que este governo provou que é possível compatibilizar as metas europeias com políticas de esquerda. O que quer dizer que descobriu a pólvora e agora a quer exportar para a Europa.

O bom ambiente económico europeu escondeu a insustentabilidade da dívida, a impraticabilidade das metas europeias em tempo de crise sem provocar brutais impactos sociais e a incompatibilidade de políticas de esquerda com as atuais regras do euro. A lição que o PS julga dar à Europa irá a Europa dar-lhe a ele. Centeno já a sabe de cor

É conveniente mas ignora a extraordinária situação externa, que não confrontou o país com as suas fragilidades e o Governo com todas as suas contradições. É em crise, como se viu em 2011, que o teste se faz. Claro que há diferença entre o que este governo fez e o que fez o anterior e isso teve efeitos na economia. Se o negasse não teria apoiado a “geringonça”. Por escolha própria e por imposição dos seus parceiros, tomaram-se medidas que redistribuíram melhor os ganhos da recuperação e, com isso, a aceleraram. Isto prova que a austeridade é uma escolha errada, infelizmente não prova que é possível manter políticas contra-cíclicas e sociais quanto se está em crise, compatibilizando-as com as metas europeias. Porque elas foram tomadas quando não estávamos em crise.

Qualquer pessoa honesta reconhece que seria impossível ter os brutais superávits primários que Centeno conseguiu com a política de distribuição de rendimentos que tivemos nestes quatro anos num momento de crise económica minimamente comparável ao que se viveu em 2011. E que a única forma de manter os mínimos sociais e travar essa crise sem destruir a economia seria não cumprir as metas de forma tão escrupulosa, renegociar dívida e fazer quase tudo o que a Europa não quis que fizéssemos na altura.

O bom ambiente económico europeu escondeu tudo: a insustentabilidade da dívida, a impraticabilidade destas metas em tempo de crise sem provocar brutais impactos sociais e a incompatibilidade de casar políticas económicas e sociais de esquerda (para os momentos de crise e de crescimento) com as atuais regras do euro. Ainda bem que o escondeu. Ninguém quer sofrimento para provar o seu ponto. Mas é grave que sejam os próprios políticos a ignorar o que ficou escondido. E o pior é que esta tese começa a fazer escola em alguma esquerda europeia, que toma Portugal como a prova de que há futuro dentro destas baias.

Esta narrativa dos socialistas acabará por lhes trazer problemas políticos futuros. Semelhantes aos que viveram em 2011. Lembram-se quando o anterior governo do PS apresentava PEC atrás de PEC, garantindo que medidas internas de austeridade e liberalizadoras teriam efeitos no rating e nos juros e nada acontecia? Como a história veio a provar, nada podia travar a onda que vinha de fora. Mas, com a conversa que foram fazendo, criaram o caldo político que convenceu os portugueses que o problema era solucionável por dentro. Quando as coisas descambaram a direita usou essa mesma mensagem para responsabilizar o PS pela bancarrota.

Ao voltar a desprezar o ambiente externo para valorizar o seu papel e ao vender a ilusão da compatibilidade das imposições europeias com um programa de esquerda os socialistas estão a cometer o mesmo erro, que terá, quando a próxima crise vier, as mesmas consequências. Adiam o debate sobre os constrangimentos europeus e preparam a sua responsabilização pelos efeitos do que venha a acontecer na Europa. Querem os louros do sucesso agora, terão também os espinhos do insucesso depois.

A evidência das contradições desta estratégia no discurso duplo do PS, que referi na última sexta-feira: enquanto mantêm uma geringonça de esquerda cá dentro procura construir uma geringonça no centro-direito lá fora. E este desencontro é especialmente evidente em Mário Centeno, que, como presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças de um governo de esquerda, conseguiu encarnar todas as contradições do discurso socialista. O conflito entre a retórica e a realidade. Não sou eu que digo que Centeno é, com diferenças de grau, um continuador da lógica de Vítor Gaspar. É ele. Foi ele que disse, numa reportagem do “Financial Times”, que a mudança de trajetória não tinha sido grande. Isto é o balanço que ele próprio faz do seu mandato de ministro das Finanças. Como presidente do Eurogrupo, e apesar das ESPERANÇAS DE RUI TAVARES, também não houve grande mudança. Há pouco mais de um ano, o Centeno em que tantos depositavam as suas esperanças responsabilizou os gregos por não se terem apropriado (estou a citar) do processo de ajustamento mais cedo, atribuindo à austeridade os bons resultados que acha que tiveram.

Costa faz uma avaliação do passado correta, reconhecendo que a moeda que foi quase exclusivamente criada por governos socialistas foi um “bónus” dado aos alemães. Que esta moeda é estruturalmente punitiva para os países periféricos da Europa. Mas não tira daí qualquer conclusão e imagina que, em quatro anos de governação num clima económico favorável, resolveu essa contradição insanável que explica porque Portugal está, há duas décadas, a afundar-se num pântano.

Perante a contradição do seu discurso, é natural que Costa tenha resolvido transformar estas europeias num referendo ao Governo. Porque o governo da “geringonça” é popular (por causa dos três partidos que a compõem) e porque ela alimenta ilusões em relação à Europa. Também é normal que tenha escolhido um ministro pouco conhecido, que não puxa para si o foco e garante que a mensagem não sai daqui. Mas o PS continua em negação. A lição que julga dar à Europa irá a Europa dar-lhe a ele. Mário Centeno já a sabe de cor.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Cuidado com os liberais

Posted: 23 May 2019 03:25 AM PDT

Regresso ao tema com a divulgação deste texto, já que não considero a questão trivial e porque as discussões que ontem provocou não me esclareceram. António Costa ainda não se explicou, tem hoje e amanhã para o fazer.

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«Há alturas em que esta campanha para as europeias anda a um ritmo alucinante, com as caravanas dos partidos a fazerem 500 quilómetros de cima para baixo, da esquerda para a direita, neste país que até parece grande, quando se olha para as estradas percorridas. Em Bragança, diz-se uma coisa para logo em Guimarães acrescentar uma ideia e, horas mais tarde, na Figueira da Foz deixar outro comentário.

Noutras alturas, a campanha parece andar ao ralenti. O encontro entre António Costa e de Emmanuel Macron no Eliseu, por exemplo, aconteceu na segunda-feira à noite. Só 24 horas depois é que o Pedro Nuno Santos se referiu ao assunto num comício nocturno em Aveiro e só hoje, quarta-feira, é que os partidos se dedicaram ao tema, mostrando-se aterrados com o conceito de “aliança progressista” lançado por António Costa em Paris.

O medo que essa aliança possa incluir liberais inquietou tanto Marisa Matias como Paulo Rangel - daí o título provocatório deste artigo. É no mínimo curioso ver dois candidatos de partidos estão diferentes como Bloco de Esquerda e o PSD terem o mesmo discurso sobre o mesmo assunto. Não se pode dizer que Marisa Matias e Paulo Rangel tenham concordado em muitas coisas ao longo desta campanha. Isso viu-se bem, aliás, nos debates. Mas hoje, a bloquista e o social-democrata concordaram na queixa de que António Costa está a aproximar-se demasiado dos liberais.

O primeiro-ministro tem “duas caras", disse Paulo Rangel, e anda a “piscar o olho aos liberais por razões eleitorais”, criticou. “Em que é que ficamos?”, perguntou Marisa Matias a António Costa: “Quer seguir o caminho que seguiu em Portugal, à esquerda, ou quer juntar-se àqueles que fizeram o caminho oposto?”. Num país onde a extrema-direita ainda não entrou - e, a acreditar nas sondagens, ainda não será desta que vai entrar - o medo dos liberais, o medo de que o PS se esteja a aproximar dos liberais é comum aos dois partidos.

Apesar de haver um partido chamado Iniciativa Liberal que concorre às europeias, não foi a reboque este partido que o assunto dos liberais entrou na campanha nacional. Pedro Nuno Santos foi responsável por trazer este tema à discussão ao dizer que a batalha na Europa é dura e é contra “quem quer impor uma resposta liberal, que não diminui o populismo, aumenta a insegurança e o medo, que são o alimento do populismo”.

O socialista Pedro Marques disse esta quarta-feira que isto não era uma contradição em relação ao que Costa havia dito antes - “é necessário uma aliança progressista contra a internacional da extrema-direita" -, mas é difícil não o entender assim. A mim pareceu-me que o ministro não estava a dizer a mesma coisa que seu primeiro-ministro foi dizer a Paris. Pareceu-me uma espécie de lamento por António Costa estar a aproximar-se perigosamente de uma franja eleitoral que não devia interessar ao PS.

O dia da campanha que gira a uma velocidade estonteante foi marcado por algo que aconteceu há dois dias. Há qualquer coisa estranha nesta campanha.

Nota final: Hoje mesmo, o dia também ficou marcado por uma sondagem revelada pelo PÚBLICO e pela RTP em que o PSD aparece mais uma vez atrás da PS por 11 pontos percentuais, sendo que o cenário são eleições legislativas. Caso as eleições fossem hoje, os socialistas venceriam com 39% dos votos e o PSD ficar-se-ia pelos 28%.»

Sónia Sapage

Chico Buarque ensinou o quê?

por estatuadesal

(Pedro Tadeu, in Diário de Notícias, 22/05/2019)

Chico Buarque

Quando recebi no telemóvel o alerta "Chico Buarque ganha o Prémio Camões" senti-me no direito de comemorar uma vitória: "ganhei eu, caramba, ganhei eu!".

Fui ler a notícia. Os seis membros do júri explicavam a razão desta atribuição do galardão literário pela "contribuição para a formação cultural de diferentes gerações em todos os países onde se fala a língua portuguesa".

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E o que é que este português, de 55 anos, que escreve estas linhas, aprendeu com Chico Buarque?

Aos cinco anos de idade o meu corpo saltitava sempre que no rádio grande do meu pai soava "A Banda", a música que, quando passava, diz o verso final do refrão, ia "cantando coisas de amor". Chico Buarque impulsionou-me a dança.

Aos 10 anos de idade percebi como um indivíduo sozinho nada pode contra o cerco violento da indiferença. Bastou-me ouvir a história circular do operário de "Construção", que "morreu na contramão atrapalhando o sábado". Chico Buarque ensinou-me a identificar a injustiça social.

Aos 11 anos de idade percebi a inutilidade da divindade quando o coro masculino MPB4 repetia, em Partido Alto, "Diz que Deus dará/ Não vou duvidar, ô nega/E se Deus não dá?/Como é que vai ficar, ô nega?". Chico Buarque deu-me razões para ser ateu.

Aos 12 anos de idade intui, com os versos de Fado Tropical, como a brutalidade da colonização sangrou a pele dos povos e como as cicatrizes prevalecentes demoram séculos a fechar: "E o rio Amazonas/Que corre Trás-os-montes/E numa pororoca/Desagua no Tejo/Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal/Ainda vai tornar-se um Império Colonial". Chico Buarque ofereceu-me uma identidade, um medo e uma esperança na Lusofonia.

Aos 13 anos de idade percebi, pela letra do pseudónimo Julinho da Adelaide (um autor inventado, usado para ludibriar a censura da ditadura brasileira, que até falsas entrevistas deu aos jornais...), que confiar na polícia pode ser perigoso, como constata "Acorda amor": "Tem gente já no vão de escada/Fazendo confusão, que aflição/São os homens/E eu aqui parado de pijama/Eu não gosto de passar vexame/Chame, chame, chame, chame o ladrão, chame o ladrão". Com Chico Buarque descobri que, às vezes, está tudo certo se se ficar do lado errado.

Aos 14 anos de idade conspirei o sentido da canção "O que será (à flor da pele)": "Será, que será?/O que não tem decência nem nunca terá/O que não tem censura nem nunca terá/O que não faz sentido..." Chico Buarque revelou-me o secreto significado da palavra "liberdade".

Aos 15 anos de idade compreendi, ao ouvir "Mulheres de Atenas", que a minha mãe, a minha irmã e a minha namorada viviam num mundo pior do que o meu: "Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas/Geram pro seus maridos os novos filhos de Atenas/Elas não têm gosto ou vontade/Nem defeito nem qualidade/Têm medo apenas". Chico Buarque justificou-me o feminismo.

Aos 16 anos de idade espantei-me com o atrevimento de "O Meu Amor". "Eu sou sua menina, viu?/E ele é o meu rapaz/Meu corpo é testemunha/Do bem que ele me faz". Chico Buarque fez-me entender como o sexo pode, ou não, fazer um par com a palavra afeto.

Aos 17 anos comovi-me com "Geni", a prostituta que salva a cidade mas que a cidade despreza: "Joga pedra na Geni!/Joga bosta na Geni!/Ela é feita pra apanhar!/Ela é boa de cuspir!/Ela dá pra qualquer um/Maldita Geni!". Chico Buarque confrontou-me com a dignidade dos indignos.

Aos 18 anos de idade a história de "O Malandro" exemplificou-me como é sempre o mexilhão que se lixa: um tipo que foge de um tasco sem pagar a cachaça que bebeu provoca uma crise mundial. Mas, no final das crises, há sempre um bode expiatório: "O garçom vê/Um malandro/Sai gritando/Pega ladrão/E o malandro/Autuado/É julgado e condenado culpado/Pela situação". Chico Buarque antecipou-me a globalização e fez de mim um comunista.

Aqueles anos foram os tempos do meu caminho até à chegada à idade adulta, uma época anterior aos romances que Chico Buarque escreveu e que completam, com a verdadeira poesia de muitas das suas canções, um currículo mais do que suficiente para a atribuição do mais importante prémio literário em Língua Portuguesa.

Aqueles anos foram os tempos que moldaram o meu carácter.

Aqueles foram os tempos que moldaram o carácter de tantos outros e de tantas outras que, como eu, cresceram a ouvir estas canções mas que entenderam nelas tantas coisas que eu não entendi, que compreenderam nelas tantas coisas que eu não percebi, que tiraram conclusões destes textos muito diferentes das que eu tirei.

Mas, tenho a certeza, apesar de pensarem e sentirem de maneiras tão diferentes da minha, ontem, milhões de vós, ao saberem da notícia do Prémio Camões atribuído a Chico Buarque, tiveram o mesmo impulso que eu e comemoram: "ganhei eu, caramba, ganhei eu!".


Ouça para recordar....

Paulo Rangel, o candidato dos casos e da situação

por estatuadesal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 22/05/2019)

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Se falássemos do que vão fazer os deputados que elegeremos no domingo, havia uma pergunta a que Paulo Rangel não poderia escapar: como pode apoiar Manfred Weber, o homem que defendeu sanções contra Portugal quando o país começava a recuperar da crise, para presidente da Comissão Europeia? Enquanto Carlos Moedas, honra lhe seja feita, fazia lóbi pelo país, Rangel fazia tudo para que em Bruxelas se acreditasse que o país iniciava o caminho para o abismo. Todos os desmentidos que então fez caem agora por terra, com o apoio político a quem poderia ter matado à nascença a recuperação económica.

Só que não estamos a falar do que vão fazer os eurodeputados. Não me queixo disso. Nunca se discutiu Europa na campanha para as eleições europeias. Não há um sentimento de pertença que dê substrato a esse debate, apesar dele ser indispensável. É verdade que foi António Costa quem defendeu que estas eleições eram um referendo à governação, nacionalizando-as. Tem sido sempre assim: se os Governos são impopulares querem que se fale de Europa nas europeias, se sentem que são populares querem referendos à governação. Mas, na verdade, quem mais ganha com este desvio dos temas europeus é Rangel. Não porque não esteja preparado para os discutir. Arrisco-me a dizer que é dos mais preparados. Mas porque o apoio a Manfred Weber não é um engano. Corresponde ao alinhamento geral de Rangel com o poder em Bruxelas.

Paulo Rangel é, em todas as campanhas em que participa, o principal fator de rasteirização política. Não é que Rangel não seja capaz de melhor. Acha é que nós não somos. Não se tratada de convencer os indecisos, trata-se de mobilizar os convencidos. E, para isso, as campanhas negativas são melhores. Isso, e fazer regressar o fantasma de Passos Coelho.

Se há alguém que, nestas eleições, representa a situação na Europa é Rangel. As responsabilidades pela construção deste euro e desta União são partilhadas por socialistas e populares europeus. Mas no que a Europa é hoje e será nos próximos anos manda o PPE. E Rangel, mais do que Nuno Melo, é seu militante acrítico e entusiástico. Como ninguém vai discutir isso por cá, pode sê-lo. Até pode apoiar alguém que quis tramar Portugal sem que isso seja um problema.

Em todas as campanhas em que participa, Paulo Rangel é fator de rasteirização. Não se trata de saber se os casos que escolhe em cada dia são muito ou pouco chocantes. São sempre chocantes e são sempre casos. E nunca têm alguma coisa a ver com o cargo que vai ocupar. Não porque Rangel não seja capaz de mais. Acha é que nós não somos. E sabe que a campanha de casos é taticamente acertada. Não só porque o afasta do lugar incómodo de homem da situação, mas também porque lhe permite endurecer o discurso. E é isso que mobiliza os mais fanatizados a sair de casa para irem votar. Com abstenções superiores a 60%, é aos indefetíveis que cada um dos candidatos se dirige. Não se tratada de convencer os indecisos, trata-se de mobilizar os convencidos. E, para isso, as campanhas negativas são melhores. Isso, e fazer regressar o fantasma de Passos Coelho. Rangel só leva tudo isto mais longe. Talvez longe demais. No dia 26 de maio saberemos.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

PS lidera destacado intenções de voto para as legislativas

por estatuadesal

Na sondagem da Católica para o PÚBLICO e a RTP destinada a avaliar as intenções de voto nas legislativas de Outubro, o PS consegue obter mais seis pontos percentuais do que na consulta para as europeias. O PSD sobe cinco pontos e os outros partidos conservam as intenções de voto indicadas para a eleição deste fim-de-semana.

Source: PS lidera destacado intenções de voto para as legislativas