14/08/2017 por j. manuel cordeiro
O Passos Coelho de 2017 insurge-se contra a possibilidade de “qualquer um viver em Portugal”, só precisando de ter um contrato de trabalho à espera. Já o Passos Coelho de 2014 não via problema algum em qualquer estrangeiro vir viver para Portugal desde que cá comprasse uma casa de 500 mil euros.
Os Vistos Gold foram a mercantilização da cidadania portuguesa, sem perguntar de onde vinha esse dinheiro e tendo como bonus o acesso ao espaço Schengen a preços de saldo. Mas agora que está na oposição, Passos Coelho tem pruridos por alguém vir trabalhar em Portugal e ter, por isso, uma autorização de residência.
O caminho parece traçado. Primeiro, não se demarcou do xenófobo de Loures, como até manteve o apoio ao candidato André Ventura. Agora, o próprio fez o discurso anti-emigrante, apesar de ter convidado os portugueses a emigrarem, perdão, a saírem da sua zona de conforto. A seguir só falta falar dos empregos roubados pelos estrangeiros para estarmos perante um filme já visto.
Fonte: Aventar
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