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domingo, 30 de outubro de 2016

Os quatro criminosos

O meu Post de hoje iria ter, como assunto, o “monstro” Shäuble, ministro das Finanças do governo alemão da senhora Merkel.
Na dúvida, optei por escrever sobre os criminosos de guerra e de crimes contra a humanidade que se uniram para, baseados em falsidades, invadirem o Iraque.
Lembro-me daquela exposição patética do Colin Powel, secretário de estado do George W. Bush, na Assembleia Geral da ONU sobre a existência da armas de destruição massiva no Iraque e que até eram escondidas em camiões, que andavam pelo deserto, para que não fossem detetadas.


Colin Powell na sua vergonhosa e mentirosa intervenção perante o Conselho de Segurança da ONU

Nenhuma pessoa de bom senso poderia acreditar numa exposição, que não passou de uma caricatura tão mal conseguida.
Quero dizer que fiquei feliz, quando o Colin Powell foi nomeado Secretário de Estado, por, pela primeira vez, um afro-americano assumir tal cargo.
Mas foi um desencanto.
A situação mundial não era fácil, tinha havido o ataque às Torres Gémeas e a consequente guerra no Afeganistão contra os Talibans e a Al-Qaeda.
Como esta era uma guerra sem fim à vista, havia necessidade de encontrar de encontrar outros alvos. O melhor que foi encontrado foi o Iraque, acusado de apoiar a Al-Queda e de possuir armas de destruição massiva.
Depois da trágica comédia apresentada na ONU pelo Colin Powell, segue-se a cimeira das Lages que teve, como anfitrião e mestre de cerimónias, o primeiro ministro de Portugal, Durão Barroso. Aí foi decidido avançar para uma guerra, sem o aval de qualquer organização internacional.


Os quatro criminosos fundadores do Estado Islâmico (DAESH)

Os resultados estão à vista de todos: desmantelamento de um estado soberano, surgimento de grupos extremistas e criminosos, cujo expoente máximo é o DAESH (Estado Islâmico), a destruição da Síria e a deriva ditatorial da Turquia, cujos alicerces, como estado, estão a ser minados.
Será que quem provocou tudo isto vai passar sem que seja responsabilizado?
Será que o TPI só serve para julgar um qualquer ditador africano, depois de perder o poder, ou alguns indivíduos que cometeram mais ou menos atrocidades na guerra da antiga Jugoslávia?

Termino com “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”.



Ovar, 30 de outubro de 2016
Álvaro Teixeira

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