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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Para que o futuro seja de novo possível

(Boaventura Sousa Santos, in OutrasPalavras, 19/04/2017)

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Quando olhamos para o passado com os olhos do presente, deparamo-nos com cemitérios imensos de futuros abandonados, lutas que abriram novas possibilidades mas foram neutralizadas, silenciadas ou desvirtuadas, futuros assassinados ao nascer ou mesmo antes, contingências que decidiram a opção vencedora depois atribuída ao sentido da história. Nesses cemitérios, os futuros abandonados são também corpos sepultados, muitas vezes corpos que apostaram em futuros errados ou inúteis. Veneramo-los ou execramo-los consoante o futuro que eles e elas quiseram coincide ou não com o que queremos para nós. Por isso choramos os mortos, mas nunca os mesmos mortos. Para que não se pense que os exemplos recentes se reduzem aos homens-bombas – mártires para uns, terroristas para outros – em 2014 houve duas celebrações do assassinato do Arquiduque de Francisco Fernando e sua esposa em Sarajevo, e que conduziu à I Guerra Mundial. Num bairro da cidade, bósnios croatas e muçulmanos celebraram o monarca e sua esposa, enquanto noutro bairro, bósnios sérvios celebraram Gravilo Princip que os assassinou, e até lhe fizeram uma estátua.
No início do século XXI, a ideia de futuros abandonados parece obsoleta, aliás tanto quanto a própria ideia de futuro. O futuro parece ter estacionado no presente e estar disposto a ficar aqui por tempo indeterminado. A novidade, a surpresa, a indeterminação sucedem-se tão banalmente que tudo o que de bom como de mau estava eventualmente reservado para o futuro está a ocorrer hoje.
O futuro antecipou-se a si próprio e caiu no presente. A vertigem do tempo que passa é igual à vertigem do tempo que pára. A banalização da inovação vai de par com a banalização da glória e do horror. Muitas pessoas vivem isto com indiferença. Há muito desistiram de fazer acontecer o mundo e por isso estão resignados a que o mundo lhes aconteça. São os cínicos, profissionais do ceticismo. Há, porém, dois grupos muito diferentes em tamanho e sorte para quem esta desistência não é opção.
O primeiro grupo é constituído pela esmagadora maioria da população mundial. Exponencial desigualdade social, proliferação de fascismos sociais, fome, precariedade, desertificação, expulsão de terras ancestrais cobiçadas por empresas multinacionais, guerras irregulares especializadas em matar populações civis inocentes – tudo isto faz com que uma parte cada vez maior da população do mundo tenha deixado de pensar no futuro para se concentrar em amanhã. Estão vivos hoje, mas não sabem se estarão vivos amanhã; têm comida para dar aos filhos hoje, mas não sabem se têm amanhã; estão empregados hoje, mas não sabem se estarão amanhã. O amanhã imediato é o espelho do futuro em que o futuro não se gosta de ver, pois reflete um futuro medíocre, rasteiro, comezinho. Estas imensas populações pedem tão pouco ao futuro que não estão à altura dele.
O segundo grupo é tão minoritário quanto poderoso. Imagina-se a fazer acontecer o mundo, a definir e controlar o futuro por tempo indeterminado e de maneira exclusiva para que não haja qualquer futuro alternativo. Esse grupo é constituído por dois fundamentalismos. São fundamentalistas porque assentam em verdades absolutas, não admitem dissidência e acreditam que os fins justificam os meios. Os dois fundamentalismos são o neoliberalismo, controlado pelos mercados financeiros, e o Daesh, os jhiadistas radicais que se dizem islâmicos. Sendo muito diferentes e até antagónicos, partilham importantes características. Assentam ambos em verdades absolutas que não toleram a dissidência política – num caso, a fé científica na prioridade dos interesses dos investidores e na legitimidade da acumulação infinita de riqueza que ela permite; no outro, a fé religiosa na doutrina do califa que promete a libertação da dominação e humilhação ocidentais. Ambos visam garantir o controle do acesso aos recursos naturais mais valorizados. Ambos causam imenso sofrimento injusto com a justificação de que os fins legitimam os meios. Ambos recorrem com parificável sofisticação às novas tecnologias digitais de informação e comunicação para difundir o seu proselitismo. O radicalismo de ambos é do mesmo quilate e o futuro que proclamam é igualmente distópico – um futuro indigno da humanidade.
Será possível um futuro digno entre os dois futuros indignos que acabei de referir: o minimalismo do amanhã e o maximalismo do fundamentalismo? Penso que sim, mas a história dos últimos cem anos obriga-nos a múltiplas cautelas. A situação de que partimos não é brilhante. Começámos o século XX com dois grandes modelos de transformação progressista da sociedade, a revolução e o reformismo, e começamos o século XXI sem nenhum deles. Cabe aqui recordar, de novo, a Revolução Russa, já que foi ela que radicalizou a opção entre os dois modelos e lhe deu consistência política prática. Com a Revolução de Outubro, tornou-se claro para os trabalhadores e camponeses (diríamos hoje, classes populares) que havia duas vias para alcançar um futuro melhor, que se antevia como pós-capitalista, socialista. Ou a revolução, que implicava ruptura institucional (não necessariamente violenta) com os mecanismos da democracia representativa, quebra de procedimentos legais e constitucionais, mudanças bruscas no regime de propriedade e no controle da terra; ou o reformismo, que implicava o respeito pelas instituições democráticas e o avanço gradual nas reivindicações dos trabalhadores à medida que os processos eleitorais lhes fossem sendo mais favoráveis. O objetivo era o mesmo – o socialismo.
Não vou hoje tratar das vicissitudes por que esta opção passou ao longo dos últimos cem anos. Apenas mencionar que depois do fracasso da revolução alemã (1918-1921) foi-se construindo a ideia de que na Europa e nos EUA (o primeiro mundo) o reformismo seria a via preferida, enquanto o terceiro mundo (o mundo socialista soviético foi-se constituindo com o segundo mundo) iria seguir a via revolucionária, como aconteceu na China em 1949, ou alguma combinação entre as duas vias. Entretanto, com a subida de Stalin ao poder, a Revolução Russa transformou-se numa ditadura sanguinária que sacrificou os seus melhores filhos em nome de uma verdade absoluta que se impunha com a máxima violência. Ou seja, a opção revolucionária transformou-se num fundamentalismo radical que precedeu os que mencionei acima. Por sua vez, o terceiro mundo, à medida que se ia libertando do colonialismo, começava a verificar que o reformismo nunca conduziria ao socialismo, mas antes, quando muito, a um capitalismo de rosto humano, como aquele que ia emergindo na Europa depois da II Guerra Mundial. O movimento dos Não-Alinhados (1955-1961) proclamava a sua intenção de recusar tanto o socialismo soviético como o capitalismo ocidental.
Por razões que analisei na minha última coluna, com a queda do muro de Berlim os dois modelos de transformação social ruíram. A revolução transformou-se num fundamentalismo desacreditado e caduco que ruiu sobre os seus próprios fundamentos. Por sua vez, o reformismo democrático foi perdendo o impulso reformista e, com isso, a densidade democrática. O reformismo passou a significar a luta desesperada para não perder os direitos das classes populares (educação e saúde públicas, segurança social, infraestruturas e bens públicos, como a água) conquistados no período anterior. O reformismo foi assim definhando até se transformar num ente esquálido e desfigurado que o fundamentalismo neoliberal reconfigurou por via de um facelift, convertendo-o no único modelo de democracia de exportação, a democracia liberal transformada num instrumento do imperialismo, com direito a intervir em países “inimigos” ou “incivilizados” e a destruí-los em nome de tão cobiçado troféu. Um troféu que, quando entregue, revela a sua verdadeira identidade: uma ruína iluminada a néon, levada na carga dos bombardeiros militares e financeiros (“ajustes estruturais”), estes últimos conduzidos pelos CEOs do Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional.
No estado atual desta jornada, a revolução converteu-se num fundamentalismo semelhante ao maximalismo dos fundamentalismos acuais, enquanto o reformismo se degradou até ser o minimalismo da forma de governo cuja precariedade não lhe permite ver o futuro para além do imediato amanhã. Terão estes dois fracassos históricos causado direta ou indiretamente a opção prisional em que vivemos, entre fundamentalismos distópicos e amanhãs sem depois de amanhã? Mais importante que responder a esta questão, é crucial sabermos como sair daqui, a condição para que o futuro seja outra vez possível. Avanço uma hipótese: se historicamente a revolução e a democracia se opuseram e ambas colapsaram, talvez a solução resida em reinventá-las de modo a que convivam articuladamente. Por outras palavras, democratizar a revolução e revolucionar a democracia. Será o tema de próxima coluna.
 
Ovar, 20 de abril de 2017
Álvaro Teixeira

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O nosso mundo está a mudar (para pior ou para melhor)?


Não há dúvidas que o nosso Mundo está a mudar, diria que, à velocidade da luz.
Uma mudança boa foi a paz conseguida foi a paz conseguida, ontem, na Colômbia, após 53 anos de guerra e, talvez mais importante do que isso tudo, será o fim do tráfico de drogas de que se alimentavam ambos os beligerantes. Não tenhamos dúvidas que numa guerra, onde há, sempre, vencidos e vencedores, há, também, quem de ambos os lados ganhe com nessa guerra, independentemente do lado em que se encontra.


Bandeira da Colômbia
Se esta paz for para durar, ganhará o povo da Colômbia e perderão todos aqueles que se aproveitaram desta guerra para construírem fortunas com esse maldito negocio da droga.
Desejo que este acordo conseguido seja para durar, porque 53 anos de guerra são imensos anos que irão marcar gerações.
Os meus parabéns a todos os colombianos que trabalharam para se chegar a uma solução.

Do lado de cá do nosso mundo parece que há cada vez mais vulcões a lançarem lava.
Na Turquia continuam as prisões a serem esvaziadas de presos de delito comum, para nelas entrarem quem não concorda com o sr. Erdogan que ainda não conseguiu explicar e convencer ninguém sobre o que aconteceu no dia 15 de Julho, a que ele chamou de golpe de estado.
Racip Erdogan
Com isto tudo, vai avançando com prisões, destituições e demissões de pessoas que lhe não são afectas. Penso que tudo isto irá conduzir a mais um vulcão numa região onde existem vários em ebulição.


Bandeira da Síria
A Síria continua em ebulição e já parece que ninguém sabe quem combate quem. A Turquia combate na Síria, mas combate os curdos que não querem ser turcos, mas, também, não querem o DAESH. A Rússia vai deixando que tudo aconteça, mas está à espera da hora certa, para poder entrar em ação, deixando o trabalho sujo para os outros.
A nossa União Europeia vai fazendo umas reuniões restritas, mas cujas conclusões são algo como aquelas “latas” que são vendidas com o ar de Fátima.
Assim, não iremos a lado nenhum, porque há vários anos que deixamos de ter qualquer liderança europeia a, cujos últimos Tratados ou Acordos vieram dar a machadada final.

Após a férias de verão, certamente que vamos ter muitas novidades.


Ovar, 26 de Agosto de 2016
Álvaro Teixeira

quarta-feira, 27 de julho de 2016

O Mundo Louco


Ontem, 26 de Julho, o DAESH fez das suas, mas, desta vez, com uma gravidade incalculável e cujas consequências serão, para nós, difíceis de adivinhar.
Desta vez o ataque atingiu o coração da civilização ocidental.

Entrar numa igreja onde se celebrava uma missa e obrigarem o sacerdote a ajoelhar-se, para ser degolado na presença de todos os que participavam na cerimónia religiosa, é mais do que macabro, é uma perfeita loucura.


Padre Jacques Hamel, assassinado pelo DAESH

Do meu ponto de vista, esta ação merece uma resposta imediata, antes que se alastre para outras regiões ocidentais.

O DAESH não olha a meios, para atingir os fins e tem atacado os xiitas no Iraque e, na Síria ataca quem se lhe opõe, independentemente da religião que pratica.
Isto é a loucura completa e parece que os governantes de todo o mundo fazem “orelhas moucas”, numa, para mim, clara demonstração de medo.

Há uns dias afirmei num post que nenhum exército convencional consegue ganhar uma guerra de guerrilha. Isto só é possível, se o problema for atacado na sua raiz, pelo que não vejo solução sem tropas no terreno.

É certo que há países traumatizados com aventuras “desmioladas” protagonizadas pelo George W. Bush, Tony Blair, José Maria Aznar e Durão Barroso e que deram origem ao surgimento destes criminosos que ninguém parece conseguir controlar.

Os participantes da Cimeira da Guerra

Já é tempo de a Europa deixar de se preocupar com coisas mesquinhas, como uma décimas acima do défice, para se preocupar com a constituição de uma política de defesa comum e assegurar a liberdade e a segurança de todos os cidadãos.

Ou muito me engano ou se não forem tomadas medidas imediatas, poderemos estar à porta de uma guerra civil entre europeus e não europeus da qual vão restar muitas cinzas.


Ovar, 27 de Julho de 2016
Álvaro Teixeira


sexta-feira, 22 de julho de 2016

A AMÉRICA NO SEU "MELHOR"


O Partido Republicano dos Estados Unidos da América escolheu, ontem, 21 de Julho de 2016, o seu candidato que irá disputar a presidência nas eleições de Novembro próximo, contra a candidata do Partido Democrata.

O candidato, Donald Trump, representa aquilo que a América tem de pior, a xenofobia, o racismo e o regresso do país ao papel de “polícia do Mundo”. A extravagante ideia da construção de um muro ao longo de toda a fronteira com o México, uma ideia que esteve, sempre, presente nos comícios por onde passou faz-nos temer pelo futuro do nosso planeta, atualmente envolto em demasiados conflitos, o mais perigoso dos quais foi o surgimento do DAESH, só possível pela “loucura” do penúltimo presidente dos USA, que iniciou uma guerra contra um país soberano, embora governado por um ditador, baseada em mentiras “fabricadas” pela CIA.



Nunca é demais lembrar que foram George W. Bush, Tony Blair, José Maria Aznar, tendo, como “camareiro” Durão Barroso, na famosa cimeira dos Açores que, com a sua loucura coletiva, deram origem ao inferno em que hoje se transformou o nosso mundo e onde a violência não pára de aumentar, no entanto, uma grande parte dos americanos não aprenderam com a lição, mesmo que muitas vezes repetida
.
Os massacres continuam a aumentar, a violência mortal por parte da polícia americana contra cidadãos negros indefesos é algo que deveria fazer corar de vergonha qualquer sociedade. No entanto, o poderoso loby do armamento, bem como dos seus apaniguados, continuam a defender uma lei, com mais duzentos anos, que permite aos americanos, a partir dos oito anos de idade, terem a sua própria arma. É a América no seu “melhor” e foi esta parte da América que escolheu Donald Trump para a governar e a representar no nosso Mundo.

A América dos “cow boys” e do “farwest”, afinal, continua a existir, para o nosso mal.
Estou esperançado que mais esta loucura seja passageira e que só dure até ao início de Novembro.


Ovar, 22 de Julho de 2016
Álvaro Teixeira

terça-feira, 19 de julho de 2016

TURQUIA - O Estado num Golpe


No meu post anterior, o título foi “Turquia – Um golpe de Estado ou Estado num Golpe”. Depois das notícias que têm sido difundidas, chego a uma conclusão aterradora. Toda esta situação foi perpetrada pelo regime, a fim de eliminar todos os que o regime do Erdogan poderiam constituir um obstáculo ao seu poder absoluto. As prisões têm sido aos milhares e não escapam juízes, militares, funcionários públicos, governadores distritais e muitos outros.

Este Erdogan já admite a pena de morte para aquilo que ele considera crimes contra o povo turco.
Mas será que a pena de morte terá acabado, alguma vez, a Turquia? O que poderão dizer os sobreviventes curdos aos massacres a que têm estado sujeitos?
A violência gera violência e a luta contínua do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) começa a ter razão para a sua existência.

Curdistão

O regime turco é tão cruel, que o antigo líder do PKK, Oçalan, está preso, em isolamento total, numa cadeia situada ao largo do mar de Mármara, há 17 anos.
E é gente desta que quer fazer parte da União Europeia?
E é gente desta que pertence à NATO, para, com a cobertura desta organização, comete crimes horríveis contra o seu próprio povo?

 Abdullah Oçalan, Líder do PKK, condenado a prisão perpétua em 1999

Enquanto os milhares de milhões de Euros da União Europeia continuarem a entrar na Turquia, sob o pretexto de suster a vaga de migrantes do Médio Oriente, enquanto a Turquia continuar a subsidiar o DAESH com a compra de petróleo que esta organização terrorista rouba no Iraque e na Síria e enquanto os USA continuar a alimentar o Orçamento Turco com muitos milhões de dólares, a fim de manter uma importante posição geoestratégica, o Erdogan e os seus apoiantes podem viver descansados.

O Papa Francisco condenou o genocídio do Povo Arménio pelo Império Otomano, agora cabe a cada um de nós condenar as mortes dos turcos e dos curdos que se opõem ao  regime do Erdogan.

Ovar, 19 de Julho de 2016

Álvaro Teixeira

domingo, 17 de julho de 2016

O Massacre de Nice e os Ovos da Serpente


Na passada quinta-feira, 14 de Julho, na data em que os franceses comemoravam festivamente a Tomada da Bastilha, acontecimento relevante para a sua liberdade, eis que são atingidos por mais um massacre, muitas dezenas de mortos e centenas de feridos.
Este atentado foi, mais uma vez, reivindicado pelo DAESH.
Os diversos líderes mundiais apressaram-se a condenar este atentado e reafirmam que não vai ser pelo medo que o DAESH nos vai vencer.

Vamos por partes:
- As pessoas que estavam a assistir, na avenida, ao fogo de artifício não sentiam medo, porque, se assim acontecesse, não estariam lá;
- O massacre foi planeado de acordo com as imagens de vídeo-vigilância que comprovam que o indivíduo esteve no local, pelo menos, duas vezes, para planear o ataque;
- De acordo com as primeiras notícias, tratar-se-ia de um psicopata com graves problemas familiares.

Este caso só vem confirmar a teoria de que nenhum exército convencional consegue ganhar uma guerra de guerrilha e é desta forma que o DAESH tem estado a atuar, alastrando a sua acção a muitas zonas do Globo. A guerrilha tornou-se global e torna-se claro que os dirigentes mundiais ainda não tenham reconhecido isso mesmo e continuem a insistir nos bombardeamentos que provocam mais vítimas civis do que a morte de guerrilheiros do DAESH.



Do meu ponto de vista, a resposta terá que ser outra. O controlo do armamento produzido nos grandes complexos industriais da Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, entre outros, e seguir o seu fluxo, bem como o isolamento dos regimes turco e saudita que têm interesses nesta guerra e investigar os grupos financeiros que se estão a alimentar deste estado de coisas.
Mais medidas poderão ser tomadas, mas seria fastidioso estar, aqui, a enumerá-las.

O que vejo são declarações ocas, sem qualquer sentido prático, porque os “ovos da serpente” estão a eclodir por todo o nosso planeta.

Voltarei a este tema em posts seguintes, porque tive a experiência, infeliz, de ter estado a combater uma guerrilha.

Ovar, 17 de Julho de 2016

Álvaro Teixeira