Ontem, 26 de Julho, o DAESH fez das suas, mas, desta vez, com uma gravidade incalculável e cujas consequências serão, para nós, difíceis de adivinhar.
Desta vez o ataque atingiu o coração da civilização ocidental.
Entrar numa igreja onde se celebrava uma missa e obrigarem o sacerdote a ajoelhar-se, para ser degolado na presença de todos os que participavam na cerimónia religiosa, é mais do que macabro, é uma perfeita loucura.
Padre Jacques Hamel, assassinado pelo DAESH |
Do meu ponto de vista, esta ação merece uma resposta imediata, antes que se alastre para outras regiões ocidentais.
O DAESH não olha a meios, para atingir os fins e tem atacado os xiitas no Iraque e, na Síria ataca quem se lhe opõe, independentemente da religião que pratica.
Isto é a loucura completa e parece que os governantes de todo o mundo fazem “orelhas moucas”, numa, para mim, clara demonstração de medo.
Há uns dias afirmei num post que nenhum exército convencional consegue ganhar uma guerra de guerrilha. Isto só é possível, se o problema for atacado na sua raiz, pelo que não vejo solução sem tropas no terreno.
É certo que há países traumatizados com aventuras “desmioladas” protagonizadas pelo George W. Bush, Tony Blair, José Maria Aznar e Durão Barroso e que deram origem ao surgimento destes criminosos que ninguém parece conseguir controlar.
Os participantes da Cimeira da Guerra |
Já é tempo de a Europa deixar de se preocupar com coisas mesquinhas, como uma décimas acima do défice, para se preocupar com a constituição de uma política de defesa comum e assegurar a liberdade e a segurança de todos os cidadãos.
Ou muito me engano ou se não forem tomadas medidas imediatas, poderemos estar à porta de uma guerra civil entre europeus e não europeus da qual vão restar muitas cinzas.
Ovar, 27 de Julho de 2016
Álvaro Teixeira
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