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sábado, 9 de dezembro de 2017

CDS: “Costa trata-nos como adversário principal. Registamos”

POLÍTICA

08.12.2017 às 8h00


MARCOS BORGA

Telmo Correia diz que há “uma evidente mudança” na forma como o PM passou a tratar o CDS

Cristina Figueiredo
CRISTINA FIGUEIREDO

O feroz ataque de António Costa a Assunção Cristas, no último debate quinzenal, foi recebido com perplexidade as q.b. de regozijo no CDS. “Este é o mesmo primeiro-ministro que ainda há uns meses dizia que com o CDS se podia conversar, que era um partido construtivo”, recorda ao Expresso Telmo Correia. O deputado e presidente do Conselho Nacional do CDS encara esta “evidente mudança” por parte de António Costa como o reconhecimento de que “o CDS não é tão eleitoralmente irrelevante como ele pensava” e merece mesmo ser tratado como “o adversário principal” do partido no Governo.
Na quarta-feira, o PM acusara Cristas de, “ao estar na política como está, se desqualificar para qualquer consenso”, uma frase que o dirigente centrista considera “muito grave, do ponto de vista democrático”: “O que ele disse é que, daqui para a frente, o PS vota contra tudo o que vier do CDS, independentemente da bondade dos projetos. Nunca vimos uma coisa destas a um primeiro-ministro!”. Depois de acusar Cristas de “recorrer ao insulto” sistemático nos “artigozinhos” que publica no “Correio da Manhã”, “o PM desatou ele próprio num chorrilho de insultos”, conclui
Telmo Correia, lembrando que as críticas da líder centrista nos seus textos foram sempre políticas, nunca pessoais e assegurando que “o CDS não vai mudar uma vírgula na sua atuação, vamos continuar a fazer oposição firme e dura”.
Cristas assina semanalmente, desde outubro de 2016, uma coluna de opinião onde não raro Costa e o Executivo são objeto da sua reprovação. Na penúltima escrevia que este tem sido “o Governo da falta de transparência, da falta à verdade (...), do curto prazo, da gestão da crise do dia, dos pensos rápidos em problemas profundos (...), da habilidade, que tudo faz para a fotografia (...), arrogante e contraditório, de um primeiro-ministro que apela a consensos mas tudo faz para os impedir”.



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