(Por Carlos Esperança, in Facebook, 01/11/2017)
Eleições autárquicas – A derrota do PSD atingiu proporções tais que feriu o orgulho de quem não previu que o apoio de Cavaco a Passos Coelho, na Universidade de Verão, ia prejudicar o partido, exibindo a cumplicidade de dois políticos desacreditados. Catalunha – A resposta musculada de Madrid a um problema político, transformou um referendo ilegal, de resultados nulos e incertos, num problema que ameaça a unidade de Espanha, com a UE enredada na má-fé, que aceita a secessão do Kosovo, na Sérvia. EUA – A utilização de uma rede social para fazer ameaças à Coreia do Norte, coloca o presidente do mais poderoso país ao nível do descendente da dinastia comunista, com o mundo assustado e indeciso sobre quem é o menos fiável. Ordem da Liberdade – A atribuição a Cavaco Silva foi injusta, mas era a um ex-PR. A recaída do PR Marcelo, na atribuição a António Barreto, que nunca lutou pela liberdade, foi uma ofensa aos que derrubaram ou combateram a ditadura, e às suas vítimas. Assunção Cristas – A votação autárquica de Lisboa, onde subiu de 1 para 3 mandatos, fez a rã que quer ser boi. Esqueceu que, de 2013 para 2017, o CDS desceu de 47 para 41 mandatos, e a votação no país, onde concorreu isolado, de 3,04% para 2,60% dos votos. Holanda – As eleições de 15 de março conduziram à representação parlamentar de 13 partidos, o que dificultou a formação do novo Governo. A coligação de 4 partidos, com o mesmo PM, Mark Rutte, afigura-se efémera face às contradições da coligação. Wolfgang Schäubl – O ministro alemão das Finanças deixa o Eurogrupo com elogios ao governo português, mas esqueceu as afirmações terroristas que adiaram a confiança externa e a descida dos juros. Inglaterra – Há crianças, filhas de portugueses, que, a pretexto da alegada incapacidade dos pais para as cuidarem, engrossam o obsceno negócio das adoções. São raptos, com a conivência das autoridades, como a jornalista Ana Leal denunciou na TVI. Porto Rico – A devastação causada pelo furacão Maria provocou danos materiais, além das mortes, de 59.477 milhões de euros. Perante a maior bancarrota de um território sob jurisdição dos EUA, desde sempre, Trump avisou que não o pode ajudar eternamente. Irão – Quando cumpria o acordo de desistência da transformação em potência nuclear, os EUA resolveram unilateralmente rompê-lo. Já bastava a ameaça da Coreia do Norte. Era escusado reativar outra, para tornar o mundo mais inseguro. Somália – O ataque terrorista da Al-Qaeda, com centenas de mortes e um número ainda maior de feridos, teve a assinatura do fascismo islâmico, a perversão que contamina as religiões políticas, de pendor prosélito, incapazes de respeitarem a laicidade. UNESCO – A relevante agência da ONU dedica-se à educação, ciência e cultura, o que explica o abandono por Trump e Netanyahu. É trágica esta crise provocada pelos EUA e Israel numa instituição que tão relevantes serviços tem prestado à Humanidade. Incêndios – A reincidente tragédia anual atingiu uma dimensão catastrófica em número de ignições, área ardida e perda de vidas. É preciso vigiar os negócios dos incêndios e as habituais queimadas, e é urgente iniciar uma política florestal. Armas de Tancos – Tão insólito como o furto foi o aparecimento das armas que apenas serviram para disparar munições contra o Governo e que, mal apareceram, provocaram a guerrilha entre o Ministério Público e os militares. Surrealismo! PSD – Na corrida à liderança, estão confirmados Rui Rio e Santana Lopes. É uma luta entre quem não tem currículo e quem tem longo cadastro, fragilidades com que ambos serão confrontados pelos militantes. Japão – A vitória do partido do Governo, por maioria absoluta, conduzirá à revisão da Constituição que impede dotar o País de Forças Armadas que excedam as necessidades defensivas. Vem aí mais um país nuclearizado numa zona de rivalidades ancestrais. Jurisprudência – Quando há juízes que enxovalham a vítima de violência doméstica, e desculpam os agressores com o adultério feminino, usam o julgamento para punição das mulheres e os tribunais de um Estado laico como resquícios do Santo Ofício. Moção de Censura – Sem branquear as responsabilidades políticas do Governo, estava condenada ao malogro. Assunção Cristas atrelou o PSD, que está sem cabeça (líder), e o CDS, com cabeça reluzente, mas sem corpo, pôde fingir que lidera a oposição. China – Por unanimidade do Congresso do PCC, 2 mil membros, a Constituição incluiu o “Pensamento de Xi Jimping sobre o Socialismo com Características Chinesas para uma Nova Era”. Pela segunda vez, há um ‘Grande Timoneiro’. De Mao a Pior? Ou não? Francisco George – A reforma do líder da Direção Geral de Saúde, por limite de idade, afastou o alto funcionário que, durante vários governos, exerceu funções relevantes com notável competência, dedicação e zelo. É um excelente exemplo de servidor público. Catalunha_2 – A declaração de independência foi uma ousadia insensata no confronto com o Estado espanhol. A explosão nacionalista ameaçava a implosão da Espanha e da própria UE. Restam os traumas que dificultam a convivência entre os espanhóis. Carles Puigdemont – O herói tornou-se um vilão foragido ao deixar a Catalunha cheia de problemas e debilitada com um episódio infeliz que apenas beneficiou a monarquia e o governo corrupto de Rajoy, ambos com tiques franquistas. Religião – Devido à seca que atinge o país, o cardeal Clemente propôs uma oração pela chuva, depois e anunciada pelo Instituto de Meteorologia. Os índios acendiam fogueiras de êxito mais incerto. |
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