Na passada quinta-feira, 14 de Julho, na data em que os franceses comemoravam
festivamente a Tomada da Bastilha, acontecimento relevante para a sua liberdade,
eis que são atingidos por mais um massacre, muitas dezenas de mortos e centenas
de feridos.
Este atentado foi, mais uma vez, reivindicado pelo DAESH.
Os diversos líderes mundiais apressaram-se a condenar este atentado e
reafirmam que não vai ser pelo medo que o DAESH nos vai vencer.
Vamos por partes:
- As pessoas que estavam a assistir, na avenida, ao fogo de artifício não
sentiam medo, porque, se assim acontecesse, não estariam lá;
- O massacre foi planeado de acordo com as imagens de vídeo-vigilância que
comprovam que o indivíduo esteve no local, pelo menos, duas vezes, para planear
o ataque;
- De acordo com as primeiras notícias, tratar-se-ia de um psicopata com
graves problemas familiares.
Este caso só vem confirmar a teoria de que nenhum exército convencional
consegue ganhar uma guerra de guerrilha e é desta forma que o DAESH tem estado a
atuar, alastrando a sua acção a muitas zonas do Globo. A guerrilha tornou-se
global e torna-se claro que os dirigentes mundiais ainda não tenham reconhecido
isso mesmo e continuem a insistir nos bombardeamentos que provocam mais vítimas
civis do que a morte de guerrilheiros do DAESH.
Do meu ponto de vista, a resposta terá que ser outra. O controlo do armamento
produzido nos grandes complexos industriais da Alemanha, Reino Unido, Estados
Unidos, entre outros, e seguir o seu fluxo, bem como o isolamento dos regimes
turco e saudita que têm interesses nesta guerra e investigar os grupos
financeiros que se estão a alimentar deste estado de coisas.
Mais medidas poderão ser tomadas, mas seria fastidioso estar, aqui, a
enumerá-las.
O que vejo são declarações ocas, sem qualquer sentido prático, porque os
“ovos da serpente” estão a eclodir por todo o nosso planeta.
Voltarei a este tema em posts seguintes, porque tive a experiência, infeliz,
de ter estado a combater uma guerrilha.
Ovar, 17 de Julho de 2016
Álvaro Teixeira
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