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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Sanna Marin é a primeira-ministra mais jovem da história da Finlândia

De  Patricia Tavares  • Últimas notícias: 09/12/2019 - 17:39

Sanna Marin é a primeira-ministra mais jovem da história da Finlândia

É a primeira-ministra mais jovem da história da Finlândia: Sanna Marin tem 34 anos e era a ministra dos Transportes do governo anterior.Vai encabeçar uma coligação de centro-esquerda composta por cinco partidos, todos liderados por mulheres - sendo que duas chefes de partido são ainda mais jovens que a nova primeira-ministra.

Marin diz que nunca pensou em questões de género ou de idade, mas sim nos motivos que a levaram a entrar na vida política.

Foi nomeada pelo seu partido para assumir o comando do país nórdico, depois da demissão do antigo primeiro-ministro da Finlândia. Antti Rinne demitiu-se devido à falta de apoio e a desentendimentos com uma das forças políticas da coligação

Marin assistiu a uma ascensão rápida na política finlandesa desde que foi presidente da Câmara da sua cidade, aos 27 anos e agora recuperar a confiança dentro do seu partido.

Sanna Marin deve prestar juramento ainda esta semana para ser considerada, formalmente, a primeira-ministra mais jovem do mundo.

Rússia banida do desporto mundial devido a esquema de doping

De  Euronews • Últimas notícias: 09/12/2019 - 18:54

Comité Olímpico Russo sancionado por um escândalo antidopagem

Comité Olímpico Russo sancionado por um escândalo antidopagem -

Direitos de autor

Alexander NEMENOV / AFP

Agência Mundial Antidopagem (AMA) decidiu castigar a Rússia com quatro anos de suspensão em provas internacionais como os Jogos Olímpicos ou os Mundiais de atletismo e futebol devido à manipulação de testes de doping em laboratório para esconder eventuais casos positivos.

WADA

@wada_ama

WADA Executive Committee unanimously endorses four-year period of non-compliance for the Russian Anti-Doping Agency:https://www.wada-ama.org/en/media/news/2019-12/wada-executive-committee-unanimously-endorses-four-year-period-of-non-compliance …

WADA Executive Committee unanimously endorses four-year period of non-compliance for the Russian...

Today, the World Anti-Doping Agency’s (WADA’s) Executive Committee (ExCo) unanimously endorsed the recommendation made by the independent Compliance Review Committee (CRC) that the Russian Anti-Doping

wada-ama.org

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11:02 AM - Dec 9, 2019

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A AMA seguiu as recomendações de uma comissão independente responsável por avaliar o cumprimento das regras pela agência russa antidoping (Rusada).

A equipa concluiu que terá havido manipulação dos dados recolhidos pela AMA através da troca de amostras e da destruição de dados ligados a testes positivos por doping.

A 25 de novembro, a AMA já havia publicado um comunicado com a recomendação do Comité independente de Revisão de Cumprimento (CRC) das regras sobre o caso da Rússia, nomeadamente o não cumprimento do código mundial antidoping.

A Comissão Executiva da AMA apreciou esta segunda-feira, em Lausana, na Suíça, essa recomendação e decidiu suspender a Rússia por quatro anos.

"A recomendação da CRC, baseada em relatórios de equipas de investigação da AMA e de peritos forenses externos â agência, concluiu que os dados fornecidos por Moscovo foram deliberadamente alterados antes e durante os processos de recolha pela AMA em janeiro de 2018", explicou Craig Reedie, o presidente da Agência Mundial Antidopagem.

Há três anos, a AMA já havia divulgado o chamado relatório McCLaren, no qual era sugerido a existência de um programa de dopagem no desporto russo com apoio estatal. A denúncia deu lugar a um processo contra a Rússia e à suspensão de competir em diversas competições.

O Kremlin sempre negou o esquema e prometeu corrigir situações menos claras. O que não terá cumprido, concluiu agora a AMA.

O atual ministro dos Desportos da Rússia, ainda assim, promete usar o recurso ainda possível para o Tribunal Arbitral do Desporto.

"A todas as perguntas e observações (da AMA), os nossos peritos deram explicações bastante satisfatórias. Infelizmente, não foram ouvidos. É por isso que acredito que a Rusada tem uma defesa muito forte. Seja para contrariar todo o veredicto ou apenas algumas das questões relativas às sanções", afirmou Pavel Kolobkov, em resposta à suspensão pela AMA.

TASS

@tassagency_en

FIFA to ask WADA to ‘clarify the extent’ of sanctions against Russian sports:https://tass.com/sport/1097293

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2:30 PM - Dec 9, 2019

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A suspensão impede os atletas russos, mesmos os inocentes, de competir sob a respetiva bandeira ou o hino, mas volta a abrir a possibilidade de alguns poderem competir integrando uma equipa neutra.

O castigo vai aplicar-se apenas às grandes competições, incluindo os próximos Jogos Olímpicos e o Mundial de futebol no Qatar, em 2022, onde a seleção russa apenas se poderá apresentar, se a FIFA o permitir, enquanto equipa sem bandeira nem hino.

Um porta-voz da FIFA terá afirmado à agência de notícias russa TASS que o organismo que superintende o futebol mundial e organiza o campeonato do mundo de futebol ainda irá pedir à AMA para especificar os detalhes da suspensão agora decretada à Rússia, o que ainda permite à federação russa de futebol a esperança de que o castigo afinal não afete o torneio do Qatar.

A Rússia pode, no entanto, competir no Europeu de futebol do próximo ano, para o qual está qualificada, e até ser palco dos jogos previstos em São Petersburgo.

A UEFA não faz parte da lista de organizadores de grandes competições afetada pela decisão da AMA.

Não há sobreviventes dizem autoridades neozelandesas

De  Joao Duarte Ferreira  • Últimas notícias: 09/12/2019 - 15:31

Não há sobreviventes dizem autoridades neozelandesas

As autoridades neozelandesas anunciaram que não detetaram sinais de vida na ilha onde ocorreu uma erupção vulcânica.

As conclusões foram anunciadas após a realização de vários voos de reconhecimento com o objetivo de localizar quaisquer sobreviventes da erupção ocorrida esta segunda-feira.

Antes, as autoridades confirmaram cinco mortos e um número indeterminado de feridos e desaparecidos de um total que se acredita não ultrapassar a meia centena de turistas que estavam a visitar a ilha.

A erupção do vulcão, situado numa pequena ilha a norte da ilha principal, apanhou de surpresa várias dezenas de turistas que efetuavam uma visita à cratera.

Um grupo de 23 turistas foi entretanto resgatado.

A conversa da Greta

por estatuadesal

(Clara Ferreira Alves, in Expresso, 07/12/2019)

Clara Ferreira Alves

Todas as tardes de semana, das 16h às 20h30, consigo respirar partículas finas. Não as vejo, mas os ecologistas e especialistas de ar dizem-me que existem e são responsáveis por dezenas de doenças, não apenas do aparelho respiratório. As partículas finas, das emissões de CO2, retiram anos de vida. Da minha casa, apenas consigo detetar o cheiro a gasolina queimada e o fumo a sair dos escapes no para-arranca. O sinal abre, passam dois ou três carros, o sinal fecha. Acresce a poluição sonora, as buzinas dos condutores zangados, os roncos dos motores, a algazarra quando há um impedimento no trânsito. E as camionetas gigantes que nunca desligam os motores enquanto os turistas desembarcam à porta dos restaurantes e hotéis, visto que não podemos deixá-los andar meia dúzia de metros. Ao fim de semana, os carros suburbanos diminuem, sendo compensados pelos aviões, que passam a rasar a cada cinco minutos, conforme o vento. Aos sábados e domingos, a poluição sonora é insuportável e não se consegue ter uma conversa sem levantar a voz. Mais partículas finas, e em quantidades que ultrapassam os valores razoáveis e saudáveis. Não se passa um dia do ano sem respirar este ar carregado de venenos e de ruídos. De Campolide ao Largo Camões, assim vivem os bairros residenciais. A Rua da Escola Politécnica é um inferno, da Avenida da Liberdade nem vale a pena falar, porque as modificações foram nefastas e não diminuíram o fluxo de carros. E os passes? Zero efeito. Os donos dos carros não são os dos passes e nunca serão. Os transportes públicos continuam deficientes.

De que nos queixamos, os moradores destes bairros da capital? O senhor presidente da Câmara declarou aos quatro ventos internacionais que Lisboa é uma cidade verde. E parece que foi para os lados das docas cumprimentar a Greta do ambiente e o seu veleiro não-poluente. Assim sendo, e por comparação com esta vacuidade, a poluição da cidade de Lisboa em certas zonas, todas por onde passa o trânsito de esgoto da cidade, não existe. Para o autarca e os ecologistas de serviço, ou para o serviçal ministro do Ambiente que despertou da letargia para escrever uma carta sentimental à Greta, estas coisas da poluição real são pormenores que não empatam a imagem pública. O que importa é aparecer na fotografia, não é retirar os carros suburbanos de Lisboa, promessa nunca cumprida por nenhum dos partidos que a governam e governaram. Quem quer prescindir dos milhões da EMEL, dos parquímetros e das concessões dos parques de estacionamento? Fora a renda das portagens.

O que se pretende é acrescentar a este aeroporto poluente mais um aeroporto poluente na outra margem do rio. O que se pretende é estragar os pulmões da margem sul, tal como estão a ser estragados os da margem norte. E matar uns pássaros que, nas imortais palavras do senhor da Ryanair, mais não servem do que para serem mortos para deixar passar os pássaros dele. Estiveram dezenas de anos os crânios portugueses a estudar e pensar e repensar os aeroportos para, de repente, se perceber que o Montijo é um imperativo. O Montijo aqui ao lado, servido por mais veículos a gasolina, única maneira de ultrapassar o obstáculo do rio. E a grande autarquia de Lisboa não se esqueceu dos barcos, e providenciou um magnífico terminal de cruzeiros mesmo no centro de cidade histórica. Assim levamos todos com a poluição e o turismo predador.

Lisboa cumpre sempre e bem a vocação de estalajadeira-mor. Os políticos vão cumprimentar vedetas e não deixam passar uma oportunidade de aparecerem como ambientalistas preocupados. Medidas concretas? Nenhuma. Talvez o aumento da frota de autocarros, mais poluição.

Isto passa, esta hipocrisia, porque tendo os moradores de Lisboa sido destituídos dos seus direitos, e cedido a quota de conforto e habitabilidade aos turistas, embora não tenhamos sido destituídos dos impostos ocultos, diretos e indiretos, cederam também o protesto e a revolta. O conformismo e o desalento, com exceções como o protesto contra a imbecilidade dos contentores no Martim Moniz e o pedido de um jardim, são o diapasão porque todos afinamos em Lisboa. Nenhuma entidade política em Portugal é tão inescrutável e inimputável como a Câmara Municipal de Lisboa, grande empregadora. De mãos dadas com um Governo da mesma cor, cenário ideal para a unanimidade e a camuflagem.

Em Lisboa, o PS tem feito o que quer, como quer e quando quer. Dos monos como o do Rato aos inexistentes espaços verdes, da poluição aos pavimentos esburacados, da ausência de regulação dos direitos individuais dos moradores face aos alojamentos locais selvagens, da ausência de mobilidade para deficientes às subculturas e zonas dedicadas aos sem-abrigo, da especulação sem freio à deficientíssima recolha de lixo e limpeza das ruas, Lisboa é o exemplo de tudo o que numa cidade pode correr mal e corre mal. A poluição põe pessoas em risco, crianças em risco, e esta gente mais não faz do que ir exibir-se sem pudor ao lado de uma criança que não conhecem e que defende o contrário do que eles praticam.

A vinda da Greta a Portugal é um revelador dos políticos que nos governam. A quantidade de repentinos ecologistas que foram apresentar os respeitos diz muito sobre a espécie de oportunistas. Se o ridículo matasse, as docas estariam cheias de cadáveres. Até o Presidente, parece, estava indigitado para ir para as docas, como um criado ao serviço de vossa excelência, cumprimentar a menina. Marcelo, com a sua inteligência, disse que a recebia, mas não ia cumprimentar, “por causa do aproveitamento político”. Desde quando um Presidente deveria fazer esta figura, ir abanar o sobretudo para o cais e curvar a espinha lusitana? O infantilismo tomou conta do Portugal dos pequeninos.

Tenhamos tino. Greta pode ser uma ecologista e ativista muito respeitável, mas o mundo não depende dela e muito menos do privilégio de ter um veleiro às ordens. Coisa que nós, meros mortais, não temos. O mundo e a salvação dele dependem de todos nós e dependem muito dos políticos, oportunistas e não oportunistas, que em vez de legislarem e executarem as medidas que diminuam as emissões, que em vez de proporcionarem aos cidadãos que governam uma medida de qualidade de vida e prevenção, vão pavonear-se com os ídolos do Instagram. Talvez fosse preferível saírem todos de circulação, como fez a grande Greta Garbo. E deixarem-se desta conversa da treta, perdão, da Greta.

A Universidade de Coimbra e a missa da Imaculada – 2019

por estatuadesal

(Carlos Esperança, 07/12/2019)

A Universidade de Coimbra não cria apenas cientistas de elevado mérito e académicos de referência, atrai beatos capazes de conduzirem a caldeirinha com o hissope, atrás dos paramentos do capelão. Mistura Matemática, Física, Biologia e outras ciências com missas e orações, traindo a laicidade, a que a CRP, obriga por indulgências.

O Magnífico Reitor, Amílcar Falcão Ramos, depois de ter proibido a carne de vaca na U. C., como os talibãs a de porco, procura aliviar a alma com missas na capela privativa onde a tradição e dinheiros públicos mantêm um capelão. Ungido com a missa integrada na cerimónia de posse, uma inovação do antecessor, começa o mandato, qual almuadem católico, a convidar docentes e discentes para cerimónias pias em honra da Imaculada.

Falcão Ramos não perde as asas com que voou para reitor, mas empenha a envergadura do cargo ao convidar, com o capelão, professores, alunos e funcionários, para a missa de homenagem à padroeira da Universidade – a Imaculada Conceição –, a 8 de dezembro, às 12H00, na capela de S. Miguel.

Aceita-se que o capelão, no exercício das funções, convide os crentes a assistirem a uma cerimónia da sua religião. Permite, aliás, visitar a soberba capela, relíquia da arte sacra, e, aos devotos, adorarem um dos muitos avatares da mãe de Jesus, virgem desde os inícios da Idade Média, boato milenar para mães de diversos deuses, e que Pio IX, em 8 de dezembro de 1854, tornou dogmaticamente imaculada por decreto pontifício.

O que é inaceitável é que a mais alta entidade académica, de uma Universidade pública, se comporte como diretor de uma escola confessional ou mullah de uma madraça. Quem preside ao areópago da Ciência não pode dedicar-se à fé, sobretudo num país laico, onde a separação das Igrejas e do Estado é obrigatória.

Há anos, uma docente beata, então vice-reitora, propôs a recriação da extinta Faculdade de Teologia, no que fracassou por ter prevalecido o bom senso e a formação cívica do corpo docente, mas teme-se que a onda beata, que ora percorre a Reitoria da U.C., traga na enxurrada o regresso do ensino da única ‘ciência’ sem método nem objeto.

Uma faculdade de Teologia teria certamente licenciaturas em islamismo, cristianismo e judaísmo, bacharelatos em hinduísmo, xintoísmo e budismo, graduações em lançamento de búzios, mestrados em tarô e bruxaria, e doutoramentos exotéricos.

A Universidade deve ser o último reduto da laicidade e não uma vanguarda do convite à genuflexão e à prática litúrgica. Em vez de santuário da sabedoria, onde a Ciência deve ser o único culto, transforma-se em madraça que concede à liturgia a mesma dignidade.

Se a Universidade de Coimbra persiste em homenagear a Virgem, de que necessita para padroeira, é tempo de transformar as igrejas, mesquitas e sinagogas em laboratórios, e a água benta em potável, através da química para que a formação farmacêutica preparou o Reitor.

Ámen.