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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Correção de texto na Wikipépia

Veterano de guerra do Ultramar (de Ovar) corrige história de Moçambique


Álvaro Teixeira, de Ovar, foi comandante dos Grupos Especiais (GE), em Moçambique, durante a Guerra do Ultramar. Nos últimos anos, tem-se interessado pela história recente de Moçambique, procurando repor a verdade de alguns factos históricos, apontando o dedo a alguns membros da Frelimo pelas atrocidades que cometeram a alguns dos seus camaradas de armas. “As informações que possuo e que têm sido objecto de Posts no meu Blog (http://gruposespeciais.blogs.sapo.pt/11216.html), são-me fornecidas por fontes fidedignas e provenientes de figuras da Frelimo, que, como é óbvio, não querem ser identificadas”, refere Álvaro Teixeira, antigo oficial do exército Português. Este militar esteve em quase todo o território moçambicano, exceptuando Cabo Delgado, de 1972 a 1974. Esta divulgação foi objecto de notícia na TVM (Televisão de Moçambique), em 11 de Março de 2013.
Recordo que a vida militar deste nosso conterrâneo inspirou o penúltimo livro da escritora Clara Pinto Correia "Não Podemos Ver o Vento" e cuja edição se encontra esgotada.
Escreve o ex-combatente do Ultramar no seu blogue, muito lido em Moçambique

Assassinatos da Frelimo (Esclarecimento à Wikipédia)
Posted: 11 Mar 2013 08:54 AM PDT
Hoje, por curiosidade, fui à Wikipédia, a fim consultar algumas biografias, e a minha curiosidade levou-me às biografias de Eduardo Mondlane, Filipe Magaia e Josina Machel. Verifiquei que as circunstâncias da suas mortes coincidem, em quase tudo, com as versões da Frelimo e que em nada correspondem à realidade.
As informações que possuo e que têm sido objecto de Posts no meu Blog são-me fornecidas por fontes fidedignas e provenientes de figuras da Frelimo que, como é óbvio, não querem ser identificadas.
Quanto às mortes dos dirigentes da Frelimo a que acima me refiro, tenho a esclarecer o seguinte:



Eduardo Mondlane
Assassinado em 1969, na residencial de Betty King, sua amante, em Oyster Bay (Baía das Ostras), pela ala marxista-leninista-maoista, liderada pelo Samora Machel, que, depois de assumir o comando da guerrilha da Frelimo, pretendia o seu poder total, apoiado, entre outros, por Joaquim Chissano e Armando Guebuza, o que, de facto, veio a acontecer no II Congresso da Frelimo.
Eduardo Mondlane foi vítimas das purgas realizadas pelos maoistas da Frelimo, que vieram a dominar este movimento.
A Frelimo, para ilibar qualquer membro da facção maoísta, acusou a polícia política portuguesa (PIDE) pelo atentado. As autoridades tanzanianas fizeram inquéritos, mas que não levaram a qualquer conclusão. A facção do Samora Machel saiu ilibada do assunto e assumiu o poder na Frelimo depois da morte de Mondlane.







Filipe Magaia
Assassinado em 1966 numa emboscada preparada pelo Samora Machel, para lhe retirar o comando da guerrilha, tomar o seu lugar e ficar com a sua namorada, Josina Mutemba. Esta operação teve o beneplácito do Eduardo Mondlane, que nomeou o Samora comandante da guerrilha, tendo este vindo a casar com a Josina Mutemba, que passou a ser conhecida como Josina Machel.
Também este assassinato foi atribuído aos portugueses, que teriam preparado a emboscada. Na realidade, ela foi feita por elementos da Frelimo que foram fuzilados após a operação, que foi conduzida pelo Lourenço Matola, chefe de guerrilha da Frelimo, que acabou por ser , também, liquidado.




Josina Machel
Assassinada no hospital de Dar es Salaam, para onde tinha sido enviada, depois de constatada a sua segunda gravidez. Morreu envenenada, por ordem do Samora Machel, em 1971.
A Wikipedia diz que ela terá sido assassinada por estar grávida de Filipe Magaia, o que não é possível, dado que este tinha sido assassinado em 1966.
No ano de 1969, apresentou-se na Frelimo, Graça Simbine, por quem o Samora Machel se apaixonou, e aqui estará a razão do assassinato da Josina Machel, e a Graça Simbine (Machel) assumiu as funções de chefia do Departamento Feminino da Frelimo.
Claro que isto não é mera coincidência, porque o Samora Machel viu na Graça Simbine (Machel) qualidades que o ainda reforçariam mais como líder da Frelimo.
Espero que estes esclarecimentos tenham sido úteis para que estuda e escreve a história de Moçambique.
Nota: Este artigo foi enviado para a Wikipédia, para a reposição da verdade.
Para consulta, poderão ver o meu post sobre alguns assassinatos da Frelimo em:
http://gruposespeciais.blogs.sapo.pt/11216.html
 
Ovar, 20 de Outubro de 2016
Álvaro Teixeira


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