Pedro Farela
4 h ·
Não sabia destes factos...
"Em 1959, Afonso Pinto de Magalhães cria a Sonae - Sociedade Nacional de Estratificados, que em 1962 arranca com a produção de termolaminados e em 1965-1970 vai-se concentrar na produção de laminados decorativos, depois da contratação do engenheiro Belmiro de Azevedo.
Em 1982, Pinto de Magalhães oferece 16% da Sonae a Belmiro de Azevedo e, depois da sua morte, Azevedo atinge a maioria do capital após uma longa batalha judicial com a família do antigo presidente. A família Pinto de Magalhães desistiu do processo, dando assim o controlo da Sonae a Belmiro de Azevedo. Belmiro de Azevedo vendeu ações, que estavam na sua carteira pessoal, à Sonae, ficando com liquidez para acorrer a um aumento de capital de 15 milhões de contos que pretendia realizar na Sonae. Esse aumento de capital foi suspenso por duas vezes, por intervenção de acionistas minoritários que o consideraram abuso de poder, com prejuízo para esses mesmos minoritários. A contestação chega da família Pinto de Magalhães, aquela cujo patriarca entregou a gestão da Sonae a Belmiro de Azevedo e lhe doou ações que lhe garantiram uma posição de 16% naquele que acabou por ser o início da tomada de controlo da Sonae.
Depois da morte do banqueiro Afonso Pinto de Magalhães, Belmiro tenta comprar a posição da família, não consegue, mas garante um acordo que lhe dá a paridade no capital social. Depois aconteceu o episódio do aumento de capital, que Belmiro queria realizar a um valor superior à cotação no mercado, o que inibiria os outros acionistas de acorrerem a esse aumento, diz quem conheceu o processo. As relações com a família, em particular com as filhas de Afonso Pinto de Magalhães e com os genros, não eram das melhores. Piorou com a ação em tribunal que acabou por ser resolvida por um acordo entre as partes, em 1992. Belmiro de Azevedo afastava em definitivo a família Pinto de Magalhães da esfera de decisão da Sonae."
Sem comentários:
Enviar um comentário