Estava à espera de ver o programa da Sic Notícias a “Quadratura do Círculo”, quando me deparei com as notícias de um Golpe de Estado
em curso na Turquia. Como as notícias eram escassas e as imagens eram,
continuadamente, repetidas, fui fazendo o “zapping” para outros canais
noticiosos, mas , nenhum deles conseguia explicar o que, na realidade, se
passava.
Uns diziam que o Erdogan teria pedido asilo à
Alemanha, logo a seguir, noticiava-se que o avião do Erdogan teria aterrado em
Teerão.
Ninguém sabia o que dizia, mas, perante as imagens
que fui vendo, nada daquilo me parecia um Golpe de Estado, não vi qualquer
reação dos militares quando os seu carros de combate foram cercados por
populares. Por aquilo que vi, no Aeroporto de Istambul entraram tanques
militares seguidos por uma multidão e as imagens não passavam disso.
Vi militares escoltados ou presos por polícias, mas
que não esboçavam qualquer reação. Para um Golpe de Estado, tudo aquilo me
pareceu muito estranho.
Erdogan
Continuei a seguir as notícias e, passado algum
tempo, é noticiado que o avião do Erdogan estava a sobrevoar a pista, preparando
a sua aterragem.
Comecei a analisar o que ouvi e as imagens que vi
e comecei a concluir que, afinal, tudo não passava do “Estado num
Golpe”.Os resultados já são conhecidos: milhares
de militares presos, quase três mil juízes destituídos, governadores e o pedido
de extradição de um clérigo, Fethulla Gülen, que está exilado nos USA.
Fethulla Gülen
Este Erdogan, admirador dos métodos do Hitler, sente
as costas quentes pelos milhares de milhões de Euros que a UE lhe concede, para
acolher os refugiados, sente o apoio dos USA, pela sua posição estratégica e vai
apoiando o DAESH a quem compra ao preço da “uva mijona” o petróleo que este
grupo terrorista rouba na Síria e no Iraque.
Vamos aguardar o que nos reservam os próximos
acontecimentos, mas não tenhamos dúvidas que ele ensaiou tudo isto, para
alcançar mais poder e transformar a Turquia numa ditadura islamita.
Ovar, 18 de Julho de 2016
Álvaro Teixeira
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